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segunda-feira, 3 de novembro de 2025
sábado, 1 de novembro de 2025
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
quarta-feira, 4 de junho de 2025
Folha seca não é lixo
A luxuriante Hiléia, a floresta tropical úmida da Amazônia, floresce há milhões de anos sobre os solos que estão entre os mais pobres do mundo. Este fato intrigava muitos cientistas. O grande cientista alemão, explorador da Amazônia, Alexander Von Humboldt, ainda pensava que a floresta tão viçosa, alta e densa, era indicação de solo muito fértil.
Como pode haver tanta vegetação, crescendo tão intensivamente, sobre solo praticamente desprovido de nutrientes? O segredo é a reciclagem perfeita. Nada se perde, tudo é reaproveitado. A folha morta cai ao chão, é desmanchada por toda sorte de pequenos organismos, principalmente insetos, colêmbolos, centopéias, ácaros, moluscos e depois mineralizada por fungos e bactérias. As raízes capilares das grandes árvores chegam a sair do solo e penetrar na camada de folhas mortas para reabsorver os nutrientes minerais liberados.
Poucas semanas depois de caídos, os nutrientes estão de volta no topo, ajudando a fazer novas folhas, flores, frutos e sementes. A floresta natural não necessita de adubação. Assim a floresta consegue manter-se através de séculos, milênios e milhões de anos. A situação não é diferente em nossos bosques subtropicais, nos campos, pastos ou banhados. A vida se mantém pela reciclagem. Assim deveríamos manter a situação em nossos jardins.
Um dos maiores desastres da atualidade, um desastre que está na base de muitos outros desastres, é o fato de estar a maioria das pessoas, mesmo as que se dizem cultas e instruídas, totalmente desvinculadas espiritualmente da Natureza, alienadas do Mundo Vivo.
As pessoas nascem, se criam entre massas de concreto, caminham ou rodam sobre asfalto, as aventuras que experimentam lhe são proporcionadas pela TV ou vídeo. Já não sabem o que é sentir orvalho no pé descalço, admirar de perto a maravilhosa estrutura de uma espiga de capim, observar intensamente o trabalho incrível de uma aranha tecendo sua teia. Capim, aliás, só bem tosadinho no gramado, de preferência quimicamente adubado! Se não estiver tosado, é feio! Na casa, a desinsetizadora mata até as simpáticas pequenas lagartixas, os gekos.
A situação não é melhor nas universidades. No Departamento de Biologia de uma importante universidade de Porto Alegre, encontra-se um pátio com meia dúzia de árvores raquíticas. Ali o solo é mantido sempre bem varrido, nu, completamente nu! As folhas secas são varridas e levadas ao lixo. Não distinguem sequer entre carteira de cigarro, plástico e folha seca, para eles tudo é lixo. Já protestei várias vezes. Os professores e biólogos nem tomam conhecimento. Pudera! Hoje a maioria dos que se dizem biólogos, mais merecem o nome de necrólogos, gostam mais é de lidar com vida por eles matada do que dialogar com seres e sistemas vivos. Preferem animais em vidros com álcool ou formol, plantas comprimidas em herbários. São raros, muito raros, hoje, os verdadeiros naturalistas, gente com reverência e amor pela Natureza, que com ela mantém contato e interação intensiva, gente que sabe extasiar-se diante da grandiosidade da maravilhosa sinfonia da Evolução Orgânica.
Por que digo estas coisas em "A Garça"? Atrás do prédio onde estava a Florestal da Riocell, onde estou agora instalado com meus escritórios da Tecnologia Convivial e da Vida Produtos Biológicos, existe um barranco onde estão se desenvolvendo lindas "seringueiras". Na realidade, não são seringueiras, são plantas da mesma família que nossas figueiras, mas são oriundas da Índia. Além de crescerem pelo menos dez vezes mais rápido que nossas figueiras, fazem lindas raízes aéreas e lindas tramas superficiais no solo. A alienação, que predomina entre nós, em geral, faz com que sejam demolidas tão logo atinjam tamanho interessante e aspecto realmente belo.
As Ficus elásticas a que me refiro, fizeram um lindo tapete de folhas secas. Este tapete segura a umidade do solo, mantém o solo poroso e aberto para a penetração da água da chuva e evita a erosão, especialmente na parte mais íngreme do barranco, já bastante erodida, porque no passado, ali, as folhas eram sempre removidas. Este tapete promove também o desenvolvimento da vegetação arbustiva e rasteira que dará ainda mais vida ao solo e abrigo à fauna, como corruíras e tico-ticos, lagartixas, insetos, etc. Da janela do meu escritório alegro-me cada vez que posso observar esta beleza.
Houve quem insistisse em que varrêssemos para deixar o solo nu. Faço um apelo a todos que ainda não o fizeram, observem este aspecto importante e construtivo da Natureza, aprendam a ver a beleza na grande integração do Mundo Vivo. Não vamos varrer!
Publicado em "A Garça" - Jornal da Riocell, em 13 de Fevereiro de 1990
terça-feira, 5 de março de 2024
Saúde do solo é a grande base para melhorar a produção agrícola!
Maurício Cherubin, autor de livro pioneiro no Brasil sobre o assunto, explica a importância do estudo na área, que ainda é recente.
- Post category:Atualidades / Jornal da USP no Ar / Jornal da USP no Ar 1ª edição / Rádio USP https://jornal.usp.br/?p=729693 Publicado: 04/03/2024

Pioneiro no Brasil e um dos únicos do mundo sobre saúde do solo e agricultura sustentável, o livro Soil Health and Sustainable Agriculture in Brazil (Saúde do Solo e Agricultura Sustentável no Brasil) aborda essa temática ainda recente em estudos e pesquisas. O professor Maurício Cherubin, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), e um dos autores da obra, comentam o assunto.
Importância do livro
O tema da saúde do solo é, apesar de relativamente novo dentro da ciência, um dos temas mais discutidos na atualidade, como explica o docente. Ele afirma que, por conta do pioneirismo da obra no País, ela se torna um marco referencial tanto para os ensinos da área em graduações e pós-graduações quanto para o próprio setor da agropecuária no Brasil.

Cherubin comenta que receber um convite da Sociedade Americana de Ciência do Solo (SSSA) foi algo muito importante, visto que, segundo o autor da obra, é algo difícil de se alcançar para países de fora do eixo dos Estados Unidos, ainda mais sobre um assunto que abrange especificamente um determinado país, nesse caso, o Brasil. “Isso mostra que nós temos uma agricultura, aqui no Brasil, que gera uma série de expectativas para o mundo, nas próximas décadas, seja do ponto de vista da produção de alimentos, seja do ponto de vista das mudanças climáticas”, complementa.
O autor da obra também explica que a área tem crescido no mundo: “Nos últimos dez anos, nós produzimos 75% do conhecimento científico nessa área e, nos últimos cinco anos, nós produzimos metade desse conhecimento. Então, é uma área nova que a gente tem que produzir o conhecimento e, já quase que simultaneamente, aplicar no campo, porque a demanda ocorre diariamente. Por isso a importância de difundir o conhecimento, para que mais pessoas, mais estudantes e mais profissionais da área possam se interessar e ajudar a pesquisar, a gerar soluções dentro da saúde do solo”.
Saúde do solo
Cherubin afirma que, em termos de solo, o Brasil, situado em uma região tropical, tem condições de produção excepcionais, mas a manutenção disso não é feita de forma natural e é exigida uma série de manejos para tornar o solo brasileiro produtivo. Um exemplo dado pelo professor é a região do Cerrado e o fato do Brasil ser um grande importador de alimentos antes dos avanços tecnológicos usados na região, corrigindo a acidez do solo e repondo os nutrientes necessários para a sua produtividade, o que criou um salto exponencial para a produção de alimentos no país e o transformou em uma potência na área.
“Para tentar resumir o que é saúde do solo, nada mais é do que a capacidade dos nossos solos funcionarem, sendo aquele meio para que as plantas consigam crescer, se desenvolver e produzir, mas também tem uma função fundamental de outras formas que muitas vezes as pessoas nem conseguem perceber”, comenta o docente. Nesse sentido, ele explica sua importância na regulação do clima, já que é o maior compartimento de estocagem de carbono em ambiente terrestre, podendo ser um importante meio de solução para as mudanças climáticas.
“Outra conexão básica é com a água. Nós vemos, frequentemente, casos de inundações nas grandes cidades, cada vez mais problemas de contaminação em água, e nós sabemos que o solo é fundamental nisso porque é um grande filtro natural, então, toda vez que nós impermeabilizamos o solo ou o contaminamos, estamos prejudicando a qualidade e a quantidade de água, e isso nos impacta. Então, a saúde do solo é a grande base para nós conseguirmos produzir mais, produzir melhor e produzir em um ambiente de planeta que está em mudança, tornando cada vez mais complexa essa produção”, finaliza.
Jornal da USP no Ar
Jornal da USP no Ar é uma parceria da Rádio USP com a Escola Politécnica e o Instituto de Estudos Avançados. No ar, pela Rede USP de Rádio, de segunda a sexta-feira: 1ª edição das 7h30 às 9h, com apresentação de Roxane Ré, e demais edições às 14h, 15h e às 16h45. Em Ribeirão Preto, a edição regional vai ao ar das 12 às 12h30, com apresentação de Mel Vieira e Ferraz Junior. Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo do Jornal da USP no celular.
quinta-feira, 29 de junho de 2023
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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
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