quarta-feira, 18 de agosto de 2010

perigos do glifosato....

Professor Carrasco é agredido na Argentina


Cientista da Universidade de Buenos Aires tem divulgado pesquisas denunciando os perigos do glifosato, princípio ativo do herbicida Roundup, da Monsanto, largamente usado nas lavouras transgênicas.



Divulgação

Pesquisador estava em La Leonesa, na província do Chaco, onde faria palestra



O professor e pesquisador argentino Andrés Carrasco, da Universidade de Buenos Aires, ganhou notoriedade internacional quando, em abril de 2009, divulgou resultados de suas pesquisas indicando que o glifosato, princípio ativo do herbicida (mata-mato) Roundup, da Monsanto, está associado a malformações de embriões de anfíbios.

Na tarde de 07 de agosto, último sábado, Carrasco começava uma palestra em La Leonesa, na província do Chaco, quando um grupo de funcionários municipais e arrozeiros que defendem os agrotóxicos, liderados pelo chefe da administração local José Carbajal e pela deputada Elda Insaurralde, insultaram, ameaçaram e agrediram parte da comitiva que acompanhava o pesquisador. A palestra foi interrompida e houve necessidade da intervenção da polícia.

A comitiva era formada pelo ex-subsecretário de Direitos Humanos do estado Marcelo Salgado e pelos deputados Carlos Martínez e Fabricio Bolatti, entre outros. Salgado foi brutalmente agredido no rosto, chegou a ficar inconsciente e teve o joelho quebrado. Martínez e Bolatti também foram espancados.

Carrasco se refugiou em um carro, onde ficou preso por quase duas horas sob ameaças de linchamento.

A imprensa local observou que o dono das fazendas arrozeiras do Departamento Bermejo, Eduardo Meichtry, de longe incitava os funcionários da administração local e os trabalhadores de seus estabelecimentos a impedir a saída do carro onde estava o pesquisador.

Antes deste triste episódio, Carrasco havia realizado excelentes exposições na Assembléia Legislativa do Chaco e na Faculdade de Humanidades da UNNE (Universidad Nacional del Nordeste), e encerraria sua estadia na província com uma conversa com os moradores de La Leonesa e de Las Palmas.

O Roundup é largamente usado em todo o mundo e sua utilização foi fortemente expandida com a difusão das lavouras transgênicas RR (Roundup Ready), que foram desenvolvidas para tolerar aplicações do produto (esse é o caso de toda a soja transgênica plantada).

Os testes em anfíbios realizados por Carrasco foram baseados em modelo tradicional de estudo para avaliação de efeitos fisiológicos em vertebrados, cujos resultados podem ser comparáveis ao que aconteceria com embriões humanos. Os resultados da pesquisa mostram que doses mínimas de glifosato causaram defeitos no cérebro, intestino e coração de fetos de várias espécies de anfíbios.

Carrasco começou a enfrentar várias formas de perseguição pouco após a divulgação de suas pesquisas. Sofreu os mais variados tipos de ataques que visavam desqualificar sua pesquisa e a ele próprio enquanto pesquisador.

O mais notório foi o veto à sua palestra prevista para a Feira do Livro 2010, na Argentina, organizada pelo Conicet (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas), do qual Carrasco é membro. A censura chegou inclusive a ser questionada por parlamentares argentinos, que sugeriram a existência de ligações entre o Conicet e a Monsanto.

Proibição em Santa Fé

Mas avanços importantes sobre o tema também se passaram na Argentina depois da divulgação dos estudos de Carrasco. Em março deste ano justiça de Santa Fé proibiu a utilização do glifosato nas proximidades de zonas urbanas. Os juízes também marcaram jurisprudência ao invocar o Princípio da Precaução e foram inovadores ao valorizar os testemunhos dos afetados pelas intoxicações e contaminações. A sentença ordenou ainda que o governo estadual realizasse estudos junto à Universidade Nacional do Litoral (UNL) para avaliar os danos dos agrotóxicos à saúde e ao meio ambiente.

Outro passo importante foi a publicação, em julho último, de um informe oficial do governo estadual do Chaco (estado vizinho a Santa Fé, no norte do país) confirmando a relação entre agrotóxicos e aumento de doenças na região: em uma década, triplicaram os casos de câncer em crianças e quadruplicaram os nascimentos de bebês com malformações.

Grande parte dos dados deste estudo está focada na localidade La Leonesa, epicentro das denúncias por abuso na aplicação de herbicidas e inseticidas na produção de arroz. O informe oficial solicita que sejam tomadas “medidas preventivas” em La Lenoesa até que se realize um estudo de impacto ambiental e pede que se ampliem as análises para as outras seis localidades que estariam sujeitas às mesmas condições. La Leonesa é justamente a localidade onde a comitiva do professor agora foi agredida.

De fato este movimento de reação contra os abusos do agronegócio na aplicação de agrotóxicos não está agradando a todos. E os incomodados começaram a apelar para os piores métodos de confronto.

Como bem sintetizou a ONG argentina Renace, “pode-se ver como a intolerância e a defesa do indefensável acham na violência sua maneira de expressão”. Lamentável.

Publicado no Boletim da AS-PTA Agricultura Familiar e Ecologia. Com informações de:

RENACE - Red Nacional de Acción Ecologista - Argentina, 09/08/2010.

AS-PTA/EcoAgência

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Rota sabores e saberes vale do caí.




Rota sabores e saberes vale do caí.
http://www.rotasaboresesaberes.tur.br/





Família Kettermann
Proprietários: Ildo Germano e Liane Kettermann. Produtor ecológico de citros e hortaliças, sócio da Cooperativa Ecocitrus. Também possui agroindústria, onde produz bolachas, pães, cucas e bolos, os quais comercializa no mercado público de Montenegro, onde é feirante. Utiliza os conhecimentos e princípios da Biodinâmica na produção de citros e hortaliças. A propriedade sedia cursos nessa área a produtores da Ecocitrus e a qualquer interessado, sendo referencia nessa área. Localização: Lajeadinho, Montenegro-RS

PROPRIEDADE DA FAMÍLIA STEFFEN

Localizada em Vapor Velho , a propriedade de Jean Carlo Steffen oferece uma produção ecológica de citrus. Os visitantes pegam suas cestas e fazem a sua própria colheita Colha e Pague, além do passeio de jipe mostrando as belas paisagens da propriedade. Está em fase de implantação um museu sobre a história da família. O local oferece citrus em geral, schmiers e doces, bem como local para as refeições.

Atendimento somente mediante reserva antecipada para grupos mínimos de 10 pessoas.

Contato:
(51) 9933-0334

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Alimentos como negócio









O mundo está se alarmando com a alta do preço dos alimentos e com as previsões do aumento da fome no mundo. A fome representa um problema ético, denunciado por Gandhi: "a fome é um insulto, ela avilta, desumaniza e destrói o corpo e o espírito; é a forma mais assassina que existe". Mas ela é também resultado de uma política econômica. O alimento se transformou em ocasião de lucro e o processo agroalimentar num negócio rentoso. Mudou-se a visão básica que predominava até o advento da industrialização moderna, visão de que a Terra era vista como a Grande Mãe. Entre a Terra e o ser humano vigoravam relações de respeito e de mútua colaboração. O processo de produção industrialista considera a Terra apenas como baú de recursos a serem explorados até à exaustão. A agricultura mais que uma arte e uma técnica de produção de meios de vida se transformou numa empresa para lucrar. Mediante a mecanização e a alta tecnologia pode-se produzir muito com menos terras. A "revolução verde" introduzida a partir dos anos 70 do século XX e difundida em todo mundo, quimicalizou quase toda a produção. Os efeitos são perceptíveis agora: empobrecimento dos solos, devastadora erosão, desflorestamento e perda de milhares de variedades naturais de sementes que são reservas face a crises futuras.

A criação de animais modificou-se profundamente devido aos estimulantes de crescimento, práticas intensivas, vacinas, antibióticos, inseminação artificial e clonagem.

Os agricultores clássicos foram substituídos pelos empresários do campo. Todo este quadro foi agravado pela acelerada urbanização do mundo e o conseqüente esvaziamento dos campos. A cidade coloca uma demanda por alimentos que ela não produz e que depende do campo.

Vigora uma verdadeira guerra comercial por alimentos. Os países ricos subsidiam safras inteiras ou a produção de carnes para colocá-las a melhor preço no mercado mundial, prejudicando os paises pobres, cuja principal riqueza consiste na produção e exportação de produtos agrícolas e carnes. Muitas vezes, para se viabilizarem economicamente, se obrigam a exportar grãos e cereais que vão alimentar o gado dos países industrializados quando poderiam, no mercado interno, servir de alimento para suas populações.

No afã de garantir lucros, há uma tendência mundial, no quadro do modo de produção capitalista, de privatizar tudo especialmente as sementes. Menos de uma dezena de empresas transnacionais controla o mercado de sementes em todo o mundo. Introduziram as sementes transgênicas que não se reproduzem nas safras e que precisam ser, cada vez, compradas com altos lucros para as empresas. A compra das sementes constitui parte de um pacote maior que inclui a tecnologia, os pesticidas, o maquinário e o financiamento bancário, atrelando os produtores aos interesses agroalimentares das empresas transnacionais.

No fundo, o que interessa mesmo é garantir ganhos para os negócios e menos alimentar pessoas. Se não houver uma inversão na ordem das coisas, isto é: uma economia submetida à política, uma política orientada pela ética e uma ética inspirada por uma sensibilidade humanitária mínima, não haverá solução para a fome e a subnutrição mundial. Continuaremos na barbárie que estigmatiza o atual processo de globalização. Gritos caninos de milhões de famintos sobem continuamente aos céus sem que respostas eficazes lhes venham de algum lugar e façam calar este clamor. É a hora da compaixão humanitária traduzida em políticas globais de combate sistemático à fome.

Por Leonardo Boff
Teólogo e professor emérito de ética da UERJ

Fonte: SGeral / Adital.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

ORGÂNICOS EM PORTO ALEGRE

BioNat Expo 2010 mostra novidades do setor de orgânicos em Porto Alegre

Terceira edição da exposição dedicada ao desenvolvimento sustentável acontece de 24 a 26 de setembro
BioNat Expo/Divulgação
Oficina de gastronomia da feira de 2009

Por Juarez Tosi - EcoAgência de Notícias Ambientais
Em setembro, durante a Semana da Primavera, Porto Alegre será palco de uma feira de produtos orgânicos. A BioNat Expo 2010 vai ocupar um dos mais importantes espaços culturais da cidade: a Usina do Gasômetro. Serão três dias, de 24 a 26 de setembro, em que os gaúchos poderão conhecer os lançamentos e as novidades de um dos setores que mais cresce, que é segmento de produtos orgânicos e naturais.

Esta é a terceira edição do BioNat Expo. As duas anteriores foram realizadas nos armazéns do Cais do Porto. E quem já se familiarizou com as feiras anteriores, não terá muitas dificuldades de localização, pois ambos os locais estão distante apenas poucos metros. Esta edição do evento pretende superar a de 2009, que recebeu um público de aproximadamente cinco mil pessoas.

Reunindo na mesma área a Feira de Produtos Orgânicos, Fitoterápicos e Plantas Bioativas, a Mostra de Turismo Agroecológico e Rural e o Espaço da Sustentabilidade Ambiental, a BioNat Expo 2010 vai incluir importantes atrativos do perfil econômico cultural do Rio Grande do Sul, como artesanato, gastronomia e artes.

De acordo com a diretora executiva da Produtores sem Fronteiras, empresa promotora da BioNat Expo, Vera Marsicano, durante esses três dias, eventos simultâneos vão agitar a Usina do Gasômetro, com oficinas de gastronomia, culturais e práticas de educação ambiental e alimentar, painéis, seminários, exposição e apresentação de vídeos. “Uma das metas da exposição”, assegura ela, “è contribuir para a adoção de novos comportamentos cotidianos, de preservação da terra e das relações entre os indivíduos e o planeta, mobilizando e sensibilizando pessoas a respeitar os três pilares básicos do desenvolvimento sustentável: desenvolvimento econômico, proteção ambiental e equidade social”.


Vera Marsicano explica que a exposição vai reunir no mesmo espaço agricultores, fornecedores, empreendedores, fabricantes, comerciantes, distribuidores, importadores, exportadores, cooperativas, institutos de pesquisa, governos, ONGs, comunidades acadêmicas e público interessado. Vão estar representados vários segmentos, como o de alimentos e gastronomia, fitomedicamentos, plantas medicinais, aromáticas e condimentares, ecoturismo, turismo rural, ensino, pesquisa e tecnologias.


A empresa Produtores sem Fronteiras, diz sua diretoria executiva, foi selecionada para participar do Programa Prime (Primeira Empresa Inovadora), promovido em conjunto entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Ministério da Ciência e Tecnologia. O programa visa incentivar empresas nascentes e inovadoras e criar condições favoráveis para que possam consolidar com sucesso a fase inicial de desenvolvimento dos seus negócios.

Entre os parceiros do evento estão Associação Biodinâmica do Sul, Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Associação Gaúcha dos Professores Técnicos Agrícolas, Câmara de Comércio do MERCOSUL, Convention&Visitor Bureau, Emater/RS, Embrapa Clima Temperado, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, Instituto Brasileiro de Planta Medicinais, Liga Homeopàtica do Rio Grande do Sul, Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS), Prefeitura de Porto Alegre, Procempa, Programa de Plantas Medicinais do MERCOSUL, Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul e Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul.

Mais informações no site www.bionatexpo.com.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Liberação de milho transgênico da Bayer é suspensa pela Justiça

Liberação de milho transgênico da Bayer é

suspensa pela Justiça


Decisão, pedida pelo Idec e outras organizações, anula

autorização do milho Liberty Link, da Bayer, e reprova atos da CTNBio


Divulgação
Milho transgênico é proibido pela justiça


De acordo com uma decisão da Justiça

Federal do Paraná, proferida na segunda-feira (26),

a Bayer deve deixar de comercializar o milho transgênico Liberty Link em todo o país,

pela ausência de um plano de monitoramento

pós-liberação comercial. A sentença também anula a autorização da liberação especificamente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil por não haver estudos sobre os impactos do ceral geneticamente modificado nos biomas dessas regiões.

A decisão atende parcialmente à ação civil pública movida em 2007 pelo Idec e as organizações Terra de Direitos, Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternatia (AS-PTA) e Associação Nacional de Pequenos Produtores (Anpa).

Além de contestar a autorização do milho, a ação exige da Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), órgão responsável pela liberação de transgênicos no país, a análise adequada de riscos à saúde e ao meio ambiente, a informação e a não contaminação genética - direitos fundamentais dos cidadãos.

Assim que a decisão for publicada, a Bayer deverá suspender imediatamente a comercialização, a semeadura, o transporte, a importação e até mesmo o descarte do Liberty Link, sob pena de multa diária de R$50 mil.

A Justiça determina também que a CTNBio garanta amplo acesso aos processos de liberação de transgênicos e estabeleça norma com prazo para que os pedidos de sigilo comercial sejam decididos, permitindo publicidade a tudo o que não for sigiloso. O bloqueio ao acesso de procedimentos de liberação praticada pelo órgão viola o direito à informação e é incompatível com a publicidade garantida aos documentos de interesse público.

"Mais uma vez o Poder Judiciário teve que corrigir atos ilegais da CTNBio. A falta de acesso dos cidadãos aos processos públicos é vergonhosa. Assim como é indecorosa a ausência de estudos ambientais nas regiões Norte e Nordeste, por não serem áreas de relevância para o plantio do milho", destaca Andrea Salazar, consultora jurídica do Idec.

IDEC/EcoAgência

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Horta Orgânica

A horta é um local onde se pode cultivar vários tipos de verduras e legumes que são ricos em sais minerais e vitaminas indispensáveis para o organismo humano. Nela também pode-se plantar temperos e ervas medicinais.

Além de ser uma fonte alimentar é um importante local de relaxamento que proporciona contato com a terra e a natureza e o prazer de produzir algo, sem falar da economia que podemos conseguir quando cultivamos nossos próprios alimentos, ao invés de comprá-los, com possibilidades de vendê-los, ajudando na renda da família. Ter uma horta em casa não é difícil, porém é preciso alguns conhecimentos para ter um bom planejamento e uma boa produção. Neste folheto, procuramos contribuir com algumas dicas para que você faça, com sucesso, uma horta em sua casa.

2. LOCAL DA HORTA

Para plantar uma horta, você pode usar o quintal, um cantinho qualquer e até mesmo vasos e caixotes. Alguns cuidados devem ser tomados para escolher e preparar o terreno, pois dele vai depender o bom desenvolvimento das plantas e a boa produção da sua horta:

Escolha do Terreno:

bulletSe possível, o local deve tomar sol o dia inteiro.
bulletDeve se plano ou levemente inclinado.
bulletNão deve ser encharcado.
bulletA terra deve ser adubada.
bulletA água para molhar deve ser pura e limpa, para não contaminar as verduras. Isto é importante porque você pode ter o hábito de comer alguns alimentos crus.
bulletO terreno para a horta deve ficar a afastado, no mínimo, 5 metros de privadas, chiqueiros ou esgotos.



Preparo do Terreno:

bulletLimpar ou capinar a área, ajuntando todo o mato em um canto. O material retirado servirá, depois de apodrecido, como adubo orgânico (esterco).
bulletCavar o terreno na profundidade de 20 centímetros.
bulletDesmanchar os torrões, usando enxada ou enxadão, deixando o terreno bem fofo.



3. PREPARO DOS CANTEIROS

Posição:

Em terrenos inclinados, os canteiros devem ficar atravessados em relação à queda do terreno para evitar que as águas das chuvas os destruam. Deve-se fazer uma cercadura, porque a regagem constante causa erosão nas beiradas do canteiro e diminui a área útil a ser plantada. A cercadura pode se feita com a própria terra do canteiro, tábuas, tijolos, madeira roliças ou qualquer material que segure a terra.

Dimensões:

Altura: 15 a 20 centímetros.

Comprimento: 5 metros. Pode ser maior dependendo da disponibilidade do terreno.

Largura: na beira da cerca, meio metro; no meio da horta, 1 metro.

Distância entre um canteiro e outro: de 30 a 50 centímetros.

As medidas ideais para um canteiro são as indicadas aqui. Mas, você deve fazer os canteiros do tamanho que a sua área permitir e até mesmo usar caixote ou vaso.

4. FERRAMENTAS

As ferramentas mais comuns que podem ser usadas numa horta são: colher, ancinho, enxadinha, regador, mangueira, enxada, enxadão. Se você não tem todas, pode aproveitar algum material disponível que tem em casa e fazer suas próprias ferramentas, ou mesmo substituir algumas.

5. SEMENTEIRA:

É o local onde se planta as sementes de algumas hortaliças para obter as mudas que serão transferidas para o canteiro. A sementeira é muito importante porque o bom desenvolvimento das plantas vai depender da qualidade das mudas. A sementeira de uma horta doméstica pode ser feita na ponta de uma canteiro comum, geralmente 2 ou 3 m2 de canteiro são suficientes.

Veja alguns cuidados importantes para fazer uma sementeira:

bulletUsar 1 parte de terra; 1 parte de esterco (composto orgânica) e 2 partes de areia. Misturar bem e peneirar.
bulletNão use adubo químico na sementeira .
bulletFazer sulcos ou reguinhos, com a terra já umedecida, de 10 em 10 centímetros de distância, com 1 a 2 centímetros de fundura para colocar as sementes. Os reguinhos devem ficar atravessados na sementeira.
bulletSemear a quantidade necessária de sementes, de acordo com o seu canteiro e o número de mudas que deseja.
bulletPara cobrir as sementes nos reguinhos, peneirar em cima da sementeira uma camada fina de terra.


bulletCobrir a sementeira com saco ou capim.
bulletLogo após as mudinhas nascerem, levantar esta cobertura e firmar com forquilha de madeira.
bulletA posição da sementeira deve ser atravessada em relação ao sentido do sol.
bulletRegar duas vezes ao dia, de manhã e à tarde.
bulletArrancar o mato sempre que for preciso.
bulletMolhar bem a sementeira quando for retirar as mudas.
bulletTirar as mudas quando as plantinhas tiverem 4 a 6 folhas.
bulletUsar uma colher comum ou colher de transplante para tirar as mudas.
bulletAs raízes não devem ser prejudicadas.



6. PLANTIO

O plantio no canteiro pode ser feito de três formas. Veja as instruções para os diferentes tipos de plantio:

6.1 Plantio de Mudas:

bulletNeste tipo de plantio são usadas as mudas de alface, couve, tomate, reponho, almeirão, cebola, pimentão etc. Vindos da sementeira.
bulletAs mudas devem ser escolhidas sempre preferindo as mais fortes e sadias e devem ser retiradas da sementeira, se possível, com a terra.



bulletMas, de 8 a 10 dias antes de transferir as mudas, o canteiro deve receber adubação orgânica e química. Você deve misturar à terra do canteiro 3 a 4 litros do composto orgânico (esterco) e 10 colheres das de sopa (100 gramas) do adubo NPK 4-18-8, para cada metro quadrado de canteiro.
bulletAs mudas não devem ser enterradas de mais na terra, 30 centímetro de espaçamento uma da outra e 2 a 3 centímetros de profundidade. Aperte um pouco para ficar firme.
bulletAs raízes das mudas não podem ficar dobradas. Mudas com raízes tortas ou quebradas não devem ser aproveitadas.
bulletO transplantio deve ser feito à tardinha, com o tempo fresco.
bulletApós o plantio, todas as mudas devem se regadas.
bullet25 dias depois da mudança das mudas, regar com salitre ou sulfato de amônia, sempre à tardinha, usando: 1 (uma) colher das de sopa para cada 10 litros de água, que serão aplicados em cada 1 (um) metro quadrado de canteiro. Em seguida, regar bem com água limpa para evitar que as folhas fiquem queimadas.



6.2 Plantio Direto no Canteiro:

- Costuma-se plantar diretamente no canteiro as sementes de cenoura, rabanete e beterraba.

bulletEste tipo de plantio é feito em metro corrido (linear), em fileiras, pelo canteiro, mantendo distância de 20 a 30 centímetros entre as fileiras.
bulletPorém, de 8 a 10 dias antes da semeadura, você deve adubar o canteiro com composto orgânico (esterco) e adubos químicos: misturar na terra do canteiro 3 a 4 litros de esterco e 10 colheres das de sopa (100 gramas) do adubo NPK 4-14-8 para cada metro quadrado da área.
bulletAntes de semear, abrir os sulcos ou linhas com a fundura de 2 a 3 (um) centímetro.
bulletÉ comum neste tipo de plantio nascer um número maior de plantas em um mesmo local. Quando isto acontecer, fazer o desbaste, tirando as plantas mais fracas e obedecendo o espaçamento.
bullet25 (vinte e cinco) dias após o plantio, espalhar, para cada metro corrido, 1 (uma) colher das de sopa (dez gramas) de sulfato de amônia ou salitre do Chile ou ainda do NPK 4-14-8. O adubo deve ser jogado entre as fileiras do canteiro.

6.3 Plantio em Covas:

- Costuma-se plantar nas covas as sementes de vagem, abobrinha, quiabo e ervilha.

bulletFazer covas com enxada ou enxadão, cavando até 20 (vinte) centímetros de fundura.
bulletFazer adubação 10 dias antes do plantio. Você deve colocar em cada cova 5 (cinco) litros de esterco bem curtido e 10 (dez) colheres (100 gramas) de adubo NPK 4-14-8.
bulletPlantar 3 sementes em cada cova.
bulletRegar duas vezes por dia.
bullet25 (vinte e cinco) dias depois do plantio, colocar em cada cova 1 (uma) colher das de sopa ( 10 gramas) de sulfato de amônia ou salitre do Chile ou então do NPK 4-14-8.
bulletQuando as plantas tiverem 20 (vinte) a 30 (trinta) centímetros de altura, fazer o desbaste, tirando a muda mais fraca.



7. ADUBAÇÃO

Os adubos são usados para ajudar no crescimento das plantas. Eles podem ser químicos ou orgânicos. O adubo químico é o que você já compra pronto como, por exemplo, o salitre do Chile, o sulfato de amônia e o NPK 4-14-8. Os adubos orgânico e o lixo curtido.

7.1 ADUBO CASEIRO

O esterco animal (tirado do curral ou galinheiro) pode ser substituído por outro tipo de adubo orgânico, feito com o seguinte material: folhas em feral, restos de cozinha, mato capinado, cinzas, restos de animais, cascas de frutas e outros. É fácil preparar em casa mesmo o adubo orgânico. Veja aqui:

Modo de preparar:

bulletFurar um pequeno buraco na terra e jogar todo material disponível.
bulletTampar e jogar água 2 (duas) vezes por semana.
bulletO adubo estará pronto para ser usado quando a mistura estiver curtida, ou seja, fria.
bulletPara ver se está curtido, colocar uma chapa de metal até o fundo do buraco e deixar por 10 minutos. Quando retirar a chapa, veja se ela esta quente ou fria. Se estiver fria, o adubo pode ser usado imediatamente, mas, se estiver quente, não está pronto e você deve colocar mais água.



Uso correto:

bullet3 a 4 ( três a quatro) litros por metro quadrado de canteiro.



8. PRAGAS

Formigas Saúva (cabeçuda):

bulletPara combater esta formiga, existe no mercado um série de formicidas. Mas o mais prático e que não exige equipamento para aplicação é o formicida granulado (em grãos).
bulletVocê deve ter o máximo cuidado de não tocar as mãos no formicida, porque as formigas notariam o cheiro humano e não o levariam para o formigueiro.
bulletA melhor hora para colocar o formicida no canteiro das formigas é a tardinha, pois à noite elas o carregam para o formigueiro.
bulletVocê deve ter cuidado para não colocar o formicida em lugares úmidos e nem aplicar quando estiver ameaçando chuva.
bulletO formicida não deve ser deixado ao alcance de crianças nem de animais, porque é altamente perigoso e pode provocar até morte.



Outros tipos de Formiga ( lava-pés, quem-quem, cupim etc.):

bulletUsar uma solução de creolina, feita com 1 (um) copo de creolina para cada 10 (dez) litros de água.



Uso correto:

bulletLocalizar o formigueiro.
bulletRemover a terra com a enxada.
bulletEncharcar o local com a solução de creolina



Besouros, Caracóis, Lesmas, Tatuzinhos, Lagartas, Pulgões etc:

Para combater estas pragas, use qualquer uma das seguintes soluções:

1. Extrato de nicotina - Ingrediente: 20 (vinte) centímetros de fumo de rolo forte e 4 (quatro) litros de água.

Picar o fumo e ferver durante 30 (trinta) minutos em 1 (um) litro de água. Retirar do fogo e deixar esfriar. Coe em pano fino e misture com mais 3 litros de água. O produto obtido é pulverizado sobre as pragas. Ter cuidado de aplicar rapidamente, porque seu efeito só dura 8 horas.

2. Tábuas nos Canteiros:

Coloque tábuas nos canteiros, pois nas horas quentes do dia os insetos se escondem debaixo das tábuas, sendo possível matá-los quando as tábuas são retiradas.

3. Cinza, cal e sal de cozinha:

Espalhar qualquer um destes produtos no canteiros.

9. TRATOS

Aqui estão alguns tratos importantes numa horta, para que suas plantas cresçam sadias e viçosas:

bulletRegar, molhar ou aguar: Os canteiros devem ser molhados duas vezes por dia, de manhã e à tarde. Se não tiver condições de aguar duas vezes, regue pelo menos uma vez, à tardinha. Este tipo de trato é conhecido com irrigação.
bulletCapinar: O mato que nascer nos canteiros deve ser retirado toda semana para não prejudicar o crescimento das verduras.
bulletFofar: Uma vez por semana, é preciso fofar bem a terra. Este cuidado é conhecido também como escarificação.



10. CUIDADOS

Sementes: Quando for comprar as sementes, é preciso verificar a procedência , espécie , validade e variedade com cuidado. Cada tipo de semente deve ser semeada de acordo com a melhor época da plantio.

Os inseticidas: Os inseticidas químicos não devem ser usados na horta, pois esto pode trazer sérios problemas para a saúde humana, já que muitos alimentos são comidos também crus.

Água: Não use água suja (poluída) para regar os canteiros, porque isto pode danificar as plantas e trazer problemas para sua saúde.

Remédios: Sempre que aplicar remédios caseiros nos canteiros de hortaliças, espere pelo menos 5 (cinco) dias para comê-las.

Rotação de Cultura: Após cada colheita, você deve alternar, no canteiro, o plantio de verduras de folhas por tubérculos, que são as hortaliças que dão batata debaixo da terra. Isto quer dizer que, no mesmo canteiro onde você plantou couve, pode plantar, por exemplo, a beterraba. A alface pode substituída pela cenoura; o repolho por rabanete e assim por diante, de acordo com a sua preferência.

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Última atualização: 08/05/03.

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