Um jovem de apenas 19 anos conseguiu recriar sozinho uma máquina
limpadora de estrume. O protótipo reduziu de uma hora para 5 minutos o
tempo que a família gasta para fazer a limpeza da estrebaria! Confira na
reportagem!
Blog dedicado a AGROECOLOGIA, ARBORIZAÇÃO URBANA, ORGÂNICOS E AGRICULTURA SEM VENENOS. Composting, vermicomposting, biofiltration, and biofertilizer production... Alexandre Panerai Eng. Agrônomo UFRGS - RS - Brasil - agropanerai@gmail.com whast 51 3407-4813
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
Adubação verde pode melhorar a qualidade dos solos e ainda recuperar áreas degradadas!!
A crise de abastecimento de água, pela qual ainda passam algumas
regiões brasileiras, sempre foi o alvo de debates ao longo dos últimos
anos, mas outro “personagem” da agricultura ganhou força em 2015, em um
ano escolhido, internacionalmente, para discutir seus problemas: o solo.
Diante da preocupação, especialistas têm se dedicado a propor
alternativas, principalmente para recuperar áreas degradadas de
pastagens. Uma delas é a adubação verde.
Pesquisadora da Embrapa Cerrados (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária), Arminda Moreira de Carvalho explica que o
método corresponde ao uso de plantas de cobertura em sucessão, rotação
ou em consórcio com outras culturas, com o intuito de proteger a
superfície, mantendo e melhorando as propriedades físico-hídricas,
químicas e biológicas do solo, em todo seu perfil.
“Partes das plantas usadas podem ser aplicadas para outros fins,
como: produção de sementes e de fibras e na alimentação animal.”
Para aplicá-la no campo, Arminda explica que é necessário o cultivo
de plantas específicas para a recuperação e/ou manutenção da matéria
orgânica e, consequentemente, das propriedades físicas, químicas e
biológicas do solo, ou seja, “buscando a melhoria da qualidade do solo e
sustentabilidade dos agroecossistemas”.
A adubação verde, informa a especialista, pode ser aplicada em
qualquer tipo de cultivo (lavoura). “Desde que o uso de associação de
cultivos (rotação, sucessão e consórcio), que constitui a adubação
verde, aumente a diversidade de espécies, a quantidade e a qualidade dos
resíduos vegetais e da matéria orgânica, além da agregação do solo,
minimizando os impactos ambientais negativos de agroecossistemas”,
alerta.
VANTAGENS
Segundo a pesquisadora da Embrapa Cerrados, os adubos verdes
colaboram para a elevação da diversidade de espécies e de resíduos
vegetais em sistemas agrícolas. Além disso, o incremento de nitrogênio
no solo, seja por meio da fixação biológica seja mediante incorporação
de biomassa, principalmente no caso das leguminosas, “é uma das
contribuições de maior relevância dos adubos verdes, proporcionando
economia de fertilizantes nitrogenados”.
Outra vantagem é o incremento da matéria orgânica do solo e melhoria
de sua qualidade, com consequente potencial para estocar C e N no solo;
recuperação e/ou a manutenção da matéria orgânica e consequentemente,
das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
“A adubação verde ainda promove o controle de insetos-pragas,
doenças, fitonematoides e plantas invasoras, reduzindo as aplicações dos
vários pesticidas. Também serve para controlar a erosão – hídrica ou
eólica, minimizando as perdas de solo e, consequentemente, de água,
nutrientes e matéria orgânica.”
Arminda também destaca que o produtor poderá reduzir ou até
mesmo eliminar a aplicação de pesticidas e fertilizantes. “Ou seja, a
adubação verde tem impactos ambientais e socioeconômicos altamente
positivos, diminuindo os riscos de poluição do solo e dos mananciais
hídricos.”
Em contrapartida, informa a pesquisadora da Embrapa Cerrados, os
efeitos negativos do método podem ocorrer caso não sejam respeitadas a
compatibilidade de cultivos entre as culturas e espécies vegetais para
adubação verde como, por exemplo, “utilizar plantas em consórcio,
rotação e/ou sucessão que sejam suscetíveis aos mesmos patógenos, como
pragas, doenças ou nematoides”.
INVESTIMENTO
Como a maioria das mudanças relacionadas à sustentabilidade no campo,
o produtor rural terá de investir. “Seria o custo adicional, porque,
apesar dos inúmeros benefícios econômico-ambientais, principalmente, com
a redução da aplicação de fertilizantes nitrogenados, esta prática
consiste em um sistema complexo no qual há necessidade de o agricultor
dispor de aporte financeiro para realizar os investimentos iniciais com
sementes, implantação e manejo das espécies vegetais cultivadas com
objetivo da adubação verde”, salienta Arminda.
Para começar a utilizá-la, também é necessário passar por uma
capacitação profissional: “Esta prática consiste em um sistema mais
complexo no qual há necessidade de o agricultor dispor de aporte
financeiro e estrutura extra para implantação e manejo das espécies
vegetais cultivadas com objetivo da adubação verde”.
LIVRO COM ORIENTAÇÕES
Em julho do ano passado, a Embrapa lançou o livro “Adubação Verde e
Plantas de Cobertura no Brasil: Fundamentos e Prática – Volume 1”, de
autoria do pesquisador da Embrapa Solos (RJ), Luis Carlos Hernani, em
parceria com outros sete pesquisadores. Na obra, são abordadas variadas
espécies vegetais com propriedades que trazem melhorias para o meio
ambiente. Também já foi lançado o volume dois, que dá continuidade ao
mesmo assunto.
De acordo com a Embrapa, entre os temas da publicação estão a
história do uso da adubação verde no Brasil, a situação atual e
perspectivas futuras da técnica, os cuidados com as espécies, os
exemplos de rotação de culturas, melhoramento genético e aspectos
ecofisiológicos. O livro também inclui informações técnicas e práticas
sobre semeadura e manejo da biomassa de adubos verdes.
Outro aspecto importante é a evolução do conceito da adubação verde e
suas modalidades, o ciclo das espécies, os sistemas de cultivo e a
recuperação de área degradadas. Além de aspectos nutricionais e fatores
químicos, físicos e biológicos, que condicionam a fertilidade do solo e o
crescimento vegetal, são tratados de forma bastante abrangente em
vários capítulos. Capítulos específicos tratam da fitossanidade,
incluindo pragas, doenças, fitonematoides e plantas daninhas.
Para adquirir os dois livros que tratam da adubação verde, acesse: http://vendasliv.sct.embrapa.br.
Por equipe SNA/RJ
sábado, 15 de fevereiro de 2020
Adubação verde com leguminosas
CROTALÁRIA ou guizo de cascavel |
A
adubação verde é uma prática agrícola que
consiste no plantio de espécies capazes de
reciclar os nutrientes presentes no solo para
torná-lo mais fértil e mais produtivo. O uso
de adubos verdes pode reduzir o uso de fertilizantes
minerais, garantindo a conservação dos
recursos naturais.
Durante o programa, a equipe da Embrapa
Agrobiologia (Seropédica - RJ) trará
informações sobre como fazer a adubação verde
com leguminosas. Essa prática permite uma
economia considerável para o pequeno
produtor, pois reduz ou até elimina o uso de
fertilizantes minerais, produtos caros. Para
fazer uma boa adubação verde o agricultor
deve escolher espécies adequadas para o tipo
de clima, solo e sistema de manejo das plantas.
Arachis Pintoi ou amendoim forrageiro |
As
raízes das leguminosas extraem vários
nutrientes das camadas mais profundas do solo, puxando-as
para a superfície. Com isso, essas plantas aumentam
a matéria orgânica presente naquela área,
contribuindo para a conservação ambiental,
retenção de água e redução da
erosão.
ESCUTE O PROGRAMA EM: http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2006/adubacao-verde-com-leguminosas
2006/10/25 20:00:00 GMT+0 | |
15' | |
Ana Lucia Ferreira (MTB 16913/RJ)
Email: analucia@cnpab.embrapa.br Telefone: (21) 2682-1500 |
|
Embrapa Agrobiologia |
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
Recuperar áreas degradadas com bolas de sementes - SEED BALL
Um método simples de restaurar a vida vegetal numa área que sofreu erosão é através de bolas de sementes. Colete sementes silvestres todos os anos. As crianças são especialmente boas em coletar sementes e gostam de aprender sobre as plantas.
Colete o maior número possível de sementes diferentes de plantas nativas do local. Faça pequenas bolas com estas sementes e um pouco de terra.
Misture as sementes com composto ou terra para plantio e acrescente barro. Coloque água suficiente apenas para umedecer a mistura.
Se colocar muita água, as sementes brotarão cedo demais. Faça pequenas bolas com esta mistura e deixe-as secar por alguns dias ao sol. Um pouco antes ou durante a estação das chuvas, vá até o local onde você quer restaurar a vida vegetal e jogue as bolas. Construir primeiro valas nas curvas de nível e outras barreiras reduz e retém a água do escoamento superficial, necessária para ajudar as sementes a brotarem e crescerem.
As sementes brotarão quando chover. O composto provê nutrientes, e o barro evita que as sementes sequem, sejam comidas por camundongos e pássaros ou levadas pelo vento. Depois de um ano, as novas plantas produzirão suas próprias sementes, e logo crescerão muitas plantas novas. O solo se acumulará ao redor das plantas, evitando a erosão. Logo, aparecerão novos tipos de plantas. Se não for perturbada, depois de muitos anos, a área inteira estará restaurada.
NOTA DA EDITORA: Este método é bom para restaurar a vida vegetal, mas não é adequado para o
reflorestamento. As árvores freqüentemente precisam de mais cuidados e tempo para crescer.
Colete somente as sementes totalmente maduras de árvores fortes e saudáveis. Pegue sementes dos melhores exemplares disponíveis da árvore. As sementes contidas em vagens ou frutas devem ser retiradas.
As frutas pegajosas, como o tamarindo, precisam ser deixadas de molho na água para que as sementes possam ser retiradas e secadas. As sementes devem estar bem secas antes de serem armazenadas. Use rótulos claros.
Algumas sementes, especialmente as muito duras, podem permanecer boas por muitos anos. Porém, algumas sementes macias, como as sementes de nim ou de maçã kei, mantêm-se apenas por algumas semanas. Use sementes frescas sempre que possível.
Valorização e Uso das Frutas Nativas para a Geração de Renda
fonte: plataforma de boas práticas
Os
técnicos do CETAP, ao realizarem um trabalho de assessoria com o
objetivo de contribuir para a afirmação da agricultura familiar e suas
organizações, com um princípio de construção baseado em uma agricultura
sustentável, dentro dos princípios da agroecologia, foram gradativamente
se dando conta da importância de ampliar os trabalhos com conservação e
uso da sócio-biodiversidade. Para além das espécies agrícolas já
conhecidas, a exemplo de variedades de milho, feijão, abóbora, batata
doce, ervilhas, morangas, entre tantas outras, buscou-se ampliar este
trabalho passando também a desenvolver ações de conservação e uso
da sócio-biodiversidade nativa.
A
promoção da agroecologia, como proposta de reconstrução de sistemas
agroalimentares promotores de soberania alimentar e protagonismo
popular, integrando campo e cidade numa perspectiva de interdependência
dentro de uma lógica de complementaridade entre rural e urbano, originou
o Projeto de " Valorização e Uso das Frutas Nativas na Perspectiva de
Associar Geração de Renda com a Conservação Ambiental e Soberania
Alimentar".
Portanto,
o trabalho de valorização e uso das espécies nativas surge dentro da
entidade CETAP, como um processo de amadurecimento e entendimento da
agroecologia, bem como do papel da entidade em se desafiar e desafiar a
sociedade na realização de inovações.
A - Informações gerais
INÍCIO: 01/2001 (em andamento)
ENTIDADE EXECUTORA: Centro de Tecnologias Alternativas e Populares - CETAP
PARCEIROS: Encontro de Sabores - Comercio de Produtos Orgânicos
APRESENTADO POR: Alvir Longhi
RECURSOS: Terceiros (provenientes de captação de recursos e/ou parceiros, sejam eles públicos ou privados, a fundo perdido ou reembolsáveis)
FAIXA DE VALOR: Acima de U$25 mil
CATEGORIA: Projeto
ÁREA TEMÁTICA PRINCIPAL: Inclusão Sócio-Produtiva
PALAVRAS-CHAVE: Fruticultura, Cooperação, Arranjos Produtivos, Cadeias Produtivas, Agricultura Familiar, Produção de Alimentos, Desenvolvimento Regional, Diversificação, Agregação de Valor, Preservação, Sistemas Agroflorestais e biodiversidade
PÚBLICO-ALVO: Agricultores familiares, empreendimentos urbanos de economia solidária e inciativas de empreendimentos sociais
LOCALIZAÇÃO: Área periurbana
ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA: Microrregional
ÁREA ESPECÍFICA DE IMPLANTAÇÃO: Municípios de Passo Fundo, Santo Antônio do Palma, Três Arroios, Aratiba, Itatiba do Sul, Sananduva, Ibiraiaras, Santo Expedito do Sul, Pinhal da Serra, Vacaria, Monte Alegre dos Campos e Campestre da Serra.
B - Descrição da prática
1- ANTECEDENTES
No
estado do Rio Grande do Sul, frutas como jabuticaba, butiá, guabiroba e
araçá, fazem parte da cultura local. Muitas pessoas as conhecem ou
lembram que na infância, de maneira lúdica, subiram em árvores para
poder degustar o sabor silvestre desses frutos. Contudo,
atualmente, a aquisição dessas frutas nativas ou de seus derivados é
restrita, principalmente pela baixa oferta nos mercados. Por isso, o
consumidor acaba adquirindo espécies exóticas, consideradas mais
produtivas pelos produtores e que são facilmente encontradas em locais
de comercialização de alimentos.
Existe
uma expressiva diversidade de espécies frutíferas, nativas do estado do
Rio Grande do Sul, e que historicamente foram negligenciadas ou pouco
utilizadas. Percebendo
isso, técnicos do Centro de Tecnologias Alternativas e Populares
(CETAP), Organização Não Governamental (ONG), com sede no município de
Passo Fundo (RS), identificaram a possibilidade de geração de renda para
os agricultores familiares ecologistas, situados em quatro regiões do
estado do Rio Grande do Sul, por meio da coleta de frutas das espécies
nativas existentes em suas propriedades.
Esses
produtores utilizam sistemas de produção de base ecológica, em pequenas
áreas de terra, com mão de obra familiar e produzindo hortaliças,
feijão, milho, mel, queijo artesanal e frutas nativas, as quais são
utilizadas para consumo próprio e o excedente comercializado em feiras.
O
principal objetivo da presente iniciativa, reside na proposição de
criação e, consequente estruturação de uma cadeia produtiva solidária,
surgida da percepção de preencher a lacuna de exploração, de um mercado
de frutas nativas.
Com
a adicional expectativa de promover desenvolvimento com geração de
oportunidades aos agricultores familiares ecologistas, acompanhados pelo
CETAP, além de levar aos consumidores alternativas para uma alimentação
natural e saudável, com sustentabilidade ambiental.
Objetivos Específicos:
- contribuir para a afirmação da agricultura familiar e suas organizações;
- construção de uma agricultura sustentável;
- preservação da biodiversidade local; e
- troca de conhecimentos, experiências e integração entre os meios rural e urbano.
3 - SOLUÇÃO ADOTADA
O
reconhecimento de que as frutas nativas estão pouco presentes nos
sistemas de produção de alimentos e na cultura alimentar, permitiu que o
CETAP desse início ao trabalho voltado à importância e ao potencial
socioeconômico dessas frutas, levando à conservação das mesmas, estando
estas em seus ambientes naturais, ou sendo cultivadas em sistemas
agroflorestais.
A
entidade contribuiu com ações que respaldaram o empreendimento
“Encontro de Sabores” para a formação da cadeia produtiva das frutas
nativas. Tal iniciativa colabora para a troca de conhecimentos,
experiências e integração entre os meios rural e urbano, propiciando
complementaridade entre ações desenvolvidas para uma ampliação de
oportunidades, associadas à preservação da biodiversidade local.
Os
fundadores do empreendimento “Encontro de Sabores”, do corpo técnico do
CETAP, avaliaram que, para obter um avanço da atividade econômica na
região de atuação, era necessário um articulador direcionado á
comercialização dos produtos procedentes dos sistemas agroflorestais ou
dos remanescentes florestais existentes nas propriedades dos
agricultores, a fim de motivá-los a cuidar e a cultivar as espécies
frutiferas nativas.
Assim,
o “Encontro de Sabores” foi constituído para fazer a conexão entre os
agentes da cadeia produtiva, a comercialização e a circulação de
produtos. Também foi identificado ser fundamental elaborar diferentes
subprodutos a partir das frutas nativas, para que o empreendimento
pudesse viabilizar-se economicamente, bem como criar mais demandas de
produtos (frutas e polpas) aos agricultores.
Com
o intuito de realizar a venda aos consumidores, foi desenvolvido um
trabalho de divulgação por meio de aulas de gastronomia, eventos de
degustação de novos produtos, para informar sobre a possibilidade de
produzir uma variedade de subprodutos a partir das polpas de frutas
nativas (amora, araçá, butiá, goiaba, guabiroba, jabuticaba, uvaia,
açaí-juçara, pinhão). devido a isso, a" Cadeia
das Frutas Nativas" foi eleita, em 2012, para participar do convênio
entre o estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Economia
Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa do Estado do Rio Grande do
Sul (Sesampe), e a Fundação de Educação para o Associativismo –
(FEA/Colacot), no marco do projeto “Cooperação Internacional no Âmbito
da Economia Solidária entre o Rio Grande do Sul e Países da América
Latina e Caribe”.
Atualmente,
a cadeia produtiva das Frutas Nativas na região de atuação direta do
CETAP em Parceria com o Encontro de Sabores, conta com a participação de
cerca de:
- 150 famílias de agricultores familiares ecologistas, além de entidades parceiras, ONGs, associações, cooperativas, prefeituras e empreendimentos da economia solidária em 17 municípios do Rio Grande do Sul;
- 69 áreas com sistemas agroflorestais no estado;
- 05 unidades de processamento de polpas de frutas nativas instaladas;
- 03 unidades comunitárias de processamento de pinhão;
- instalação de 01 unidade de processamento para elaboração em produtos finais, no município de Passo Fundo;
- Os principais produtos desta cadeia produtiva a destacar são: A bolacha de pinhão, os picolés de frutas nativas, salgados (pastel de pinhão, croquete de pinhão, pastel de butiá), as polpas de guabiroba, araçá vermelho, goiaba, jabuticaba, butiá e bergamota crioula, e por fim, os sorvetes de frutas nativas;
- Do ponto de vista econômico, as referidas atividades fazem circular em média, pela comercialização dos produtos descritos, um valor total de: aproximadamente R$ 15.000,00 por mês ou R$ 180.000,00 por ano.
5 - RECURSOS NECESSÁRIOS
As ações de valorização e uso das frutas nativas juntamente com a implementação de propostas de implantação e manejo de agroflorestas desenvolvidas pelo CETAP, nestes 15 anos de trabalho, tem tido apoio de diversos atores em diferentes momentos, desde do Governo Federal e Estadual, entidades de cooperação internacional e inciativa privada. Mais recentemente buscam-se também apoios junto às Prefeituras, nos municípios onde o trabalho é desenvolvido.
Recursos Humanos
- 02 profissionais da equipe técnica do CETAP e do Encontro de sabores
em tempo integral. Número variável de técnicos para acompanhar as àreas
agroflorestais, bem como para a assessoria técnica no desenvolvimento
de produtos a partir de frutas nativas e na construção de alternativas
de comercialização.
Recursos Materiais
- o projeto ensejou a aquisição de diversos equipamentos, tais como:
despolpadeiras, freezeres, dosadores manuais, taques de lavagem,
seladoras, equipamentos direcionados á instalação de pequenas unidades
de processamento de polpas de frutas junto aos grupos e famílias de
agricultores. Também foram adquiridos equipamentos para o processamento
do pinhão, como trituradores/moedores elétricos, descascador de pinhão,
freezer e seladora.
Infra-Estruturas: Por
último, o projeto estruturou e equipou a instalação de uma unidade de
processamento para elaboração em produtos finais, das popas e da massa
de pinhão. Juntamente com o "Encontro de Sabores" foi adquirido um KIT
feira, ou seja, um conjunto de equipamentos que permite com que os
grupos e empreendimentos participem de diversas feiras para venderem
seus produtos.
Marketing: Anualmente são investido recursos em elaboração de material de divulgação como: cartilhas técnicas, manuais, folders e banners
6 - TRANSFERÊNCIA
A
experiência desenvolvida vem gerando diversos momentos de reflexão e
troca de experiências, no âmbito da Rede Ecovida de agroecologia, do
estado do Rio Grande do Sul. Resultado
direto disso, é que a partir do de 2014, foi elaborado um plano de
trabalho em 07 regiões do estado, de forma conjunta e entre diversas
organizações, a fim de implantar estas inciativas em outras regiões.
Além
disto, o CETAP e o Encontro de Sabores receberam inúmeras vistas de
grupos de agricultores, estudantes, universidades de diversas regiões do
estado e do Brasil, a fim de conhecerem e intercambiarem conhecimentos
sobre o tema.As
Inciativas desenvolvidas, também serviram de base para a formulação de
um programa do Governo Estadual, através do departamento de economia
solidária, para o período de 2011 a 2014, direcionado ao fomento e
articulação da Cadeia Solidária das Frutas Nativas do Rio Grande do Sul.
7 - LIÇÕES APRENDIDAS
Até ao momento, destacam-se como os principais fatores constatados pela iniciativa, as seguintes inferências:
- Os agricultores que possuem árvores nativas ou que implantaram sistemas agroflorestais, apesar dos desafios a serem enfrentados, sentem-se satisfeitos quanto ao retorno econômico demonstrado pela atividade;
- As entidades que prestam serviços de acompanhamento técnico às famílias e aos grupos vêm encontrando pouco apoio das políticas públicas estaduais e nacionais, no sentido de dar continuidade aos trabalhos e de aprimorar os processos já utilizados;
- Para os técnicos, é indispensável que haja um programa de financiamento ou uma forma de custeio que possibilite a aquisição de materiais e insumos por parte das famílias de agricultores, a fim de implantar o manejo de áreas de Sistemas Agroflorestais (SAFs) e melhorar os processos de colheita e estocagem de frutas. Os técnicos reforçam que tal programa deveria se estruturar em cima da premissa de que esta ação cumpre com uma função ambiental relevante e, portanto, é de interesse do conjunto da sociedade;
- Nas comunidades rurais, 80% das iniciativas de produção de polpa de frutas nativas, na área geográfica de atuação, são realizadas em espaços informais. A maioria dos participantes, entende que há urgência de formalização, porém sem que isso descaracterize o trabalho. São necessárias dinâmicas organizativas, infraestruturas e uma legislação adequada a esta realidade;
- A operacionalização atual é executada de forma a atender à pouca procura com estoques relativamente altos para o contexto apresentado, ou que são pouco comportados pela estrutura disponível.
- Acumulo de conhecimento técnico sobre manejo de agroforesta em diferentes situações;
- Conhecimento técnico sobre processamento de frutas Nativas. Não havia conhecimento sobre esta prática até o início deste trabalho, uma vez que não existia praticamente nada versando sobre este tema, e especificamente, na região sul do brasil. Com a realização deste trabalho foi possível organizar um procedimento sobre boas práticas de processamento de frutas nativas, a mesma encontra-se descrita em uma cartilha técnica de processamento de espécies nativas;
- Desenvolvimento de novas receitas – com a realização do trabalho em parceria junto ao Encontro de Sabores foram realizadas diversas receitas de pratos doces e salgados a partir das frutas nativas, o que permite hoje realizar atividades de capacitação junto a empreendimentos de alimentação (restaurantes, hotéis e lancherias), a fim de que os mesmos possem a utilizar os produtos compostos com frutas nativas em seus cardápios;
- O trabalho realizado e as experiências geradas possibilitaram que o CETAP elaborasse uma base metodológica que possa ser utilizada em diferentes contextos, a fim de promover a valorização e uso da sócio-biodiversidade. Esta base metodológica tem como principais elementos uma espécies de fluxograma de como montar uma "Dinâmica" regional de aproveitamento, processamento e comercialização de produtos da sócio-biodiversidade, com ênfase nas frutas nativas.
Trata-se como frisado anteriormente, de uma iniciativa original, não havendo até ao momento, referências apontando iniciativa similar no estado do Rio Grande do Sul.
A visitação decorre em qualquer época do ano, limitada a um número máximo de 30 pessoas.
Frutas_Nativas-2015 (1).pdf | [ ] | 3336 kB |
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