Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata) é uma cactácea, um cacto-trepadeira com ramos repletos de espinhos e folhas suculentas e comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança.
Seu consumo é muito disseminado em Minas Gerais, principalmente nas antigas regiões mineradoras e cidades históricas, onde a combinação mais conhecida é o frango com ora-pro-nobis. A tradição mineira diz que essa planta era colhida às escondidas, nos fundos de uma igreja, enquanto o padre rezava a ladainha do orapronobis, do latim "rogai por nós", o que explica seu nome popular.
Conhecido como “carne de pobre”, as folhas do ora-pro-nobis desidratadas contêm 25,4% de proteína (das quais 85% acham-se em forma digerível). É um valor muito alto, mesmo se comparando com vegetais mais famosos, como o espinafre, que tem um teor de 2,2% de proteínas. Além disso, possui vitaminas A, B e C e minerais como cálcio, fósforo e principalmente ferro, que ajuda a combater anemias.
O ora-pro-nobis também é muito rico em lisina, um aminoácido essencial - assim denominado porque o organismo não o produz. Esta substância é importante para a formação dos ossos graças à sua capacidade de aumentar a absorção intestinal de cálcio.
A lisina tem papel fundamental na produção de anticorpos, hormônios e enzimas, na formação do colágeno e das fibras musculares e na regeneração dos tecidos. Sua falta pode causar anemia, dificuldade de concentração, retardo no crescimento, diminuição do apetite e perda de peso, entre outros distúrbios.
RECEITA MINEIRA DE FRANGO COM ORA-PRO-NOBIS
INGREDIENTES• Ingredientes • 1 frango limpo, cortado e temperado • 1/4 de xícara de azeite • 1 tablete de caldo de galinha (preferência caipira) • 2 dentes de alho picados em pequenos pedaços • 2 cebolas cortadas em pedaços médios • 1 pedaço de pimentão vermelho (preferência) picado • Suco de 1/2 limão pequeno • Algumas pitadas de molho inglês • 30 folhas de ora-pro-nóbis (aproximadamente) • Sal a gosto
MODO DE PREPARO1. Junte, em uma panela o azeite, o suco de 1/2 limão e os pedaços de frango 2. Mexa em fogo médio até que o frango comece a dourar 3. Acrescente os dentes de alho picadinhos e mexa por mais alguns minutos 4. após dourar levemente os pedaços de frango, retire o excesso de gordura da panela 5. Acrescente as cebolas e o pimentão, misturando-os aos pedaços de frango 6. Junte algumas pitadas de molho inglês e o caldo de galinha e 1 xícara de água quente 7. Acrescente água quente, aos poucos, em pequenas quantidades, até que o frango cozinhe (assim o caldo ficará mais grosso e saboroso) 8. Prove o caldo e acrescente sal, caso julgue necessário 9. Após o frango cozido, espalhe as folhas de ora-pro-nobis por cima do frango, sem mexer ou misturar, de maneira a cobrir caldo de folhas 10. Tampe bem a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por mais ou menos 3 minutos 11. Sirva com arroz branco, feijão batido e angu Fonte: site Tudo Gostoso - http://tudogostoso.uol.com.br/
Elas são facilmente encontradas na natureza, não fazem parte do cardápio diário da maior parte das pessoas, não costumam ser encontradas em mercados convencionais e abrangem desde plantas nativas e pouco usuais até exóticas ou silvestres com uso alimentício direto (na forma de fruto ou verdura) e indireto (amido, fécula ou óleo). Estamos falando das Pancs. As Plantas Alimentícias Não Convencionais.
Elas não são transgênicas e, na maior parte dos casos, são orgânicas.
A alta resistência das Pancs faz com que elas sejam encontradas em quase todos os lugares, pois são nativas de cada região. Elas crescem espontaneamente em qualquer ambiente.
No mundo todo, a riqueza de plantas alimentícias foi estimada em 75 mil espécies em 1991, pelos ambientalistas Kenton Miller e Laura Tangley, autores do livro “Trees os Life: Saving Tropical Forests and Their Biological Wealth”. No entanto, apesar de serem tão comuns, ainda são poucos os que percebem sua função alimentar.
Muitas são consideradas pragas que descartamos. Puro desconhecimento. Perdemos assim o alto valor nutritivo destas espécies.
Mas nem sempre foi assim. Muitas Pancs costumavam ser consumidas por nossos antepassados. Porém, devido à pouca diversidade da agricultura convencional, que limita a dieta contemporânea a poucas espécies como o trigo e arroz, e também devido ao afastamento do homem com o contato da natureza e da produção de seus alimentos, elas foram sendo eliminadas de nosso cardápio.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima que o número de plantas consumidas pelo homem caiu de 10 mil para 170 nos últimos cem anos, devido aos interesses comerciais da agroindústria.
Em 2014 foi lançado no Brasil o livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) – Guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas” de Valdely Kinupp e Harri Lorenzi. A publicação trouxe à tona (novamente) a utilização destas plantas.
No livro estão catalogadas 351 espécies consumidas no passado ou em alguma região do país e do mundo, com imagens para facilitar sua identificação, além de informações sobre seu uso culinário e receitas.
A obra tem sido considerada o grande manual para um número crescente de adeptos da alimentação orgânica e saudável.
As Pancs ainda estão distantes da maioria dos brasileiros, no entanto, algumas delas já fazem parte de pratos da alta cozinha, por meio das mãos de chefs como Alex Atala, Helena Rizzo e Paola Carossela. Esta última é uma entusiastas destes ingredientes na alimentação, pesquisando muito sobre o tema para usar em seu próprio restaurante. Considerado um dos melhores restaurantes do mundo, o paulista Maní, de Helena Rizzo, oferece uma sobremesa de mil folhas com creme de caule (rizoma) de lírio e sorbet de flores de lírio-do-brejo. Este último ingrediente é o não convencional: perfumado e delicado, encantou a chef em 2014, quando ela o descobriu em uma incursão pela mata no litoral norte de São Paulo.
Vegetais como o taiá, a vinagreira e a bertalha foram substituídos, na alimentação dos brasileiros por espécies como a couve, a rúcula e a alface. Porém, o que é uma planta comestível pouco difundida em um lugar, pode ser uma verdura tradicional em outra parte do mundo.
A rúcula por exemplo, era considerada uma erva daninha até pouco tempo atrás. Hoje, é uma de nossas saladas mais básicas, conforme explica o especialista em cultura culinária e gastronômica e sociólogo Carlos Alberto Dória.
Também podemos considerar Pancs plantas que são comuns, das quais fazemos uso apenas de uma parte, sem levar em conta que outras também podem ser consumidas. É o caso da bananeira, que, além do fruto, pode ter os mangarás (corações ou umbigo) e os frutos aproveitados.
O desconhecimento sobre as Pancs priva o paladar de experiências muitas vezes saborosas – e o organismo, do acesso fácil a uma série de nutrientes necessários para a manutenção da saúde. Isso porque muitas destas plantas têm mais nutrientes (como o ferro) do que os convencionais.
Listamos algumas Pancs que você pode conferir abaixo.
Atenção: as Pancs podem estar no seu quintal, em hortas, terrenos baldios e até nas calçadas da cidade.
É importante saber que algumas Pancs não podem ser consumidas cruas e outras plantas não podem ser consumidas de maneira alguma.
Bertalha
Trepadeira com folhas e caules verdes, carnosos e suculentos. Tem aparência similar à do espinafre. É rica em vitamina A, além de oferecer outros nutrientes como vitamina C, cálcio e ferro. As folhas e os ramos novos devem ser consumidos logo após a colheita, refogados ou em substituição ao espinafre e à couve, ou em omeletes, quiches e tortas. Crua, pode ser ingerida junto a saladas verdes. Se preferir prepará-la em uma sopa, deixe para acrescentá-la por último, pois a bertalha não deve ser cozida em excesso.
Beldroega
De crescimento espontâneo em muitas partes do mundo, adapta-se a diversos tipos de clima, mas requer que o sol incida diretamente sobre ela. Suas folhas e ramos podem ser consumidos crus, em saladas. Quando cozidos, servem de ingrediente para pratos refogados e assados, além de sopas. Suas sementes também podem ser ingeridas – a sugestão é acrescentá-las a uma farinha de cereal depois de moídas. É rica em ácidos graxos ômega-3 e seu sabor tende a variar de acordo com a forma de cultivo.
Taioba
Comestíveis e saborosas, as folhas desta planta já foram bastante apreciadas na culinária mineira, mas acabaram sendo esquecidas ou substituídas com o passar do tempo. Os motivos sobram para voltar a adotá-la como fonte alimentícia, e não apenas para os mineiros. É rica em vitaminas A, B, C e em minerais como cálcio e fósforo. A abundância de ferro faz com que a sabedoria popular lhe atribua a cura da anemia. Uma dica é prepará-la refogada. Por conter ácido oxálico, a planta crua pode causar irritação na boca. Mas, atenção! Existem muitas plantas da família das Araceas, muito parecidas com a taioba, porém não comestíveis. A planta cresce melhor na sombra e em locais úmidos.
Jacatupé
Planta rústica e de cultivo simples, adapta-se facilmente a diferentes regiões brasileiras e é conhecida, também, como feijão-batata. Grande fonte de proteínas, chegou a ser comercializada em mercados, mas desapareceu devido ao consumo de vegetais convencionais. As raízes são sua parte comestível e podem ser preparadas cruas ou cozidas.
Dente-de-leão
Essa planta cresce naturalmente em várias regiões do Brasil (e do mundo inteiro) e há outros motivos para incluí-la na dieta: o dente-de-leão selvagem tem sete vezes mais fitonutrientes do que o espinafre, além de ser grande fonte de vitaminas A e C. Suas folhas podem dar origem a pratos refogados e cozidos, além de saladas. O consumo também pode se estender às flores. Algumas pessoas utilizam as raízes torradas e moídas como um substituto ao café.
Serralha
Para encontrá-la, preste atenção a locais perto de cercas e de muros, em quintais e em terrenos baldios. A serralha é fonte de vitaminas A, D e E. Desenvolve-se em quase todo o mundo pode servir de insumo para a preparação de saladas e de receitas cozidas. Seu sabor é amargo e lembra o do espinafre.
Ora-pro-nóbis
Uma das mais conhecidas entre as não-convencionais, é encontrada em abundância especialmente no Sudeste, mas está presente também em outras regiões. Trepadeira, desenvolve-se em vários tipos de solo e de clima, é de fácil cultivo e tem alto valor nutricional. É rica em vitaminas A, B e C, fibras, fósforo e fósforo. As folhas são sua parte comestível, podendo ser consumidas secas ou frescas, cruas ou cozidas, e até acrescentada a massas de pães. Mas, há receitas que utilizam suas flores também.
Hibisco (Vinagreira)
Arbusto vigoroso, está entre as maiores fontes de ferro do reino vegetal – possui quase o dobro que o espinafre. Tem como partes comestíveis as folhas jovens e as pontas dos ramos – experimente e veja que o sabor ácido justifica o seu nome. A flor e as sementes também podem ser consumidas. Prepara-se a vinagreira crua, refogada ou cozida.
Peixinho
Você já ouviu falar em peixinho que dá na terra? Pois há uma hortaliça que é conhecida como lambari da horta. Ela veio da Europa e da Ásia, mas se adaptou muito bem ao Brasil. Em Minas Gerais, é mais comum em regiões de clima ameno. Na Europa, as pessoas a usam mais para decoração. O peixinho é bem fácil de plantar, com semente ou muda. Cresce melhor em climas mais secos. E também faz sucesso na culinária. As folhas refogadas e fritas é um dos melhores petiscos. A folha é muito suculenta e por tal motivo, realmente lembra a textura de um peixinho.
Capeba
As folhas de capeba são ovaladas, arredondadas ou em forma de rim. Usa-se a folha para o preparo de charutos recheados com carne, cenoura e temperos. Quando cozidas, têm gosto de pimenta do reino.
Amendoim bravo ou leiteira (Euphorbia heterophylla)
Desequilíbrio entre N e micronutrientes, sobretudo Mo e Cu.
Azedinha (Oxalis oxyptera)
Terra argilosa, pH baixo, deficiência de Ca e de Mo.
Barba-de-bode (Aristida pallens)
Solos de baixa fertilidade
Beldroega (Portulaca oleracea)
Solo fértil, não prejudica as lavouras, protege o solo e é planta alimentícia com elevado teor de proteína.
Cabelo-de-porco (Carex sp.)
Compactação e pouco cálcio.
Capim-amargoso ou capim-açu (Digitaria insularis)
Aparece
em lavouras abandonadas ou em pastagens úmidas, onde a água fica
estagnada após as chuvas. Indica solos de baixa fertilidade.
Capim-caninha ou capim-colorado (Andropogon laterallis)
Solos temporariamente encharcados, periodicamente queimados e com deficiência de fósforo.
Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)
Indica solos muito decaídos, erodidos e compactados. Desaparece com a recuperação do solo.
Capim-marmelada ou papuã (Brachiaria plantaginea)
Típico
de solos constantemente arados, gradeados e com deficiência de Zn;
desaparece com o plantio de centeio, aveia preta e ervilhaca; diminui
com a permanência da própria palhada sobre a superfície do solo; regride
com a adubação corretiva de P e Ca e com a reestruturação do solo.
Capim rabo-de-burro (Andropogon sp.)
Típico de terras abandonadas e gastas - indica solos ácidos com baixo teor de Ca, impermeável entre 60 e 120 cm de profundidade.
Capim amoroso ou carrapicho (Cenchrus spp.)
Solo empobrecido e muito duro, deficiência de Ca.
Caraguatá (Erygium ciliatum)
Húmus ácido, desaparece com a calagem e rotação de culturas; freqüente em solos onde se praticam queimadas.
Carqueja (Bacharis articulata)
Pobreza do solo, compactação superficial, prefere solos com água estagnada na estação chuvosa.
Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum)
Deficiência de Ca.
Cavalinha (Equisetum sp.)
Indica solo com nível de acidez de médio a elevado.
Chirca (Eupatorium bunifolium)
Aparece nos solos ricos em Mo.
Dente-de-leão (Taraxacum officinale)
Indica solo fértil.
Grama-seda (Cynodon dactylon)
Indica solo muito compactado.
Guanxuma (Sida sp.)
Solo compactado ou superficialmente erodido. Em solo fértil fica viçosa; em solo pobre fica pequena.
Língua-de-vaca (Rumex obtusifolius)
Solos compactados e úmidos. Ocorre freqüentemente após lavouras mecanizadas e em solos muito expostos ao pisoteio do gado.
Maria-mole (Senecio brasiliensis)
Solo adensado (40 a 120 cm). Regride com a aplicação de K e em áreas subsoladas.
Mio-mio (Baccharis coridifolia)
Ocorre em solos rasos e firmes, indica deficiência de Mo.
Nabo (Raphanus raphanistrum)
Deficiência de B e Mn.
Picão preto (Galinsoga parviflora)
Solo com excesso de N e deficiente em micronutrientes, principalmente Cu.
Samambaia (Pteridium aquilinium)
Alto
teor de alumínio. Sua presença reduz com a calagem. As queimadas fazem
voltar o alumínio ao solo e proporcionam em retorno vigoroso da
samambaia.
Sapé (Imperata exaltata)
Indica solos ácidos, adensados e temporariamente encharcados. Ocorre também em solos deficientes em Mg.
Tanchagem (Plantago maior)
Solos com pouca aeração, compactados ou adensados.
Tiririca (Cyperus rotundus)
Solos ácidos, adensados, anaeróbicos, com carência de Mg.
Urtiga (Urtica urens)
Excesso de N (matéria orgânica). Deficiência de Cu.
Nome Científico: Typha domingensis
Família: Typhaceae
Características Morfológicas: Planta
hidrófita (aquática), perene e ereta, de tamanho que pode variar de 2 a
4 metros de altura. Floresce de julho a agosto. Detalhe interessante: a
parte superior da espiga é composta de flores masculinas, que caem; já a
inferior, cor de chocolate ou ocre, é das femininas. O fruto, exótico,
apresenta plumas.
Ocorrência Natural: Comum em
todas as sub-regiões do Pantanal, em lagoas, brejos, solos arenosos ou
argilosos ácidos e alcalinos. Presente desde o Canadá e Estados Unidos,
até a Patagônia (inclua-se todo o Brasil). Cosmopolita, também é
encontrada na Europa, Ásia, Austrália e Nova Zelândia.
A taboa, quando jovem, é uma planta
inteiramente comestível. Para começar a espiga pode ser cozida ou
assada, como um milho verde (aliás, tem proteína equivalente a ele),
usada para fazer sopas, purês e até chocolate. O broto pode ser
comparado a um palmito e até o pólen serve para doces. De quebra, as
sementes contêm 88% de óleo (comparáveis ao de girassol e de canola).
Na natureza, a taboa funciona como um abrigo para muitas espécies de
roedores e aves. As aplicações desta planta datam de 1906, quando já era
explorada no delta do rio Danúbio (para celulose e produção de papel
pardo, mais resistente). Utilizada como matéria-prima para papel,
pastas, cestas e outros itens para artesanato.
Aliás, sua fibra é excelente (fica entre a juta e o cânhamo), com
utilização em estofados, para a vedação contra água (pois incha) e como
isolante térmico.
Além disso, é cultivada como filtro biológico para esgoto doméstico,
efluentes industriais e de criação de animais, e também para controlar a
erosão em canais. É capaz, inclusive, de remover metais pesados da
água. Vai bem em solo rico em matéria orgânica, onde normalmente
apresenta um crescimento vigoroso.
É conhecida também como paineira-de-brejo, capim-de-esteira, paina,
paina-de-flecha, paineira-de-flecha, pau-de-lagoa, taboinha, tabu, entre
outros.
O yacon (Smallanthus sonchifolius), também conhecido como batata yacon, é uma planta cujas raízes tuberosas são consumidas normalmente cruas ou na forma de suco. As raízes tuberosas do yacon são ricas em inulina (polissacarídeos de frutose), o que lhes proporciona um sabor adocicado. As folhas e as pontas dos ramos podem ser consumidas cozidas. Também é uma planta usada para fins medicinais, especialmente por suas folhas apresentarem propriedades anti-hiperglicêmicas.
Clima
O ideal são regiões que apresentam temperaturas entre 10°C e 26°C durante o ano todo. Geadas podem matar a parte aérea da planta, mas esta rebrota posteriormente.
Esta planta produz melhor em alta altitude, embora também possa ser cultivada ao nível do mar, podendo também se adaptar a diversas condições climáticas.
Luminosidade
Pode ser cultivado tanto com luz solar direta quanto em sombra parcial.
Solo
O ideal é cultivar em solo bem drenado, profundo, sem pedras e outros detritos, fértil e rico em matéria orgânica. Embora possa tolerar solos mais ácidos, o pH ideal do solo é de 6 a 7,5.
Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido, sem que fique encharcado. A falta de água é prejudicial, principalmente se a temperatura estiver acima de 26°C.
Plantio
O plantio do yucon é geralmente feito a partir de pedaços do rizoma, que são retirados e cortados quando ocorre a colheita das raízes tuberosas. Os pedaços de rizoma devem ter pelo menos quatro gemas ou brotos cada um. Plante cada pedaço de rizoma a não mais do que 5 cm de profundidade.
Outro método de propagação é a estaquia. Para isso devem ser selecionadas plantas saudáveis que não estejam florindo. Os ramos utilizados não devem ser muito lenhosos, e devem ser cortados em pedaços de 15 a 20 cm, deixando pelo menos dois nós em cada pedaço. As folhas podem ser retiradas e os pedaços de ramos podem ser plantados em um canteiro de terra fofa ou areia, que deve ser mantida bem úmida até o enraizamento. O pedaços de ramos devem ficar em uma posição vertical ou levemente oblíqua (inclinados), e de forma que metade dos nós presentes no pedaço de ramo fique enterrada no solo. Leva aproximadamente 45 dias para que as mudas estejam bem enraizadas, quando podem então ser transplantadas.
Pedaços de ramos com 4 ou 5 cm e apenas um nó também podem ser usados na propagação, mas neste caso os pedaços devem ser deixados na posição horizontal, enterrados a uma profundidade de cerca de 1 cm.
Embora menos comum, o plantio também pode ser feito por sementes. Estas podem ser semeadas no local definitivo ou em sementeiras e outros contêineres, e as mudas transplantadas quando estiverem grandes o bastantes para serem manuseadas.
O espaçamento recomendado é de 90 cm a 100 cm entre as linhas de plantio, com 60 cm a 70 cm entre as plantas.
Tratos culturais
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos.
Colheita
A colheita das raízes tuberosas do yacon ocorre de 6 a 12 meses após o plantio, dependendo das condições de cultivo. A planta inteira pode ser retirada ou pode-se cavar em volta e retirar apenas os tubérculos necessários, pois esta planta é perene. Embora a colheita seja geralmente feita quando a parte aérea fica completamente seca, para que os rizomas utilizados na propagação estejam bem desenvolvidos, esta pode ser realizada antes disso, ou a qualquer momento em plantas mais velhas.
Inscrições: •As inscrições são presenciais (feitas na Secretaria do Departamento de Horticultura e Silvicultura,
(Prédio nº 41.210 – DHS/PLAV) na
av. Bento Gonçalves, 7712, Bairro Agronomia, Porto Alegre – RS. •Forma de pagamento: Em dinheiro ou cheque (não dispomos de máquina leitora de cartão)
OBS: Caso você esteja interessado(a) em fazer a inscrição e não possa vir até a FAGRO, outra pessoa
(amigo, tia, prima, etc...) poderá fazer a inscrição para você mediante pagamento e apresentação das
seguintes informações: Nome completo, Nº RG, Nº telefone e e-mail para contato.
As inscrições para estudantes serão feitas mediantes comprovação de matricula atualizada (2016).
Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Restinga Telefone: 51-32478400 Endereço: Loteamento Industrial da Restinga, Rua 7121, n. 285 - Bairro Estinga- Porto Alegre-RS. CEP: 91795-130 Como chegar de ônibus do centro de Porto Alegre até o IFSUL ônibus 210 (Restinga Nova) e ônibus R10 (Restinga Nova/ Cavalhada) ônibus da PUCRS até o IFSUL ônibus 3141 (Restinga /PUC) Estas informações encontram-se neste site: http://www.restinga.ifrs.edu.br/site/conteudo.php?cat=35
*Mensagem enviada através do Webmail da Faculdade de Agronomia, em: 06-06-2016(10:33h)
Ora-pro-nobis: folhas cruas servem para saladas; secas e moídas, vão em tortas, refogados, massas e pães
Apesar
de tradicionais e, muitas vezes, vinculadas à cultura de determinadas
comunidades, ao longo do tempo muitas plantas caíram no esquecimento dos
brasileiros. Sem contar com cultivo comercial em escala nem com uma
cadeia produtiva organizada, acabaram sumindo da mesa dos consumidores.
Mas, graças ao projeto de multiplicação de materiais genéticos realizado
por instituições de pesquisa, a perspectiva é resgatar a popularidade
de folhosas, raízes, leguminosas e frutas abandonadas nos últimos anos.
Inhame: para cozimento e fabricação de farinha
Jacatupe: raiz comida crua ou como polvilho
Para
o pesquisador da Embrapa Hortaliças Nuno R. Madeira, várias dessas
plantas tornaram-se raras no mercado como reflexo da urbanização e do
crescente consumo de produtos alimentícios industrializados. Jacatupé,
araruta, almeirão, azedinha, beldroega, bertalha, cará-moela,
chuchu-de-vento, inhame, jambu, mangarito, mostarda, ora-pro-nobis,
physalis, peixinho, taioba e vinagreira são alimentos que estão com o
cultivo em processo de recuperação pela Embrapa Hortaliças e pela
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas
Gerais (Emater-MG), em parceria com o Ministério da Agricultura,
Abastecimento e Pecuária (Mapa) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do
Estado de Minas Gerais (Epamig). Essas instituições têm estabelecido
campos de multiplicação de sementes com o objetivo de disseminar as
plantas pelo país. Como estratégia de difusão, faz-se o repasse de
sementes e mudas das culturas pela implantação de unidades de
observação, atuando de forma coletiva, com o acompanhamento do órgão de
extensão rural local ou com organizações de agricultores (associações ou
cooperativas).
Physalis: fruta pode ser consumida in natura ou em compotas, geleias e até licores
SAIBA COMO PRODUZIR ALGUMAS DAS PLANTAS TRADICIONAIS
Jacatupé (Pachyrrhizus tuberosus)
- Seu consumo é comum na Amazônia Ocidental, especialmente entre as
populações indígenas. Herbácea trepadora, pode atingir até três metros
de altura quando tutorada. Rústica e de cultivo simples, é de fácil
adaptação às diferentes regiões do país. O próprio agricultor pode
produzir sementes do jacatupé, também conhecido como feijão-macuco ou
feijão-batata. Com propriedade diurética e muita proteína, a raiz da
planta serve para produção de farinha ou polvilho para pães e biscoitos.
O solo para o plantio deve ser profundo, arenoso, bem drenado e com bom
teor de matéria orgânica. A semeadura é realizada no espaçamento de 0,4
a 0,5 metro entre plantas, e de 0,8 a um metro entre leiras, com duas
sementes por cova. Em cinco meses, pode ser iniciada a colheita.
Inhame (Dioscorea spp.)
- Rico em vitaminas do complexo B, possui sais minerais, carboidratos e
contém baixo teor de gordura. Fevereiro e abril são os melhores meses
para se obter mudas para plantios de sequeiro no Nordeste. Julho e
agosto são ideais para o cultivo irrigado. O terreno deve ser arenoso,
profundo, bem drenado, rico em matéria orgânica e com pH de 5,5 a 6. A
planta tem bom desenvolvimento sob clima quente e úmido, com temperatura
média de 24 a 30 graus célsius (ºC). Em plantios domésticos, o cultivo é
feito em covas altas (matumbos), com cerca de 30 centímetros de altura.
A muda é colocada no alto e no centro da cova e em profundidade de dez
centímetros. Recomenda-se espaçamento de um a 1,2 por 0,8 metro. A
maturação completa se dá em cerca de 270 dias. Pode ser colhido quando
as folhas da parte superior da planta estiverem amareladas e secas.
Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata)
- Pertencente à família das cactáceas, tem fácil manejo e adaptação a
diferentes climas e tipos de solo. Na medicina popular, as folhas são
indicadas para aliviar processos inflamatórios e na recuperação da pele
em casos de queimadura. Também podem ser misturadas à ração animal. Para
consumo, somente é indicada a variedade que produz flores brancas. A
planta em forma de arbusto e com espinhos pontiagudos nos ramos é uma
excelente cerca viva.
Desenvolve-se em ambientes com incidência de sol ou à meia-sombra. O
plantio deve ser realizado no início do período das chuvas. A propagação
ocorre por estacas de 20 centímetros. Um terço deve ser enterrado em
substrato composto de uma parte de terra de subsolo e outra de esterco
curtido. Após o enraizamento, as mudas devem ser transplantadas para o
local definitivo com espaçamento de um a 1,30 metro entre fileiras e de
40 a 60 centímetros entre plantas. Em três meses inicia-se a colheita,
depois da poda dos galhos.
Physalis (Physalis angulata)
- Também conhecida como camapum, saco-de-bode, mulaca e joá-de-capote, a
physalis é uma fruta pequena, redonda e de cor verde, amarela, laranja
ou vermelha. Nasce em arbusto de caule ereto e ramificado – que chega a
2,5 metros de altura se tutorado. É rica em vitamina A e C, fósforo e
ferro. Folhas, frutos e raízes são usados na medicina popular no combate
a diabetes, reumatismo, doenças de pele, bexiga e fígado. Pode ser
plantada em qualquer época do ano e adapta-se bem ao clima quente, com
tolerância ao frio. Não gosta de excesso de umidade e é vulnerável a
doenças fúngicas. A propagação é feita por sementes, colocadas em
substrato para hortaliças, em bandejas de isopor com 128 células, copos
de plástico de 300 mililitros ou saquinhos de polietileno de 13 por 13
centímetros. Com 20 a 30 centímetros de altura, transfira as mudas para
local com solo rico em matéria orgânica e pH de 5,5 a 6. O plantio deve
ser em duplas, lado a lado, com 30 centímetros de distância. Ao atingir
80 centímetros de altura, faça o tutoramento. Em quatro ou cinco meses,
produz de um a três quilos de frutos por planta.
Taioba (Xanthosoma sagittifolium)
- É rústica e de plantio fácil. As folhas, ricas em vitamina A e amido,
são consumidas em refogados e em recheios de tortas e bolinhos, mas
nunca cruas. Os talos maiores podem ser fritos ou empanados. É
originária da América Central e do norte da América do Sul. Em hortas,
cresce bem quando disposta em linha de divisa ou beirando muros,
tolerando meia-sombra. Pode ser usada como planta ornamental. Os rizomas
utilizados no cultivo são obtidos de plantas maduras. Apresenta bom
desenvolvimento em regiões de clima quente e com temperaturas acima de
25 ºC. Indicada para solo fértil, rico em matéria orgânica, bem drenado e
com pH entre 5,8 e 6,5. As folhas são colhidas a partir de 70 dias,
quando totalmente abertas. Os rizomas estão no ponto entre sete e oito
meses, quando as folhas secarem.
CONSULTORES: NUNO R. MADEIRA, pesquisador da Embrapa Hortaliças, BR-060, Km 09, Caixa Postal 218, CEP 70359-970, Brasília, DF, tel. (61) 3385-9000, sac@cnph.embrapa.br;
e Georgeton S. R. Silveira, extensionista da Emater-MG (Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais), Rua Raja
Gabaglia, 1626, Gutierrez, CEP 30441-194, Belo Horizonte, MG, tel. (31)
3349-8000, portal@emater.mg.gov.br MAIS INFORMAÇÕES:
Mapa, Emater-MG, Embrapa Hortaliças e Epamig estão lançando o Manual de
hortaliças não convencionais; informações sobre a edição podem ser
obtidas na Emater-MG, portal@emater.mg.gov.br ou tel. (31) 3349-8000
Rusty Marcellini vai às ruas e praças de Belo Horizonte para encontrar espécies de plantas que nascem espontaneamente e são comestíveis. Descubra as devidas recomendações e cuidados para saber o que colher, quando colher e como preparar os ditos "matos comestíveis", chamados pelos pesquisadores de hortaliças não convencionais.
Algumas pessoas poderão ter em suas casas uma planta chamada Ora-pro-nobis, bastante utilizada como cerca viva, devido aos seus espinhos pontiagudos, mas extremamente bela, que carrega o ambiente com suas flores. O que muita gente talvez não saiba é que a Ora-pro-nobis, além de tudo, também é comestível, sendo utilizada na região de Minas Gerais como alimento, rica em proteínas, bastante conhecida por lá como o “bife dos pobres”.
Propriedades da Ora-pro-nobis
Suas propriedades já são bastante conhecidas, principalmente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes cidades, ainda de forma bastante tímida, mas já é um bom começo.
Por ser bastante popular em Minas Gerais, a Universidade de Lavras realizou um estudo sobre suas propriedades, constatando que seus princípios ativos são eficientes para o tratamento de várias doenças, tanto de origem inflamatória, quanto gastrointestinais, circulatórias, etc.
Benefícios da Ora-pro-nobis
Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores;
Pessoas com anemia deverão passar a utilizá-la com mais frequência, pois os índices de ferro são essenciais para o tratamento desse quadro;
O chá, feito a partir de suas folhas, tem excelente função depurativa, sendo indicado para processos inflamatórios, como cistite e úlceras;
Esse poder depurativo associado ao chá também está ligado ao tratamento e prevenção de varizes;
As grávidas deveriam consumir Ora-pro-nobis nesse período, pois ela é rica em ácido fólico, essencial para evitar problemas para o bebê;
A alta concentração de vitamina C ajudará a fortalecer o sistema imunológico, evitando uma série de doenças oportunistas;
Ótima para a pele, devido à presença de vitamina A (retinol) em grande quantidade;
O retinol também é fundamental para manter a integridade da visão em dia;
Mantém ossos e dentes fortalecidos, pela boa quantidade de cálcio.
Composição nutricional da Ora-pro-nobis
COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM 100 GRAMAS DE FOLHAS:
Energia
26 kcal
Proteína
2,00 g
Lipídios
0,40 g
Carboidratos
5,00 g
Fibras
0,90 g
Cálcio
79,00 mg
Fósforo
32,00 mg
Ferro
3,60 mg
Retinol
250,00 mcg
Vitamina B1
0,02 mg
Vitamina B2
0,10 mg
Niacina
0,50 mg
Vitamina C
23,00 mg
É uma planta com alto teor de proteína (aproximadamente 25% de sua composição). Entre seus aminoácidos, teremos a lisina e o triptofano em maior quantidade. Seu elevado teor de vitamina C supera a laranja em 4 vezes. Além dos minerais e vitaminas, também é rica em fibras.
Como consumir Ora-pro-nobis?
A parte comestível da planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer verdura que adquirimos. Obviamente, devemos lavá-las bem. É preciso que se utilize uma grande quantidade, pois, após o preparo, seu volume se reduz bastante.
Seu sabor é neutro, ou seja, não é picante, nem ácido, nem amargo. Tem uma textura macia, fácil de mastigar. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.
Como preparar Ora-pro-nobis?
Para servir como incentivo, e mesmo matar a curiosidade, vamos passar algumas receitas simples com Ora-pro-nobis. É extremamente simples o preparo e manuseio das folhas.
1. Batatas ao pesto de Ora-pro-nobis
Ingredientes:
½ quilo de batata bolinha, ou algum outro tipo, mas que sejam pequenas;
1 xícara de folhas de Ora-pro-nobis rasgadas com as mãos;
½ xícara de queijo meia cura ralado;
1/3 de xícara de castanha do Pará;
½ xícara de azeite de oliva extra virgem;
½ dente de alho;
Sal e pimenta.
Preparo:
Faça primeiramente o pesto, batendo todos os ingredientes no liquidificador, com exceção das batatas. Caso tenha um processador, tecle na função pulsar, pois você não quer que vire um suco. É importante sentir a textura dos alimentos presentes no molho pesto. Reserve.
Cozinhe as batatas, mas deixe-as firmes. Coloque-as numa forma e regue com um fio de azeite e salpique sal e pimenta. Leve-as ao forno médio, pré-aquecido, até que estejam coradas.
Assim que retirar as batatas do forno, despeje o molho pesto sobre elas, e sirva imediatamente.
2. Pão vegetariano de Ora-pro-nobis
Ingredientes:
50 gramas de fermento para pão, aproximadamente 3 tabletes;
½ copo de água morna;
½ copo de água fria;
2 colheres de sopa de manteiga ou margarina;
2 ovos;
1 colher de sopa de açúcar;
1 colher de sobremesa rasa de sal;
Farinha de trigo até dar o ponto (que poderá ser substituída por farinha integral);
100 gramas de folhas de ora-pro-nobis
Preparo:
O fermento deverá ser dissolvido juntamente com o açúcar, até formar uma pastinha. A seguir, adicione a água morna, mas tenha cuidado para que não esteja quente, pois fará com que o fermento não se desenvolva. Faça um teste no dorso da mão.
Aguarde alguns minutos e verá que a fermentação se inicia, levantando pequenas bolhas. Essa etapa é importante para saber se o fermento está bom. Caso isso não aconteça, descarte e reinicie.
A seguir, junte os ovos, a manteiga e o sal. Deixe aguardando enquanto bate as folhas de Ora-pro-nobis com a água fria no liquidificador.
Agora, junte à massa. Deixe a farinha para o final, onde deverá ser adicionada aos poucos, até começar a soltar das mãos.
Nesse momento, cubra com um guardanapo e deixe essa massa descansar até notar que dobrou de volume.
Divida em duas partes, modele os pães no formato que preferir. Pincele com gema e leve ao forno para assar, em forno pré-aquecido, até dourar.
3. Farinha enriquecida com Ora-pro-nobis
Essa farinha irá enriquecer suas receitas. É feita a partir das folhas desidratadas. Para isso, será preciso colher muitas folhas. Deixá-las em local seco e fresco, até que estejam totalmente desidratadas. Nesse momento, basta triturá-las ou e adicioná-las a seus pratos culinários. Essa farinha é rica em proteínas, aminoácidos, vitaminas, sais minerais, e fibras. Guarde num vidro com tampa e utilize nos pães, bolos, tortas, panquecas, etc.
Ora-pro-nobis ajuda a emagrecer?
A princípio, sim. Um dos fatores favoráveis ao emagrecimento está diretamente ligado à grande quantidade de fibras que a planta apresenta. Numa dieta equilibrada, as fibras são essenciais para dar a sensação de saciedade, o que nos faz comer menos nas refeições.
Além do mais, elas ajudarão no esvaziamento intestinal mais rápido, evitando que toxinas estejam circulando por nosso organismo, nos livrando de inchaços e retenção de líquidos. Se essas fibras forem ingeridas cruas, mais eficientes serão.
É claro que não basta comer Ora-pro-nobis. Ela é uma aliada entre uma série de outros que precisamos para nos manter magros.
Contraindicações
Até onde se sabe, não há contraindicações ao seu consumo, a não ser por pessoas que apresentem algum tipo de alergia a ela, porém, seus índices de toxicidade são praticamente nulos.
Onde encontrar?
Nos estados do Sudeste é mais fácil, por ser mais abundante nessa região. Em Minas Gerais, é facilmente encontrada, fresca, desidratada, em saquinhos. Costumam vender um saquinho com 200 gramas por algo em torno de R$ 1,00.
Conhecendo melhor
Quem não se apaixonar por seu sabor, seguramente se apaixonará por sua beleza. Incluímos um vídeo amador, onde é possível apreciá-la, em plena floração, cercada de abelhas em processo de polinização. Infelizmente não será possível desfrutar de seu perfume. Confira:
Considerações finais
É uma pena que não se leve a sério o cultivo de Ora-pro-nobis em grande escala. Seguramente, seus valores nutricionais poderiam acrescentar muito aos hábitos alimentares dos brasileiros, principalmente através da farinha enriquecida, que poderia chegar facilmente à nossa mesa.
Sendo possível seu cultivo em ambiente doméstico, uma vez que pega bem em qualquer tipo de solo, não exige cuidados específicos, se propaga com facilidade.
Quem nunca provou e gostaria de adquirir uma muda, dê uma vasculhada pela internet. É possível encontrar generosos doadores. Vale a pena!