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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Para onde vai o lixo? A incineração é um monstro, é queimar dinheiro.


Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê fechamento dos lixões até agosto, mas somente metade dos municípios brasileiros chegaram a elaborar seus planos de gestão de resíduos
Por Elisa Batalha, na Revista Radis, Número: 139, Abril/2014

É lei desde 2010. A partir de 3 agosto de 2014, não será permitido descartar lixo em vazadouros a céu aberto — os lixões — sob pena de multa. Segundo a Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o material reciclável deve ser coletado separadamente, e o que não tiver aproveitamento deve ser levado a aterros sanitários. Apesar da proximidade do prazo, grande parte dos municípios não elaborou o seu Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, com soluções ambiental e socialmente adequadas para o problema do lixo. Conforme levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), apenas 9% dos municípios haviam elaborado o plano até 2012, quando venceu o prazo dado pela lei para essa etapa. 

Segundo dados da última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE, de 2008, o país conta com 2.906 lixões, onde o lixo é depositado sem tratamento, em 2.810 municípios, mais da metade do total de municípios do país. O problema é mais grave em cidades de pequeno porte e na Região Nordeste. “Estimamos que, hoje, 51% dos municípios tenham elaborado o plano, mas acredito que é extremamente difícil, especialmente para os municípios pequenos, cumprir o prazo de fechamento dos lixões”, diz o coordenador nacional da CNM, Valtenir Bruno Goldmeier. Segundo ele, a confederação encaminhou pedido de postergação do prazo de apresentação dos planos para até 2015.



O fechamento dos lixões é uma — a mais urgente — das medidas determinadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (que tramitou por quase 20 anos no Congresso antes de ser sancionada). Ações como realização de coleta seletiva, responsabilização compartilhada de empresas, poder público e consumidores sobre o lixo produzido fazem parte da agenda (Radis 102). Segundo estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea), de 2010, apenas 2,4% de todo o serviço de coleta de resíduos sólidos urbanos no Brasil são realizados de forma seletiva.
A discussão sobre como aperfeiçoar e acelerar a implementação da PNRS, esteve em debate nas etapas municipais e estaduais da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, integralmente dedicada ao tema. “Não é possível que se levem outros 20 anos para resolver o problema do lixo”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na abertura do evento, realizado em Brasília entre 24 e 27 de outubro de 2013. Ao seu lado, o então ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, apontou que o “problema é essencialmente urbano”, observando que, em 2015, seremos 93% de brasileiros vivendo em cidades. “Não existe coleta seletiva na capital do país”, apontou Ronei Alves, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. Ele lembrou que com o fechamento de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro (ver matéria na pág. 20), o título de maior lixão a céu aberto da América Latina passou ao lixão da cidade Estrutural, no Distrito Federal, que recebe 8 mil toneladas de resíduos por dia.
A conferência, que reuniu representantes da sociedade civil, do setor empresarial e do setor público, teve como proposta mais votada a que determina que a implementação da política deve “garantir recursos financeiros para que os municípios e Distrito Federal tenham condição para que as cooperativas/associações de catadores de materiais recicláveis executem o trabalho de coleta seletiva, triagem e educação ambiental nas regiões de sua localização, com a devida remuneração pelo poder público, disponibilizando espaços físicos para as suas instalações e ecopontos”. Os debates se deram em quatro eixos: Produção e consumo sustentáveis; Redução dos impactos ambientais; Geração de trabalho, emprego e renda; e Educação ambiental. Foram definidas 60 ações a serem priorizadas na implementação da política, quinze de cada eixo.

Corrida contra o tempo

Os representantes das prefeituras e estados presentes à conferência se mostraram preocupados com o prazo para fechamento dos lixões, considerado curto. “Não podemos ser vistos como gestores irresponsáveis que só querem adiar prazos”, disse o representante da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), Francisco Lopes. “Não é indisposição dos municípios. Todos queremos acabar com os lixões. Até agosto, será realidade em alguns estados e em outros, não”. Segundo ele, a construção e manutenção de aterros sanitários está fora do alcance da maior parte dos municípios. “Mais de 90% não têm orçamento para manter um aterro”, disse Francisco, que defende cobrança de taxa para cobrir os gastos extras dos municípios com a coleta seletiva. “É importantíssimo para garantir a sustentabilidade dos serviços”.

Para Vinicius Fonseca, representante do Rio de Janeiro no movimento dos catadores, os prefeitos tiveram quatro anos para fechar os lixões, desde que a lei foi assinada, em 2010.
“Eles alegam que não houve tempo. O Governo Federal vem alocando recursos. Muitas vezes essa verba é mal utilizada”, considerou.
De acordo com o professor José Cláudio Junqueira, da Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade Fumec e da Escola Superior Dom Hélder Câmara, em Minas Gerais, só é viável economicamente manter um aterro sanitário com volume de resíduos gerado por pelo menos cerca de 100 mil habitantes. A reunião de vários municípios em consórcios para a construção e manutenção de aterros já ocorre em alguns estados, como no Paraná, e tem muitas vantagens, defendeu. “É importante agrupar os municípios para que se faça consorciamento. Dois terços dos aterros sanitários construídos nas últimas décadas voltaram a ser lixões por falta de manutenção”, informou.
O representante da Secretaria Nacional de Saneamento Básico do Ministério das Cidades, Sérgio Cotrim, observou que há avanços nos maiores centros urbanos, mas os municípios de menor porte encontram dificuldades. “Existe um problema orçamentário”, considerou. “É necessário resolver a sustentabilidade econômica e as fontes orçamentárias desses municípios”.

“Quem estabeleceu as metas foi o Congresso Nacional”, afirmou, em entrevista à Radis (ver pág. 16), o coordenador geral da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, Geraldo Abreu, diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. Para ele, as prefeituras precisam agir. “O que o governo avalia é que não é possível, quatro anos depois da promulgação da Lei Nacional de Resíduos Sólidos, os prefeitos virem a Brasília pedir prorrogação de prazo para fechar os lixões e responderem que nada foi feito, quando perguntamos o que fizeram até o momento”.

Dispor de um aterro sanitário não garante destinação adequada dos resíduos, conforme previsto na política nacional. Para Luiz Firmino Martins Pereira, da Subsecretaria Executiva de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, sem coleta seletiva, toda solução será limitada. “O aterro sanitário coloca o Rio de Janeiro no século 20, não no século 21”, observou. O Rio de Janeiro, por exemplo, deposita a maior parte do seu lixo em um aterro consorciado, no município vizinho de Seropédica. Embora tenha cumprido a meta de fechamento de seu lixão (em Gramacho), com tecnologia adequada, ainda não resolveu a questão da coleta seletiva.
O fim dos lixões e o sucesso da Política Nacional de Resíduos Sólidos dependeria, ainda, de uma mudança geral de comportamento. “É preciso que todos estejam engajados na separação do lixo nas casas, estabelecimentos comerciais, órgãos públicos e nas empresas. É difícil atingir essas metas se não houver mudança no comportamento das pessoas”, analisou José Cláudio.
Logística reversa
A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de determinado produto que possa causar danos ao meio ambiente ou à saúde humana devem criar um sistema de recolhimento e destinação final independente dos sistemas públicos de limpeza urbana. Ou seja, quem pôs o produto na rua tem que ajudar a recolher e evitar que ele vá se acumular nos aterros. “A logística reversa é uma materialização da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Significa que, para alguns produtos, a responsabilidade sobre o recolhimento após o consumo é de fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores de maneira compartilhada, e o consumidor também entra nessa divisão de tarefas”, afirma Zilda Veloso, do Departamento de Meio Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente.
Eletroeletrônicos, pilhas e baterias, pneus, lâmpadas fluorescentes e embalagens de óleos lubrificantes são os itens de logística reversa obrigatória e sobre os quais se vêm fazendo acordos setoriais. Resíduos hospitalares e embalagens de agrotóxicos já são regidos por regulamentação específica, que dita procedimentos para sua destinação adequada, para evitar contaminação de pessoas e do ambiente. O setor de óleos lubrificantes foi o primeiro a aderir ao acordo setorial, em dezembro de 2013.
Profissão reconhecida
Os representantes do Movimento Nacional de Catadores de Materiais recicláveis (MNCR) tiveram protagonismo na conferência, defendendo com veemência seus pontos de vista. Foi vitoriosa, por exemplo, uma das mais discutidas propostas do evento, que tratava de alteração na lei com objetivo de proibir toda e qualquer incineração de resíduos sólidos. “São milhares de pessoas que vão perder o seu sustento se materiais recicláveis forem incinerados. Incineração é um monstro, um equívoco, é queimar dinheiro. Materiais recicláveis e orgânicos têm que ser tratados, não incinerados. Só o que não tiver aproveitamento, os rejeitos, é que devem ter essa destinação. É obsoleto e não é ambientalmente, socialmente e economicamente viável”, apontou Vinicius Fonseca, do MNCR do Rio de Janeiro.

A inclusão social do catador na cadeia de resíduos é considerada um dos aspectos mais avançados e ao mesmo tempo mais complexos da PNRS. O papel atribuído a eles na política é de grande relevância. “O catador é um agente social de transformação que resolve muitos dos problemas que nós criamos”, resumiu a ministra Izabella Teixeira. São aproximadamente 600 mil trabalhadores que têm na coleta de resíduos sua fonte de renda .

Apesar de a profissão de catador já ter sido reconhecida pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), em 2002, as condições em que esses trabalhadores atuam são precárias, incluindo-se a exploração econômica de que são alvo, por parte de empresários e atravessadores. “O catador tem que ser remunerado pelo trabalho. É injusto remunerar pelo material e não pelo serviço de logística reversa que prestam”, defendeu Pedro Moura Costa, da BV RIO, empresa que trabalha com créditos de logística reversa, ou seja, uma forma de quantificar e dar valor de mercado ao serviço de coletar, recuperar e dar destinação adequada aos resíduos sólidos, incluindo o material reciclável. “É uma forma de comércio de ativos ambientais. Os mais conhecidos ativos ambientais são os créditos de carbono”, explicou.

Ele informou que somente 2% do lixo no país são reciclados e 65% desse lixo são coletados por catadores. Do material reciclável coletado, 95% são latinhas, com maior valor de mercado. “A contribuição da indústria com pontos de coleta voluntária tem sido simbólica. A coleta seletiva fica como um pepino que cai em cima do serviço público”. Para Pedro, existe discrepância de poder de barganha entre catadores e indústria. “É uma negociação desbalanceada”, definiu.

EcoDebate, 07/04/2014

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quarta-feira, 12 de março de 2014

Podemos viver sem diamantes, mas jamais viveríamos sem a água.

A Água, o Lixo e a Vida! artigo de Geraldo Moisés Martins


poluição em manancial

“LOUVADO SEJAS, MEU SENHOR, PELA IRMÃ ÁGUA QUE É MUITO ÚTIL, PRECIOSA E CASTA!”
(Francisco de Assis, Cântico das Criaturas)

Vinte e dois de março!
Dia do mineral mais precioso do Planeta: A ÁGUA.

Podemos viver sem diamantes, mas jamais viveríamos sem a água. Cantareira está provando isso para os paulistas da capital. Temos somente um dia do ano para nos lembrar de que a água doce vem se tornando cada vez mais escassa e de pior qualidade. Principalmente para a maior parcela da população mundial, constituída por países e pessoas pobres. Mas a crise atinge também os ricos. Na verdade, todos os seres vegetais, animais e humanos estão com as suas vidas ameaçadas.

Lamentavelmente, para uma grande maioria de indivíduos esse problema não causa preocupação devido ao desconhecimento e à cegueira diante da realidade. Muitos outros têm consciência, mas por comodismo e omissão, preferem fechar os olhos e cruzar os braços. Por isso, todos nós, cristãos ou não, somos desafiados a tomar uma atitude firme e permanente em defesa da água, desde a sua formação, as suas nascentes, os seus cursos até o seu encontro com o mar.
Com esse objetivo, a Pastoral da Ecologia da Diocese da Campanha sugere um tema para reflexão e ação nesse dia: “A ÁGUA, O LIXO E A VIDA”!

Mas, o que o lixo tem a ver com a água? Muitíssimo, pois esses três elementos estão entrelaçados. Em especial, nos tempos atuais porque o modelo econômico em que vivemos tem por base o consumismo desenfreado que exige uma exploração, em escala avassaladora, dos bens que a natureza dispõe de forma limpa e harmônica. Esses bens, depois de utilizados, são devolvidos ao meio ambiente de forma contaminada, poluída e quase irrecuperável. Demoram dezenas e centenas de anos para a decomposição necessária ao retorno ao ciclo natural de renovação da vida. A natureza não produz lixo! Sua alarmante degradação é consequência desse consumo desenfreado e da quantidade de lixo produzido pelo atual modo de vida irracional e suicida dos humanos.

Ninguém nega que mais água e menos lixo é igual a mais vida saudável. Infelizmente, essa equação está invertida. A cada dia, temos mais lixo, menos água e piores condições de vida.
Será possível reverter esse processo destrutivo? Claro que sim! Mas não basta ter consciência desse drama! É preciso agir com determinação e urgência. Mas isso é muito mais difícil do que se possa imaginar. Há barreiras intransponíveis. Quem estaria, por exemplo, disposto a renunciar aos padrões apelativos e prazerosos do consumo supérfluo?

A inclusão do lixo nessa questão é necessária por estar na ordem do dia em todos os municípios que ainda não equacionaram o problema dos resíduos sólidos. Terão até agosto desse ano para dar uma destinação correta ao descarte do lixo urbano. Não dá mais para esperar e prorrogar uma solução que a natureza reclama há dezenas e dezenas de anos.
Existe, obviamente, a má vontade dos governos. Bastaria, por exemplo, um pequeno percentual do que se esbanjou ou está se esbanjando na farra das obras para a Copa para resolver as carências de saneamento em todos municípios em situação precária. O benefício seria patrioticamente maior que a conquista circense do título de hexacampeão mundial. O País estaria derrotando a vergonha da poluição dos solos, das águas e da atmosfera.

Também, muitas administrações municipais preferem priorizar a recuperação de ruas, praças, monumentos e obras eleitoreiras. Elas até podem ser importantes, mas não têm a mesma prioridade diante do quadro de emergência e de penúria medieval em se encontra o tratamento do lixo e do esgoto em muitas de nossas cidades.

A solução está numa pequena palavra: VONTADE! Basta a população querer, as lideranças civis, as organizações empresariais e religiosas apoiarem e os governos municipais cumprirem suas responsabilidades legais perante o bem comum.

É possível encontrar formas comunitárias e cooperativas de coleta seletiva, separando-se o lixo orgânico do lixo sólido (papel, vidros, metais, plásticos e outros). O primeiro para a compostagem e produção de fertilizantes e o segundo para a triagem do material reciclável. Alguns municípios mais comprometidos com a sustentabilidade já construíram boas soluções que geram empregos e trazem algum retorno para as prefeituras.

Mas o maior bem que essas iniciativas proporcionam é o de garantir uma vida saudável. Essa é a primeira condição para um viver feliz. Uma cidade suja e poluída será sempre uma cidade doente, infeliz e amarga.

Vê-se que os elos entre a água, o lixo e a vida são muito fortes. Tornar essa equação positiva é construir um município sustentável. Somente uma cidade limpa e saudável é uma “cidade feliz”! É o reconhecimento que se deseja para todas as cidades brasileiras.

Lambari, março de 2014
Geraldo Moisés Martins
Coordenador Diocesano da Pastoral da Ecologia
Diocese da Campanha
EcoDebate, 12/03/2014

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Há 13 anos, carroceiro tenta limpar o rio Tietê

TV Estadão | 04.06.2013
Todos os dias, Everaldo Lagarto, de 61 anos, navega no meio lixo para recolher garrafas PET que se acumulam no rio. O carroceiro flutuante diz que já viu de tudo por ali, menos um peixe vivo

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Compostagem: Perguntas e respostas

Elemental soluções

No Brasil, apenas 1,6% do lixo orgânico coletado é reciclado. Isso representa um grande desperdício, comparando com a crise ambiental e energética que vivenciamos.
A compostagem vem se mostrando com uma ótima alternativa para a reciclagem do lixo orgânico produzido, pois é a forma mais controlada de se conseguir a biodegradação desses resíduos, transformando-os em adubo.
compostagem
A compostagem pode ser feita de várias formas, mas o conceito básico é mesmo (Foto: Reprodução)

Do que se trata?

A compostagem é uma técnica que utiliza a atividade de microrganismos para a transformação de resíduos orgânicos, em especial aqueles compostos por material de origem vegetal, em adubos. Trata-se de um processo biológico (pois é por meio da atividade de organismos macro e microscópicos que o material vira composto), aeróbio (porque há necessidade da presença de oxigênio) e termofílico (pois o material alcança fases com elevadas temperaturas).

Características do processo de compostagem (Reprodução)

Quais são as fases do processo?

O processo geral envolve diferentes fases, cada qual representada por um grupo de microorganismos. Desta forma, grupos microbianos com diferentes mecanismos de ação sobre o substrato se sucedem, transformando aos poucos o material lignocelulósico original, e produzindo matéria orgânica humificada (Pereira Neto, 1996).
Dentre as fases que observamos, podemos citar as fases de estabilização e maturação. A fase de estabilização é necessariamente termofílica, caracterizada pela presença de organismos termófilos, elevando a temperatura do volume a ser compostado a cerca de 70° c. Essa fase é muito importante pois, ao ser mantida, aumenta a eficiência do processo e elimina os organismos patogênicos, caso haja. Já a fase de maturação é caracterizada por temperaturas mesofílicas, pois envolve a ação de organismos mesófilos, ou seja, atuam na faixa de temperatura entre 20 e 40°c.
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Diagrama com as fases do processo (Foto: Reprodução)

O que afeta o processo de compostagem?

O bom andamento do processo e qualidade do produto final é função de determinados fatores. Alguns devem ser tomados em conta no começo do processo, na hora de montar as pilhas ou leiras, que é o diâmetro do material a ser compostado e o terreno sob o material. Pelo fato da necessidade de se estar frequentemente umidecendo as pilhas para melhor andamento do processo, o terreno deve ter uma certa declividade, de forma a escoar o chorume produzido. Este chorume poderá ser reutilizado depois.
Como dito anteriormente, o processo de compostagem é um processo aeróbio, ou seja, necessita de oxigênio para seu melhor desempenho. Sendo assim, é interessante a periódica aeração através do remanejo da pilha. Por razões científica, é interessante também monitorar temperatura e pH, contudo, é mais complicado o acesso a equipamentos de medição e controle desses fatores. Assim, o que se sugere é que, durante o primeiro mês, seja feita a aeração e umidecimento duas vezes por semana, em dias alternados. Por exemplo, segunda e quarta as pilhas são aeradas e nas terças e quintas são umedecidas. Importante ressaltar aqui que o umidecimento apenas serve para auxiliar a atividade microbiana. Muita água prejudica o seu desenvolvimento, retardando o processo todo.
leira de composto
O material a ser compostado deve ser intercalado com palha em uma leira (Foto: Reprodução)
A partir do segundo mês a repetição poderá ocorrer uma vez por semana, com repetições de 15 em 15 dias no terceiro mês. Caso o composto não se demonstre maduro a partir do terceiro mês, sugere-se que seja repetido a metodologia usada no último mês para aeração e umedecimento, até que ele esteja pronto.
Contudo, este processo pode apresentar diversas variações, influenciadas pela temperatura, aeração, constituição do material de origem, uso ou não de inóculos e ativadores, presença de nutrientes na formulação inicial entre outras. Todos os fatores podem ser controlados originando compostos com diferentes características e tempos de estabilização do processo. O que foi proposto se trata de uma metodologia já testada e com sua eficácia comprovada.
leira de composto arteplural.com.br
Exemplo de uma leira de composto (Foto: Reprodução)
Quanto tempo demora um processo de compostagem?
Estudos comprovam que em 3 meses é possível de se retirar um produto maduro. Como foi anteriormente falado, o processo depende da atividade microbiana. Sendo assim, fatores como aeração e umidade são importante de serem controlados.
O que se precisa fazer para praticar compostagem?
Apenas vontade e dedicação. Não há apenas uma forma de se fazer compostagem. O conceito básico foi explicado. Com isso podemos imaginar e inovar com diversas outras técnicas para se conseguir chegar a um composto maduro.
Então?! Mãos à obra?!
Referências:
BENITES, V. M. et al. Produção de Adubos Orgânicos a partir da Compostagem dos resíduos da Manutenção da Área Gramada do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2004. (Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 50).
PEREIRA NETO, J. T. Manual de Compostagem. 1996

fonte http://elementalsolucoes.com.br/compostagem-perguntas-e-respostas/

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Horta caseira adubada com lixo orgânico pode diminuir impacto ambiental!

Através do projeto Lixeira Viva, os organizadores de Curitiba (PR) demonstram que é possível transformar o lixo orgânico caseiro em um poderoso adubo para hortas. Através dessa medida simples é possível cultivar hortaliças em casa e ajudar o impacto ambiental causado pelo excesso de lixo descartado diariamente por nós.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Nova York anuncia programa de reciclagem de resíduos orgânicos



Nova York pode se tornar um exemplo para outras cidades no mundo no quesito reciclagem. A prefeitura local prepara um projeto que tornará obrigatória a separação de resíduos orgânicos, que serão usados para a produção de energia.
Este é mais um dos esforços anunciados pelo prefeito Michael Bloomberg para reduzir a quantidade de lixo que é destinado diariamente aos aterros sanitários. Em abril deste ano, a população já havia sido informada sobre a expansão no sistema, que passou a coletar os plásticos rígidos. Agora, a atenção com a separação dos itens descartados deve ser ainda maior.
Os resíduos orgânicos serão destinados à compostagem. Em consequência disso, a cidade se beneficiará com um aumento na produção de adubo orgânico e com a produção do biogás, usado para a produção de energia limpa.
Conforme informado pela Folha, o sistema de reaproveitamento do material orgânico já acontece em cidades menores norte-americanas, entre elas San Francisco e Seattle. A principal mudança a ser feita, além do trabalho cultural, é de logística, mas Nova York já passa por reestruturações.
O prefeito Bloomberg explica que, inicialmente, o sistema será voluntário, mas é possível que com o desenvolvimento do programa, ele se torne obrigatório e resulte em multa para quem não cumprir a norma.
Redação CicloVivo

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Como fazer um minhocário doméstico , casa ou apartamento – versão 2.0


Você vai precisar de:
  • Três caixas em cor escura, tipo container, que possam ser empilhadas sem o apoio das tampas e uma tampa;
  • Torneirinha de bebedouro;
  • Uma furadeira com broca de 4 ou 5 milímetros (ou outra técnica para fazer furos em plástico)
  • Minhocas (para saber mais sobre as espécies de minhocas leia Espécies de minhocas: diferenças básicas);
  • Substrato (inicialmente um saco de 20Kg);
  • Jornal sem cor ou serragem;
  • Restos de comida.
Minhocario
Conforme figura acima, faça de 10 a 15 furos no fundo das caixas 1 e 2 com a broca tamanho 5 e alguns furos na tampa com a broca tamanho 4. Corte a lateral da caixa 3 e fixe a torneirinha (use silicone para vedar a torneira).
Coloque uns cinco dedos de terra na caixa 1 e as minhocas (para saber com quantas minhocas começar leia Com quantas minhocas eu começo?). Deixe um ou dois dias antes de colocar os restos de comida, acrescentando uma camada fina de terra, serragem ou jornais sem cor. Quando a caixa 1 estiver cheia, passe-a para baixo e deixe compostar, colocando a terra e os restos de alimento na caixa 2. Depois de 45 dias o húmus estará pronto para uso.

http://www.maiscommenos.net/blog/2010/01/minhocario-caseiro-versao-2-0/

sexta-feira, 1 de março de 2013

Metade dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados, afirma relatório





Estima-se que serão três bilhões de bocas a mais para alimentar até o final do século. | Foto: SXC
Em todo o mundo são produzidos cerca de quatro bilhões de toneladas de alimentos por ano, porém 30% a 50% deste montante são desperdiçados. Esta é a estimativa do relatório britânico “Global Food; Waste not, Want not” (Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Queira).
Produzido pela Institution of Mechanical Engineers, uma organização de engenheiros mecânicos, o documento afirma que o número de humanos atingirá um pico de cerca de 9,5 bilhões de pessoas até 2075. O que significa que serão três bilhões de bocas a mais para alimentar até o final do século.
A projeção, realizada com base nos dados das Nações Unidas, tem como fim apresentar as questões sociais, econômicas, ambientais e políticas que precisam ser abordadas hoje para garantir um futuro sustentável para todos.
O desperdício de alimentos acontece devido, principalmente, aos seguintes fatores: práticas inadequadas no armazenamento, colheita e transporte, assim como o desperdício nas prateleiras do mercado e pelo próprio consumidor.
O instituto também alerta sobre outras questões decorrentes dessa prática insustentável. “Grandes quantidades de terra, energia, fertilizantes e água também são perdidos na produção de gêneros alimentícios, que simplesmente acabam no lixo. Este nível de desperdício é uma tragédia que não pode continuar, se quisermos ter sucesso no desafio de atender nossas demandas de forma sustentável de alimentos no futuro”.
Para enfrentar o desafio, a instituição faz três recomendações: Que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) trabalhe junto às comunidades ajudando em todas as fases da produção de alimentos; indica também que os governos em desenvolvimento incorporem em sua prática a minimização de resíduos na infraestrutura de transporte e de armazenamento e também que os já desenvolvidos implementem políticas que tornem o consumidor mais consciente e desencorajam os varejistas a realizarem práticas que levem ao desperdício. Para ler o relatório completo clique aqui.
Redação CicloVivo

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O desperdício de alimentos no Brasil

O Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos (Akatu, 2003), produzindo 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população (FAO). De toda esta riqueza, grande parte é desperdiçada.
Segundo dados da Embrapa, 2006, 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano tem o lixo como destino. Diariamente, desperdiçamos o equivalente a 39 mil toneladas por dia, quantidade esta suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros, com as três refeições básicas: café da manhã, almoço e jantar (VELLOSO, Rodrigo. Comida é o que não falta. Superinteressante. São Paulo: Ed. Abril, nº 174, março/2002).
De acordo com o caderno temático “A nutrição e o consumo consciente” do Instituto Akatu (2003), aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva:
  • 20% na colheita;
  • 8% no transporte e armazenamento;
  • 15% na indústria de processamento;
  • 1% no varejo;
  • 20% no processamento culinário e hábitos alimentares.
Segundo Instituto Akatu, 2004: Os números supracitados fazem do Brasil um dos campeões mundiais de desperdício. Analisando estes dados de uma forma mais simples, isso significa que uma casa brasileira desperdiça, em média, 20% dos alimentos que compra semanalmente, o que remete a uma perda de US$ 1 bilhão por ano, ou o suficiente para alimentar 500 mil famílias.
Prova deste desperdício financeiro é ressaltada pela 8ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, em 2007, que demonstra que os supermercados perderam 4,48% de seu movimento financeiro, em perecíveis. Além disso, uma estimativa realizada pela Coordenadoria de Abastecimento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo indicara que perdas na cadeia produtiva dos alimentos equivalem a 1,4% do PIB – Produto Interno Bruto.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Será mesmo o triunfo do lixo?

O homem descarta mais resíduos do que a Terra suporta e ameaça a própria sociedade humana.


O homem já movimenta volume de material na mesma quantidade que a Terra, em seu ciclo normal, o que é muito mais do que o meio ambiente pode suportar. Se há exageros no planeta, o mesmo ocorre no Brasil, aonde a população equivale a 2,7% do total mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) corresponde a 3,5% da riqueza global, mas os habitantes descartam 5,5% dos resíduos planetários.

Esta é apenas uma das avaliações feitas pelo geógrafo e sociólogo Maurício Waldman, autor, entre outros, do livro “Lixo: cenários e desafios” (Cortez, 2011), ao repórter Manuel Alves Filho, do Jornal da Unicamp, cuja matéria o Correio Riograndense foi autorizado a reproduzir.

Se a humanidade vive a era do conhecimento, vive igualmente a era do lixo. Do ponto de vista quantitativo, a natureza movimenta, em seu ciclo normal, 50 bilhões de toneladas de materiais por ano. Os homens, por seu turno, movimentam 48 bilhões de toneladas no mesmo período, sendo que 30 bilhões são de resíduos. “Isso é muito mais do que o ambiente pode suportar”, sentencia o geógrafo e sociólogo Maurício Waldman, especialista no tema. Ele é o autor, entre outros, do livro Lixo: Cenários e Desafios, indicado como um dos dez finalistas do Prêmio Jabuti 2011 na categoria Ciências Naturais. A obra é resultado da pesquisa de pós-doutoramento de Waldman, desenvolvida no Departamento de Geografia do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, sob a orientação do professor Antonio Carlos Vitte e com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq).

O lixo, conforme o pesquisador, tem sido um problema recorrente em todo o mundo, inclusive no Brasil. Não bastasse a humanidade estar crescendo e gerando cada vez mais resíduos, o quadro vem se agravando graças à inércia das autoridades públicas, que pouco têm feito para reciclar ou dar destinação adequada aos rejeitos. Além disso, a sociedade também não faz a sua parte ao aumentar exageradamente o consumo de bens e produtos e ao descartar, sem a mínima cerimônia, seus detritos em qualquer lugar. “O Estado não age e o cidadão não se movimenta. O resultado dessa combinação é dramático. A continuar assim, o lixo pode vir a inviabilizar a sociedade humana, pelo menos tal como a conhecemos”, adverte Waldman.


Aos que possam considerar as suas previsões apocalípticas, o pesquisador rebate com números. De acordo com ele, o Brasil, um dos países que mais sofrem com a problemática, é um grande gerador de lixo. Embora sua população seja equivalente a 2,7% do total mundial e seu Produto Interno Bruto (PIB) corresponda a 3,5% da riqueza global, os brasileiros descartam 5,5% dos resíduos planetários. “Quer outros dados? Pois bem, entre 1991 e 2000 a população brasileira cresceu 15,6%. No mesmo período, o país ampliou seus descartes em 49%. Em 2009, o incremento demográfico foi da ordem de 1%. Entretanto, a geração de rejeitos aumentou 6%. Trata-se de uma expansão perversa”, afirma.



Questões - Questionado sobre o que deve ser feito para que não ocorra o triunfo do lixo sobre a humanidade, o geógrafo e sociólogo faz algumas ponderações. Para alívio daqueles que estão preocupados, ele inicia respondendo que o problema tem solução. Depois, afirma que há três questões a serem pensadas. A primeira delas é a necessidade de as pessoas adotarem um consumo mais consciente de bens e produtos. “Atualmente, cada brasileiro gera 3,5 quilos de lixo proveniente de equipamentos eletroeletrônicos por ano. É muita coisa. O cidadão tem que ter maior consciência de que não vale a pena trocar o celular X pelo Y apenas porque a versão mais recente do aparelho tem uma luz que pisca durante a ligação”, diz.

A segunda questão está no imperativo da mudança de postura da indústria, que trabalha com o conceito da obsolescência precoce, modelo de produção e consumo classificado pelo pesquisador como “pornográfico”. “Havia uma série de TV nos anos 70 intitulada Missão Impossível, na qual uma voz avisava ao personagem que a mensagem que ele estava ouvindo se autodestruiria em cinco segundos. O que a indústria faz é dizer aos consumidores que seu televisor ou lavadora de roupa se autodestruirá em 12 meses. Isso precisa mudar”, defende.

Por último, mas não menos importante, o pesquisador avalia que o Estado também tem que dar sua contribuição à causa do controle eficiente do lixo, formulando políticas públicas sérias e consequentes. “Tem gente idealista que tem trabalhado nesse sentido, como pesquisadores em universidades e institutos de pesquisa, mas isso infelizmente ainda não é regra geral”, lamenta. Deixar de dar aos resíduos tratamento e destinação adequados, conforme Waldman, não representa apenas um desrespeito ao ambiente e à qualidade de vida das pessoas. Significa também desperdício de dinheiro e oportunidades.


No entender do especialista, o Brasil poderia ampliar significativamente o índice de reciclagem do lixo, tanto o seco quanto o orgânico. “Aliás, muita gente costuma cometer um erro gravíssimo ao citar unicamente a reciclabilidade do lixo seco. O úmido também é reciclável, visto que pode ser recuperado pelo ciclo da natureza. Algumas estatísticas apontam que a taxa de reaproveitamento dos resíduos no país poderia ser ampliada para 52% ou 59%. Além de menor agressão à natureza, isso representaria a geração de renda e trabalho. Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, na linha do tempo, nós já desperdiçamos US$ 8 bilhões por não reaproveitarmos o lixo. É um dinheiro que poderia ter sido aplicado na saúde, na educação e em programas de inclusão social”, imagina Waldman.

Sobre a solução para o problema dos rejeitos, o pesquisador assinala que a questão não é somente brasileira, mas mundial. “Como dizia o geógrafo Milton Santos, de quem sou admirador, qualquer problemática global nos dias atuais não pode ser tratada por um grupo de ‘iluminados’. Os problemas globais precisam ser pensados coletivamente. É necessário unir conhecimentos e competências, além, obviamente, de envolver nas discussões os diversos segmentos da sociedade civil organizada. Sem essas iniciativas, dificilmente haverá saída”, alerta.

Produção de lixo


Qual a quantidade de lixo produzido em todo o mundo? Esta é uma pergunta difícil de responder. Os números variam muito. A única coisa que dá para dizer, com certeza, é que a quantidade é grande e varia de país para país e de cidade para cidade.

Os maiores consumidores do mundo, os norte-americanos, produzem 1,8 kg por dia. A cidade de São Paulo tem números de primeiro mundo em relação ao lixo: cada paulistano produz 1,2 kg por dia de lixo (Fonte: Web-Resol). Países pobres e ricos têm estimativas diferentes para a quantidade de lixo. Os pobres produzem de 100 a 220 kg de lixo a cada ano ou de 0,27 kg a 0,6 kg/dia. E os ricos produzem de 300 kg a uma tonelada por ano ou de 0,82 kg a 2,7 kg/dia, segundo a ONU. Nova York, provavelmente, é a campeã com 3 kg de lixo por pessoa/dia.

Fonte: correio riograndense

E você o que faz com seu lixo??

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