sábado, 31 de maio de 2025

Noz-pecã em sistema de agrofloresta!

Biomassa, quanto mais, melhor???


Normalmente consideramos alguns fatores principais para a escolha das espécies, como sua categoria de sucessão ecológica, se é nativa do bioma, sua taxa de crescimento… Uma espécie de serviço chave na agrofloresta é a bananeira, que além da produção de biomassa para cobertura do pé das mudas, produz frutos que serão fonte de renda durante os primeiros anos. Também gostamos bastante de usar o feijão guandu, que por ser uma leguminosa, fixa nitrogênio no solo, promovendo ciclagem de nutrientes e cresce rápido, também sendo fonte de biomassa.

As árvores de madeira mole, ou seja, que não possuem potencial madeireiro também podem ser utilizadas como espécie de serviço, como o capixingui, os ingás e guapuruvus. Até a pimenta-rosa pode ser uma espécie de serviço, desde que manejada frequentemente, como estamos fazendo no Projeto Timburi.

 Nossa equipe na implantação do nosso projeto no Vale da Pelada, Alagoas.

Muitos serviços

Além da biomassa, as espécies de serviço provém outras vantagens quando inseridas em sistemas produtivos. Chamamos de espécies de serviço de dupla aptidão aquelas que além da biomassa, podem nos fornecer outro produto, como por exemplo a bananeira e a aroeira pimenteira. Mas a verdade é que essas espécies fornecem vários outros benefícios:

  • podem criar um microclima mais adequado para o desenvolvimento de espécies mais tardias;
  • atraem polinizadores, o que beneficia a produção da cultura principal;
  • ciclam nutrientes no solo;
  • previnem erosão;
  • aumentam capacidade de retenção hídrica do solo;
  • podem atrair pragas, amenizando o ataque em culturas comerciais;
  • favorecem a descompactação do solo.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

MURO DE PNEUS usados | Como e por que fazer


MURO DE PNEUS usados | Como e por que fazer Nesse vídeo mostramos tudo sobre o nosso muro
de pneus. Optamos por esse material por vários motivos e o
mais importante deles é o fato de retirar eles da natureza. Com o muro de pnues a gente consegue aumentar
a área útil do terreno, já que ele é bastante inclinado. Lidar com esse tipo de terreno é bem complicado mas,
dessa forma podemos aproveitar muito mais. O trabalho com pneus é muito árduo e demorado.
Mas vale muito a pena. Vem com a gente ver como foi.

Permacultura


O termo permacultura é original do inglês “permanent agriculture” e foi criado pelos cientistas australianos Bill Mollison e David Holmgren na década de 70. A permacultura consiste no planejamento e na execução de soluções que tornem as ocupações humanas mais sustentáveis, unindo conhecimentos ancestrais a práticas modernas de áreas diversas como: ciências agrárias, engenharias, arquitetura e ciências sociais. Essa metodologia baseia seu modelo de cultivo na integração com a natureza conforme costumes ancestrais dos aborígines.

Essa proposta ganhou reconhecimento mundial com o lançamento do livro “Permaculture One: A Perennial Agriculture for Human Settlements”. Segundo Bill Mollison, um dos criadores do conceito, “A permacultura é a filosofia de trabalhar com, e não contra, a natureza; de observação prolongada e pensativa em vez de trabalho prolongado e impensado, e de olhar para plantas e animais em todas as suas funções, em vez de tratar qualquer área como um sistema único”.

Nos dias de hoje, a permacultura já é vista como uma ciência holística e de cunho socioambiental, que incorpora o conhecimento científico com o tradicional popular, onde o principal objetivo é garantir uma estadia saudável das espécies no planeta Terra.

A permacultura possui três pilares principais baseados na observação da ecologia e da forma sustentável de interação do ser humano e da natureza, sempre trabalhando a favor da última, nunca contra.

Pilares da permacultura:
1. Cuidar da natureza: cuidar de nossos recursos naturais;
2. Cuidar das pessoas: a vida social em harmonia em conexão com a natureza;
3. Partilha justa: criar um sistema de compartilhamento do excedente;

Permacultura urbana
Nesse contexto, existe também a permacultura urbana, conceito aplicado para a realidades das cidades. As características urbanas, como o clima, são aspectos bastante importantes a serem levados em conta para criar um ambiente que siga os preceitos da permacultura.

Existem algumas técnicas simples e eficientes que podem ser aplicadas em sua casa, rua ou bairro, para assim, desenvolver um cotidiano mais sustentável.

1. Crie maneiras de armazenar e reutilizar água: A água potável é um recurso finito e por isso devemos ser muito responsáveis com seu uso. Incorporar algum método de reaproveitamento de água da chuva ou da máquina de lavar roupas, é uma maneira simples de aplicar fundamentos da permacultura dentro de casa.

2. Descarte de resíduos orgânicos: Alguns dos resíduos orgânicos produzidos dentro de casa podem ter um destino diferente além do lixo comum. Casca de ovo, pó de café, casca de banana, chás, entre outros, podem servir de adubo para plantas. A composteira doméstica é outra alternativa, onde os resíduos orgânicos são depositados em caixas modulares para que minhocas e microorganismos façam o papel de transformarem restos de alimentos em um adubo rico em nutrientes.

3. Compre de agricultores familiares: Na hora de adquirir frutas, legumes e hortaliças opte por pequenos agricultores. As tradicionais feiras de bairro são uma das opções para encontrar esse tipo de serviço. Além de apoiar o consumo regional, você estará consumindo um produto mais saudável, com um menor teor de substâncias tóxicas, como pesticidas;
Atualmente, a permacultura conta com mais de 10 mil praticantes, espalhados por todos os continentes, e mais de 220 professores que trabalham na pesquisa e disseminação da filosofia. Ela ganhou o conhecimento dos brasileiros através do primeiro curso dado por Bill Mollison, em Porto Alegre.

Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina; Estadão.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

INVERNO - O lado bom do frio para as frutíferas

O inverno gaúcho permite ao Estado ser o maior produtor brasileiro de frutas de clima temperado.

O frio do inverno gaúcho permite ao Estado ser o maior produtor brasileiro de frutas de clima temperado: uva, ameixa, maçã, pêssego, figo, caqui e quivi, entre outras. As espécies caducifólias, que perdem as folhas no inverno, exigem de 200 a mais de 1.000 horas de frio com temperaturas abaixo de 7,2 ºC.

“Esse frio possibilita que essas plantas entrem num ciclo de dormência, de parada fisiológica, e que reiniciem novo ciclo com floração bastante intensa, grande, constante e concomitante, que não fiquem brotando um pouquinho hoje, depois florescendo um pouco daqui a 15 dias”, diz o agrônomo da Emater/RS, Antônio Conte.

Não há problemas para essas espécies que estão em dormência se ocorrerem geadas no inverno ou se as temperaturas baixarem até dois graus negativos. As baixas temperaturas também acabam protegendo as frutíferas de clima temperado dos seus principais inimigos, que são a mosca da fruta e a broca chamada grafolita. “Essas pragas têm uma fase larval e, mesmo o adulto, não resiste a temperaturas negativas”, explica.

Então no inverno há uma parada de multiplicação e só se salvam algumas dessas pragas em regiões onde é mais quente, onde a temperatura não baixa, não se torna negativa. A maioria dos fungos se desenvolve com temperaturas medianas (em torno de 15 graus) ou altas (25 a 30 graus). “Então o inverno também estabiliza e para a multiplicação desses fungos”, salienta Conte.

Sanitariamente, um inverno rigoroso para essas espécies de produção em frio favorece o início do próximo ciclo vegetativo, que leva à produção. “Com certeza o frio ajuda na qualidade. É lógico que, como o nosso clima no RS é bastante instável, se houver condições muito desfavoráveis ainda têm fatores que poderão comprometer a safra, mas o iniciar bem sempre é positivo”, destaca o agrônomo.

Brotação - A brotação das plantas começa somente no início da primavera. Até lá, o trabalho dos agricultores se resume à realização de práticas que vão ajudar na produção. Uma das principais é o tratamento de inverno com calda sulfocálcica ou bordalesa. “Visam a redução de fonte de inóculo, ou seja, de ovos de pragas e de esporos de doenças que se mantém na madeira das plantas e depois, na primavera e verão, acabam atingindo a folhagem e as frutas”, detalha o agrônomo da Emater/RS, Enio Todeschini.

Outra prática indispensável é a poda de inverno(clique e leia). “Consiste em distribuir a energia da planta entre fase vegetativa e produtiva, então se deve retirar todos aqueles galhos que não têm uma função específica (tortos, secos e quebrados), chamados ladrões, e escolher os melhores carregadores, que são aqueles que vão gerar frutas na próxima safra”, conclui.


Clima favorece doçura de cítricas

Embora não sejam uma cultura de frio, as frutas cítricas, espécies de clima subtropical, estão presentes em quase todo o Estado e têm um período de colheita que vai de abril a dezembro. Isso é possível devido aos diferentes mesoclimas existentes no RS e à diversidade de espécies e variedades de citros.

Nos meses de inverno, eles são as únicas frutas verdadeiramente da época. “Manejados e cultivados nas regiões um pouco mais quentes, permitem bom abastecimento, tendo fruta diferenciada daquela produzida em São Paulo e em outras regiões quentes, como o Nordeste”, afirma Antônio Conte. De acordo com o agrônomo, a amplitude térmica existente no RS, ou seja, a variação térmica da noite para o dia, dá às frutas aquela coloração intensa e um excelente equilíbrio entre açúcar e ácido, característicos da laranja e da bergamota produzidas aqui.

Os citros são a segunda cultura mais expressiva no Rio Grande do Sul. Somados, laranja, bergamota e limão ocupam uma área de 40 mil hectares no Estado, ficando atrás apenas da uva.


Fonte: Correio Riograndense

Permacultura Urbana - Estratégias Sustentáveis Para Uma Vida Na Cidade

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Agro Saúde e Cooperação - Noz Pecan

Controle biológico de pulgão com Extrato de folhas de Mamoeiro




[Controle Alternativo] Extrato de folhas de Mamoeiro para controle de Pulgão

Lista de culturas: Acerola, Berinjela, Lentilha, Ervilha, Maçã, Salsa, Batata-doce, Trigo, Algodão, Batata, Couve-flor, Manga, Pera, Tomate, Alfafa, Pimenta, Pimentão, Cacau, Couve, Grão-de-bico, Morango, Pepino, Soja, Brócolis, Cebolinha, Milho, Amendoim, Citrus, Melão

Extrato de folhas de Mamoeiro para controle de Pulgão em diversas culturas.

Ingredientes


1 Kg de folhas do mamoeiro picada; 5 L de água; 250g de sabão.


Modo de Preparo


Triture as folhas, loque em 1 L de água e bata em um liquidificador. Coe a calda e adocione 4 L de água com sabão.


Aplicação


Dilua a calda em 25 L de água. Pulverize sobre as folhas doentes.


*Se você é agricultor orgânico certificado, antes de aplicar qualquer tipo de calda, extrato, adubo ou produto, consulte a sua certificadora.

FONTE: maneje bem

Aprenda Como Transformar Residuos Orgánicos en Compost | Alta Calidad -T...


Aprenda a utilizar los desperdicios de los alimentos para hacer abonos:
desde una huerta urbana de Bogotá se muestra todo el proceso de
recolección y transformación de residuos orgánicos, como cáscaras
de frutas y restos de cocina, en compost. A través de la acción de
microorganismos, los residuos se descomponen y se convierten en un
abono natural que enriquece el suelo, mejora la dependencia de
fertilizantes químicos, promueve una agricultura más ecológica y
sostenible. Además, se destaca que esta práctica puede replicarse
en los hogares para contribuir al cuidado del medio ambiente. #CompostajeUrbano #ResiduosOrgánicos #AbonoOrgánico #EconomíaCircular #CultivoOrgánico

terça-feira, 27 de maio de 2025

Vitrine Técnica: cultivo de canola - cobertura do solo e flora apícola


Nossa Vitrine Técnica destaca o cultivo de canola em Santa Catarina! Atividade começa a despontar no Oeste do Estado com inúmeras possibilidades comerciais: óleo comestível, óleo para biocombustíveis, ração proteica, rotação de culturas, cobertura do solo, alimento para abelhas e redução de problemas fitossanitários das lavouras. Essa é a canola!

Aprenda na prática: como cultivar plantas frutíferas em vasos pequenos e...

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Agro, Saúde e Cooperação - Rota Saberes e Sabores - Turismo Rural


O programa mostra uma rota no município de Seara, em Santa Catarina,
que explora a agroecologia e o turismo rural. Um segmento da agricultura
familiar que está produzindo alimentos de forma sustentável,
fomentando a cultura e a história da região.

sábado, 24 de maio de 2025

Prefeitura implanta composteiras em unidades escolares para reaproveitamento de resíduos!!

 Projeto também inclui formação de pais e responsáveis para 

compostagem doméstica

terça-feira, 20 de maio de 2025

Dombéia, Astrapéia



A Astrapéia ou Dombeya, é uma linda arvoreta nativa da África.Com suas grandes folhas em forma de coração e suas inflorescências rosas pendentes dão um charme aos jardins brasileiros. Obrigada por assistir, curta se gostou do video e se inscreva no canal caso ainda não seja inscrito. •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ✿ CONTATO COMERCIAL: (SOMENTE PARA EMPRESAS): comercial@vidanojardim.com.br •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ✿ Caixa Postal 9006 Jardim Canadá Cep: 34.007-970 Nova Lima - MG ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ➽ Curta e se inscreva no canal, episódios na quarta e domingo: https://goo.gl/ojQ8uW ➽ ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• ✿ [ Website: ] http://goo.gl/7Jknqh ✿ [ Instagram: ] https://goo.gl/Iqi2RI ✿ [ Twitter: ] http://goo.gl/89TQbY ✿ [ Facebook: ] http://goo.gl/fMdUFk ✿ [ Loja Virtual: ] https://goo.gl/xYlIaV •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Música do Epidemic Sound (https://epidemicsound.com)

Bacupari: conheça a fruta, seus benefícios e como plantá-la!!

 



bacupari é uma fruta nativa da região Amazônica brasileira que, apesar do seu pequeno tamanho, apresenta diversos benefícios ao organismo. É cultivado em todo o país, naturalmente em florestas e regiões litorâneas e em pomares domésticos do Norte ao Sul do Brasil.

Trata-se de uma frutífera, também chamada de mangostão-amarelo, que produz uma fruta amarela com um sabor ácido e doce muito agradável ao paladar, sendo consumida principalmente in natura.

Neste post iremos apresentar a origem e as principais características do bacupari, seus benefícios à saúde, bem como dicas para o seu plantio e cultivo. Confira!

Leia tambémConheça o mangostão, como plantar e seus benefícios

Aspectos gerais do bacupari

bacuparizeiro (Garcinia gardneriana) é uma espécie frutífera pertencente à família Clusiaceae, com ocorrência desde as florestas da região Amazônica até o Rio Grande do Sul.

Também conhecido como bacopari, bacupari-miúdo ou mangostão-amarelo, é bastante apreciado para o consumo in natura e sua exploração ainda se dá em caráter extrativista.

A árvore, nativa do Brasil, pertence ao gênero Garcinia, o mais numeroso entre os pertencentes à família Clusiaceae, contando com cerca de 400 espécies, conhecidas por serem ricas em metabólitos secundários.

É encontrada geralmente em pomares domésticos das regiões Sudeste e Sul, mas tem habitat natural na Floresta Amazônica de terra firme e na Mata Atlântica.

Frutos de bacuparizeiro verdes e em maturação em meio às folhas verdes
Com uma polpa doce e ácida, o bacupari é uma fruta saborosa e bastante apreciada em diversas regiões brasileiras.

Características do bacupari

Trata-se de uma espécie arbustiva a arbóreaperenifólia, de ramos ascendentes e copa densa, que atinge de 5 a 10 metros de altura na idade adulta, ou 1 metro de altura quando na forma arbustiva. Seu tronco é reto e de seção cilíndrica, com fuste geralmente curto. Apresenta ramificação dicotômica e quase horizontal, com ramos lisos e brilhantes quando jovens.

Suas folhas são simples, opostas, coriáceas, lanceoladas ou oblongas, de margem plana, ondulada ou levemente crenada, e lâmina foliar de 4 a 19 cm de comprimento e 1,5 a 6 cm de largura. Já as inflorescências são aglomeradas em fascículos axilares com numerosas flores brancas, unissexuadas ou hermafroditas, e sem aroma.

época de floração depende da localidade em que se encontra, ocorrendo de agosto a janeiro no estado de São Paulo, de setembro a outubro em Santa Catarina, de setembro a dezembro no Rio Grande do Sul e em fevereiro no estado do Rio de Janeiro, por exemplo.

Quanto aos seus frutos, são drupas amarelas ou alaranjadas, oblongas e lisas, medindo de 1,5 a 4 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro. Contêm de 1 a 2 sementes de coloração castanha e listras longitudinais, e chegam a pesar até 15 gramas. Sua polpa é branca mucilaginosa, com sabor doce-acidulado bastante agradável ao paladar.

época de maturação dos frutos depende da localidade: de novembro a fevereiro no estado de São Paulo, de fevereiro a março em Santa Catarina, de janeiro a março no Rio Grande do Sul e em setembro no Rio de Janeiro.

Bacuparizeiro na forma arbustiva em pomar
O bacupari, quando na forma arbustiva, atinge cerca de 1 metro de altura, possuindo copa densa e ramos ascendentes.

Veja tambémAraçá: conheça esta fruta, como plantá-la e seus benefícios

Benefícios do bacuparizeiro à saúde

O bacuparizeiro é uma planta muito conhecida pela presença de látex e pelo fornecimento de madeira de pequeno porte à construção civil.

No entanto, essa espécie de arbusto tem chamado a atenção de estudiosos com relação à sua composição, já que pertence ao gênero Garcinia, conhecido por conter plantas com importantes derivados químicos que chamam a atenção da indústria com suas propriedades farmacológicas.

De acordo com trabalhos científicos realizados com extratos de bacuparizeiro, foram identificadas – especialmente nas folhas – a presença de compostos bioativos, tais como benzofenonas e biflavonoides. Esses extratos apresentaram as seguintes propriedades:

  • Propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes;
  • Ação analgésica em processos inflamatórios;
  • Atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas e gram-negativas;
  • Potencial anticancerígeno.

Experimentos mais recentes analisaram a utilização do extrato etanólico da casca de bacupari em ratos obesos, visando atestar a atividade antiobesidade da planta. Apesar dos resultados promissores, ainda não há evidências suficientes para provar a tese.

Por fim, também há evidências científicas que validam o uso popular por via tópica do bacupari no tratamento de processos inflamatórios cutâneos, assim como o potencial uso do extrato bruto da planta no desenvolvimento de um novo anti-inflamatório para uso tópico.

Ramos de bacupari vistos de maneira aproximada, com foco nas folhas opostas e frutos verdes
O bacupari apresenta compostos bioativos que chamam a atenção da indústria devido às suas propriedades benéficas, podendo ser encontrados tanto nos frutos, como nas folhas e no caule.

Alguns fitoterapeutas conferem ainda ao bacupari duas propriedades especiais: a de inibir a vontade de comer doces e a diminuição de produção de gordura no organismo.

De acordo com esses profissionais, o fruto apresenta ácido hidroxicitrato em sua composição (parecido com o ácido cítrico da laranja e do limão), que diminui a atividade enzimática na produção de gorduras, como o colesterol ruim (LDL). Já a inibição na vontade de comer doces se dá devido ao maior armazenamento de açúcar na forma de glicogênio, levando a uma sensação de saciedade.

Plantio e cultivo do bacupari

Agora que você já conhece mais sobre as características e benefícios do bacupari, vamos tratar sobre o seu plantio e cultivo. Confira!

Condições ideias para cultivo

Citamos que o bacuparizeiro é encontrado em diferentes regiões brasileiras, desde o seu habitat natural – região Amazônica e Mata Atlântica – até o Sul do país. A frutífera consegue se desenvolver bem em variadas condições de clima e de solo, confira:

  • Precipitação pluvial média anual: de 830 mm a 3.200 mm;
  • Temperatura média anual: de 17,5°C a 25,3°C. Importante ressaltar que a frutífera é resistente à quedas bruscas de temperatura, suportando até -3ºC no Rio Grande do Sul, e sendo indiferente à máximas de 43ºC no Nordeste e na Amazônia;
  • Condições dos solos: ocorre em diversas situações topográficas, podendo ser cultivado em solos argilosos de áreas inundáveis, em terra roxa vermelha de alta fertilidade, em solos arenosos de rápida drenagem, em solos sílicoargilosos de fertilidade alta e até em solos granilíticos. O bacuparizeiro quase não ocorre em solos enxutos. O pH varia de 3,9 a 5,6.

Propagação e plantio

propagação sexuada é o principal método utilizado para a obtenção de mudas. As sementes do bacupari devem ser semeadas logo após a sua retirada da polpa, pois perdem o poder germinativo rapidamente, são recalcitrantes. É importante atentar-se ao tamanho das sementes, já que as mais pesadas apresentam maior chance de germinação e, por isso, devem ser priorizadas e as leves, descartadas.

A taxa de germinação é acima de 80%, mas a emergência da plântula é lenta, podendo levar até 80 dias, mesmo em condições adequadas. Dessa forma, é necessário entre 6 a 10 meses para se produzir uma muda de bacuparizeiro pronta para o plantio.

Frutos de bacupari de coloração laranja em cima de saco de estopa. Um dos frutos está separado dos demais e com a casca cortada ao meio, mostrando o conteúdo da polpa de coloração branca
A propagação do bacupari se dá principalmente de maneira sexuada, efetuando-se a semeadura logo após a retirada da semente da polpa.

As mudas estarão aptas ao plantio após 12 meses de cultivo no viveiro, quando apresentarem aproximadamente 10 cm ou 6 folhas definitivas. Após o transplante, as mudas devem ficar em sombreamento de 50% até atingirem 35 cm, quando devem ser transferidas a pleno sol.

Recomenda-se que o plantio seja feito associado com outras espécies pioneiras e secundárias, ou em vegetação matricial arbórea em faixas abertas, na floresta e plantada em linhas.

Ao atingirem 40 cm – cerca de 15 meses de vida – poderão ser plantadas em local definitivo, com espaçamento de, no mínimo, 5 x 5 m entre plantas. As covas devem ser preparadas com 3 meses de antecedência e devem ter 50 cm nas 3 dimensões. É recomendável que o plantio seja realizado no início das chuvas, entre setembro e outubro, com irrigação de 10 litros a cada 15 dias, nos primeiros 3 meses.

Confira tambémCacau: condições ideais de cultivo e como plantar

Tratos culturais e colheita

Quanto aos tratos culturais, a planta não exige irrigações frequentes. É importante que o local em que foi plantada tenha cerca de 10 cm de cobertura morta para manter a umidade do solo. As podas de limpeza e formação devem ser feitas no inverno, eliminando os ramos na base do tronco e os galhos cruzados ou voltados para o interior da copa.

Quanto ao ataque de pragas, o maior problema já registrado é da cochonillha Mycetaspis personata, que ataca as folhas e os ramos.

O bacuparizeiro começa a produzir em torno de 4 a 5 anos após o plantio. O amadurecimento é verificado quando surgem pontos claros, que depois se tornam castanho-escuros, e alguns frutos já são encontrados no chão. A colheita é feita manualmente para não machucar os frutos.

Embora o pé de bacupari tenha um crescimento bastante lento, existe uma técnica de enxertia que visa acelerar a produção da frutífera, permitindo, inclusive, o seu plantio em vasos. Confira:

Enxerto inédito de Bacupari, para acelerar a produção.
Fonte: Suehiro Yamamoto.

E então, gostou desse conteúdo? Se você tem interesse em conhecer outras frutíferas menos exploradas, leia também o nosso artigo sobre a cabeludinha, seus benefícios e como plantá-la. Boa leitura!

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