Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com whast 51 3407-4813
terça-feira, 22 de novembro de 2022
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
Leguminosas consorciadas com café é alternativa no manejo de daninhas
amendoim forrageiro |
amendoim forrageiro |
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O pesquisador explica ainda que, na convivência das plantas daninhas com cafeeiros, ocorrem interações que propiciam benefícios ou prejuízos. Em cultivo solteiro, principalmente em lavoura nova, sobram espaço e recurso, que facilitam a maior ocupação das plantas daninhas. Nos modelos de consórcios, essa ocupação é muito reduzida, devido à área ser preenchida por arranjos de espécies que exercem o controle cultural sobre essas plantas. A tecnologia contribui com as demandas das lavouras novas de café e das lavouras adultas do Cerrado e de regiões com declive acentuado, que são mais propícias à infestação por plantas daninhas.
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
Carneiro hidráulico Epagri - montagem e instalação
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
BOMBA DE ÁGUA SEM USAR ENERGIA ELÉTRICA - OXIGENADOR EÓLICO
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
Pasto consorciado aumenta produção de carne em até 40%
Teor proteico elevado contribui para ganho de peso
Há oito anos, Francisco Militão Matheus Brito começou a ter problemas com morte súbita de pasto em suas propriedades em Alta Floresta (MT), onde cultivava braquiária brizanta, conhecida como braquiarão. “No início era um ponto que secava aqui, outro ali, formava uma reboleira, mas o problema se agravou”, diz.
Passados quatro anos, o pecuarista precisou intervir. Iniciou um processo de reforma de pastagens quando já tinha em torno de 70% da área sob estresse. De acordo com o que se apurou na época, a morte súbita de pasto tem causas múltiplas, entre elas a ação de fungos, encharcamento da terra, superpastejo e mudança de uso do solo. Segundo o Instituto Centro de Vida, ONG que presta entre outros serviços assistência técnica a produtores que precisam reformar a pastagem, diante do comprometimento de 60% da área é necessário iniciar a substituição do capim.
No caso de Francisco, outra motivação para trocar o brizantão pelo mombaça, capim do gênero Panicum, mais resistente, foi a intenção de aumentar a produtividade. Nos piores estágios de degradação, seu pasto não suportava mais de 0,7 unidades animais/ha. Hoje, ele conta que já alcança a média de 2,5 UA/ha nas áreas ainda em processo de reforma.
Feita gradativamente, a implantação do mombaça custou R$ 2 mil por ha, incluídos custos com adubação e calcareamento. Não estão contabilizados aí gastos com infraestrutura. “O mombaça é mais exigente quanto aos nutrientes do solo, mas nos trouxe bons resultados e, agora, queremos seguir investindo no uso sustentável da pastagem”, afirma. O plano do criador é fazer testes com consórcios das gramíneas humidícola e estrela africana com amendoim forrageiro. O objetivo é diversificar as opções de pastagem e não ficar refém só de um capim.
“Consórcios de leguminosas com gramíneas são velhos conhecidos de produtores do Acre”, comenta o pesquisador da Embrapa, Judson Ferreira Valentim. No Estado, o surto da morte do braquiarão veio há mais tempo e, hoje, o amendoim forrageiro já é adotado em mais de 138 mil hectares de pastagem. A puerária, outra leguminosa, em mais de 450 mil ha. “Temos que estar preparados para o ataque seja de fungos, cigarrinhas ou lagartas. Fazer isso é ter alternativas para não perder todo o capim”, diz o pesquisador da Embrapa Acre.
Os benefícios do consórcio vão além. “Ele reduz o risco de ataque por pragas e doenças, mas também aumenta a qualidade da forragem, é suprimento nitrogenado para o capim e ainda encurta o tempo de terminação dos animais, diminuindo suas emissões de metano”, afirma Judson. Com a implantação de consórcios assim, o aumento na produção de carne e leite por hectare pode chegar a 40% em relação ao manejo tradicional.
A principal explicação é a melhora na nutrição animal. Por mais bem manejado que seja, o capim mombaça não apresenta teor de proteína bruta maior que 14%. Nas condições ambientais do Acre, o amendoim forrageiro cultivar Belmonte tem teor proteico entre 20 e 25%. Os animais engordam mais rápido e são abatidos mais cedo. “Enquanto em pasto puro o criador abate um boi Nelore após 36 meses, a pasto consorciado consegue abater aos 30. Se for cruzamento industrial, o tempo cai de 30 para 24 meses na média”, afirma Judson.
A alta digestibilidade da leguminosa reduz as emissões de metano em até 30%/kg/carne produzida e influencia no ganho de peso dos animais, diz o pesquisador. Na safra 2013/2014, com o amendoim forrageiro presente em 10% da área de pasto de humidícola, observou-se um incremento de produtividade de 18% no rebanho que ficou em pasto consorciado em relação àquele que ficou em pasto puro, só de gramínea. Em termos reais, o valor saltava de 278 kg/ha, em 101 dias de experimento, para 330 kg/ha. Já na safra 2014/2015, com a leguminosa tendo ocupado 25% da área, o incremento de peso foi de 45% na comparação do primeiro com o segundo grupo. O recomendado pela Embrapa é que a proporção entre capim e leguminosa seja de 70% um, 30% outro, respectivamente.
As combinações de espécies são muitas. Judson explica que o amendoim forrageiro, por exemplo, é mais indicado para a prática da pecuária intensiva do que a puerária. Por ser rasteiro, o amendoim resiste mais ao pisoteio e vai bem em sistemas rotacionados com taxas de lotação de 2 a 2,5 UA/ha. Também é uma planta que gosta de sombra e se desenvolve melhor nos períodos de seca quando consorciada ao capim. “A puerária já é diferente. Mais indicada para sistemas de pastejo contínuo com lotação de 1,5 UA/ha, é uma trepadeira e, se não resiste tanto ao pisoteio, por outro lado, pode ser consorciada com capins mais altos”, diz o pesquisador.
Para fazer a manutenção do pasto, principalmente na pecuária intensiva, o manejo do consórcio depende muito mais da altura do capim que de um tempo fixo de descanso dado aos piquetes (ver tabela abaixo).
Indicadores para uso consorciado de gramíneas com o amendoim forrageiro em sistemas de pasto rotacionado
Tipo de capim |
Altura para entrada
dos animais |
Altura para saída
dos animais |
Brachiaria humidicola | 30 cm | 10-15 cm |
Brachiaria brizantha | 40-45 cm | 20-25 cm |
Estrela africana | 40 cm | 20 cm |
Massai | 60-70 cm | 30 cm |
O uso de variadas espécies é um trunfo com vantagens ilimitadas na mão do pecuarista. “O capim humidícola aguenta bem o pisoteio, o solo infértil, mas é menos nutritivo. Pode, então, ser uma boa opção para colocar vacas secas. No caso de uma boiada de terminação, vale a pena investir num Panicum, seja tanzânia, mombaça, ou cultivares novas, como zuri ou tamani”, indica Judson.
amendoim forrageiro |
Custos
Corrigido pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), o custo de um hectare de pastagem consorciada (implantada em 2012) seria hoje de aproximadamente R$1.500. O valor compreende gastos com correção do solo, adubação, mão de obra e insumos.
Plantio das leguminosas
Em se tratando do amendoim forrageiro, o mais comum é que o produtor adquira as mudas e faça o cultivo em pequenos viveiros e sua posterior distribuição na pastagem.
Espécies comumente dispersadas por sementes podem ser plantadas a lanço ou direto no solo. Outra possibilidade é fazer a implantação com a ajuda do gado. “Para o produtor que não tem máquinas ou quer diminuir custos, uma prática válida é misturar sementes na ração. Ainda no rúmen dos animais acontece a quebra da dormência da semente e quando o gado defeca faz a distribuição delas ao acaso”, explica o pesquisador. Havendo um pastejo uniforme das áreas, a técnica se mostra eficiente.
Projeto voltado à sustentabilidade no agro será lançado em conferência internacional!!
Fonte: souagro
Um projeto voltado à sustentabilidade no agro será lançado em conferência internacional. Será durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, que acontece em Sharm El-Sheikh, Egito.
Trata-se do Projeto Rural Sustentável – Amazônia (PRS – Amazônia), voltado ao fomento da agricultura de baixa emissão de carbono. Durante 4 anos, o Projeto atuará no bioma, em três estados brasileiros, apoiando seis cadeias produtivas sustentáveis: açaí, cacau, castanha-do-Brasil, pirarucu (de manejo), peixes redondos e café.
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A solenidade acontece no dia 11 de novembro, a partir das 11h40 (horário de Brasília) e 16h40 (horário de Sharm El-Sheikh), no miniauditório do Hub do Consórcio da Amazônia Legal.
Estarão presentes autoridades do arranjo institucional do projeto: o beneficiário institucional da ação Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); o financiador Governo do Reino Unido; o agente financeiro Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); além do executor Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade, o IABS. Participam também representantes dos governos dos três estados em que o projeto atuará: Amazonas, Pará e Rondônia.
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Projeto faz parte do Programa Rural Sustentável
O PRS – Amazônia faz parte do Programa Rural Sustentável (PRS), que está presente em mais de 20% do território brasileiro. Em sua primeira fase, atuou na Mata Atlântica e na Amazônia. Na segunda – fase atual – desenvolve ações na Caatinga, no Cerrado e retorna sua execução ao bioma amazônico.
Atuando no Brasil em mais de uma década, o PRS é voltado a melhorar a gestão da terra e das florestas por agricultores para o desenvolvimento rural sustentável, redução da pobreza e conservação da biodiversidade, sempre voltado ao fortalecimento da agricultura de baixa emissão de carbono. São cerca de 84 milhões de dólares desembolsados, por meio do Financiamento para o Clima do Reino Unido, em uma área de 1,7 milhão de km², e em mais de 250 municípios do Brasil.
Com Mapa
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