domingo, 7 de julho de 2024

Esterco tratado vira fertilizante e favorece o solo e as lavouras



O Brasil tem perto de 3 milhões de vacas 🐮 em estábulos.
Todos esses animais produzem estercos que nem sempre
ganham destino correto. E para evitar um problema ambiental,
que pode levar a uma dor de cabeça ao produtor, o tratamento
desse dejeto tem sido eficaz. É que o material final se
transforma em adubo que favorece o solo e as lavouras
🍃. Confira nesta reportagem especial do RIC Rural.

sexta-feira, 5 de julho de 2024

CONTROLE ECOLÓGICO DE FORMIGAS-CORTADEIRAS - receita



Resumo

O Assentamento Carlos Marighella, atualmente denominado Comunidade Agroecológica Carlos Marighella, vem aplicando práticas ecológicas alternativas, principalmente na produção de hortigranjeiros, há mais de 2 anos. Em uma área de 2 ha, são cultivadas diversas espécies de olerícolas, durante o ano todo, com assistência técnica do Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria.

Entre as práticas ecológicas utilizadas, destaca-se o controle ecológico de formigas-cortadeiras, cujas altas infestações na área destinada aos hortigranjeiros causavam sérios prejuízos, a ponto de inviabilizar os cultivos. As formigas-cortadeiras foram controladas nesta área sem a utilização de agrotóxicos e com baixo custo.

Atualmente, o assentamento está alcançando rendimentos plenamente satisfatórios na produção de hortaliças, pois houve melhoria nas condições físicas, químicas e biológicas do solo.

Palavras-Chave

Formigas-cortadeiras, hortigranjeiro, agroecologia, assentamento

Contexto

Na Fazenda Santa Marta, situada no Distrito Industrial do município de Santa Maria, distante 8 Km da sede, foi implantado pelo Gabinete de Reforma Agrária (GRA), em fevereiro de 2000, o Assentamento Carlos Marighella, também denominado Comunidade Agroecológica Carlos Marighella, e, inicialmente, chamado de Novo Tipo. A comunidade tem 25 famílias de assentados, que estiveram acampados aproximadamente durante três anos em diversos acampamentos, situados em distintos municípios do Estado. Estas famílias foram assentadas para trabalhar coletivamente, numa área total de 305 ha, onde cada uma tem uma fração de participação da terra de quatro por cento (4%).

As famílias foram para o Assentamento com o objetivo de produzir, ecologicamente, produtos agropecuários e hortigranjeiros, assim como agroindustrializar e comercializar os mesmos. As principais práticas ecológicas utilizadas pelas famílias assentadas, visando a melhoria da fertilidade do solo, foram adubações orgânicas (estercos), vermicompostagem, aplicações de caldas fungicidas, uso de plantas alelopáticas, plantas-armadilhas ou plantas-iscas, extratos vegetais, uso de biofertilizantes organominerais enriquecidos, como adubação foliar e uso de plantas recicladoras de nutrientes (adubos verdes), tanto da estação outono-inverno como de primavera-verão, cultivadas isoladas ou em consórcio com outras culturas.

Todavia, a área do Assentamento é caracterizada por um solo profundo, arenoso e de baixa fertilidade, altamente favorável a severas infestações de formigas-cortadeiras, que dificultavam e causavam sérios prejuízos, principalmente à produção ecológica de hortaliças. Este problema obrigou as famílias assentadas a buscar práticas alternativas. A adoção de práticas ecológicas no controle das formigas-cortadeiras trouxe ótimos benefícios às famílias assentadas, uma vez que elas não precisaram lançar mão de qualquer produto químico, obtendo bons rendimentos na produção de hortigranjeiros.

Descriçao da Experiência

O controle ecológico das formigas-cortadeiras pelas famílias assentadas da Comunidade Carlos Marighella, em áreas de cultivos agroecológicos de hortigranjeiros, teve início com a melhoria da fertilidade do solo e, após, com o uso de formicida ecológico, formulado com a mistura de plantas e minerais.

A fertilidade do solo foi melhorada, principalmente com o uso de adubações orgânicas (estercos de aves e bovinos e mais resíduos resultantes da produção de cogumelos comestíveis -champignons), numa quantidade de, no mínimo, 10 toneladas por hectare, incorporadas ao solo.

O formicida ecológico foi preparado através de uma mistura composta de folhas de gergelim e mamona, secas e moídas (essas plantas haviam sido plantadas na área pelas famílias assentadas), mais a cal virgem e o enxofre.

As quantidades usadas de cada componente desta mistura foram:

-200 g de folhas secas e moídas de gergelim

-1 Kg de folhas secas e moídas de mamona

-1 kg de cal virgem

-100 g de enxofre

A aplicação deste formicida ecológico foi feita por bombeamento, através de uma polvilhadeira manual (tipo bomba), nos olheiros principais.

Esta prática ecológica mostrou resultado satisfatório quando os olheiros secundários eram obstruídos. Do contrário, as formigas paralisavam suas atividades nos formigueiros onde estava sendo realizada a aplicação e, através dos olheiros secundários, migravam para outros locais. Desta forma, a infestação continuava em outros pontos da área.

Por isso, a mobilização das famílias de assentados na realização deste controle foi intensiva, já que as formigas estavam destruindo as hortaliças cultivadas. Outro formicida ecológico, também usado pela Comunidade Ecológica Carlos Marighella, foram folhas verdes de gergelim, durante a floração/frutificação, já que neste estágio a planta atrai as formigas-cortadeiras, que cortam e carregam suas folhas para os formigueiros, e, num período de 4 a 5 dias, cessam suas atividades, vindo a morrer. O uso deste formicida ecológico foi contínuo até o desaparecimento das formigas-cortadeiras na área da horta.

Todas essas práticas ecológicas realizadas pelas famílias desta Comunidade para o controle ecológico das formigas-cortadeiras (saúvas e quenquéns) foram acompanhadas pelo Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria, que presta assistência técnica às famílias desde a implantação do assentamento.

Resultados

-Baixo custo de produção, pois as famílias não precisaram adquirir formicidas (agrotóxicos) em agropecuárias;

-Produção de alimentos limpos, isentos de produtos químicos, já que o formicida foi formulado à base de plantas cultivadas no Assentamento;

-A boa produtividade das diversas espécies de hortaliças cultivadas, que servem para o consumo das famílias, sendo o excedente comercializado em feiras de produtores, o que proporcionou a melhoria da geração de renda e a sustentabilidade das famílias, além da preservação do meio ambiente e da saúde dos assentados;

-Consolidação do objetivo desta Comunidade, de produzir somente produtos agroecológicos;

-Como a meta de controlar as formigas-cortadeiras nesta área, com estes formicidas ecológicos foi alcançada em 100%, isto estimulou o interesse dos assentados em avançar no controle das saúvas e quenquéns existentes no restante da área deste Assentamento.

-O uso do formicida ecológico, atualmente, vem sendo divulgado a outros agricultores e técnicos do município e de municípios vizinhos, através de visitas de assistência técnica, palestras, cursos, reuniões, seminários, demonstrações práticas e publicações educativas, além de visitas de técnicos e produtores ao Assentamento para verem o resultado alcançado e adotarem esta prática ecológica em suas propriedades.

Potencialidades e Limites

As famílias assentadas têm disponibilidade para receber visitas de produtores e técnicos na área de experimentação, na horta e nas demais áreas de cultivo do Assentamento.

Alguns assentados se dispõem a participar de eventos como reuniões, palestras, encontros/seminários, juntamente com os técnicos do Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria, para relatarem os resultados da referida experiência.

A pouca fertilidade do solo em alguns pontos da área total do assentamento, assim como a escassez de mão-de-obra, não permitem que as famílias possam realizar todas as práticas ecológicas a curto prazo, pois só para melhorar a fertilidade do solo são necessários cultivos para adubações verdes de outono-inverno e de primavera-verão além de rotações de culturas e aplicações de adubos orgânicos, como estercos animais.

Autores e Colaboradores

Autores



Engª Agrª Nubia Maria Vasconcellos Rosa - Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria

Técnico Agrícola Olímpio João Zatta – Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria.



Colaboradores



Agricultores assentados da Comunidade Agroecológica Carlos Marighella. 

Bibliografia e Rede de Referências

Referências



-Sabedoria popular;

-Participação em cursos, encontros, seminários, fóruns e simpósios;

-Fundação Gaia.



Rede de Contatos



Escritório Municipal da Emater/RS de Santa Maria

Fone: (55) 221 7961

E-mail: emsmara@emater.tche.br

Engº Agrº Nubia Maria Vasconcellos Rosa

E-mail: numarosa@zaz.com.br

Téc. Agr. Olímpio João Zatta

Fone: (55) 211 1554

Comunidade Agroecológica Carlos Marighella

Fone: (55) 9988 8003

quinta-feira, 4 de julho de 2024

10 PODERES DO INHAME - Dr. Charles Genehr

Peixe usado como adubo!!

 


O peixe foi usado no passado como adubo porque contém fósforo e a decomposição do peixe dá uma forte substância orgânica que ajuda a acelerar a germinação e proteger as batatas da podridão.
Este método é considerado caro nos países que não possuem uma grande riqueza de peixe, mas é muito económico para os países que têm uma boa riqueza pesqueira.
Ainda é usado em alguns países europeus, como a Noruega, e este método foi muito popular no passado devido à falta de fertilizantes.
Atualmente, quem usa o método de cultivo de sardinha tem batatas de alta qualidade e caras.


ESPINHEIRA SANTA: A PLANTA MILAGROSA PARA DORES NO ESTÔMAGO E INTESTINO...

terça-feira, 2 de julho de 2024

Cachorro dirigindo Trator? Essa você nunca viu!


E se o melhor amigo do homem ajudasse na lavoura?
O Altair e seu fiel companheiro, Coró, são a prova de que a
conexão entre humanos e animais vai além do convencional.
Usando até EPI, Coró dirige trator e ainda dá voltinhas de
moto pela cidade! Mas não se engane pela fofura,
a personalidade forte do Coró é só mais um charme
dessa dupla inseparável

A IMPORTÂNCIA DA VEGETAÇÃO NAS CIDADES

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