terça-feira, 4 de abril de 2017

Taioba ou Inhame?? Sabes identificar? verduras quase esquecidas.

Taioba, uma verdura quase esquecida.

Por: Joop Stoltenborg



A Taioba é uma planta que produz folhas comestíveis gostosas, rica em nutrientes e muito fácil de ser produzida, especialmente no verão.A planta era muito consumida em Minas e as pessoas falam com saudade das suas qualidades e as receitas que as mães faziam.
Seu sabor é parecido com o espinafre, sendo mais suave. Pode ser preparado refogado como a couve com alho e/ou cebola e existem várias receitas de bolinhos, recheios para pizzas, enriquece sopas e feijão e serve como ingrediente para uma vitamina verde. Suas folhas são muito ricas em vitaminas A, B, C, e os minerais cálcio, fósforo, ferro a tal ponto que evita e cura a anemia. Possui apenas 24 calorias por 100 gramas.
Nós temos a planta aqui no Sítio desde 1.984, mas ela nunca recebeu muita atenção pois não reconhecíamos a planta. Suas folhas se parecem muito com as folhas de inhame, que não são comestíveis. Do inhame só se consome a batata que tem muitas qualidades. (Veja o livro de receitas "O Universo na Panela")
A diferença está na posição do talo na folha como podemos ver no desenho. Na Taioba o corte na folha vai até o talo.



No artigo do nosso site tem fotos que mostram com clareza a diferença entre os dois.
Descobrimos que a planta cresce melhor na sombra e em lugares úmidos. Quem quiser plantá-la na sua horta ou quintal, se não tiver sombra, pode colocar no verão sombrite (tipo 50%) sobre as plantas. Colocar o sombrite de tal forma que fique na sombra entre 10:00 a 15:00 horas (Veja foto no site). Coloque uma camada grossa de folhas, grama ou palha em sua volta para manter a terra úmida. Quando não chove é preciso colocar água. Se a folha fica pequena ou amarelada, falta água e/ou tem excesso de sol.
Uma folha normal tem no mínimo o tamanho de uma folha A4 ou mais. A planta tem ácido oxálico como o espinafre e pode ser vista como fonte nutritiva de baixo custo podendo ser reincorporado a dieta da população.

Interessante que o movimento ‘’Slow food Brasil’’ descobriu a Taioba e está preocupado com a extinção da planta nos quintais e feiras do Brasil. Tem um artigo publicado no site deles: ‘’ A Taioba anda sumindo da mesa brasileira’’.
O artigo tem comentários de 40 pessoas apoiando sua preservação, dando receitas e contando lembranças do passado quando a planta ainda era comum. Esta planta salvou a saúde de muitas famílias pobres.
O movimento Slow food é um movimento contra o Fast food (comida rápida) e trabalha no mundo para preservar alimentos que tem sabor agradável, sem produtos químicos que fazem mal para a saúde e ao meio ambiente, numa relação comercial socialmente justo (Fair trade) O movimento existe em 30 países, com 100.000 associados.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Galinhas d'angola são usadas como arma natural contra escorpiões



As galinhas são mesmo uma forma natural de tentar eliminar os escorpiões ou prevenir que eles acabem chegando dentro de casa.
Dentre elas, a galinha d’angola é a especialista e faz um excelente trabalho para o extermínio de escorpiões em terrenos. Mas para quintais ou jardins existem outros meios mais eficazes.
Isso porque as galinhas d’angola se alimentam deles e, consequentemente, promovem a diminuição de escorpiões no ambiente. Porém, as galinhas não ciscam áreas com entulho ou lixo acumulado – locais onde os escorpiões se escondem. Além disso, as galinhas possuem hábito diurno e os escorpiões possuem hábitos noturnos.
Outros animais também se alimentam dos escorpiões, como a lacraia, os louva-deus, os macacos, as aranhas, os sapos, os lagartos, as seriemas, os suricatos, as corujas, os gaviões, os quatis, os camundongos e algumas espécies de formigas.
O ideal mesmo é manter a higiene em casa e eliminar os focos de abrigos dos escorpiões, como armários, materiais de construção, entulho, pedaços de madeira e lixo.

domingo, 2 de abril de 2017

Alecrim: o chá que alegra a alma e cura o corpo



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O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto perene, com lindas flores pequeninas (azuis, rosas, brancas), fortemente aromático, originário das encostas ensolaradas da região mediterrânica. O seu nome, rosmarinus, significa “orvalho do mar” e assim foi denominado pelo forte aroma que exala quando cresce livre e espontaneamente. É com esse aroma, e não só, que o alecrim alegra a alma e cura o corpo.
Esta é uma erva solar, não só porque adora estar a pleno sol mas também porque eleva a sensação de bem estar de quem a usa.
Seu uso culinário, medicinal e religioso remonta, pelo menos, à Idade Média, quando já era usado como defumador tanto em rituais como para a cura de determinadas doenças (ou para espantar os espíritos que as originavam) e também como condimento alimentar, em alcoolatos como tônico, temperando vinhos e licores.
É muito fácil de cultivar do alecrim, pois basta você fazer estacas dos ramos mais grossos deixando sem folhas a parte que vai na terra. Esta é uma erva rústica, que não gosta de muita água mas não prescinde dele também, aguenta solos pedregosos e se dá bem em solos calcários, mas não gosta de vento, portanto, mantenha o seu pé de alecrim num canto mais protegido. Alecrim adora sol direto e não aceita poda ou corte de seus ramos, antes dos 2 anos de idade, mesmo que seja para um chazinho (se for preciso, tire sempre só as folhas, de baixo para cima, as mais velhas, nunca as das pontas.
A flor do alecrim é muito procurada pelas abelhas que, com seu néctar produzem um mel de qualidade excepcional e que mantêm as propriedades curativas atribuídas à planta que o origina.
Na medicina popular o alecrim é associado, há séculos, à manutenção da boa memória, fato esse que vem sendo estudado pelo médico Chris Van Tulleken, e que você pode ler no nosso artigo anterior sobre esta planta.
Mas também para “levantar o ânimo”, ajudar você a ultrapassar aqueles momentos mais difíceis e tristes da vida, “dar a volta por cima” e adotar a resiliência como filosofia de “bem viver”. Também é ótimo para “aligeirar o coração pesado” para o que basta você colocar um ramo de alecrim numa jarra de água e ir tomando essa água aromatizada durante o dia.A verdade é que o consumo do chá de alecrim, ou sua água aromatizada, tem um efeito tão bom que, pode-se dizer, “alegra a alma” e, quando a alma se alegra o corpo se cura.
O primeiro perfume que recebeu nome, no século XIII, era feito com alecrim, Trata-se da “Água da Rainha de Hungria”, receita alquímica que, na época, era feita com óleo de terebentina (poderoso antireumático de uso tópico) e alcoolato de alecrim, alfazema e poejo e usado como tônico revigorante que era passado no corpo. Atualmente já não se usa o óleo de terebentina pois este tem efeito acumulativo altamente alergênicos mas, você pode fazer uma “Água de Hungria” modificada com a seguinte receita abaixo:
Receita de “Água da Rainha de Hungria”
  • 4 gotas de óleo de alecrim
    6 gotas de óleo de limão siciliano
    2 gotas de óleo de laranja
    5 ml de água de flor de laranjeira
    5 ml de água de rosas
    40 ml de 90% de álcool de cereais

Propriedades medicinais do alecrim

Vários estudos científicos já comprovam as propriedades medicinais do alecrim, em pó, extrato, óleo, chá ou como condimento alimentar.
Esta planta é usada para tratar doenças do fígado, falta de apetite e fraqueza geral, como antisséptico e adstringentesistema nervoso (estimulante de pessoas enfraquecidas), dores reumáticas, depressãogases intestinais, debilidade cardíaca, falta de apetite, cicatrização de feridas, dor de cabeça de origem digestiva; problemas no fígado, no intestino, nos rins, nos pulmões e na vesícula, além de respiratórios; cansaço físico e mental, celulite, colesterol, azia e insônia.
Já se estuda seu uso também nos tratamentos de câncer da próstata, como antibiótico específico, em problemas como colite e no combate a inflamações acneicas dentre outros vários estudos disponíveis para pesquisa.


Fonte: Greenme - Alice Branco 

sábado, 1 de abril de 2017

Ciência Sem Limites | Veja como fazer irrigação de baixo custo eficiente





No Brasil, menos de 7% de toda área agrícola cultivada é irrigada. Um dos motivos disso está no alto custo de implementação de um sistema de irrigação satisfatório.

No câmpus da Unesp de Lajeado, em Botucatu, o pesquisador Edmar Scaloppi desenvolve sistemas de irrigação de baixo custo que usam materiais alternativos, encontrados facilmente, como garrafas pet e canos de esgoto.

Scaloppi também mostra que é possível criar modelos alternativos para diversos tipos de sistemas de irrigação, como a aspersão, os sulcos, o gotejamento e os carneiros hidráulicos.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Colecionador de frutas raras cultiva 1,3 mil espécies em sítio de São Paulo





Esta não é apenas a história de um colecionador, mas também um exemplo de força e superação! Nascido em Piracicaba com uma disfunção neuromotora, Helton Josué Teodoro Muniz (36 anos), impressiona a todos com sua gigantesca coleção de frutíferas.
O problema de Helton o fez vivenciar muitas dificuldades, só aprendendo a caminhar durante a adolescência. Aos 15 anos de idade, por ter começado uma horta para ajudar na renda familiar, encontrou uma grande motivação para estudar sobre o assunto.
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Muito dedicado, Helton começou a estudar sobre uma espécie de frutífera que ainda desconhecia: a saputá. Aí estaria o “start” para que ele se tornasse um estudioso de frutas raras e exóticas. Com o passar do tempo, tornou-se um frutólogo respeitado e atualmente já plantou mais de 1,3 mil espéciesno Sítio Frutas Raras, localizado em Campina do Monte Alegre.

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Imagem via: 30porcento

Lançou também o livro Colecionando frutas – 100 espécies de frutas nativas e exóticas, no qual fala sobre técnicas de cultivo e propriedades medicinais de espécies exóticas e nativas.
“A motivação foi e é forte, pois venci obstáculos e ainda tenho limitações físicas (coordenação fina e diabetes tipo I), que me impedem de maiores realizações. Mais importante ainda é que estou fazendo a minha parte para preservar o nosso apólice de seguros – as várias formas de vida de nosso planeta”, relata Helton em sua página.
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A trajetória deste rapaz, nos faz refletir bastante e mostra que para cultivar basta querer!
Assista a reportagem da BBC sobre Helton.

Sabia que é possível cultivar uma árvore jaboticabeira em vaso?

Extraído do  blog Jardim de Helena em www.gaucha.com.br/jardimdehelena

Autoria: Eng. Agr. Helena  Schanzer

Já pensou colher jaboticaba na sacada do apartamento? Sim, isto é  possível!  Dá para cultivar uma árvore jaboticabeira em vaso, o importante é que a planta receba sol direto pelo menos 6 horas por dia para frutificar. A jaboticabeira, Myrciaria trunciflora*, possui uma peculiaridade: floresce e frutifica nos troncos e galhos. Os frutos deliciosos são consumidos pela avifauna e pelas pessoas. A árvore é muito ornamental e é usada no paisagismo.
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Jaboticabeira cheia de frutos – Foto: Pixabay
Os frutos podem ser consumidos in natura e na forma de sucos, geléias e também na produção de cosméticos. A jaboticabeira é uma árvore enorme, atinge de  10 a 15 metros de altura, é perene ( não perde as folhas) e é nativa do Brasil. Ocorre do Rio Grande do Sul até Minas Gerais, em especial na mata pluvial Atlântica. Apesar de crescer  na mata a até altura de 15 metros, quando plantada em vaso, ela atinge 2 a 3 metros, conforme o tamanho do vaso. Ela é de crescimento lento. Dica: Quando for comprar a muda da jaboticabeira, prefira uma que já esteja frutificando, porque demora em média 8 anos para  começar a frutificar.
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Frutos amadurecendo da jaboticabeira – Foto: Helena Schanzer
Para plantar uma jaboticabeira em um vaso, é necessário um vaso grande, pelo menos com diametro de 0,60 mt de boca e altura de 0,50 mt. Faça a camada de drenagem com brita ou sinasita, bidim como filtro e substrato rico em composto orgânico e bem drenado (acrescente areia ou sinasita pequena). Considere o peso final ( mais o peso da água quando regamos) para posicionar o vaso na sacada, verifique se a estrutura suporta a carga. Se você tem espaço no jardim ou no sítio, plante uma árvore de jaboticaba  e tenha sempre passarinhos  no jardim comendo os frutinhos. A jaboticabeira chega a florescer 2 vezes por ano: em agosto/setembro e janeiro/fevereiro.
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Frutos no tronco da Jaboticabeira – Foto: Helena Schanzer
Para ter inspiração para plantar frutíferas em vasos na sacada do apartamento, dá uma olhada aqui.  Para ver todas opções de frutíferas que dá para plantar veja aqui.

*Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil/Harry Lorenzi. Nova Odessa, SP. Editora Plantarum, 1992. Brasil.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Conheça a ora-pro-nobis, o superalimento proteico

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Como consumir Ora-pro-nobis?
     A parte comestível dessa planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer outra verdura obviamente, devemos lavá-las bem. Seu sabor é neutro e tem uma textura macia. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, sucos e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.

 

Farinha enriquecida com Ora-pro-nobis
 
    É uma pena que não temos o cultivo de Ora-pro-nobis em grande escala. Seguramente, seus valores nutricionais poderiam acrescentar muito a nossa alimentação, principalmente através da farinha enriquecida, que poderia chegar à nossa mesa.
    Essa farinha enriquece uma receita. Usa-se as folhas frescas ou secas e moídas na forma de pó. É feita com as folhas desidratadas. Para isso, é preciso colher as folhas, espalhar em uma forma, levar ao forno na menor temperatura para desidratar. Depois, basta triturá-las ou adicioná-las a suas receitas. Guarde num vidro com tampa e utilize como mistura para enriquecer farinha, massas de pães, bolos, tortas, panquecas, etc.
Essa farinha é rica em proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais minerais, e fibras. 
A ora -pro-nobis já é utilisada no preparo da farinha múltipla (complemento nutricional usado pela pastoral da criança no combate à desnutrição). 
O cultivo em larga escala do ora-pro-nóbis, devido a seu fácil cultivo poderia representar uma revolução na alimentação por conta do seu alto valor nutricional.

      Os resultados indicaram que a farinha de Ora Pro Nobis pode trazer benefícios para a saúde, como a melhora da motilidade intestinal, e está associada à redução da gordura visceral e do perfil lipídico, bem como ao aumento dos níveis de HDL-c. Com estes resultados, podemos sugerir que a incorporação desta farinha em diferentes produtos industriais pode ser uma maneira conveniente e eficaz para a ingestão de produtos mais saudáveis.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27583638

Muita gente prefere consumir as folhas cruas em saladas. É muito consumida no estado de Minas Gerais, onde a planta é mais popular.

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    As folhas do ora-pro-nobis, desidratadas, contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro. É uma planta que merece atenção especial por seu alto valor nutritivo e facilidade de cultivo, inclusive doméstico. A composição rica de proteína, ferro, vitaminas A e C e ácido fólico fazem da ora pro nobis uma importante aliada contra as doenças nutricionais (desnutrição).


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Composição nutricional da Ora-pro-nobis
COMPOSIÇÃO EM 100 GRAMAS DE FOLHAS:
1.     Energia        26 kcal
2.     Proteína        2,00 g
3.     Lipídios        0,40 g
4.     Carboidratos        5,00 g
5.     Fibras        0,90 g
6.     Cálcio        79,00 mg
7.     Fósforo        32,00 mg
8.     Ferro        3,60 mg
9.     Retinol        250,00 mcg
10.  Vitamina B1        0,02 mg
11.  Vitamina B2        0,10 mg
12.  Niacina        0,50 mg
13.  Vitamina C        23,00 mg
      É uma planta com alto teor de proteína (aproximadamente 25% de sua composição). Entre seus aminoácidos, teremos a lisina e o triptofano em maior quantidade. Seu elevado teor de vitamina C supera a laranja em 4 vezes. Além dos minerais e vitaminas, também é rica em fibras.
 

Benefícios do consumo da Ora-pro-nobis
É um vegetal rico em ferro, ajuda a curar anemias das mais graves. Pessoas com anemia deverão passar a utilizá-la com mais frequência, pois os índices de ferro são essenciais para o tratamento desse quadro;

    Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Suas folhas são ricas em mucilagem, que contribui para o bom funcionamento do intestino. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores;
      As grávidas deveriam consumir Ora-pro-nobis nesse período, pois ela é rica em ácido fólico, essencial para evitar problemas para o bebê;
    A alta concentração de vitamina C ajudará a fortalecer o sistema imunológico, evitando uma série de doenças oportunistas;
    Ótima para a pele, devido à presença de vitamina A (retinol) em grande quantidade;
    O retinol também é fundamental para manter a integridade da visão em dia;
    Mantém ossos e dentes fortalecidos, pela boa quantidade de cálcio.
    O chá, ou o suco feito a partir de suas folhas, tem excelente função depurativa, sendo indicado para processos inflamatórios, como cistite e úlceras;
Sua ação depurativa associado ao chá também está ligado ao tratamento e prevenção de varizes;

    Por ser muito consumida em Minas Gerais, a Universidade de Lavras realizou um estudo sobre suas propriedades, constatando que seus princípios ativos são eficientes para o tratamento de várias doenças, tanto de origem inflamatória, quanto gastrointestinais, circulatórias, etc. Nesse estudo os pesquisadores constataram que os princípios da planta podem ajudar na prevenção de doenças como varizes, câncer de colon, hemorroidas, tumores intestinais e diabetes, além de diminuir o nível de colesterol ruim, tratar furúnculos e sífilis.
 

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 Suas propriedades já são muito conhecidas, principalmente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes cidades.
  É possível seu cultivo em ambiente em casa, uma vez que pega bem em qualquer tipo de solo, não exige cuidados específicos, se propaga com facilidade. Tem espinhos e pode ser usada em cercas-vivas, se desenvolvendo bem tanto à sombra como ao sol.
A ora-pro-nóbis é propagada por meio de estacas plantadas em solo fértil enriquecido de matéria orgânica e, depois de enraizadas, são transplantadas para o local definitivo. Em épocas de chuva pode ser plantada diretamente em local definitivo. Seu desenvolvimento, quando feito por estaquia, é lento nos primeiros meses, mas após formação das raízes tem o crescimento bastante acelerado.
Quem nunca provou e gostaria de adquirir uma muda, dê uma vasculhada pela internet. É possível encontrar quem vende as mudas e até generosos doadores. Vale a pena!

    Ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata), do latim "rogai por nós", é uma cactácea, um cacto trepadeira com folhas. Segundo as tradições populares, o nome teria sido criado por pessoas que colhiam a planta no quintal de um padre, enquanto ele rezava em latim: Ora pro nobis. Sendo conhecido também como lobrobô ou lobrobó. O nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, e o termo aculeata vem do latim e significa espinho, agulha.

Onde encontrar?
Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca na Flórida, nos Estados Unidos e na região sudeste do Brasil. Nos estados do Sudeste é mais fácil, por ser mais abundante nessa região. Em Minas Gerais, é facilmente encontrada, fresca, desidratada, em saquinhos.

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É uma planta que é capaz de nutrir e auxiliar na prevenção várias doenças. No curso vida saudável ensinamos diversas formas de uso da ora-pro-nobis.

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      A cicatrização de feridas é uma propriedade comumente atribuída à mucilagem das suas folhas ( Aburjai e Natsheh, 2003 e Thornfeldt, 2005 ), no entanto, esta propriedade nunca foi testada em condições experimentais.
     A cicatrização de feridas é um processo complexo que envolve etapas de migração e proliferação celular, especialmente de células fibroblásticas ( Krishnan, 2006 ). A mucilagem pode ajudar na promoção tanto da proliferação celular como da migração de fibroblastos, por isso ela pode contribuir para a cicatrização de feridas. Um método conveniente para evitar o uso da experimentação com animais foi recentemente revisto por Yarrow et al. (2004) , onde a observação da proliferação e migração de fibroblastos em cultura pode ser feita sobre uma placa de vidro coberta com uma matriz, tornando o ambiente mais próximo das condições naturais.

      Além dos eventos celulares, a cicatrização de feridas é geralmente acompanhada por um processo inflamatório, que desempenha um importante furo na entrega de mediadores envolvidos na sinalização química para células imunológicas ( van Solingen et al., 2014 ). É bem conhecido que os compostos polifenólicos apresentam atividade antioxidante e apresentam a capacidade de eliminar radicais livres produzidos pelo metabolismo celular ou por outras fontes exógenas ( Bianchi e Antunes, 1999 e Everette et al., 2010 ). Uma das características do estágio inflamatório de cicatrização de feridas é a produção exacerbada de radicais livres, e o conteúdo de compostos polifenólicos pode romper este processo, gerando um alívio nos sintomas inflamatórios, incluindo dor e coceira.

       P. aculeata é uma planta cujas propriedades medicinais são pouco estudadas e pouca informação é encontrada sobre seu cultivo e seus efeitos no desenvolvimento geral e na produção metabólica secundária. Dado que esta espécie está amplamente distribuída no território brasileiro, crescendo em diferentes biomas ( Rosa e Souza, 2003 ), este trabalho teve dois propósitos principais: 1- Compreender a influência do substrato e, consequentemente, o teor de nutrientes na produção de mucilagem e compostos polifenólicos ; E 2- Estudar as propriedades cicatrizantes das folhas em relação ao seu conteúdo mucilaginoso.
Fonte       
Revista Brasileira de Farmacognosia  Volume 24, Edição 6 , Novembro-Dezembro 2014, Páginas 677-682  Propriedades cicatriciais da ferida e conteúdo de mucilagem de Pereskia aculeata de diferentes substratos
  http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0102695X15000162

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