sexta-feira, 12 de maio de 2017

Ervas daninhas desafiam poder da biotecnologia

Hoje, 217 espécies de ervas são resistentes a pelo menos um herbicida, segundo a Pesquisa Internacional de Ervas Resistentes a Herbicidas.

Do New York Times

A depender do ponto de vista, o capim-arroz é um pesadelo ou uma maravilha. Isso porque é uma planta extremamente triunfante. O capim-arroz é particularmente devastador em arrozais, onde os prejuízos às vezes chegam a 100%. Ele desenvolveu resistência a muitos herbicidas usados por agricultores para controlar ervas daninhas, e cada planta pode produzir até 1 milhão de sementes, que se alojam no solo esperando a chance de crescer.

No fim das contas, o capim-arroz e as muitas outras ervas daninhas do mundo resultam em uma redução de 10% na produtividade das lavouras. Só nos EUA, causam um prejuízo estimado em US$ 33 bilhões por ano. Os herbicidas podem reduzir o dano, mas a resistência se desenvolve em poucos anos a partir da introdução de um novo defensivo químico. Agora, alguns cientistas argumentam que podemos encontrar formas mais eficazes de combater as ervas daninhas estudando sua evolução.
“São plantas incrivelmente bem-sucedidas. Elas evoluíram para tirar proveito de nós”, disse Ana Caicedo, da Universidade de Massachusetts. O capim-arroz mudou drasticamente em relação a seus ancestrais, desenvolvendo tolerância ao solo encharcado dos arrozais. Ele também evoluiu para ficar parecido com o arroz.

“O pessoal da biotecnologia não tem nem ideia sobre como fazer uma planta se parecer com outra planta”, disse R. Ford Denison, biólogo evolucionista da Universidade de Minnesota. “No entanto, mil anos de seleção em um pedacinho da Terra foram suficientes para dar ao capim-arroz a capacidade de mimetismo com a lavoura -e a tolerância à inundação.”
Certos traços ajudam as espécies selvagens a se tornarem ervas daninhas -elas crescem rapidamente, por exemplo, e produzem muitas sementes.
Outras ervas evoluem a partir da união de plantas selvagens com cultivos agrícolas. Na década de 1970, beterrabas selvagens da Europa lançaram pólen que fertilizou beterrabas açucareiras cultivadas em fazendas. Também cultivos agrícolas podem virar ervas daninhas. “Domesticamos uma planta a partir do estado selvagem, e ela, de alguma forma, se ‘desdomestica’ -o que eu acho bastante interessante”, disse Caicedo.
Entre esses cultivos desgarrados está uma erva daninha conhecida como arroz vermelho. O arroz domesticado foi selecionado geneticamente de modo a reter suas sementes quando colhido. Já o arroz vermelho desenvolveu sementes frágeis, que caem no chão ao serem colhidas, às vezes ficando dormentes. Essas sementes dormentes podem posteriormente brotar. “É um traço fantástico para uma erva daninha”, disse Caicedo.
O DNA das ervas “desdomesticadas” adquire novas mutações em diferentes genes. “Você tem um novo conjunto de truques genéticos”, disse Norman Ellstrand, da Universidade da Califórnia, em Riverside.

O último século trouxe uma série de herbicidas químicos que logo se tornaram ineficazes. Hoje, 217 espécies de ervas são resistentes a pelo menos um herbicida, segundo a Pesquisa Internacional de Ervas Resistentes a Herbicidas.

Resultado de imagem para glifosatoNa década de 1970, havia grande esperança em torno de um novo herbicida chamado glifosato, vendido pela Monsanto como Roundup. Os primeiros estudos revelaram que as ervas daninhas não desenvolviam resistência a ele, o que despertou a expectativa de que finalmente os agricultores haviam escapado da evolução.

Na década de 1980, a Monsanto ampliou a popularidade do glifosato lançando cultivos agrícolas geneticamente modificados que portavam um gene que lhes conferia resistência ao herbicida. Em vez de usar diversos herbicidas diferentes, muitos agricultores poderiam agora usar apenas um. No entanto, por meio da evolução, as ervas daninhas acabaram se tornando resistentes ao glifosato.
Meses atrás, a consultoria agrícola Stratus informou que metade das fazendas americanas tinha em 2012 ervas daninhas resistentes ao glifosato. Em 2011, eram 34%.

Alguns pesquisadores argumentam que as ervas daninhas podem ser combatidas com a combinação de dois genes de resistência em uma só planta cultivada, de modo que os agricultores poderiam aplicar dois herbicidas ao mesmo tempo. A chance de que uma erva tenha resistência aos dois produtos químicos seria minúscula. Mas na revista “Trends in Genetics”, uma equipe franco-americana de cientistas apresentou um contra-argumento: pulverizar um produto químico pode motivar a evolução de um sistema de reação a todo tipo de estresse, capaz de defender a planta contra mais de um herbicida.

David Mortensen, biólogo da Universidade Estadual da Pensilvânia e especialista em ervas daninhas, previu que essas plantas criariam uma nova geração de ervas resistentes.
Ele e seus colegas estão investigando o controle das ervas daninhas por meio do plantio de cultivos como o centeio de inverno, capaz de matar as ervas bloqueando a luz solar e liberando toxinas. “Você espalha a pressão da seleção em vários pontos e tenta evitar a criação de resistências.”

Extrato pirolenhoso, ótimo adubo para orquídeas! Conheces?





Um resíduo da produção de carvão é reaproveitado em viveiros 
de mudas no município de Pareci Novo. 
O uso do extrato pirolenhoso já apresenta bons resultados a mais de 30 famílias, que 
contam agora com uma produção mais bonita, sadia e de rápido desenvolvimento. 
Isto melhorou a renda familiar e a qualidade de vida, por não usarem produtos químicos. 

Jornalista Taline Schneider
Cinegrafista Aldir Marins
Pareci Novo - RS

quarta-feira, 10 de maio de 2017

CONHEÇA O ORA-PRO-NÓBIS E SAIBA OS SEUS BENEFÍCIOS





Neste vídeo eu apresento para vocês uma planta chamada Ora pro nóbis. 



Uma planta muito rica em nutrientes e muito fácil de cultivar. 



Conheça também os seus benefícios para a Saúde.

SUCO VERMELHO: UMA ÓTIMA MISTURA PARA A SAÚDE




Fonte site 


Suco vermelho
Elaborado a partir da combinação de frutas vermelhas e roxas, como mirtilojabuticabamelanciamorangogoiaba e outros, é um verdadeiro suco milagroso. Para começar, combate intenso aos radicais livres, evita formação de tumores e é amigo do coração e o cérebro. Quer mais? Então acompanhe toda a nossa lista de benefícios do suco vermelho.

Vantagens do suco vermelho à saúde

Poderoso antioxidante
Frutas vermelhas, em geral, são ricas em fitoquímicos, como as antocianinas, que combatem fortemente os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento celular e cutâneo. Para identificar frutas com esse elemento em abundância basta se guiar por algo simples: elas têm a cor roxa – uvas, amoras silvestres, mirtilo, jabuticaba, entre outras, como a casca da melancia, do morango e da maçã.
A família das berries – além do mirtilo, cranberry e framboesa – são outros exemplos.
Evita AVC e infartos
Com a ingestão do suco, o corpo é invadido por substâncias que impedem a oxidação do LDL – popularmente chamado de colesterol ruim – é exatamente quando ocorre a oxidação, que as placas de gordura são formadas, vindo a obstruir as artérias e, como consequência, causar grandes danos cardiovasculares.
Anticancerígeno
Uma das possíveis razões apontadas como origem do câncer, é quando ocorre o seguinte cenário: as células são agredidas de tal modo que toda sua estrutura é transformada. Isso pode ocorrer por conta da ação impactante dos radicais livres e, desse modo, como o suco vermelho é antioxidante, acabariasendo também um preventivo a tumores de muitos tipos.
Sua pele agradece
Além da função antienvelhecimento, há nas frutas vermelhas muita vitamina C, o que contribui para formar colágeno, elemento estrutural da pele, mantendo viço e elasticidade, além de evitar estrias.

Invista nas cores

Não é porque estamos falando de suco vermelho, que as outras cores precisam necessariamente ficar de fora da mistura. Alimentos como o agrião e a couve, presentes em suco verde, podem fazer ótimas combinações com algumas das frutas vermelhas, como o morango. Assim, são garantidas muitas fibras, que se juntam aos outros benefícios das frutas de cor vermelha. Caso você não aprecie esse tipo de mix, pode tomar a cada dia um suco diferente; será super benéfico ficar intercalando!

Prepare o suco vermelho com atenção

Em primeiro lugar, o suco vermelho não deve ser coado, porque muito das fibras estão na casca, que fica acumulada em pedaços maiores. Se passar pela peneira/ coador, a tendência é serem jogados fora, junto a diversos nutrientes. Sem essas fibras há um grande risco. Essas frutas têm alto índice glicêmico, ou seja, podem contribuir para o diabetes.
Não deixe o suco descansando. Consuma-o logo após o preparo, porque há vitaminas que evaporam facilmente, como a C. Caso não possa consumir desse modo, pode congelá-lo para não perder tanto das suas vitaminas.
Tim tim!
Fonte fotos: freeimages.com
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terça-feira, 9 de maio de 2017

Húmus líquido, alternativa de adubação para hortaliças e frutas!

Fonte: GLOBO RURAL RESPONDE FERTILIZANTES 04/03/2011

por Ricardo Grilo, Teresina, PI

Manoel Marques
O fertilizante líquido pode ser preparado na propriedade, a partir da mistura de húmus de minhoca com água
Uma dificuldade apontada por produtores na realização de adubações orgânicas em pós-plantio ou em cultivos com cobertura morta é o aparecimento de plantas invasoras. Elas surgem espontaneamente devido às sementes presentes no esterco, principalmente quando são provenientes de áreas infestadas. 

Como opção para evitar a disseminação das plantas invasoras, um novo produto para adubar canteiros de hortaliças e frutas foi desenvolvido pela Embrapa Clima Temperado. Trata-se de um húmus elaborado na versão líquida, que atende, sobretudo, horticultores que preferem cultivar alimentos com uso de adubos orgânicos. Com alto valor nutricional e biológico, ele é econômico, fácil de preparar e pode ser produzido na propriedade rural. 

O fertilizante natural nada mais é que o húmus de minhoca, mas com a diferença de contar com a adição de água em sua composição. O líquido originado da mistura de água com o composto também possui nutrientes e ácidos orgânicos que estimulam o crescimento e desenvolvimento das plantas, além de diversos micro-organismos. 

Embora possa ser feito com húmus sólido recém-produzido no minhocário, o mais recomendável é utilizar o material que está pronto e armazenado há dois ou três meses. Isso porque a melhor qualidade química do húmus é atingida quando ele já está estabilizado. 
DICAS IMPORTANTES | Veja como obter melhor resultado do composto
COMO FAZER 
O húmus líquido é preparado com água (preferencialmente sem cloro) e húmus de minhoca em uma proporção de 10%. Para produzir 100 litros de húmus líquido, por exemplo, são necessários 20 quilos de húmus sólido. Como a massa do húmus de minhoca apresenta umidade que varia entre 50% e 60%, 20 quilos do material correspondem a entre oito e dez quilos de matéria seca, sendo o restante de água. 

Em um recipiente com capacidade suficiente para o preparo da solução, coloque o húmus de minhoca e adicione a água, misturando vigorosamente. Uma vez a cada 24 horas, durante dois ou três dias, repita a operação mexendo a solução por cerca de um minuto, para que os nutrientes sejam liberados na água. No dia anterior à utilização, não agite o húmus líquido, para que as partículas sólidas em suspensão se depositem no fundo do recipiente. 

Faça filtragem para separar as partículas mais finas que permanecem em suspensão na parte líquida. Use filtros de areia ou de discos. A mistura também pode ser filtrada manualmente com um tecido fino, como uma meia de nylon, acoplado a um suporte, que pode ser feito a partir de uma garrafa plástica cortada nas extremidades. Os resíduos retidos podem ser reunidos ao material mais pesado que ficou no fundo do recipiente. Apesar de não possuir as propriedades originais do húmus sólido, esse lodo ainda pode ser usado como fertilizante de solo. 

COMO PULVERIZAR 
Após a filtragem, e já dotado dos elementos nutricionais, o húmus líquido pode ser aplicado em hortaliças por meio de equipamentos que misturam o fertilizante à água de irrigação. Faça irrigações pelo sistema de gotejamento com uso de um injetor venturi. Em um desvio adaptado, o equipamento faz a sucção da solução de húmus líquido do recipiente misturando-o à água de irrigação, que será distribuída por mangueiras em cada planta. 

Outra alternativa é a pulverização foliar, que pode ser realizada por meio de um aparelho que se ajusta às costas do aplicador, conhecido como pulverizador costal. O sistema, no entanto, não é recomendado para uso em hortaliças folhosas como alface, repolho e rúcula nem em frutos de consumo in natura, como morango ou tomate. 
CONSULTOR: Gustavo Schiedeck, pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Caixa Postal 403, tel. (53) 3275-8199, sac@cpact.embrapa.br 
MAIS INFORMAÇÕES: Comunicado Técnico 195 “Preparo e uso de húmus líquido: opção para adubação orgânica em hortaliças”, Gustavo Schiedeck, José Ernani Schwengber, Márcio de Medeiros Gonçalves e Greice de Almeida Schiavon, pesquisadores da Embrapa Clima Temperado 
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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Brasília é um verdadeiro pomar com frutas a qualquer alcance



Brasília, na primavera e no verão, é um verdadeiro pomar com frutas ao alcance de qualquer pessoa. Basta um passeio na esplanada dos ministérios ou mesmo perto de casa. São mais de um milhão de árvores com pés carregados de frutas à disposição de todos.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Como retirar o húmus da Composteira Doméstica




Fonte: site da Morada da Floresta (https://moradadafloresta.eco.br/).

Como fazer mudas por estaquia


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        Você sabe o que é a estaquia?
      A estaquia é um dos métodos de propagação de plantas mais utilizados. Muitas plantas inclusive só podem ser multiplicadas economicamente através deste método. Ou porque produzem sementes pouco férteis ou porque raramente produzem sementes.
         O processo de estaquia pode ocorrer de três formas diferentes: pelos caules, ramos ou pelas folhas!
              A estaquia gera uma cópia da planta-mãe, com o mesmo DNA. Logo, produzirá os mesmos frutos e flores. Portanto, é mais indicado escolher uma planta-mãe bem desenvolvida e bonita.
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       O processo de estaquia
    Independente do tipo de processo da estaquia, existem dois conselhos de como melhorar o processo.
        Processo de estaquia custo zero: Ao realizar a estaquia, busque terras férteis. As terras férteis são marcadas pela presença de minhocas.
          Processo de estaquia sem custo zero: Não busque terras férteis, você irá compra-las: 2 partes de terra para 1 parte de húmus. Há, também, hormônios que provocam a formação de raízes de forma mais rápida.
     Pós-processo de estaquia: Molhe bastante após o plantio, todos os dias. Procure realizar o processo de estaquia em locais visíveis e de fácil acesso, para não esquecer das regas.
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Tipos de estaquia
        Por galhos – Procure um galho de mais ou menos 10 cm de comprimento, retire todas as folhas/flores ou outras ramificações. Uma dica é cortar as pontas na diagonal. Enfie na terra e regue todos os dias.
           Retirar as folhas e ramificações irá ajudar a planta a focar as energias para as raízes. Sendo assim, este fator torna-se muito importante.
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       É fácil perceber quando irá começar o enraizamento no processo de estaquia por galhos: Quando começar a aparecer novas folhas.
        Por ramos – Enquanto na estaquia por galhos, você precisa cortar uma parte do galho, a estaquia por ramos é bem mais prática: Você só precisa plantar a ponta dos galhos com folhas, mas sem flores.
      Estaquia por folhas – Bem frequente nas suculentas, nos cactos e nas violetas também. Algumas plantas criam raízes até com partes cortadas das folhas,outras precisam estar com o talo, como as violetas.
         As estaquias são formas diferentes (e mais rápidas) de se conseguir mudas.
01_04 estaquias crédito radiotirol_com_br
       E aí, gostou da dica? Pronto para realizar mudas através do método de estaquia?
      Deixe seu comentário!😉
Fonte – PlanteUmaSemente
muda

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Conhece o CAMBUCI??


site: Toda a frutacambuci

Nome científico: Campomanesia phaea (O. Berg.) Landrum
Nome comum: Cambuci
Família botânica: Myrtaceae
Características gerais: É uma espécie nativa da Mata Atlântica, ainda pouco conhecida, mas muito utilizada há séculos em sua área nativa, onde fica atualmente a cidade de São Paulo, emprestando seu nome a um dos bairros mais conhecidos da cidade. Recentemente, houve um movimento de divulgação e utilização dos frutos do cambuci, principalmente na culinária e na doceria caseira, o que levou a uma revitalização dessa fruta. Com ela, o despertar de estudos sobre a planta e o seu fruto, tais como um do Ministério da Agricultura, publicado em 2011, e outro da Prefeitura Municipal de São Paulo, em 2010, além de um boletim feito pela Associação Brasileira de Frutas Raras (DONADIO; CRUZ; BISOGNINI, 2012). O fruto é uma baga, de forma orbicular, com típico formato de um disco voador, embora já haja vários tipos com diferentes formas e tamanhos. O tamanho usual é de 4 a 6 cm de diâmetro e 2,5 a 4,5 cm de altura, com peso médio de 55 g, o fruto tem cerca de 80 % de polpa, 18 % de casca e o restante é de sementes. A cor externa do fruto é esverdeada, mesmo quando maduro, fase reconhecida pelo amolecimento do fruto, além de uma leve mudança de cor verde-escuro para verde-claro. A casca do fruto é fina, com consistência membranácea e que pode ser consumida junto com a polpa. Esta é aromática, de cor creme, sabor pronunciado, forte e ácida, contém pequenas sementes orbiculares ou achatadas, de cor branco-pálida. O fruto amadurece no litoral paulista entre fevereiro e maio. No estado de São Paulo, foram encontrados vários tipos, tais como o de casca fina, casca dura, chapeleta, empadinha, mirim-amarelo, guabiroba, riscado, balãozinho, enrugado, taça e outros, que diferem na forma e tamanho do usual. O ponto de colheita pode ser reconhecido pela maciez ou quando começa a cair da planta. A maturação dá-se em várias etapas, sendo difícil a colheita de uma safra de uma só vez. Se não for usado para retirar a polpa no mesmo dia da colheita, é recomendado ser colocado em em geladeira, ou congelado.
Usos: Apesar de o fruto já ser encontrado em alguns mercados, o usual é o consumo de seus produtos, que são muitos e variados, tais como o licor, xarope, com cachaça, doces, geleia, sorvete, refresco, iorgurte e vários outros, como na culinária, cosméticos e medicinal. Novos produtos têm sido obtidos pelo incentivo da Rota Gastronômica do Cambuci, na região produtora do fruto, litoral paulista e capital. Há disponíveis livros de receitas de muitos produtos do cambuci, um deles organizado pela Prefeitura de São Paulo. Além do fruto, a planta pode ser utilizada em paisagismo, reflorestamento e medicinal.
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Foto 1. Tipo de cambuci
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Foto 2. Cambuci – retirada de sementes de frutos
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.

VALOR NUTRICIONAL DO CAMBUCI
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Vitaminas – Ácido ascórbico (vitamina C) – 33 mg/100 g.
Minerais – Sódio – 171 mg; potássio – 622 mg; fósforo – 123 mg; magnésio – 42 mg; cálcio – 61 mg.
As folhas são ricas em linalol, óxido de cariofileno, betacariofileno e alfacadinol, produtos de valor na indústria farmacêutica e de comésticos.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
A frutificação do Cambuci é variável em função do local, provavelmente em função da temperatura e disponibilidade de radiação. Essa característica vem sendo aproveitada por produtores que iniciaram em 2004 a Rota Gastronômica do Cambuci, formada pela Vila de Paranapiacaba, em Santo André, Rio Grande da Serra, Paraibuna, Natividade da Serra, Salesópolis, Biritiba-Mirim, e Caraguatatuba. O evento inclui concurso que premia as melhores receitas de salgados, doces e bebidas com Cambuci.
Os frutos (bagas) lembram um disco voador, achatados nas extremidades e com um anel saliente na região central. Sua polpa é cremosa, sabor acre e odor cítrico, suculenta e com poucas sementes (cinco em média). Pode existir grande variabilidade na composição do cambuci, mas normalmente seu gosto é ácido (pH 2,9), o que inibe o consumo do fruto ao natural. Em compensação, tem muito sabor e perfume, com grande potencial para uso em agentes flavorizantes para alimentos e bebidas.
Dr. ANTONIO MARCHIORI – Engenheiro Agrônomo, Extensionista da CATI, Ubatuba.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

sábado, 29 de abril de 2017

Como fazer farinha de cascas de ovos para adubar as plantinhas.




Cascas de ovos
Cascas de ovos vermelhos ou brancos podem ser utilizados para uma excelente farinha.
As cascas de ovos possuem nutrientes essenciais às nossas plantas. Elas são ricas em cálcio, potássio e magnésio. As galinhas poedeiras comerciais são alimentadas com rações concentradas e enriquecidas com minerais que deixam as cascas dos ovos ainda melhores. É claro que você pode e deve utilizar as cascas de ovos de suas galinhas domésticas também, obtendo assim uma farinha ainda mais orgânica, mas para a grande maioria dos jardineiros, criar galinhas em casa pode ser um pouco difícil.
Para que as plantas possam absorver todos estes nutrientes, as cascas deverão estar intimamente ligadas ao solo. Assim, quanto maior o contato das cascas com a terra, mais disponíveis estes nutrientes estarão para as plantas. Um maneira simples de propiciar que isto aconteça, é transformando as cascas em pó. Desta forma teremos uma preciosa farinha, ecológica, barata, rica em minerais, para fertilizar canteiros, hortas, vasos, árvores, orquídeas, etc, adubando assim a grande maioria das plantas que temos em casa.

Coloque em um saco plástico e quebre grosseiramente com as mãos
Coloque em um saco plástico e quebre grosseiramente com as mãos
O primeiro passo na produção da farinha de cascas é colocar as cascas para secar à sombra, sempre que tivermos disponível. Não devemos colocá-las no sol, pois as cascas possuem uma pequena quantidade de nitrogênio, que poderá se perder. Não é conveniente guardá-las para secar depois, pois a decomposição das partes orgânicas ainda úmidas poderá provocar mal cheiro e atrair animais indesejados, como moscas. Vá secando e guardando depois, até obter uma boa quantidade que mereça ser processada.
Assim que você tiver uma boa quantidade de cascas (uma duzia já é interessante), coloque-as em um saco e quebre-as apertando com as mãos. Não se preocupe em moe-las bem, pois logo após elas vão para o liquidificador. Coloque-as aos poucos no aparelho e bata até tranformá-las em pó. Se as cascas estiverem ainda úmidas, pode ser difícil bater no liquidificador, e uma secagem maior pode ser necessária. Agora que você obteve esta maravilhosa farinha, coloque-a num vidro com tampa, e guarde-a num lugar fresco.

Bata no liquidificador até obter o pó
Bata no liquidificador até obter o pó

Para usar é bem simples. Uma colherinha de café nos vasos pequenos e duas ou três em vasos maiores. Faça isto uma vez a cada 40 dias. Se você diminuir a dose para meia colherinha, poderá aplicar nas plantas a cada 20 dias.
Siga observando suas plantas e veja como elas reagem a este novo estímulo. Você mesmo poderá decidir a periodicidade da aplicação da farinha de cascas de ovos, observando a vitalidade de suas plantas.
No preparo da terra ou substrato para jardinagem ou vasos, coloque 50 gramas para cada 20 litros de terra.

Uma colher de chá por vaso é uma boa maneira de começar a adubação
Uma colher de chá por vaso é uma boa maneira de começar a adubação
Este rico fertilizante natural, poderá também ser utilizado em hortas e pomares. Os vegetais folhosos, como couve e agrião, terão um benefício especial com este fertilizante. Em hortas poderá ser usado até 50 gramas por metro quadrado, e em frutíferas 50 gramas a cada 2 ou 3 metros lineares.
Algumas raras plantas podem não apreciar a leve alcalizinação do solo que as cascas podem provocar, é o caso de azaléias, prímulas, gardênias, plantas carnívoras, entre outras. Sempre que você ler ou souber que determinada planta gosta de um solo “levemente ácido”, coloque uma quantidade menor de farinha de cascas de ovos para evitar assim alterações no pH do solo.
Boas colheitas!
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