Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com whast 51 3407-4813
sábado, 27 de junho de 2020
sexta-feira, 26 de junho de 2020
Assa-peixe mais uma planta melifera
segunda-feira, 22 de junho de 2020
Com um minhocário em casa a gente reduz o lixo e produz adubo natural de ótima qualidade.
Queridas minhocas
No dia seguinte empilhei as caixas, instalei as meninas em sua nova casa e comecei a alimentá-las diariamente com talos de vegetais e outros restos da cozinha. No começo, só um pouco. Depois, conforme as novas gerações iam povoando o minhocário, fui aumentando a quantidade.
Se, na minha infância, alguém dissesse que em 2010 eu estaria criando minhocas em casa, daria uma gargalhada. Nasci três anos antes do homem ir à Lua e as crianças daquela época sonhavam em ser astronautas. Víamos Jetsons na TV e achávamos que, quando fôssemos adultos, não seria mais preciso fazer comida, pois nos alimentaríamos com pílulas.
Pois bem, décadas se passaram e aqui estou eu comprando orgânicos, cultivando uma mini-horta, adorando cozinhar e transformando restos de vegetais em adubo. Para isso servem as minhocas. Elas ficam quietinhas em suas caixas comendo aquilo que iria para o lixo. Em algumas semanas, talos, folhas, pó de café usado, pão embolorado, cascas de frutas e de ovos viram puro húmus. Num recipiente separado fica o líquido que escorre: é vitamina da melhor qualidade para diluir em água e borrifar nas plantas! Para o lixo, só vão restos de carne, queijo, comida muito salgada ou gordurosa, cascas de laranja e limão (ácidos demais para as minhocas).
O minhocário é limpíssimo e cabe em qualquer canto (vários amigos que moram em apartamento têm um kit igualzinho). Precisa ficar na sombra. Quando você abre a caixa, dá para ver os vegetais em decomposição e as minhocas passeando por eles, felizes da vida. Tem cheirinho de terra, suave e gostoso. Para organizar o esquema na cozinha, basta colocar na pia um recipiente para ir recolhendo a refeição das queridas invertebradas ao longo do dia.
Meus filhos e os amigos deles se divertem olhando a movimentação que acontece dentro do minhocário. Outro dia, uma menina quis levar para casa. Arranjei um potinho, furei para arejar e coloquei algumas minhocas enroladas em seu húmus junto com um pouco de comida. Mas tenho a impressão de que a colônia não foi em frente, pois, ao vir buscar, a mãe olhou horrorizada para o brinde. Compreendi a reação dela, pois eu mesma demorei um pouco para acostumar com essa ideia. Hoje em dia, em vez de nojo até sinto saudade da turma quando vou viajar (rs). Falando nisso, elas sobrevivem mais de um mês sem colocar comida nova, por isso as viagens não são problema para iniciar sua criação.
Fica aqui o convite para entrar para a turma da minhoca. Além de reduzir bastante a quantidade de lixo produzida na sua casa e fabricar um adubo de excelente qualidade, você vai ver como é boa a sensação de acompanhar todos os dias o reinício do ciclo da vida.
- Composteira Soluções Ecológicas (São Paulo) – http://composteira.blogspot.com/
sexta-feira, 19 de junho de 2020
CONTROLE ECOLÓGICO DE FORMIGAS-CORTADEIRAS - receita
Resumo
Entre as práticas ecológicas utilizadas, destaca-se o controle ecológico de formigas-cortadeiras, cujas altas infestações na área destinada aos hortigranjeiros causavam sérios prejuízos, a ponto de inviabilizar os cultivos. As formigas-cortadeiras foram controladas nesta área sem a utilização de agrotóxicos e com baixo custo.
Atualmente, o assentamento está alcançando rendimentos plenamente satisfatórios na produção de hortaliças, pois houve melhoria nas condições físicas, químicas e biológicas do solo.
Palavras-Chave
Contexto
As famílias foram para o Assentamento com o objetivo de produzir, ecologicamente, produtos agropecuários e hortigranjeiros, assim como agroindustrializar e comercializar os mesmos. As principais práticas ecológicas utilizadas pelas famílias assentadas, visando a melhoria da fertilidade do solo, foram adubações orgânicas (estercos), vermicompostagem, aplicações de caldas fungicidas, uso de plantas alelopáticas, plantas-armadilhas ou plantas-iscas, extratos vegetais, uso de biofertilizantes organominerais enriquecidos, como adubação foliar e uso de plantas recicladoras de nutrientes (adubos verdes), tanto da estação outono-inverno como de primavera-verão, cultivadas isoladas ou em consórcio com outras culturas.
Todavia, a área do Assentamento é caracterizada por um solo profundo, arenoso e de baixa fertilidade, altamente favorável a severas infestações de formigas-cortadeiras, que dificultavam e causavam sérios prejuízos, principalmente à produção ecológica de hortaliças. Este problema obrigou as famílias assentadas a buscar práticas alternativas. A adoção de práticas ecológicas no controle das formigas-cortadeiras trouxe ótimos benefícios às famílias assentadas, uma vez que elas não precisaram lançar mão de qualquer produto químico, obtendo bons rendimentos na produção de hortigranjeiros.
Descriçao da Experiência
A fertilidade do solo foi melhorada, principalmente com o uso de adubações orgânicas (estercos de aves e bovinos e mais resíduos resultantes da produção de cogumelos comestíveis -champignons), numa quantidade de, no mínimo, 10 toneladas por hectare, incorporadas ao solo.
O formicida ecológico foi preparado através de uma mistura composta de folhas de gergelim e mamona, secas e moídas (essas plantas haviam sido plantadas na área pelas famílias assentadas), mais a cal virgem e o enxofre.
As quantidades usadas de cada componente desta mistura foram:
-200 g de folhas secas e moídas de gergelim
-1 Kg de folhas secas e moídas de mamona
-1 kg de cal virgem
-100 g de enxofre
A aplicação deste formicida ecológico foi feita por bombeamento, através de uma polvilhadeira manual (tipo bomba), nos olheiros principais.
Esta prática ecológica mostrou resultado satisfatório quando os olheiros secundários eram obstruídos. Do contrário, as formigas paralisavam suas atividades nos formigueiros onde estava sendo realizada a aplicação e, através dos olheiros secundários, migravam para outros locais. Desta forma, a infestação continuava em outros pontos da área.
Por isso, a mobilização das famílias de assentados na realização deste controle foi intensiva, já que as formigas estavam destruindo as hortaliças cultivadas. Outro formicida ecológico, também usado pela Comunidade Ecológica Carlos Marighella, foram folhas verdes de gergelim, durante a floração/frutificação, já que neste estágio a planta atrai as formigas-cortadeiras, que cortam e carregam suas folhas para os formigueiros, e, num período de 4 a 5 dias, cessam suas atividades, vindo a morrer. O uso deste formicida ecológico foi contínuo até o desaparecimento das formigas-cortadeiras na área da horta.
Todas essas práticas ecológicas realizadas pelas famílias desta Comunidade para o controle ecológico das formigas-cortadeiras (saúvas e quenquéns) foram acompanhadas pelo Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria, que presta assistência técnica às famílias desde a implantação do assentamento.
Resultados
-Produção de alimentos limpos, isentos de produtos químicos, já que o formicida foi formulado à base de plantas cultivadas no Assentamento;
-A boa produtividade das diversas espécies de hortaliças cultivadas, que servem para o consumo das famílias, sendo o excedente comercializado em feiras de produtores, o que proporcionou a melhoria da geração de renda e a sustentabilidade das famílias, além da preservação do meio ambiente e da saúde dos assentados;
-Consolidação do objetivo desta Comunidade, de produzir somente produtos agroecológicos;
-Como a meta de controlar as formigas-cortadeiras nesta área, com estes formicidas ecológicos foi alcançada em 100%, isto estimulou o interesse dos assentados em avançar no controle das saúvas e quenquéns existentes no restante da área deste Assentamento.
-O uso do formicida ecológico, atualmente, vem sendo divulgado a outros agricultores e técnicos do município e de municípios vizinhos, através de visitas de assistência técnica, palestras, cursos, reuniões, seminários, demonstrações práticas e publicações educativas, além de visitas de técnicos e produtores ao Assentamento para verem o resultado alcançado e adotarem esta prática ecológica em suas propriedades.
Potencialidades e Limites
Alguns assentados se dispõem a participar de eventos como reuniões, palestras, encontros/seminários, juntamente com os técnicos do Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria, para relatarem os resultados da referida experiência.
A pouca fertilidade do solo em alguns pontos da área total do assentamento, assim como a escassez de mão-de-obra, não permitem que as famílias possam realizar todas as práticas ecológicas a curto prazo, pois só para melhorar a fertilidade do solo são necessários cultivos para adubações verdes de outono-inverno e de primavera-verão além de rotações de culturas e aplicações de adubos orgânicos, como estercos animais.
Autores e Colaboradores
Engª Agrª Nubia Maria Vasconcellos Rosa - Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria
Técnico Agrícola Olímpio João Zatta – Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria.
Colaboradores
Agricultores assentados da Comunidade Agroecológica Carlos Marighella.
Bibliografia e Rede de Referências
-Sabedoria popular;
-Participação em cursos, encontros, seminários, fóruns e simpósios;
-Fundação Gaia.
Rede de Contatos
Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria
Fone: (55) 221 7961
E-mail: emsmara@emater.tche.br
Engº Agrº Nubia Maria Vasconcellos Rosa
E-mail: numarosa@zaz.com.br
Téc. Agr. Olímpio João Zatta
Fone: (55) 211 1554
Comunidade Agroecológica Carlos Marighella
Fone: (55) 9988 8003
sábado, 13 de junho de 2020
Conheces o manjericão tailandês??
Manjericão Tailandês: sabor do Oriente
por Sabor de Fazenda
Por Gabriela Pastro
Ahhh o nosso amor pelos manjericões ❤ ❤
Aqui no viveiro trabalhamos com mais de 10 espécies: manjericão-comum, manjericão-roxinho, manjericão-limão, manjericão-folha-de-alface, manjericão-grego, manjericão-italiano, manjericão-italiano-roxo, manjericão-cravo, manjericão-roxinho, manjericão-anis, manjericão-zahtar e…manjericão-tailandês ou manjericão thai (thai basil em inglês).
Assim como a maioria dos manjericões, com exceção do manjericão-cravo (alfavaca) e manjericão-anis (aniseto), ele pertence à espécie Ocimum basilicum, mais especificamente a variedade ‘Horapha’.
Seu aroma é bem diferente dos manjericões mais comuns, possuindo um aroma e sabor de anis, levemente apimentado. Não tem como confundi-lo fisicamente também, pois suas folhas são verdes e com manchas roxas. Seus caules também possuem coloração arroxeada.
É um arbusto perene, com até 50 cm de altura, reproduzindo-se através de semente, principalmente na primavera, e estaquia. Deve ser cultivado preferencialmente em terra rica, bem drenada e levemente úmida, tanto em vasos como canteiros.
Suas folhas são muito utilizadas na culinária asiática e vietnamita, principalmente em ensopados, molhos e sopas. Popularmente acredita-se que suas folhas atraiam dinheiro e protejam contra negatividades.
Que tal este manjericão!? 😉
Av. Nadir Dias de Figueiredo, 395 – Vila Maria, São Paulo
(11) 2631-4915
sabordefazenda@sabordefazenda.com.br
domingo, 7 de junho de 2020
Trituradores de Galhos para a Limpeza urbana
Cada vez mais prefeituras e prestadores de serviços estão procurando por equipamentos que permitam se adequar as normas de descarte ambiental de resíduos verdes urbanos com os menores custos possíveis.
De todas as características e qualidades necessárias ao se buscar um equipamento triturador de galhos para realizar o processamento das podas urbanas, se destacam a necessidade de produtividade, segurança e durabilidade a longo prazo.
Os equipamentos mais buscados para atender a essas necessidades nos últimos meses com economia e praticidade são:
Triturador de Galhos / Picador de troncos - PTU 300
É usado por empreiteiros, construtores, prefeituras, empresas de paisagismo e compostagem como alternativa para triturar podas urbanas, pois possui uma ampla entrada de alimentação útil, possuindo uma mesa de alimentação dobrável.
Triturador picador de galhos, com sistema de corte a tambor, possui capacidade de trituração de até 12” (doze polegadas ou 30 cm (Trinta centímetros de diâmetro) seu motor diesel de 85HP, com sistema eletrônico, e com o display digital facilita o monitoramento das rotações, além de possuir sistema de alimentação (NO-STRESS). E esse picador de galhos possui 02 facas montado intercaladamente facilitando corte e diminuindo a necessidade do torque do motor. O rolo de alimentação é de grande diâmetro traciona com facilidade materiais volumosos, seu tambor (rotor). O picador de galhos Lippel possui barra de parada de emergência para segurança do operador.
Produto nacional, fabricado no Brasil. LIPEL
sábado, 6 de junho de 2020
Manejo é a maneira mais eficaz de acabar com as pragas do figo
Figo | |||||||||||
Retirar os ponteiros do ramo da figueira não tem custo e dá mais resultado do que a aplicação de DEFENSIVOS | |||||||||||
As pragas e doenças do figo podem causar perdas de até 80% da produção e a forma mais eficiente para evitar as perdas é simplesmente prestar atenção na plantação e ter cuidados básicos de manejo. É o que diz o técnico agrícola Alexandre Meneguzzo, da Emater Rio Grande do Sul, especialista em figo. A principal praga da cultura, a broca da figueira, é provocada por uma mariposa que ataca as figueiras e causa a morte de ramos e galhos. Ela pode ser combatida com a simples visita aos pomares. Basta o produtor semanalmente retirar os ponteiros (brotos novos) na ponta do ramo de produção ou queimá-los. Segundo Meneguzzo, se o manejo for feito corretamente o método tem 100% de resultado positivo. — O principal é estar presente no pomar, observar. Muitos produtores se limitam a fazer somente o controle químico e esquecem de supervisionar a plantação. Com um pouquinho a mais de mão de obra, consegue-se reduzir bastante os problemas — ensina. No caso das doenças, o controle é diferente. A principal doença que ataca as figueiras é a ferrugem e ela é combatida com a calda bordalesa, mas também é um tratamento barato. A ferrugem provoca o desfolhamento da planta, que fica com pouca capacidade de fazer fotossíntese. Isto faz com que ela tenha menos de condições de manter uma boa produção. A calda bordalesa pode ser feita pelos próprios produtores com a mistura de cobre e cal, calibrada para um Ph neutro. Segundo Meneguzzo, ela deve ser aplicada, em doses pequenas (0,2% ou 0,3%), quando aparecerem os principais sintomas, que são como manchas de óleo. Quando as chuvas atingirem entre 25 mm e 30 mm pode-se fazer a repetição do tratamento. — Mas antes do remédio em si, é preciso que a localização do pomar seja bem feita. O sol da manhã e o sol do meio dia são importantes para a cultura, então quem plantar figo em área de costa tem que se preocupar em expor a planta para o norte e nordeste, para que haja um rápido secamento das folhas do orvalho. Também é importante distribuir as varas de produção, no momento da poda, para que não haja muita concentração de ramos, porque isto retarda o sacamento das folhas e quando o fungo encontra água livre sobre as folhas se propaga com facilidade — alerta. O Brasil é o maior produtor de figo da América Latina. Várias regiões do país podem ter o cultivo, que é típico de áreas subtropicais, mas o centro-sul é a região mais propícia, não só por questões de solo e clima, mas principalmente pela questão de mercado consumidor. — Por ser uma fruta de alta perecibilidade, é importante que o mercado produtor esteja próximo. O figo se adequa bem também a regiões de micro clima e montanhosas, produzindo paredes mais espessas. O figo só não se adequaria a áreas de produção muito elevadas, sujeitas a noites frias no mês de janeiro e março — explica. No Brasil, existem além do tipo comum, a variedade Roxo de Valinhos (que é a mais cultivada porque produz uma parede mais espessa, ideal para a comercialização e suporta bem a poda), o Negrito, o Pingo de Mel, Albicone e Mission.
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Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia. | |||||||||||
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