segunda-feira, 11 de julho de 2022

A amoreira – em pequenos quintais para ornamentar, alimentar e vestir

por Redação dio Fórum da Construção

Observe os quintais que sobreviveram à implacável marcha imobiliária que transforma de uma hora para outra espaços outrora verdes em garagens, edículas e novos cômodos.

Embora a grama possa ter sido substituída por placas de cimento ou porcelanatos, ainda é possível ver roseiras quase selvagens, samambaias capilares, vasinhos com gerânios e azaleias e algumas árvores frutíferas.

Algumas delas já não encontram mais lugar nos novos quintais por conta dos frutos ou do crescimento radicular incompatível com as tubulações de água e esgoto. Uma delas, contudo, resiste à sanha urbana graças ao seu porte ornamental e aos seus frutos deliciosos: a amoreira.



Não é raro ver uma amoreira ao andar por bairros ainda não verticalizados. Seja nos fundos ou os jardins de boas vindas, as diversas espécies que são comumente chamadas como amoreira espalham-se como se fosse o último oásis de um tempo que não existe mais.

A sombra quando as folhas não caem, os pequenos e delicados frutos cuja doçura remete à infância, os pássaros que são atraídos. Quem mantém um pé de amora por perto quer apenas algo palpável e que ative sinapses saudosas. E não é para menos; a amoreira faz parte indissociável da história da humanidade, sem exageros.

Existem diversas espécies de plantas arbustivas com frutos semelhantes porém pertencentes a famílias e gêneros botânicos diferentes, mas que foram designadas popularmente de amoreiras para facilitar a vida de quem não estuda taxonomia.

Em Inglês, as diversas espécies tem a mesma terminação – berry - e são diferenciadas através de diversos sufixos (strawberry, raspberry, blackberry, entre outros).

Existem espécies nativas da Ásia, Américas e Europa. Na China, a morácea Morus nigra – a amora-preta - é usada há milênios como fonte de alimento do bicho da seda, a larva de uma mariposa cujo casulo fornece o fio da seda tão incensado pela indústria têxtil. Os frutos desta espécie são dulcíssimos e ricos em ácido ascórbico (vitamina C); por serem extremamente frágeis, os frutos são colhidos para consumo imediato ou para confecção de geleias, doces e licores. A árvore pode atingir até 12 metros de altura.

A Morus nigra é rústica e pouco exigente em termos de solo; basta que ele seja rico em matéria orgânica e com boa drenagem. Aprecia climas subtropicais e boa quantidade de água nas regas. A amoreira é uma espécie decídua, ou seja, perde todas as folhas no Inverno. Estudos sérios realizados pela Embrapa e diversas universidades destacam o poder antioxidante e anti-inflamatório do fruto roxo.


Já a rosácea Rubus fruticosus é arbustiva e atinge no máximo 2 metros, podendo ramificar-se quando tutorada. A maioria das espécies possuem espinhos e seus frutos são formados por pequenas circunferências, cada uma com uma semente, ao contrário do fruto da Morus nigra, que forma uma massa compacta com pequenos frutos arredondados.

Esta amora, também chamada de amora-preta ou blackberry, é um pouco mais exigente quanto às condições climáticas para frutificar seus doces e arroxeados frutos, por precisar de um tempo determinado de temperaturas baixas (abaixo de 7 graus Celsius) e de calor tropical. Afora estas características, a Rubus fruticosa é tão rústica quanto sua distante parente, exigindo apenas substrato com boa nutrição e regas constantes, além de solo drenável e podas de limpeza. Ambas as espécies também são altamente resistentes a pragas.




Fonte:www.jardinagemepaisagismo.com.

terça-feira, 5 de julho de 2022

APRENDA EM 04 PASSOS A PODAR SEU PÉ DE UVA E TER BELOS CACHOS

 

fonte: terral agr

2016-02-19 - 10h00

A VIDEIRA

O pé de uva é chamado de videira, parreira ou vinha. No Brasil, são várias as espécies cultivadas que podem ser consumidas in natura (consumo natural das bagas) ou na confecção de vinhos secos e suaves. Para o consumo natural, a uva mais cultivada é a espécie Vitis labrusca, seu nome popular é Niagara rosada e Niagara branca. A Niagara Rosada é aquela uva comercializada, normalmente, na beira de estrada. Outras uvas cultivadas em casa são a Bordô, a Concord e a Itália.

Benefícios do consumo da uva

As uvas possuem diversas propriedades benéficas à saúde. Elas protegem o sistema circulatório e o coração; têm propriedades antioxidantes, o que significa que impedem a ação de radicais livres no organismo; apresentam características antiinflamatórias; inibem a aglomeração das plaquetas sangüíneas, reduzindo os riscos de ocorrência de infartos e derrames; além de impedir alguns processos desencadeadores do câncer. A fruta ainda é boa fonte de vitamina C e complexo B, rica em minerais como magnésio, enxofre, ferro, cálcio e fósforo, indispensáveis a uma boa saúde.

beneficios uva

Fonte da Foto: gardener.blogg.se

Efeito ornamental da videira

Muito valorizadas por seus frutos que há milênios oferecem alimento e vinho ao homem, as videiras também podem ter uso ornamental e serem bem aproveitadas em jardins domésticos. Ao serem mantidas sobre caramanchões ou pergolados, essas trepadeiras podem adicionar altura em projetos de paisagismo e ainda prover sombra no verão. Além disso, dependendo da espécie escolhida e das condições de plantio, as parreiras de uvas podem gerar deliciosos frutos. Se o objetivo é somente produzir sombra, o melhor são as plantas que comercialmente são utilizadas como porta enxertos. Entre as variedades indicadas para regiões tropicais estão a IAC 572 Jales, a IAC 313 Tropical e a IAC 766 Campinas. Para regiões mais frias, as variedades mais apropriadas são a Paulsen 1103, a SO4, Solferino e a Kober 5BB.

uva ornamental

Fonte da foto: zielonyfront.pl

Condução da videira

Por ser trepadeira, a cultura precisa de suporte para a sustentação dos ramos. A latada ou pérgola é formada por malhas suspensas a cerca de dois metros do chão. As plantas são, assim, conduzidas na horizontal, o que permite um melhor desenvolvimento foliar, maior formação de sombras e alta produção de frutos.

uva pergola

Fonte da foto: florafind.mainegardens.org

Poda de produção da videira

A poda é uma técnica usada para estimular a planta a produzir novas brotações a partir de gemas dormentes. A videira inicia sua produção após 3 anos de plantio. Nestes primeiros 3 anos ela desenvolve raízes para absorção de nutrientes e ramos vegetativos que irão sustentar os cachos produzidos. Após 3 anos de cultivo ela têm condições nutricionais para iniciar a sua produção, produzindo poucos cachos. Com o passar dos anos, essa produção aumenta até estabilizar na fase adulta da planta. Porém, se, após o início da produção não for feita a poda, a planta tende a produzir cada vez menos cachos. Isso ocorre pelo fato da planta produzir cachos apenas em ramos novos.

produção uva

Fonte da foto: sagebud.com

Passo 01 - Desenvolvimento da videira

Para a videira produzir cachos é importante que seja feita uma boa adubação nutricional. Para o plantio da muda da videira deve-se fazer a cova 3 vezes maior o torrão da muda, encher a cova com um condicionador de solo "Classe A" misturado a 300 gramas do NPK formulação 04-14-08, plantar a muda sem desfazer o torrão, apertar em volta para que ela fique fixa e molhar em seguida. Após o plantio, deve-se iniciar a adubação foliar utilizando um fertilizante para o enraizamento e intercalar com uma formulação para o crescimento, ou seja, aplica-se, com um pulverizador nas folhas da videira, 1 vez por semana a formulação de enraizamento e na semana seguinte a formulação de crescimento. Este tratamento visa acelerar o crescimento da videira. Durante a época das chuvas, deve-se aplicar ao redor do pé da videira cerca de 100 gramas do NPK formulação 20-05-20 para o crescimento e desenvolvimento da planta. Após essa aplicação de NPK, a adubação foliar pode ser resumida apenas ao fertilizante de crescimento aplicado 1 vez a cada 15 dias.

plantio uva

Fonte da Foto: www.alltomtradgard.se

Passo 02 - Poda de produção

Após 3 anos de crescimento a videira está apta à produção. A poda deve ser feita no período de dormência da planta, final do inverno ou início da primavera. Para identificação desse período, a videira deverá estar quase sem folhas. Deve-se contar 12 gemas a partir do enxerto e podar em forma de bisel com uma tesoura de poda afiada e esterilizada em fogo brando. No corte você deve polvilhar canela em pó (a mesma utilizada no arroz doce) para a cicatrização e impedimento da entrada de pragas e doenças. Plantas mais velhas e já estruturadas no pergolado seguem o mesmo princípio. A contagem das gemas deve ser feita sob o pergolado, para não desestruturar a planta durante o desenvolvimento dos ramos de produção.

poda pergola

Fonte da foto: davethegardenguy.typepad.com

Passo 03 - Poda de manutenção e limpeza

É importante podar os ramos que crescem no porta enxerto, das raízes e na base o solo. Estes ramos "roubam" a energia que o ramo principal utilizaria para o seu crescimento e a produção dos cachos. Deve-se deixar apenas o caule principal. Deve-se podar também galhos secos e aqueles que crescem fora da estrutura principal do pergolado. É importante manter a linha de crescimento e estruturação do pergolado.

poda uva

Fonte da foto: napaprivatetours.com

Passo 04 - Adubação de produção

Todo ano, após a poda produção, deve ser feito uma adubação de produção, ou seja, é preciso dar nutrientes para que a videira produza mais cachos. Essa adubação deve ser feita utilizando-se o NPK granulado formulação 20-05-20 no pé da planta. Deve-se espalhar 300 gramas no pé da planta no 1º ano de produção ou 3º ano de vida; 400 gramas no 2º ano de produção; 500 gramas no 3º ano e assim, suscesssivamente, até estabilizar no 10º ano com 1 Kg do NPK. É importante que o produto seja muito bem espalhado sobre o solo para que no momento da sua diluição em água, uma maior gama de raízes absorva os nutrientes.

adubação uva

Fonte da foto: www.appeltern.nl

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sábado, 2 de julho de 2022

Espécie amendoim forrageiro é boa para consórcio?

 

Espécie amendoim forrageiro é boa para consórcio?

Fonte: Boi saúde

O amendoim forrageiro tem um valor nutritivo superior à maioria das leguminosas tropicais. Se você tem gado de corte na propriedade, indicamos a leitura desta dica.

Aqui, você vai entender as características importantes dessa espécie. Como resultado, sua produtividade poderá ser maior.

Ter um pasto que atende as necessidades nutricionais do gado garante um bom desempenho. A escolha da espécie é o primeiro passo.

Então, se está em busca da melhor pastagem para seu rebanho, a Boi Saúde irá te auxiliar na escolha. Quem sabe o amendoim forrageiro é a melhor alternativa para você?

 

O que é a espécie amendoim forrageiro? 

 

Em primeiro lugar, o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) é uma leguminosa rica em proteínas, nativa do Cerrado.

Caso o sistema de integração de lavoura pecuária esteja nos seus planos, essa espécie se dá muito bom nesse método.

É classificada como uma espécie perene. A propagação é feita por meio de sementes, com crescimento contínuo. As flores são brancas, amarelas, laranjas ou creme.

O índice de digestibilidade atinge entre 60% e 70%. Além disso, tem boa aceitação por parte dos bovinos. Outro ponto positivo é que pode ser consumido também por equinos, ovinos e caprinos. Triturado serve para aves. Cortado é indicado para porcos.

Entre as vantagens está a fixação do nitrogênio. O nitrogênio absorvido pelo amendoim forrageiro vira adubo. O resultado é uma melhor recuperação daquele pasto onde foi plantado. E também, sendo aproveitado pelas outras plantas em caso de consórcio.

Até em solos com média e baixa fertilidade, o amendoim forrageiro vinga.

Contudo, tem resistência a baixas temperaturas e a áreas com alagamentos temporários.

Várias cultivares estão disponíveis.

 

Como é feito o plantio?

 

Existem dois formatos: por sementes e por mudas.

Se a sua escolha for mudas, as formas mais baratas são em covas e também em sulcos.

No caso de covas abertas com enxadas, o espaçamento deve ser entre 1m e 1,5m. Sobre quantidade, são indicados 240 quilos de mudas para cada 1 hectare, por exemplo.

Agora, se a escolha de plantio for em sulcos, a profundidade deve ser de 10cm. O espaçamento de 1 metro. Aqui, são necessários 368 kg para plantio por hectare.

No plantio de sementes, a quantidade ideal é de 10 a 12 quilos por hectare.

Não esqueça da aplicação de calagem e adubo. Para uma orientação adequada, faça a análise de solo que irá indicar quais as proporções.

 

Espécie amendoim forrageiro é boa para consórcio?
Pasto de amendoim forrageiro. – Foto: GONÇALVES, Diva Conceição.

Quais são as indicações de manejo?

 

Após o plantio, o pasto precisa de um descanso entre 30 e 40 dias. Portanto, não insira os animais no local durante esse período. O amendoim forrageiro precisa desse tempo para criar raiz das mudas.

Passado o descanso, o gado pode consumir a forrageira durante 7 dias seguidos. Entretanto, dê um descanso de até 35 dias. Com essa atividade, o pisoteio e pastejo em excesso são evitados. A partir daí, terá condições de oferecer realmente o resultado esperado.

O produtor que deseja mudas pode entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Embrapa.

 

É ideal para consórcio? 

 

Sim, de acordo com a Embrapa, é a espécie ideal para consórcio com as seguintes forrageiras: braquiária brizantha, marandu, xaraés, massai. Além de capim-braquiarão, capim-braquiarinha, capim-tangola e grama-estrela-roxa.

Ideal para a recuperação de pastagens, que estão em fase de degradação, o consórcio do amendoim forrageiro com as espécies acima pode ser a salvação para a propriedade.

 

Como manter uma boa produtividade do amendoim forrageiro?

 

O plantio deve ser no início da época de chuvas. Ao apresentar umidade, o solo estará mais adequado para receber o amendoim forrageiro. Além disso, as chances de se estabelecer é maior.

Caso a região não tenha muitas chuvas, indica-se que a irrigação seja implementada.

Cuide sempre ao fazer rondas para monitoramento. Afinal, evitar pragas como cigarrinhas e cupins garantem uma saúde extra. Sem contar que parasitas precisam ficar longe.

Quanto mais você preservar o seu pasto, com adubo, herbicidas e fertilizantes, maior será o rendimento.

Então, não deixe de ler:

 

Por que ter espécies que se adaptam ao clima da região?

 

Cada pastagem se adapta a uma região (solo e clima). Algumas são nativas. Outras podem ser inseridas ali a partir da inserção no pasto.

Confira na sua região quais os pastos que são mais abundantes. Converse com os amigos e conhecidos da região.

Existem as que são mais resistentes à seca e luz. E também as que necessitam de irrigação e sombra.

O valor nutricional é algo muito importante a ser avaliado também.

Todas essas observações podem parecer detalhes. Entretanto, refletem diretamente na balança.

 

Quais outras sugestões de pastagens posso ter informações?

 

Aqui mesmo, no blog da Boi Saúde, você encontra mais conteúdo sobre tipos de forrageiras.

Algumas delas são:

 

Por fim, quer saber mais dicas sobre pecuária? Para melhorar seu desempenho na porteira, acesse nosso canal.

Os vídeos de José Carlos Ribeiro, nosso consultor especialista em agronegócio, irão proporcionar muito sucesso na sua propriedade. O acesso é gratuito e atualizado toda semana. É só clicar: Boi Saúde no YouTube.

E se esse conteúdo fez a diferença no seu conhecimento, deixe seu comentário! Em breve, iremos respondê-lo.

 

Referência:

Métodos de introdução do amendoim forrageiro em pastagens já estabelecidas no Acre. Comunicado Técnico 152. Embrapa, novembro de 2002.

LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS PERENES DE VERÃO. Capítulo 12. ILPF – Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. Embrapa.

Amendoim forrageiro melhora qualidade do pasto. Embrapa Acre Rio Branco.

Arachis pintoi: leguminosa forrageira de multiplo uso. Embrapa.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Como podar parreira de uva. Veja dicas técnicas!

 Como podar parreira de uva. Veja dicas técnicas!

fonte: MF rural

Podar a parreira de uva é uma técnica importante para garantir uma boa produção. É através desse sistema que permite estimular o crescimento da videira.

Mas, não é uma tarefa tão simples e exige um certo conhecimento técnico para não comprometer toda a planta.

Neste artigo estaremos mostrando como e quando podar a videira, além de outras informações. Boa leitura!

Cultivo da parreira de uva

Antes de tratar diretamente da poda da parreira, vamos falar um pouco sobre a uva. Originária da Ásia, o seu cultivo é considerado uma das atividades mais antigas entre os homens, devido aos seus deliciosos frutos para a produção de vinho.

No Brasil, o plantio da uva teve início desde a época do descobrimento, em 1532, através dos portugueses. É uma fruta do tipo não-climatérico, ou seja, não amadurece após a colheita, devendo ser colhida no ponto ideal de maturação.

Normalmente, as videiras são plantadas no chão, podendo atingir até sete metros de comprimento. Os frutos aparecem a partir do terceiro ano após o plantio, nos meses de novembro a março, na região sul e o ano todo na região nordeste.

Quanto podar em um pé de uva?

As uvas são produzidas a partir de botões que crescerão e se tornarão brotos em colmos para só depois formar a parreira. Ainda assim, com o passar do tempo, é importante realizar podas frequentes para estimular o crescimento da videira.

Em países do hemisfério sul, como o Brasil, esta prática é realizada anualmente durante o inverno, graças ao seu período de dormência.

Você sabia que podar as uvas quase sempre faz a diferença entre uma boa colheita e uma ruim?

Em geral, muitas pessoas têm receio de podar as parreiras em grande quantidade, mas a realidade é que este pode ser um fator importante para se obter sucesso.

Homem realizando a poda de uma parreira de uva
As podas da videira são importantes para estimar o crescimento e, por sua vez, a colheita da uva.

Isso porque, quando se trata da poda, fazê-la de forma simples não irá ajudar na frutificação adequada, ao passo em que a mais intensa será capaz de fornecer maior qualidade para a videira.

Portanto, não tenha medo de fazer o que é preciso. Tenha em mente que essa é uma boa estratégia para o sucesso de sua produção.

Diante disso, compreenda que as plantas maduras devem ser podadas anualmente, removendo os colmos frutíferos que alcançaram um ano de idade e os ramos antigos da parreira que eventualmente ficaram.

Isso vai estimular o crescimento de novos ramos onde o fruto será produzido. Confira no vídeo abaixo dicas importantes sobre a poda e tratamentos de inverno para a parreira de uva:

Fonte: Rio Grande Rural.

Como fazer a poda de uva de maneira correta?

Durante os três primeiros anos de plantio, a videira está desenvolvendo suas raízes para, a partir daí, absorver nutrientes e dar origem aos ramos que irão sustentar seus cachos no futuro.

Desse momento em diante, é preciso começar a podar. Embora existam várias maneiras de realizar este processo, todas compartilham das mesmas etapas básicas, ou seja, podar os ramos que estão aptos a serem removidas da estrutura.

E como isso seria feito? O interessante é selecionar de dois a quatro ramos mais antigos, retirando-os gradativamente para mitigar tudo o que cresceu excessivamente.

Após isso, é primordial deixar um ramo de renovação da parreira, que deve ser amarrado a um suporte de arame ou treliça.

Esta etapa é essencial para que novos brotos possam nascer e, assim, consigam se desenvolver para a estação de cultivo do próximo ano.

Afinal, à medida que a videira completar cada ciclo, você poderá cortar o ramo de renovação antigo que deixou no ano anterior, dando espaço para os mais novos ocuparem este papel.

Quantos botões devem permanecer após a poda do pé de uva?

Para podar os ramos antigos, o ideal é realizar os cortes deixando cerca de 15 botões por ramo. Ainda assim, esta quantidade pode variar de acordo com a finalidade da uva em questão.

Homem segura alicate para realizar a poda da videira
Para realizar a poda da videira é preciso levar em conta a quantidade de botões por ramo.

Para as uvas que se transformarão em vinho, o recomendado é deixar cerca de 20 a 30 botões por planta; enquanto nas uvas de mesa, é interessante deixar de 50 a 80.

O importante é ter em mente que, ao estimular a poda, não se deve ultrapassar esta quantidade.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Leonardo Cury da Silva, professor do IFRS/BG, “é importante que o produtor tenha em mente que podar não é simplesmente suprimir galhos, mas sim escolher e deixar na planta, e na posição adequada, as gemas férteis que são fundamentais para a frutificação, qualidade e manutenção da estrutura da videira“.

Ele também faz um alerta: a antecipação da poda tem limites e não deve ser feita logo após a colheita.

Se ocorrer antes da queda natural das folhas, o produtor estará evitando o acúmulo de reservas nas plantas, o que certamente irá comprometer as próximas brotações e o potencial produtivo das plantas nos próximos ciclos.

Portanto, neste artigo procuramos mostrar as técnicas ideais para saber como podar parreira de uva. Esperamos que possa ser útil pra você, e se foi que tal compartilhar com seus amigos viticultores?

E se você quer ampliar a produção em sua chácara ou mesmo quintal, outra dica é sobre como plantar pé de caqui. Confira as melhores práticas acessando esse post.

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Araçá Roxo (Psidium rufum D.C.)

 

Fonte: arbocenter

Caminhando pelas ruas de porto alegre, encontrei um araçazeiro frutificando em pleno mês de Junho, 

o que me pareceu estranho.

Angiospermae - Myrtaceae


Psidium rufum D.C. 

Nomes Populares: Araçá-Roxo, Araçá-Cagão e Araçá-Perinha.

Ocorrência: Estados da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, na mata semidecídua de altitude.

Morfologia: Arbusto grande ou arvoreta de 3-5 m de altura, dotado de copa globosa, com tronco tortuoso e ramos novos rufu-pubescentes. Folhas simples rígido-cartáceas, com margens onduladas. Flores solitárias axilares, brancas, suavemente perfumadas, formadas em agosto-setembro. Os frutos são bagas globosas, coroados pelos remanescentes do cálice, com polpa suculenta, de sabor ácido.

Fenologia: A maturação dos frutos ocorre de maio a junho. Esta espécie floresce de agosto a setembro.

Informações Ecológicas: Arbusto ou arvoreta semidecídua, heliófita até ciófita, seletiva xerófita, secundária, característica e exclusiva da mata semidecídua de altitude, onde é ocasional, com dispersão descontínua e irregular. Ocorre predominantemente em formações primárias e secundárias (capoeirões) situados sobre as partes mais elevadas do terreno, em solos geralmente argilosos e profundos, porém bem drenados. Também é encontrada como planta isolada em pastagens e outras áreas abertas.

Madeira: Pesada (densidade 0,93 g/cm³), dura, textura média, grã direita, medianamente resistente e pouco durável.

Sinonímia Botânica: Psidium pilosum Vell.

Utilidades: A madeira é indicada para marcenaria leve, embalagens, cabo de ferramentas e instrumentos agrícolas, bem como para lenha e carvão. Os frutos são comestíveis, porém laxativos. São também consumidos por pássaros. A casca contém elevado teor de tanino, sendo outrora usada para curtir couros finos. A árvore, de pequeno porte e copa uniforme, é recomendada para arborização de ruas estreitas e sob redes elétricas.

Fonte: Lorenzi, Harri. Árvores Brasileiras Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil Vol.01. 4ª edição. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda.2002.

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