quinta-feira, 11 de maio de 2023

Saiba como bananeiras, taiobas e helicônias são usadas em saneamento na ilha do Combu

 

Saindo de Belém, bastam só 15 minutos de travessia para chegar ao Combu, uma das principais ilhas da capital paraense. Nos últimos anos, com o crescente número de frequentadores no local e o aumento da construção de bares e restaurantes na região, uma das preocupações dos moradores da ilha e de quem trabalha com saúde e ambiente é a contaminação do rio, gerada pelo esgotamento sanitário .

 “Muitos bares e restaurantes possuem a fossa tradicional, séptica ou despejam os dejetos diretamente no rio, o mesmo rio que os visitantes usam para o banho. É preciso dar o tratamento adequado para o esgotamento sanitário ou em breve teremos um surto  de doenças  de veiculação hídrica”, diz a pesquisadora Vania Neu, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

A solução pode vir da natureza, a partir um tratamento baseado em plantas facilmente encontradas na região amazônica, como as bananeiras, taiobas e helicônias. Isso é possível a partir da instalação dos Tanques de Evapotranspiração (TEvap), tecnologia social já utilizada em outros locais do país e que agora está sendo implantada pela universidade em parceria com dois estabelecimentos na ilha do Combu.

“Nós fomos procurados pelos proprietários, devido ao trabalho que já desenvolvemos com tecnologias sociais na Ilha das Onças, uma ecotecnologia que pode ser aplicada em todas regiões brasileiras, urbanas e rurais”, diz.

Segundo a pesquisadora, 99% do esgoto é formado por líquido.

“Os TEvaps têm fácil manutenção e ainda produzem alimento seguro e de qualidade, sem a adição de adubos químicos. Nosso objetivo é que os sistemas implantados, sejam um modelo a ser replicado nos outros restaurantes, ou uma alternativa para quem busca sustentabilidade, autonomia ou não e é  atendido por rede de tratamento de esgoto”, diz.

Os TEvap

Na construção dos TEvap são utilizados entulhos e pneus usados, além de outros materiais. O sistema consiste em uma caixa impermeável feita com tijolos e no centro um tubo, feito com pneus usados e preenchido com entulho.

Em seguida, seixo e areia são sobrepostos em camadas. Para completar a construção do TEvap, são utilizadas terra preta e plantas com alto potencial de evapotranspiração.

“É um sistema que recebe o esgoto por uma  tubulação que sai do sanitário e chega à câmaras internas de pneus, que recebe os dejetos. Na câmara é iniciada a digestão anaeróbica, ou seja, os materiais cerâmicos, misturados na camada de pedras e entulhos, são colonizados por bactérias que não precisam de oxigênio e ajudam para a eficiência da digestão”, diz a pesquisadora.

É aí que entram as plantas.

“Os dejetos são tratados à medida que percorrem os diferentes materiais, até atingir a camada do solo, onde as raízes das plantas absorvem os nutrientes, fazendo a ciclagem acontecer e fechando o ciclo. E a água, essencial para as folhosas frondosas, segue seu caminho para a atmosfera, por meio da evapotranspiração.  A água contaminada entra no sistema e as plantas devolvem água limpa para a atmosfera, tudo isso movido pela energia do solo”, diz.

A pesquisadora explica que, com esse sistema de tratamento, os dejetos não chegam ao rio ou contaminam o lençol freático, mas alimentam um sistema vivo e produtivo.

“Os patógenos são tratados no sistema, sem alcançar os lençóis freáticos. Para cobrir a superfície do solo, dentro da TEvap são utilizadas palha e folhas secas”, diz.

Dona Nena

Um dos empreendimentos que buscou apoio da universidade para a instalação dos Tevap foi o “Filha do Combu, chocolates e doces artesanais”. O local também é conhecido como o chocolate da dona Nena e segundo Mário Carvalho, que administra o empreendimento, o Filha do Combu chega a receber até 4 mil pessoas durante a alta temporada, período que vai de julho a dezembro.

“É importante ter esse cuidado com o meio ambiente e controle sobre os danos causados pelo intenso fluxo de pessoas na ilha. Nós já estamos passando de 50 restaurantes na região do Combu, Murutucu, Maracujá e Ilha Grande, então é necessário nos preocuparmos com a saúde dos rios, dos peixes e camarões que são pescados e o cuidado com a própria água utilizada. Então, além de ser uma solução limpa e ambientalmente sustentável, vai dar tranquilidade para dona Nena, pois saberá que está fazendo a coisa certa”, diz.

Fonte: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Como acabar com LESMAS e CARACÓIS nas PLANTAS

Pesquisadores descobrem duas espécies de árvores frutíferas nos municípios de Niterói e Maricá

Espécies foram nomeadas de Eugenia delicata (uvaia-pitanga) e Eugenia superba (cereja-amarela-de-niterói)

Apesar de ameaçadas de extinção, descoberta é comemorada pelos cientistas
Apesar de ameaçadas de extinção, descoberta é comemorada pelos cientistas -
Rio - Duas espécies de árvores frutíferas, ameaçadas de extinção, foram descobertas em áreas de proteção ambiental nos municípios fluminenses de Niterói e Maricá. A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e Universidade Federal do Ceará (UFCE), que encontram exemplares das espécies em localidades no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Niterói e Maricá), Parque Natural Municipal de Niterói, Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia (Maricá), e na Área de Proteção Ambiental do Morcego (Niterói), da Fortaleza de Santa Cruz, dos Fortes do Pico e do Rio Branco (Niterói).

As espécies foram nomeadas de Eugenia delicata (uvaia-pitanga) e Eugenia superba (cereja-amarela-de-niterói). Ambas pertencem ao gênero Eugenia, um dos mais diversos da flora brasileira, e produzem frutos comestíveis e saborosos para o ser humano, e também para a fauna silvestre, que dispersa suas sementes.

Ambas são árvores altas e emergentes de florestas secas existentes nos morros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no domínio do bioma Mata Atlântica. A uvaia-pitanga tem o tronco marrom e fissurado, padrão semelhante ao de diversas outras espécies de Eugenia. No entanto, a copa pode ser reconhecida pelos ramos longos e pêndulos, com folhas relativamente pequenas e delicadas, sendo por isso nomeada de Eugenia delicata.

Já a cereja-amarela-de-niterói tem o tronco avermelhado ou creme dependendo da estação do ano, com casca esfoliante, lembrando o tronco das goiabeiras. É uma espécie de tronco reto, copa larga e caducifólia (perde as folhas durante o período seco). Devido ao majestoso porte das árvores observadas, os pesquisadores deram o nome de Eugenia superba.

As descobertas foram descritas em um recente artigo publicado na revista científica inglesa Kew Bulletin, periódico do Royal Botanic Gardens, Kew. No texto, os pesquisadores alertam que as espécies recém-descobertas já devem ser consideradas ameaçadas de extinção, segundo os critérios da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), organização global que dispõe das diretrizes para avaliações de risco.

"A uvaia-pitanga é conhecida por apenas seis pontos de ocorrência, e foi categorizada no estudo como Em Perigo (EN). Já a cereja-amarela-de-niterói é ainda mais rara, sendo conhecida apenas por três localidades, e foi classificada na pesquisa como Criticamente Ameaçada (CR). Os frutos comestíveis e saborosos dessas espécies podem e devem servir de apelo para sua conservação. Além disso, também são peças-chave na dinâmica ecológica da Mata Atlântica, participando, por exemplo, na manutenção da fauna silvestre", destaca o pesquisador Thiago Fernandes, doutorando da Escola Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Apesar de ameaçadas de extinção, a descoberta é comemorada pelos cientistas.

"As descobertas mostram a importância das unidades de conservação municipais e estaduais que protegem as florestas urbanas do Estado do Rio de Janeiro. São florestas riquíssimas, que certamente abrigam muitas outras espécies ainda não descobertas pela ciência", afirma Thiago Fernandes.

De acordo com o pesquisador, as duas espécies já tinham sido coletadas e depositadas em coleção científica (herbário), durante um inventário florístico – estudo que visa a identificar espécies de flora de uma região, em 2008, no Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Niterói. Porém, na ocasião, não foi possível identificá-las, uma vez que o material disponível para estudo era insuficiente.

Depois, a partir de um esforço colaborativo entre pesquisadores de diferentes instituições nacionais, as árvores foram monitoradas entre 2021 e 2022.

"Foi então possível acumular material completo, desde os botões florais até os frutos maduros. Após a coleta dos materiais e exame minucioso de amostras em coleções científicas, conseguimos confirmar que, de fato, se tratava de espécies novas para a ciência", conta Thiago Fernandes.

Ainda segundo o pesquisador, estima-se que o Brasil abrigue cerca de 50 mil espécies de plantas, o que corresponde a aproximadamente 18% de todas as espécies de plantas do mundo. Essa estimativa, porém, pode estar longe de contemplar a real diversidade de plantas do país, uma vez que ainda há muitas regiões consideradas lacunas amostrais.

"Como demonstrado pelas descobertas recentes, até mesmo as florestas urbanas do litoral fluminense possuem pontos específicos pouco amostrados que podem abrigar muitas outras espécies desconhecidas para a ciência", conclui.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Batata doce que ajuda a prevenir o câncer!

Aprenda a cultivar MANDIOQUINHA em VASOS


Ela é conhecida como mandioquinha, batata-baroa, batata-fiúza, batata-salsa, mandioquinha-salsa... apesar de muitos nomes, o jeito de plantar é um só. E, aqui já vai um spoiler: o método de plantio é diferente da batata-doce e da batata-inglesa! Cola aqui, que nossa jardineira Carol Costa dá a receita mastigadinha pra cultivar mandioquinha em vasos. A mandioquinha (Arracacia xanthorrhiza) é uma planta que tem uma raiz adocicada, ótima pra cozidos e sopas, e lembra muito uma batata. Só que a mandioquinha não é da família da batata-inglesa (Solanum tuberosum), nem da batata-doce (Ipomoea batatas), apesar de terem uma incrível semelhança e todas as três se desenvolverem no solo. Originária dos Andes, essa planta sul-americana gosta de temperaturas frias – aproveite que estamos no inverno e faça sua plantação agora! A forma de reprodução dessa planta é através de estacas, que você encontra em sites de comércio eletrônico. Essas estaquinhas são pedaços do caule que possuem brotações e são comercializadas por produtores especializados. O método pra obter mudas de batata-doce não funciona: a mandioquinha apodrece se deixada num copo com água. Pra cultivar suas mandioquinhas em vasos, aqui tem a receita. Separe um vaso furado com uma boa profundidade – nada de um recipiente raso, é preciso ter espaço pras raízes se desenvolverem bastante. Cubra o fundo com argila expandida, cubra com uma manta de drenagem (pode ser jornal) e encha o vaso com um substrato bem aerado. Quanto mais fofo, menos resistência as raízes encontrarão para se desenvolver. Carol escolheu um vaso da linha Cubo, da Vasart, com 50 cm de altura, largura e comprimento. Com esse playground montado, aquele toquinho de mandioquinha rapidamente entende o recado e começa a desenvolver sua brotação e as primeiras raízes. Pra manter a umidade do substrato, principalmente nos primeiros meses da mandioquinha, cubra o vaso com palhinhas protetoras. Carol preparou uma lista enorme de materiais que podem ser usados como palhinhas – o link tá no fim do texto. Faça uma cobertura. Uma dica importante pra plantas de hortas: adube. Essas plantas costumam ter um ciclo muito rápido e precisam de nutrientes ao alcance da mão (no caso, das raízes). Vale preparar o substrato com Bokashi – no vídeo, Carol usou Bokashi da Forth Jardim, um adubo rico em macro e micronutrientes. Agora, é ficar de olho na mudinha de mandioquinha, principalmente, no início. Observe se o substrato está úmido o suficiente, usando a técnica do dedômetro: toque a terra com o indicador e, se a ponta do dedo sair limpinha, é hora de regar. Molhe gentilmente – Carol usou um pulverizador de pressão acumulada no início, pra garantir que a superfície esteja úmida e sem revirar a terra, mas dá pra também usar um regador. Garanta que o vaso esteja bem molhado – regue até que comece a pingar água pelo furo do vaso.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Passo a passo: multiplicação de mudas de batata-doce | Programa Terra Sul


Para manter uma lavoura saudável é importante
investir em mudas de qualidade. Através de um
processo de multiplicação de mudas de batata-doce
de alta sanidade, os agricultores garantem
produtividade e menores custos de produção.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

¿SE PUEDEN ENTERRAR los RESTOS de la COCINA en el HUERTO o JARDÍN? Métod...


¿Qué sucede cuando se entierran los restos de cocina en el huerto o jardín? Ésta es una pregunta que me hacen muy seguido al hablar de compost o vermicompostaje y la respuesta es sí y se lo conoce como el método "Bomba de nutrientes". Básicamente se trata de enterrar todos los restos de cocina que pondríamos en cualquier pila de compost, per directamente en la huerta, es totalmente posible y hasta recomendable siempre y cuando lo hagamos bien y tengamos el compromiso para sostener la práctica en el tiempo, ya que de algún modo estaremos criando lombrices en el mismo huerto o jardín y debemos asegurarles alimento de forma continua para que no se nos quieran ir o pero.. que mueran por falta de alimento. Espero les guste el video y les sea de utilidad, un fuerte abrazo. INDICE: 0:00 Índice 0:58 ¿Qué se puede enterrar? 3:15 La importancia de las lombrices de tierra 4:22 ¿Cómo funciona el método de bomba de nutrientes? 10:00 Despedida 🔥 ¿QUIERES DONAR? 👉 https://bit.ly/3d6v2AE Gracias por apoyarnos para seguir creando vídeos ¿QUIERES APRENDER MAS? RECURSOS GRATUITOS DESCARGABLES 👉 https://bit.ly/3sD7GKq CURSO GRATIS de Permacultura básica 👉 https://bit.ly/2VibH8S OTROS CURSOS 👉 https://bit.ly/2Oa2Hyw

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