terça-feira, 3 de setembro de 2024

Esta árvore pode ajudar São Paulo a suportar o futuro climático!!!

 FONTE JORNAL DA USP


Comum na urbanização de cidades brasileiras desde a década de 1950, a Tipuana se mostrou resiliente em períodos críticos e pode ajudar a mitigar desafios climáticos nas cidades. Para pesquisadores, ela “não é a árvore do futuro, mas definitivamente deve fazer parte dele”

  Publicado: 02/09/2024

Texto: Pedro Morani*

Arte: Beatriz Haddad**

As cidades devem fazer adaptações com urgência para as mudanças climáticas em curso. Ambientes urbanos sofrem especialmente com os extremos de temperatura, com secas e ondas de calor devido à aglomeração populacional e ao declínio dos espaços verdes permeáveis. O reflorestamento urbano é uma das principais ferramentas das chamadas Soluções Baseadas na Natureza para atenuar estas condições, mas isso tem que ser muito bem planejado. Uma das variáveis são as espécies escolhidas, que precisam ter resistência ao estresse fisiológico imposto em grandes centros.

Tipuana tipu é uma árvore típica do norte da Argentina e sul da Bolívia, que foi introduzida em cidades brasileiras a partir da metade do século 20 e foi analisada por um grupo de pesquisa do Instituto de Biociências (IB) da USP. A espécie demonstrou alta tolerância ao estresse e pode ser bem-sucedida em promover a resiliência na cidade de São Paulo diante do aquecimento global. No estudo, foram observados os anéis de crescimento da árvore, que mostram cada ano de sua vida. No período de 2013 e 2014, marcado por uma seca extrema e até mesmo racionamento de recursos hídricos, o esperado seria um atraso no crescimento, mas a espécie mostrou um aumento na taxa.

“Queremos compreender como podemos usar a arborização da melhor forma possível para adaptar a cidade às mudanças climáticas. Como a gente pode construir florestas urbanas que sejam resilientes”, explica o biólogo Giuliano Locosselli, primeiro autor do trabalho. A espécie está entre as três mais comuns na cidade e região metropolitana. A equipe analisou unidades do polo petroquímico Capuava, em Santo André e Mauá, e em São Paulo, do Parque Santa Amélia. Em ambos, o crescimento foi comprovado pela maior taxa de fotossíntese, processo de produção de energia necessária para a sobrevivência das plantas, resultando na maior concentração de carbono, um dos benefícios que ela proporciona.

Foto de um homem de cabelos curtos e barba cerrada, de olhos escuros e camista marrom. Ele fala ao microfone.
Giuliano Locosselli - Foto: IEA/USP

A análise foi feita de forma não destrutiva, evitando que alguma árvore tivesse que ser derrubada. Por meio de um trado de incremento, um tipo de sonda, foram retiradas amostras de 5 mm do tecido. “Sabe quando estamos doentes e temos que fazer uma biópsia, tirar um pedacinho do tecido para analisar? Foi isso que fizemos com a planta”, explica Giuliano. Além do impacto da seca, também foi possível analisar o comportamento interno da espécie, incluindo os isótopos estáveis de carbono, usados para acessar a contribuição relativa de plantas que realizam a fotossíntese.

“O trabalho que o Giuliano desenvolveu trouxe coisas incríveis”, ressalta o professor Marcos Buckeridge. Foi possível constatar mudanças históricas, como na composição da poluição do ar após a proibição de adição de chumbo na gasolina, em 1989. Ainda mais específico, também constatou-se as diferenças que a mudança da direção dos ventos, ocorrida em 2006, causou na Tipuana. “Todas as variações nos anéis de crescimento de árvores são fundamentais para a gente entender o passado, e aprender com as lições para olhar para o futuro”, completa o professor.

Em espaços tombados, como o Parque da Independência, há Tipuanas que florescem em verde e amarelo – Foto: Webysther/Wikimedia Commons – CC BY-SA 4.0

Foto aérea do Parque da Independência, repleto de árvores e verde em volta, cercado de prédios.

A inserção da Tipuana na urbanização

Atualmente, a espécie não está autorizada amplamente para arborização, mas a legislação, que antes proibia o plantio de espécies estrangeiras, aumentou as possibilidades, permitindo sua presença em espaços tombados, enquanto no restante do espaço público ainda se dá prioridade para as nativas. Um desses locais, o Parque da Independência, contém Tipuanas que florescem em verde e amarelo. Essa restrição foi definida por causa da altura que essa espécie pode chegar e danificar a rede elétrica.

Em parceria com o Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, foi desenvolvido um software que determina até que altura a árvore vai crescer. Em paralelo, com a Escola Politécnica (Poli) da USP, uma metodologia que baseia-se no centro de gravidade de cada unidade, permitindo um maior controle. Mesmo assim, o recomendado é que o crescimento da espécie aconteça em espaços grandes para não afetar nenhuma estrutura ou causar riscos para a vida das pessoas caso caiam. “Essa abertura na lei foi muito comemorada, assim nós conseguimos estudar melhor e dar o devido valor pelo histórico de serviços prestados por ela”, completa o professor.

Ainda que venha de fora, outra vantagem da Tipuana é não ser invasora para a vegetação nativa, mas também adepta ao clima. “Isso é muito importante quando se pensa em implementar uma espécie numa cidade, ver se ela não pode ser predatória para outras”, ressalta Giuliano. Além disso, os benefícios que ela traz para a cidade são expressivos; sua longa trajetória dentro do município, o benefício estético da urbanização por aumentar a área verde, a quantidade de água produzida por evapotranspiração, e, principalmente, a redução da temperatura que ela causa na superfície, imprescindível para os próximos anos de aumentos da temperatura terrestre.

A Tipuana não é a árvore do futuro, mas definitivamente deve fazer parte dele. “Não é possível apostarmos todas as nossas fichas nela, mas, sabendo dos benefícios que ela traz, o mínimo que podemos fazer é continuar plantando”, afirma Giuliano. Ela já faz parte da paisagem de São Paulo, e que bom que alguém no passado tomou essa decisão, mas não deve ser a única. O aumento da biodiversidade é o caminho para um futuro minimamente confortável para a permanência humana. “Eu concordo, acho que mais espécies são o caminho, mas não muitas porque não haverá força-tarefa científica para cuidar”, alerta Buckeridge.

O artigo foi publicado na revista Urban Climate.

Mais informações com Giuliano Locosselli em locosselli@cena.usp.br

*Estagiário com orientação de Luiza Caires

*Estagiária sob supervisão de Moisés Dorado

Ouro negro: conheça o mel de melato de Bracatinga


No frio da Serra Catarinense, um mel que não tinha valor
comercial décadas atrás é conhecido hoje como ouro negro,
devido ao preço e à cor. O mel de melato de Bracatinga,
uma árvore da região, é visto como um produto nacional
único no mundo e cobiçado no exterior. Nossa equipe foi conferir. Conheça a programação da sua TV Brasil: http://tvbrasil.ebc.com.br/

domingo, 1 de setembro de 2024

OS 6 MELHORES USOS do PAPELÃO na sua HORTA ou JARDIM 🌱


Descubra como aproveitar ao máximo o papelão para facilitar a
vida na hora de cuidar da horta ou jardim! Neste vídeo, vamos
explorar os 6 melhores usos do papelão, ou da caixa de papelão,
para melhorar seu solo, reduzir ervas daninhas e fornecer
abrigo para minhocas e outros insetos e microorganismos
do solo e melhorar a sauda das plantas. O método de plantio
"no dig" ou sem escavação permitir preparar canteiros para
o plantio sem carpir e com muito menos esforço que no
método tradicional. NUNCA MAIS JOGUE FORA as CAIXAS de PAPELÃO 🌱 OS 6 MELHORES USOS do PAPELÃO na sua HORTA ou JARDIM O uso do papelão traz benefícios incríveis e sustentáveis,
permitindo cultivar de forma mais eficiente e amiga do ambiente.
Assista agora e transforme seu espaço verde! As ideias que trazemos aqui foram testadas e aprovadas
por nós, faz parte dos muitos aprendizados que nós vamos
adquirindo nessa jornada de mudança da cidade pra roça
com uma pegada de sustentabilidade! Então se junte a
nossa comunidade e para seguirmos aprendendo juntos!

sábado, 31 de agosto de 2024

COMO PLANTAR PIMENTÃO PASSO A PASSO



Se você não sabe o pimentão lidera
o ranking de alimentos com mais agrotóxicos 😢😢 Não basta ter uma alimentação saudável se o
seu alimento é cheio de agrotóxicos, então assista
esse vídeo e saiba como cultivar o seu pimentão em casa.

BANANA MAIS RÁPIDO - MANEJO E ADUBAÇÃO DA BANANEIRA


Cuidar do lixo que produzimos para que seja o menos agressivo possível ao meio ambiente, dando-lhe o destino adequado é nossa responsabilidade, caso contrário, ficaremos literalmente submersos a ele.
Numa cidade como São Paulo, aproximadamente 60% do lixo coletado consiste em material orgânico, diariamente descartado de nossas cozinhas. Ter um minhocário urbano pode auxiliar a reciclar estes restos de comida, produzir o húmus, valioso para os vasos  e obter também um biofertilizante excepcional para a nutrição das plantas.
Saiba como funciona o minhocário:


http://www.dicasdoitaim.com.br/tag/minhocario/

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

NÃO FAÇA UMA MUDA DE BANANA ANTES DE ASSISTIR ESSE VÍDEO.


Você sabe quais os tipos de banana mais comuns no Brasil? Em papo descontraído no É de Casa, a atriz Fernanda Vasconcellos revelou para Ana Furtado e Murilo Soares que gostaria muito de ter uma bananeira. Ao ouvir a declaração, o engenheiro ambiental desafiou a atriz e a apresentadora a tentarem diferenciar as frutas por tipo.

“Preciso lembrar que existem mais de mil espécies e variedades de bananas. Eu trouxe aqui as cinco principais, as mais populares no Brasil”, destacou Murilo.

Além de ser versátil, pois pode ser utilizada para fazer diversas receitas com banana, a fruta tem fácil cultivo. Você sabia que até quem mora em apartamento pode plantar banananeira em um vaso?

“A bananeira-anã tem a possibilidade de ser plantada em vaso, desde que ela fique na sacada recebendo de 6 a 8 horas diárias de sol, porque senão ela não dá fruta”, contou Murilo.

Bananas podem ser usadas no preparo de diversas receitas — Foto: Fabiano Battaglin/Gshow

Bananas podem ser usadas no preparo de diversas receitas — Foto: Fabiano Battaglin/Gshow

Porém, para cada tipo de preparo, existe uma banana específica. Então, vamos entender juntos quais são as mais comuns por aqui:

Banana-ouro

“Além do sabor, ela tem uma coloração e um perfume muito intenso. Ela é doce, só que, infelizmente, não é uma banana que produz uma grande quantidade, por isso no comércio ela tem um preço mais elevado”, destacou Murilo. E você sabia que esta banana-ouro pode ser usada no preparo de receitas salgadas? Felipe Bronze já mostrou que é possível fazer uma moqueca de banana-ouro com palmito pupunha.

Banana-maçã

“É ótima para crianças porque ela tem uma digestão muito fácil”, explicou o engenheiro florestal. Experimente usar a fruta no preparo de uma papinha de aveia e banana para o seu filho.

Banana-prata

“A banana mais produzida no Brasil, muito cultivada no Sul do país porque ela tolera temperaturas mais baixas”, pontuou Murilo Soares. Vale ressaltar que a banana-prata é mais resistente e tem maior durabilidade em casa. Esta banana é um dos ingredientes de uma panqueca nutritiva curinga para qualquer hora do dia.

Banana-nanica

“É a banana ideal para o preparo de doces e sobremesas, de tortas e bolos, de pães, de biscoitos, de sorvete. É a que tem o sabor mais intenso de banana: a banana-nanica”, explicou o engenheiro ambiental.

Banana-da-terra

“Uma banana-da-terra pode passar de 800 gramas”, ressaltou Murilo Soares, contando que a fruta é a maior do que as demais. Este tipo de banana é bastante usado em preparo de salgados, como é o caso da farofa de banana-da-terra.

Conheça os 5 principais tipos de banana no Brasil — Foto: Globo

Conheça os 5 principais tipos de banana no Brasil — Foto: Globo

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