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quinta-feira, 21 de julho de 2016

procuro sementes orgânicas ou crioulas de milho


Amigos estou auxiliando um produtor rural e precisamos de Sementes de milho orgânico ou crioulo. 
Com a finalidade de desenvolver a atividade de avicultura orgânica.
Precisamos de 20 quilos de sementes.
Podem indicar de quem ele pode comprar??


obrigado




alexandre panerai 
agropanerai@gmail.com

sexta-feira, 29 de maio de 2015

ONDE COMPRAR SEMENTES RARAS



Pra falar a verdade eu ia postar outra coisa e o post já estava até pronto, mas como é primavera e essa é a melhor época do ano para plantar sementes, resolvi publicar primeiro esse post que vai ajudar outras pessoas que como eu estavam caçando alguma semente difícil de achar.


As lojas que vou mostrar não vão só ser úteis para você comprar sementes, mas para comprar aquelas sementes raras de plantas pouco conhecidas que você está louco para cultivar, mas não acha em lugar nenhum. Eu vivia passando por isso e acabava sempre recorrendo ao ebay, mas depois de muita pesquisa achei algumas lojas no Brasil que, eventualmente, resolvem meus problemas.
Primeiro vou mostrar as lojas nas quais eu já comprei e recomendo…
Garden Mania
Inicialmente, quando eu fiz esse post, recomendei essa loja. Naquele momento eu já havia feito duas compras nela e,  apesar de ter tido atraso no envio das sementes em ambas, eu recebi tudo conforme descrito no site e foi exatamente isso o que coloquei no post.
No entanto, agora venho sugerir que não comprem nessa loja. Na terceira compra que fiz, e última, precisei abrir uma disputa no PagSeguro para receber de volta o que paguei, porque as sementes sequer foram enviadas e isso mais de 30 dias após a compra. O vendedor não respondeu nenhum dos meus e-mails e também não se manifestou durante a disputa no PagSeguro.
Quando abri o post para editar pensei em simplesmente excluir essa loja, mas, infelizmente, é uma das mais conhecidas e ao pesquisar sementes para compra no Google é uma das primeiras que aparece. Então para mais pessoas não terem que passar pelo aborrecimento que eu passei, achei melhor esclarecer o que ocorreu.
S-Gardenmania
Sambalina
Recomendo muito essa loja. Fiquei muito satisfeita com a variedade de sementes. Muitas variedades de tomates, frutas e ervas. Encontrei nessa loja variedades que eu estava louca procurando como o mini-pepino mexicano e a pêra-melão ou melão andino e ainda comprei vários tipos de tomates.
O atendimento foi excelente, o envio foi rápido e ainda recebi sementes de manjericão limão de brinde e fiquei super feliz porque amo manjericão e nunca tive essa espécie. Além disso tive muito sucesso com as sementes, mas é fato que as variedades eram todas de fácil germinação, exceto o melão andino que eu nunca tinha plantado, mas que também teve excelente taxa de germinação.
S-Sambalina
Essas abaixo são as lojas que eu não conheço, nunca comprei, mas já ouvi bons comentários a respeito…
Toca do Verde
Deve ser a loja virtual de jardinagem mais conhecida de todas. Essa loja tem de tudo, não só sementes, então você pode encontrar bastante coisa útil. Só um detalhe: as sementes vendidas no site são da Isla, aqueles saquinhos que você encontra em qualquer casa de jardinagem.
S-Toca do verde
Planta Mundo
Não é muito conhecida, mas vi bons comentários.
S-Planta mundo
Tabutin
Também não é muito conhecida, mas vi bons comentários.
S-Tabutins

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Como plantar pimentão com sementes frescas

Escrito por Angela Lafollette  Traduzido por Marcelo Couto
         

Como preparar sementes de pimentão para plantar
Plante-as inicialmente em ambiente fechado, pois não suportam tempo frio
Jupiterimages/Photos.com/Getty Images
Pimentões amadurecem em tons de amarelo, laranja, vermelho, verde ou roxo. Suas sementes têm formato de disco e são brancas, que exigem luz e temperatura específicas para germinar. Geralmente são germinadas em área fechada, onde é mais fácil controlar as condições climáticas. Elas brotam entre 8 e 10 dias, dependendo da variedade e das condições do ambiente. Desse momento até a colheita, passam-se entre 65 e 70 dias.

Nível de Dificuldade:
Moderada

O que você precisa?

  • Faca
  • Colher
  • Papel toalha
  • Prato
Lista completa

Instruções

  1. 1
    Escolha pimentões frescos e corte as pontas com a faca. Retire o conteúdo com uma colher. Remova todas as sementes e espalhe-as no papel toalha em uma única camada.
  2. 2
    Coloque o papel com as sementes em um prato e ao sol ou perto de uma janela bem iluminada. Deixe as sementes de pimentão secarem de 5 a 6 dias.
  3. 3
    Guarde as sementes em um envelope e armazene-o em um local seco até o começo da primavera.
  4. 4
    Encha a sementeira com a terra adequada. Aqueça a terra até cerca de 25º C, colocando a lâmpada sobre ela.
  5. 5
    Mergulhe as sementes em água morna por três horas. Depois disso, semeie duas em cada lugar da sementeira. As sementes necessitam de plantio raso, então plante-as duas vezes mais fundo que seu próprio diâmetro.
  6. 6
    Cubra a sementeira com a embalagem de plástico transparente ou com a redoma de plástico que vem junto. Observe o solo todos dias para ter certeza de que não está completamente seco e regue-o para mantê-lo úmido. Evite exagerar na água para que as sementes não sejam infestadas por fungos.
  7. 7
    Mantenha a temperatura de 25º C debaixo da lâmpada durante 16 horas por dia. Sempre cheque a temperatura do solo para ter certeza de que está correta durante o dia. Desligue a lâmpada por 8 horas durante a noite, fazendo o solo ficar por volta de 15º C. Repita as condições de luz e calor até que as sementes germinem.
  8. 8
    Deixe somente a muda mais saudável na sementeira quando o primeiro par de folhas aparecer. Transplante a muda para um ambiente externo quando o frio passar e a temperatura do solo estiver por volta de 10º C, deixando um espaçamento de 30 cm a 45 cm entre cada planta.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Uso de semente orgânicas poderá voltar a ser obrigatório

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiu rever a proibição do uso de sementes e mudas convencionais na agricultura orgânica

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Christopher Furlong/Getty Images
Agricultor mostra sementes de trigo no começo da colheita em Chebsey, próximo de Stafford, no Reino Unido
Sementes: ministério informou que estimula a adoção de sementes orgânicas e que abriu seleção pública para contratar consultores que irão catalogar espécies de interesse
Brasília – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiu rever a proibição do uso de sementes e mudas convencionais na agricultura orgânica, que passaria a valer a partir de 19 de dezembro.

Pela regra em vigor até agora, a partir dessa data o uso exclusivo de sementes orgânicas se tornaria obrigatório. Serão feitas alterações em uma Instrução Normativa sobre o assunto, que passam a valer após serem publicadas no Diário Oficial da União.
A mudança foi decidida pela Câmara Temática da Agricultura Orgânica, vinculada ao órgão. Segundo informações do Ministério da Agricultura, a decisão tem amparo em uma consulta pública que envolveu setor produtivo, associações, órgãos de pesquisa e certificadoras.
Ainda de acordo com o ministério, atualmente há escassez de sementes orgânicas para atender à demanda da cadeia produtiva.

A alternativa proposta à obrigatoriedade generalizada é que, a partir de 2016, cada estado produza listas definindo quais espécies e variedades deverão ser obrigatoriamente orgânicas.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, é preciso estimular a pesquisa e o desenvolvimento para que se crie condições ideais à produção orgânica. “Enquanto não houver estas condições, é preciso ter uma legislação simplificada”, disse.
O ministério informou ainda, por meio de sua assessoria de imprensa, que estimula a adoção de sementes orgânicas e que abriu seleção pública para contratar consultores que irão catalogar espécies de interesse.

Além da decisão sobre as sementes, a Câmara da Agricultura Orgânica propôs alterar regras sobre outros insumos, cuja utilização também seria restrita a partir de 19 de dezembro.
As vitaminas e pró-vitaminas de origem sintética para animais, que não seriam mais permitidas, poderão ser usadas quando sua falta não comprometer a saúde do rebanho e não houver disponibilidade de fontes naturais.

Foi mantida a permissão de uso de esterco vindo de sistemas não-orgânicos, desde que haja controle de risco e contaminantes.
Por fim, resíduos de biodigestores e lagoas de decantação poderão ser utilizadas, desde que seja feita uma análise de risco pelos organismos de avaliação de conformidade e organizações de controle social.

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/uso-de-semente-organicas-podera-voltar-a-ser-obrigatorio

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Abóboras ou cucurbitáceas, sementes crioulas

Reportagem explica o que são cucurbitácias e apresenta o trabalho da Embrapa com os produtores de Pelotas
e Rio Grande, no R.G.do Sul, na conservação de sementes crioulas

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Agronegócio, um modelo esgotado! Vandana Shiva. III Encontro Internacional de Agroecologia


Perante uma atenta plateia composta por mais de 3 mil pessoas, a renomada cientista indiana Vandana Shiva (foto) fez uma palestra de uma hora, respondeu a perguntas e encantou a todos com suas ideias, experiências e convicções, durante a abertura do III Encontro Internacional de Agroecologia, no dia 31 de julho, na cidade de Botucatu, interior de São Paulo.
Fonte: http://goo.gl/uUA27X
A reportagem é de Péricles de Olveira, publicada no jornal Brasil de Fato, 06-08-2013.
Vandana foi muito contundente ao longo de toda a sua fala. Começou contando de sua vida, de como havia estudado biologia e física quântica na universidade e de como se considerava uma pessoa alienada da realidade do mundo.
Esclareceu que o choque que a fez despertar foi um grave acidente ocorrido, 30 anos atrás, numa fábrica de pesticidas – que resultou numa tragédia, com a morte de mais de 35 mil indianos. A partir daí, é que ela acaba se convertendo à causa do povo e não para mais de pesquisar a ação das empresas transnacionais sobre a agricultura.
Hoje, ela é considerada uma das principais pesquisadoras dos malefícios para a saúde humana e para a destruição da biodiversidade que as sementes transgênicas e os agrotóxicos das empresas transnacionais vêm causando em todo o mundo.

“Revolução Verde”
Vandana falou sobre as consequências da chamada Revolução Verde, imposta pelo governo dos Estados Unidos, na década de 1960, a toda a sua área de influência como forma de vender mais insumos agroquímicos e suas mercadorias agrícolas.
O resultado disso – o de subjugar países e camponeses – pode ser visto hoje, já que 65% de toda a biodiversidade e dos recursos de água doce do planeta foram contaminados por agrotóxicos.
Além disso, há estudos comprovando que 40% de todo o efeito estufa que afeta o clima no planeta é causado pelo uso exagerado, desnecessário, de fertilizantes químicos na agricultura. Chegou a dizer, inclusive, que em muitas regiões da Europa, em função da mortandade e desaparecimento das abelhas, a produtividade agrícola já teria caído 30%.
A indiana atentou para o fato de que se fôssemos calcular os prejuízos e custos necessários para repor a biodiversidade e reequilibrar o meio ambiente com vistas a amenizar os desequilíbrios climáticos, eles seriam maiores, em dólares, do que todo o comércio de commodities que as empresas realizam.

Genocídio
Em relação à ação das empresas transnacionais que atuam na agricultura – como Monsanto, Bunge, Syngenta e Cargill – também não poupou críticas. Denunciou que elas controlam a produção e o comércio mundial da soja, milho, canola e trigo. E que fazem propaganda enganosa dizendo que a humanidade depende dos alimentos produzidos pelo agronegócio para sobreviver, quando na prática a humanidade se alimenta com centenas de outros vegetais e fontes de proteínas, que elas ainda não puderam controlar.
Disse que essas “empresas, ao promoverem as sementes transgênicas, não inventaram nada de novo. Não desenvolveram nada. O único que fizeram foi fazer mutações genéticas que existem na natureza para viabilizar a venda de seus agrotóxicos”.
Citou que a Monsanto conseguiu controlar a produção de algodão na Índia, apoiada por governos subservientes, neoliberais, e que hoje 90% da produção depende de suas sementes e venenos. Com isso houve uma destruição do modo camponês de produzir algodão e um endividamento dos que permaneceram.
A conjunção do alto uso de venenos intoxicantes que levam à depressão e a vergonha da dívida fez com que, desde 1995 até os dias de hoje, houvesse 284 mil suicídios entre os camponeses indianos. Um verdadeiro genocídio escondido pela imprensa mundial e cuja culpada principal seria a Monsanto.
Apesar de tantos sacrifícios humanos, a Monsanto ainda recolhe em seu país 200 milhões de dólares anuais, cobrando royalties pelo uso de sementes geneticamente modificadas de algodão.

Commodities não são alimentos
O modelo do agronegócio é apenas uma forma de se apropriar do lucro dos bens agrícolas, mas ele não resolve os problemas do povo. Tanto é que aumentamos muito a produção, poderíamos inclusive abastecer 12 bilhões de pessoas [quase o dobro da população mundial], mas, no entanto, temos 1 bilhão de pessoas que passam fome todos os dias, sendo 500 milhões delas camponesas que vivem no meio rural e que tiveram seu sistema de produção de alimentos destruído pelo agronegócio.
As commodities agrícolas são meras mercadorias agrícolas, não são alimentos. Cerca de 70% de todos os alimentos do mundo ainda são produzidos pelos camponeses. É preciso entender que alimentos são a síntese da energia necessária que os seres humanos precisam para sobreviver, a partir do meio ambiente em que vivem, recolhendo essa energia d a fertilidade do solo e do meio ambiente.
Quanto maior a biodiversidade da natureza, maior o número de nutrientes e mais sadia será a alimentação produzida naquela região para os humanos. E o agronegócio destrói a biodiversidade e as fontes de energia verdadeiras.
As empresas lançam mão de um fetiche gerado pela propaganda, de que estão usando modernas técnicas de biotecnologia para aumentar a produtividade das plantas, mas isso é um engodo. Quando se vai pesquisar o que são tais biotecnologias, elas são guardadas em segredo. Porque, no fundo, elas não mudam nada na natureza. São apenas mecanismos para aumentar a rentabilidade econômica das grandes plantações.
Na verdade, a agricultura industrial é a padronização do conhecimento, é a negação do conhecimento sobre a arte de cultivar a terra. Porque o verdadeiro conhecimento é desenvolvido pelos próprios agricultores, e pelos pesquisadores, em cada região, em cada bioma, em cada planta.

Consumidores
O modelo do agronegócio quer transformar as pessoas apenas em “consumidores” de suas mercadorias. Vandana nos diz que devemos combater o uso e o reducionismo da expressão “consumidores”, que devemos usar o termo “seres humanos”, pessoas que precisam de uma vida saudável. “Consumidor” indica uma redução subalterna do ser humano.
As empresas do agronegócio dizem que são o desenvolvimento e o progresso. Na prática, chegam a controlar 58% de toda produção agrícola do mundo, porém, dão trabalho para apenas 3% das pessoas que vivem no meio rural. Portanto, o agronegócio é um sistema antissocial.
A indiana revelou ainda que fez parte de um grupo de 300 cientistas de todo mundo que se dedicam a pesquisar a agricultura e que após realizarem diversos estudos, durante três anos, comprovaram que nem a Revolução Verde imposta pelos Estados Unidos, nem o uso intensivo das sementes transgênicas e dos agroquímicos podem resolver os problemas da agricultura e da alimentação mundial. Algo que só pode acontecer por meio da recuperação de práticas agroecológicas que convivam com a biodiversidade, em cada local do planeta.
Vandana concluiu sua crítica ao modelo do agronegócio dizendo que ele projeta a destruição e o medo, porque é concentrador e excludente. Por isso, tornou-se algo comum o costume dessas empresas ameaçarem ou cooptarem os cientistas que se opõe a elas.

A saída é a agroecologia
Após criticar duramente o modelo do capital, a cientista dedicou sua palestra a projetar as técnicas ou o modelo de produção da agroecologia como a alternativa popular e necessária para produção de alimentos.
Defendeu que o modelo da agroecologia é o único que permite desenvolver técnicas de aumentar a produtividade e a produção sem a destruição da biodiversidade.
Que a agroecologia é a única forma de criar empregos e formas de vida saudáveis para a população permanecer no campo e não ter de se marginalizar nas grandes cidades. Sobretudo, fez a defesa de que os métodos da agroecologia são os únicos que conseguem produzir alimentos sadios, sem venenos.

Dificuldades da transição
Quando perguntada sobre as dificuldades da transição entre os dois modelos, contestou, citando a Índia: “Nós já tivemos problemas maiores na época do colonialismo inglês. No entanto, Gandhi nos ensinou que a nossa fortaleza é sempre ‘lutar pela verdade’, porque o capital engana e mente para poder acumular riquezas. Mas a verdade está com a natureza, está com as pessoas”.
Dessa energia que emana de Gandhi, Vandana reforçou: “Se houver vontade política para fazer a mudança, se houver vontade para produzir alimentos sadios, será possível cultivá-los”.
Vandana concluiu conclamando a todos a se envolverem e participarem do Encontro Mundial de Luta Pelos Alimentos Sadios e Contras as Empresas Transnacionais que a Via Campesina, os movimentos de mulheres e centenas de entidades realizam todos os anos, na semana de 16 de outubro. “Precisamos unificar as vozes e as vontades em nível mundial. E essa será uma ótima oportunidade.”

Recomendações
Quando perguntada sobre as recomendações que daria aos jovens, aos estudantes de agronomia, aos agricultores praticantes da agroecologia, Vandana Shiva elencou seis pontos:

Primeiro: disse que a base da agroecologia é a preservação e a valorização dos nutrientes que há no solo. Neste instante, a indiana fez referência a outra cientista presente na plateia que a assistia muito atenta, a professora Ana Maria Primavesi. “Precisamos ir aplicando as técnicas que garantam a saúde do solo, e dessa saúde, recolheremos frutos com energia saudável.”

Segundo: estimular que os agricultores controlem as sementes. As sementes são a garantia da vida. “Nós não podemos permitir que as empresas transnacionais transformem nossas sementes em meras mercadorias. As sementes são um patrimônio da humanidade.”

Terceiro: precisamos relacionar a agroecologia com a produção de alimentos saudáveis que garantam a saúde e assim conquistar os corações e mentes da população da cidade, que está sendo cada vez mais envenenada pelas mercadorias com agrotóxicos. “Se vincularmos os alimentos com a saúde das pessoas, ganharemos milhões de pessoas da cidade para a nossa causa.”

Quarto: precisamos transformar os territórios em que os camponeses têm hegemonia em verdadeiros santuários de sementes, de árvores sadias, de cultivo da biodiversidade, da criação de abelhas, da diversidade agrícola.

Quinto: precisamos defender a ideia que faz parte da democracia, a liberdade das pessoas de terem opções de alimentos. Elas não podem mais serem reféns dos produtos que as empresas colocam nos supermercados de acordo com a sua vontade apenas.

Sexto: precisamos lutar para que os governos parem de usar dinheiro público – que é de todo o povo – para subsidiar, transferir esses recursos para os fazendeiros. Isso vem acontecendo em todo o mundo e também na Índia. O modelo do agronegócio não se sustenta sem os subsídios e vantagens fiscais que os governos lhes garantem.

Fonte: INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/522514-agronegocio-um-modelo-esgotado

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Monopólio sobre sementes ameaça soberania alimentar


CONSEA, 13/07/2013 | por Beatriz Evaristo
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Milho pipoca crioulo exposto em feira de sementes: autonomia dos agricultores
“Acesso a sementes, soberania e segurança alimentar” foi tema do primeiro painel do evento “Mesa de Controvérsias – Transgênicos”, realizado pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em Brasília nesta quinta e sexta-feira (11 e 12).
Para debater a oferta de sementes e seus efeitos, participaram da mesa Ricardo Tatesuzi de Sousa, diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Grãos não Geneticamente Modificados (Abrange); Andrea Ferraz, agricultora da Comunidade da Invernada, Rio Azul, no Paraná; Stelito Assis dos Reis Neto, assistente da Superintendência de Gestão da Oferta da Conab; e Edson Guiducci Filho, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A pesquisadora Anelize Rizzolo, conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), fez a mediação do debate.
O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Edson Guiducci Filho, destacou a importância da análise de perda de diversidade com a introdução de sementes transgênicas no país. “Há poucas variedades disponíveis na mão de grandes empresas”, disse o pesquisador sobre a oferta de sementes no país. De acordo com Edson Filho, o entendimento de que as sementes são recursos naturais no Plano Nacional de Agroecologia é uma grande vitória. Disse ainda que faz parte da agenda da Embrapa aproximar-se dos agricultores e que a empresa pode desempenhar um papel importante na conservação da base genética das sementes não-transgênicas.
O diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Grãos não Geneticamente Modificados (Abrange), Ricardo Tatesuzi de Sousa, disse que a associação surgiu há cinco anos para atender ao mercado que quer produtos não-transgênicos. “Na questão da semente, a gente teve dificuldades para atender essa demanda crescente e estamos no trabalho de fazer chegar a semente ao agricultor”, disse Ricardo Tatesuzi. Hoje, os grãos produzidos pela associação levam a certificação de contaminação abaixo de 0,1% para atender o mercado europeu, japonês e Coréia do Sul.
A agricultora da Comunidade da Invernada, Rio Azul, no Paraná, Andréa Ferraz, apresentou a experiência do uso de sementes crioulas na plantação de milho. Os resultados apresentados mostraram que a produção a partir das sementes crioulas teve menor custo e maior lucro em relação ao plantio com sementes tradicionais. “Nós somos totalmente contra os transgênicos. As sementes crioulas são sementes antigas que nós resgatamos. Se os transgênicos contaminarem essa semente, nós vamos perder. O crioulo pra nós é a vida. Se a gente come algo que sabe o que produz, nós comemos saúde. Se comer um transgênico, sabe lá o que a gente está comendo”, explicou a agricultora Andréa Ferraz.
O assistente da Superintendência de Gestão da Oferta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Stelito Reis, disse que hoje é mais rentável para o agricultor brasileiro produzir a soja não-transgênica porque há um bônus para quem escolhe a produção natural. “A regra que é colocada pela propaganda dos transgênicos, ela não é real na prática quanto à redução do uso de agrotóxicos”, disse Stelito Reis que explicou ainda que existe problema de controle e má-utilização das técnicas produtivas.
Após as apresentações, a conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Anelize Rizzolo, abriu o debate para perguntas dos participantes. Entre as intervenções, a conselheira destacou a sugestão do conselheiro estadual, Alcemir Almeira, de remeter uma nota de repúdio à CTNBio por ter se recusado a participar do encontro. Além disso, a conselheira Anelize Rizzolo encerrou o debate dizendo que “ficou claro que a semente não-transgênica está voltada para o mercado externo” e que é preciso fazer uma reflexão importante sobre a oferta dessas sementes no país.
Fonte: Ascom/Consea

terça-feira, 2 de julho de 2013

Termina em dezembro prazo que permite uso de sementes convencionais na agricultura orgânica

Ministério da Agricultura estuda a cadeia produtiva de orgânicos e considera prorrogar este limite.

  • Andrea Parisi | Brasília

Roni Rigon
Foto: Roni Rigon
 
Sementes orgânicas são fundamentais nos processos de certificação
Pela legislação atual, a partir de dezembro fica proibido o uso de sementes convencionais na produção de cultivos orgânicos. O Ministério da Agricultura, mapa está analisando toda a cadeia produtiva do setor e estuda prorrogar a Instrução Normativa nº 64, criada em 2008, que regula o uso de sementes fazendo.
– Nós estamos fazendo uma avaliação de que tipos de materiais já e existem. Pode ser que haja materiais que não precisaremos prorrogar e outros que precisarão de mais prazo. Até o final do ano, vamos publicar a revisão da instrução normativa – diz Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura.
Enquanto decisão não é anunciada, produtores correm contra o tempo. Em seminário realizado em Brasília, pesquisadores da Emater e Embrapa relataram experiências de produção de sementes orgânicas realizadas no interior de SP, norte de Minas Gerais e região Sul do país que têm apresentado bons resultados. O objetivo é implementá-las também no Cerrado.
Durante o encontro foi criado de um grupo formado por associações do setor, produtores do Distrito Federal e órgãos do governo estadual e federal, que irão disponibilizar recursos financeiros. A utilização de sementes orgânicas é importante para os produtores conseguirem certificar sua produção, como aponta o agricultor Rodrigo Rodrigues dos Santos, que produz dez tipos de hortaliças.
– Nós, que estamos correndo atrás de uma certificação orgânica, estamos bastante preocupados com essa situação da semente – relata o agricultor, que tem dificuldades de encontrar sementes livres de conservantes e agrotóxicos no mercado.

http://videos.ruralbr.com.br/canalrural/video/rural-noticias/2013/06/instrucao-normativa-para-cultivo-sementes-convencionais-alimentos-organicos-vence-dezembro/28051

fonte: Rural BR

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Semente é diamante!! "Passado Semente Futuro"





O que importa mais num alimento a quantidade ou a qualidade?
Quanto vale uma semente rara que é cultivada melhorada há mais de 1.000 anos? Comecei a tratar o assunto em 2010, produzindo o documentário "Passado Semente Futuro".
"Semente é Diamante" é a continuação dessa pesquisa. Gravado em 2011, em Botucatu, durante a 2ª Feira de trocas de Sementes Tradicionais e Crioulas de São Paulo e também em Itapevi, no Sítio Vida de Clara Luz. Entrevistados: Denilza Santos, Lin Chau Ming, Ademar do Nascimento, Pedro Jovchelevich, Marcelo Laurino, Peter Webb, Edmar Costa e Ivete de Almeida.
Produção:Resgate Cultura

quinta-feira, 7 de março de 2013

SEMENTES DA LIBERDADE



A história da semente se tornou uma das perdas, controle, dependência e dívida. Foi escrita por aqueles que querem fazer lucro enorme do nosso sistema alimentar, não importa o que o verdadeiro custo. É hora de mudar a história.

Produzido pela Fundação Gaia e da Rede de Biodiversidade Africano, em colaboração com MELCA Etiópia, Internacional Navdanya e grãos. Saiba mais em seedsoffreedom.info

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tenente Portela – RS promove seminário sobre sementes crioulas

Tenente Portela – RS promove seminário sobre sementes crioulas

Agricultores familiares e lideranças políticas de 22 municípios gaúchos se reuniram em Tenente Portela, na Região Noroeste do Estado, para defender o resgate e plantio das sementes crioulas. Eles participaram do 3º Seminário Sementes Patrimônio Sociocultural e 1º Encontro Regional pelas Sementes Crioulas, eventos que reuniram aproximadamente 450 pessoas no distrito de São Pedro, no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. “A defesa das sementes crioulas é o ponto de partida de um trabalho que tem futuro”, disse o assessor técnico da Ong AS-PTA, com sede no Rio de Janeiro, Gabriel Fernandes.
leia mais  em : http://pratoslimpos.org.br/?p=4263

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Agricultores trocam sementes durante evento sobre produtos orgânicos





O agricultor ecologista Salvador Rosa da Silva, o Dodô, que produz folhosas, frutas  e verduras,  numa área de 18 mil metros, do bairro Lami, em Porto Alegre, foi apenas um dos 12 agricultores de Porto Alegre que apresentaram, nesta terça-feira (29/05), um relato de sua experiência com sementes e mudas, o cultivo de orgânicos e disponibilizaram material para a troca com outros agricultores.  Mostrou o que produz em sua pequena área no extremo sul de Porto Alegre, contou como acontece a troca de sementes, de saberes, entre ele e os inúmeros amigos adimiradores. Tive a honra de estagiar no seu sítio e aprender muito!
A reunião de troca de sementes crioulas foi promovida pelo Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade Orgânica (OPAC) da Associação dos Produtores da Rede Agroecológica Metropolitana (RAMA) e aconteceu no Centro Agrícola Demonstrativo (CAD), em Porto Alegre.

Ao todo foram trocadas 200 sementes de 50 espécies diferentes. Uma pluralidade que, de acordo com a produtora Ivone Silva, de Viamão, propicia a oportunidade de obter informações sobre outras culturas. “Nós podemos conhecer produtos novos e adquirir alguns que nós não temos. Hoje, por exemplo, encontrei uma semente de abóbora que há algum tempo estava procurando”, avalia.

De acordo com o gerente regional da Emater/RS-Ascar em Porto Alegre, Mário Gerber, este sistema de troca faz a diferença, pois uma semente que está sendo plantada, durante todo o ano em uma propriedade, se renova junto com o agricultor, e esta renovação é fundamental. Já o diretor da Divisão do Fomento Agrícola da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (SMIC), Antônio Bertaco, sinalizou por parte da pasta o reconhecimento da área rural de Porto Alegre.

Na parte da tarde, a engenheira agrônoma da UFRGS, Ingrid de Barros, falou para os mais de 70 presentes sobre as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs), que foram a base dos pratos servidos no almoço. A salada do brasileiro resume-se na maioria das vezes  em algumas folhas de alface e tomates. Precisamos resgatar a diversidade que tinhamos nos tempo mais antigos.,  onde se aproveitava todos os inços que nasciam na horta. Aumentando a diversidade combatemos a fome oculta , que é a carência de vitaminas e minerais.
O preparo deste almoço foi realizado em uma oficina com produtoras rurais e indígenas da tribo Kaingang, de Porto Alegre.

O encontro de troca de sementes foi promovido pela Emater/RS-Ascar, em SMIC.




O Centro Agrícola Demonstrativo (CAD) é uma unidade administrativa da Divisão de Fomento Agropecuário e da Gerência de Projetos Especiais da Smic, com área de 32 hectares. Nele estão centralizados os diversos projetos e atividades do meio rural. Questões relacionadas à tributação de imóveis rurais, aquisições de mudas frutíferas e ornamentais, orientações técnicas, produção de coelhos e bovinos de leite, horto de plantas medicinais são algumas das atividades do centro. A Casa do Mel, com capacidade de beneficiar 100 toneladas de mel por ano, está localizada dentro da área do CAD, assim como o Escritório Municipal da Emater.


Divisão de Fomento Agropecuário
É o setor da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio que trata das diretrizes e projetos voltadas ao fomento das atividades agrícolas, pecuária e agroindústriais, além de eventos como a Festa do Pêssego, a Festa da Uva e da Ameixa, a Feira do Peixe, a Fepoagro e a Mostra Rural em comemoração à Semana do Agricultor.

Centro Agrícola Demonstrativo (CAD)
Estrada Berico Bernardes, 2.939
cadem@smic.prefpoa.com.br
(51) 3289-4808 / 4809 / 4810
Das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Semente é a base de tudo

Representa 5% do custo e pode ser responsável por 80% do sucesso da lavoura.

Entre todos os pontos que precisam ser levados em conta na hora de planejar a safra, o uso de semente regular e adequada talvez seja o mais importante. A semente representa apenas 5% do custo de produção e determinante pelo bom desempenho da lavoura, chegando a 80%.

Para Marcelo da Costa Rodrigues, gerente comercial da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), de Cascavel, o primeiro passo do planejamento da safra tem sido negligenciado. “Alguns produtores têm adquirido sementes piratas e colocado em risco a produção”, enfatiza.

Segundo ele, na hora de comprar semente é preciso conhecer a origem do produto, além da necessidade de buscar itens credenciados, com nota fiscal - a qual relata o histórico do material, quem plantou e como se deu todo o processo. “Dessa forma terá certeza de estar comprando um material de qualidade”, afirma Rodrigues. O agricultor também deve optar por variedades que sejam recomendadas para a região. No site do Ministério da Agricultura existe a relação das cultivares recomendadas a cada Estado.

“A semente é um chip que contém muitas informações para quem vai produzir”, diz o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison Neto. O material adequado gera transferência de renda ao produtor (ver quadro). “Com a tecnologia embutida em um material de qualidade, o agricultor acaba tendo produtividade maior”, garante.

“O material certificado pode fazer toda a diferença na produção”, opina Luiz Carlos Miranda, da Embrapa Transferência de Tecnologia e presidente da Associação Paranaense de Sementes e Mudas (Apasem). “O produtor precisa pensar em todas as características da cultivar na hora de fazer a escolha”, aconselha Miranda.

Da pesquisa ao agricultor

Na Lei de Proteção de Cultivares (LPC), há três figuras jurídicas. O obtentor, que é a empresa de pesquisa que cria as cultivares, detém o direito de proteção. O obtentor licencia a semente básica para o multiplicador. Já o multiplicador é a empresa que vai reproduzir a semente em larga escala. Ele compra a semente básica, multiplica-a e vende as sementes aos usuários (agricultores).

O multiplicador paga royalties ao obtentor sobre as sementes compradas. Já o usuário compra a semente do multiplicador e cultiva a lavoura comercial. O usuário paga royalties apenas em algumas situações.

O registro é condição prévia para o lançamento de uma cultivar no mercado. A Lei de Sementes, promulgada após a LPC, em 5 de agosto de 2003, fortalece a fiscalização da produção e do comércio. Já a LPC reconhece a propriedade sobre os lançamentos e protege o direito de seus criadores.



Mercado anual de R$ 8 bilhões

O Brasil produz dois milhões de toneladas de sementes por ano, conforme dados da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). O segmento movimentou, na safra 2008/2009, cerca de R$ 8 bilhões.

Segundo Daniela Aviani, da Abrasem, existem 1.400 cultivares protegidas no país, tanto transgênicas quanto convencionais, que representam 5% do total das 23 mil registradas para plantio e comercialização.

FONTE: Correio Riograndense

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Segurança Alimentar e Soberania Alimentar

Precisamos incentivar cada vez mais os agricultores a serem guardiões de sementes, aprender e ensinar com eles! Montar em cada comunidade seu banco de sementes, manter a variabilidade da natureza.
Aprendi muito com o agroecologista Dodô no sítio dos Herdeiros no Lami, como armazenar as sementes.
Você tem alguma semente que queira partilhar conosco? Entre em contato pelo email agropanerai@gmail.com, pois estou montando um banco de sementes. Qualquer doação será bem vinda!
Bom final de semana!
Alexandre Panerai
eng. Agrônomo



Segurança alimentar e soberania alimentar é o tema de Terra Limpa. O vídeo foi realizado para a Fundação Luterana Diaconia e para o CAPA (Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor).


No filme, as experiências de produtores da agricultura familiar da Região Sul do Brasil que encontraram na agroecologia e na produção de sementes crioulas alternativas para uma produção de alimentos segura e soberana.



Direção, Imagens e Montagem: Mirela Kruel

Finalização: Débora Padilha

Realização: fld.com.br

capa.org.br

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