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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Vale a pena uma composteira?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?
Cuidar do lixo que produzimos para que seja o menos agressivo possível ao meio ambiente, dando-lhe o destino adequado é nossa responsabilidade, caso contrário, ficaremos literalmente submersos a ele.
Numa cidade como São Paulo, aproximadamente 60% do lixo coletado consiste em material orgânico, diariamente descartado de nossas cozinhas. Ter um minhocário urbano pode auxiliar a reciclar estes restos de comida, produzir o húmus, valioso para os vasos  e obter também um biofertilizante excepcional para a nutrição das plantas.
Saiba como funciona o minhocário:


http://www.dicasdoitaim.com.br/tag/minhocario/
Mariangela
 Fale conosco; agropanerai@gmail.com 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Dicas práticas: O QUE É MINHOCULTURA? Minhocário produz humus ou composto?

MINHOCULTURA
Maria de Fátima Gonçalves de Oliveira


É uma atividade onde se utilizam as minhocas para conversão e transformação de resíduos orgânicos em húmus.

QUAIS OS PRINCIPAIS CUIDADOS PARA INICIAR A CRIAÇÃO DE MINHOCAS?
Alimentação: a matéria-prima mais usada  é o esterco bovino curtido, porém deve ser de boa procedência e não apresentar contaminação por resíduos de outros produtos. Mas É aconselhável que o agricultor tenha sua própria matéria-prima.

Cobertura: o canteiro deve ser coberto por uma camada de 5 a 10cm de palha seca para manter a umidade e a escuridão, essenciais à criação de minhocas, que não podem receber luz solar.

Temperatura: a temperatura interna do canteiro ideal, para criação da espécie vermelha da Califórnia  situa-se na faixa de 16o a 22ºC.

Umidade: a umidade do material deve ser em torno de 60%, mantidas através de regas em dias alternados.
QUAL A ESPÉCIE DE MINHOCA UTILIZADA NESTA ATIVIDADE?

Na natureza, as minhocas se dividem em mais de 3.000 espécies. Porém a mais indicada para esta atividade é a vermelha da Califórnia, cujo nome cientifico é (Eisenia foetida).

POR QUE ESTA ESPÉCIE É MAIS RECOMENDADA?
Devido aos seguintes aspectos:
  • apresenta crescimento rápido;
  • possui precoce maturidade sexual;
  • melhor adaptação ao cativeiro.
O QUE É HÚMUS DE MINHOCA?
Húmus de minhoca ou vermicomposto é o excremento das minhocas, um produto natural, estável de coloração escura, rico em matéria orgânica, tendo nutrientes  facilmente absorvido pelas plantas.

QUAIS AS MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS PARA PRODUÇÃO DO HÚMUS?
Esterco de animais, bagaço de cana-de-açúcar, frutas, verduras, resíduos industriais orgânicos e restos de podas, etc.

ONDE É PRODUZIDO O HÚMUS DE MINHOCA?
Em minhocários, os quais podem ser feitos em caixas de madeira, blocos de cimento, manilhas (anéis de concreto), tijolos ou  simplesmente em montes.
O QUE É MINHOCÁRIO?
É o local onde a criação de minhocas é conduzida; geralmente são formados por canteiros construídos de tijolos. O tamanho varia com o objetivo da criação.
ONDE DEVE SER INSTALADO O MINHOCÁRIO?
O minhocário deve ser construído em local ventilado, sombreado, livre da infestação de predadores, não sujeito a encharcamento  e  próximo à fonte de matéria-prima.
QUAL O TAMANHO DO CANTEIRO NO MINHOCÁRIO?
É aconselhável começar com um canteiro de 10m de comprimento por 0,80m de largura e 0,40m de altura. Um canteiro com essas dimensões consome aproximadamente 2,5t de esterco curtido a cada 35 dias.
QUAL A QUANTIDADE DE MINHOCAS NECESSÁRIA PARA COLOCAR NESSE CANTEIRO?
Recomenda-se colocar cinco mil minhocas por metro quadrado de canteiro.
QUAL A PRODUÇÃO DE HÚMUS DO CANTEIRO COM ESSAS DIMENSÕES?
A expectativa de produção é de 150 a 170kg/m2 de canteiro. Portanto teremos uma produção em torno de 1500 a 1700kg por canteiro.
QUAIS OS PRINCIPAIS INIMIGOS NATURAIS DAS MINHOCAS E COMO CONTROLÁ-LOS?
  • Formiga - principalmente as lava-pés, que fazem ninho dentro do canteiro; a área atingida deverá ser removida com todo o cuidado para que possa retirar o maior número de formigas evitando que elas se alastrem; se houver formigas transitando na superfície dos criatórios, podemos eliminá-las ateando fogo em folhas de jornais passando rente ao interior do canteiro, procedimentos estes que não prejudicam as minhocas. É conveniente colocar em volta ao canteiro uma faixa de mais ou menos 10cm de carvão moído, evitando, portanto, o trânsito das formigas, junto ao mesmo.
  • Sanguessuga - sua identificação é mais difícil, pois assemelha-se muito com a minhoca. Sua coloração é vermelho alaranjada ou cor-de-abóbora. Segundo especialistas, a sanguessuga terrestre é nativa em diversos tipos de solos, e seus ovos eclodem quando encontram ambiente ácido e bastante úmido, sendo seu crescimento populacional superior ao da minhoca. É, talvez, o mais sério dos predadores da minhoca, pois suga todo o sangue do seu corpo, deixando a minhoca branca, totalmente anêmica, e sua morte é certa. Para combatê-la, é necessário cimentar o fundo dos canteiros e controlar a umidade do esterco em que se encontram as minhocas. Quando descobrimos sanguessuga no canteiro, fazemos a catança manual revirando todo o substrato do mesmo. Esse procedimento tem-se mostrado bastante satisfatório, conseguindo-se eliminar as sanguessugas completamente, e a repetição desse procedimento nos assegurará o seu controle. 
  • Pássaros - para evitar o ataque de pássaro devemos ter o cuidado de manter os canteiros bem cobertos.
COMO DEVE SER A REMOÇÃO DAS MINHOCAS NO CANTEIRO?
A remoção deve ser feita utilizando a técnica da peneiração. Recomenda-se portanto,  uma  peneira  de malha de 4mm.
COMO DEVE SER COMERCIALIZADO O HÚMUS?
O húmus de minhoca, ou vermicomposto, como também é chamado, pode ser comercializado a granel, em sacos de 20 e 50kg, por tonelada, ou embalado em pequenas quantidades em sacos plásticos personalizados de 1,2,3 ou 5kg, com cores e desenhos que possam atrair o consumidor e facilitar a identificação do produto.
QUAL O PRAZO DE VALIDADE DO HÚMUS DE MINHOCA?
O prazo de validade é aproximadamente 3 meses podendo prolongar por até 6 meses, desde que mantenha  acondicionado em lugar arejado e, semanalmente, feita a reposição de água .
QUAIS OS BENEFÍCIOS DO HÚMUS DE MINHOCA PARA O SOLO?
  • melhora  a porosidade e a aeração do solo, aumentando a capacidade de captação de nutrientes pelas plantas;
  • aumenta vida biológica no solo, com o desenvolvimento de bactérias e fungos fixadores do nitrogênio e proliferação dos microrganismos;
  • diminui a quantidade de adubo químico, proporcionando redução nos custos de produção;
  • pode ser empregado em todo tipo de cultura;
  • é um produto natural que não degrada o meio ambiente.
QUAIS AS VANTAGENS DE UTILIZAÇÃO DO HÚMUS DE MINHOCA NA AGRICULTURA?
Ser produzido pelo próprio agricultor, através do aproveitamento dos resíduos orgânicos gerados na própria propriedade, diminuindo assim a dependência com aquisição de insumos industriais, o que acarreta uma redução nos custos de produção.
QUAL A QUANTIDADE DE HÚMUS DE MINHOCA QUE DEVE SER USADA?
A quantidade varia de acordo com o tipo de solo, com a sua fertilidade, com a cultura a ser explorada, com o tipo de adubação, com o custo do fertilizante e o valor da colheita.
É preferível utilizar doses menores e constantes a aplicações pesadas e espaçadas. Nas atividades agrícolas, utiliza-se em média, 30t/ha, a lanço. Quando em cova, essas quantidades variam de 4 a 5L por cultura.



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quarta-feira, 13 de julho de 2016

O que você precisa saber sobre o húmus de minhoca



 Húmus de minhoca








O húmus de minhoca é um produto resultante da decomposição de matéria orgânica 

digerida pelas minhocas. É um adubo orgânico natural, com pH neutro, sendo leve inodoro,

solto, fresco e macio, com aparência lembrando vagamente pó de café. Pode ser aplicado
 imediatamente no
 solo e, entre suas qualidades, merecem destaque as seguintes:

- Possui bons teores de macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre e magnésio) e 

de micronutrientes (zinco, ferro, cobre molibdênio e cloro);

- Apresenta rica e diversificada flora microbiana e uma enorme gama de fitorreguladores, 

concorrendo
 para a melhor fertilidade natural do solo;

- Recupera e fertilidade do solo cansado e não tóxico para as plantas, os animais e o

 homem.

- Proporciona um equilíbrio nutricional às plantas, pois as substâncias que contém são 

liberadas lentamente.
 Com isso, melhora a qualidade dos produtos agrícolas, tornando-os mais sadios e 
duradouros;

- Antecipa e prolonga os períodos de florada e frutificação.

 1 Kg de Húmus corresponde a 5 kg de esterco bovino

Dosagens médias para o uso de húmus de minhoca

CulturaPlantioCoberturaSulcoObservações
Citros300 a 500g/cova1000 a 1500 g/pé 2 vezes/ano
Citros Viveiros e Sementeiras50% de húmus, 50% terra800 g/m2 de canteiro, 3 vezes/ano
Uva300 a 500 g/cova1.000 a 1.500 g/pé, 4 vezes/anona cobertura misturar húmus com terra
Morango500 g/cova600 g/m2 durante o cultivo
Abacaxi400 a 500 g/cova
Milho Verde300 a 400 g/cova
Abóbora, melão, melancia, pepino400 g/cova
Árvores frutíferas de clima temperado400 a 600 g/cova1.000 a 1.500 g/pé, 2 vezes ao ano
Arbustos Frutíferos500 g/cova1.500 g/pé, 2 vezes ao ano
Hortaliças de folhas600 g/m2 ou 100 g/covaApós 60 dias da germinação ou durante o cultivo, 600 g/m2200 g/metro linear
Legume em Geral150 g/cova
Vasos de plantas (Avencas, samambaias, violetas e outros200 g/vaso200 g/vaso, 4 a 6 vezes/anoNa cobertura, mistura húmus com terra
Roseira e arbustos floríferos200 g/cova ou 500 g/m2400 g/pé no sulco, 4 vezes/ano
Jardins em geral500 g/m2 na preparação da terra e 500 g/m2 ou 200 g/cova no plantio
Gramados700 g/m2
Chá, café, cacau300 a 500 g/cova1.000 a 1.500 g/pé, 2 vezes/ano      
Cana-de-Açúcar700 a 1.000 kg/ha, incorporado à terra700 a 1.000 kg/ha500 g/m linearSoqueira - 500 kg/ha
Grãos500 kg/ha incorporados à terra5 ton/ha500 g/m linear
Forrageiras em geral, pastagens5.000 kg/ha incorporados à terra5 ton/ha500 g/m linear


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Celeiro Sustentável: Compostagem orgânica doméstica é mais fácil do que...

Extraído do blog Celeiro Sustentável: Compostagem orgânica doméstica é mais fácil do que...:

Ligia Nicacio Santos, educadora ambiental, conduziu a oficina Minhocário Doméstico, no Planeta no Parque 2013
Ligia Nicacio Santos, educadora ambiental, conduziu a oficina Minhocário Doméstico, no Planeta no Parque 2013, evento do Planeta Sustentável
Com a mensagem inspiradora de que sustentabilidade começa em casa, o Planeta no Parque, evento do Planeta Sustentável realizado hoje (25) no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, teve início com a oficinaMinhocário Doméstico. Foi ministrada pela Morada da Floresta e levantou pontos importantes para a discussão sobre o meio ambiente, como a reciclagem de materiais orgânicos com o processo de compostagem.
Muitos ainda têm dúvidas e não sabem como colaborar na redução de lixo orgânico. A palestrante Ligia Nicacio Santos, educadora ambiental, mostrou como a compostagem orgânica doméstica pode ser uma saída fácil, prática e muito educativa para esse problema, por diminuir o volume do lixo levado aos aterros sanitários e gerar uma fonte de renda para as famílias.
Com um público diversificado, a oficina explicou como implantar esse sistema em casa através de três possibilidades: leiras – deixa o lixo empilhado em um espaço grande e fechado –, alambrado – também é realizado em um quintal de grandre – e minhocário – feito em três caixas e minhocas californianas, pode ser implantado tanto em espaços grandes, quanto pequenos.
A compostagem com os minhocários podem causar má impressão a primeira vista –justamente por usar as minhocas californianas – mas a Morada da Floresta garante: o processo não leva insetos inconvenientes para sua residência; recicla seu lixo e ainda possibilita a propagação da educação ambiental entre familiares e amigos.
Para fazer é necessário apenas de três caixas, que variam de tamanho de acordo com o espaço destinado a elas, e do lixo produzido pela família. Na primeira caixa e segunda caixa são colocados terra; componentes orgânicos molhados; secos; minhocas californianas e, pronto! É só esperar as minhocas realizarem o resto do trabalho com a transformação do material em adubo – o qual é despejado na terceira caixa.
A fim de incentivar a ação, a família de Júlia, de oito anos, veio em peso ao evento para mostrar aos colegas que é possível, sim, montar um minhocário em casa. “Sempre que posso ajudo a minha mãe a separar os compostos secos – como os papéis que eu junto da escola – dos molhados, e depois colocamos nas caixas e esperamos o resultado”, explica.
Para seu pai, o jornalista Renato Krausz, a implantação do sistema de compostagem doméstica ajudou a reduzir o lixo produzido pela família e contribuiu diretamente na educação de suas duas filhas. Ele aponta que “conscientizar as crianças sobre a importância do meio ambiente é pensar no futuro, e colocar essas ações em prática é uma maneira delas aprenderem em casa”.
Saiba mais sobre como montar um minhocário em casa no site da Morada da Floresta.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Apareceram larvas brancas! E agora?

Extraído do blog cadico minhocas

Muita gente me escreve dizendo: 
Socorro! Apareceram larvas/vermes no meu minhocário!


Por que acontece?

Primeiro, é importante entender que o aparecimento de larvas é a coisa mais normal do mundo em minhocários, assim como outros invertebrados, não se assuste. É um ambiente vivo e a larva vai estar realizando um trabalho muito semelhante ao da minhoca.

O tema se complica quando começa uma grande proliferação de larvas, que são na grande maioria de moscas. Isso acontece quando o minhocário está muito úmido e os resíduos orgânico estão expostos na superfície, sem estar devidamente tapados por material seco.

Isso não significa necessariamente um problema, porém entendo o desagradável que pode ser que seu minhocário se transforme em um “larvário” e que num belo dia você abra a tampa e sua casa fique infestadas de moscas.
Por isso fiz esse post.



Foto do Google

Como resolver?

Se você observar, verá que grande parte das larvas estão na superfície. Pacientemente, retire as que estão na lateral do balde e dê o fim que considere mais correto para elas. Eu coloco elas no jardim.

Uma coisa bem útil, mas sei que nem sempre se pode fazer, é remover o conteúdo de modo que o que está no fundo venha até a superfície e vice-versa. Usando outro balde fica mais fácil.

Como o problema de proliferação ocorre por causa dos resíduos expostos na superfície, você deve cobrir com material seco até estar seguro de que nada irá ficar exposto, até terra vale.

Certifique-se também de que o composto não esteja compactado, os canais de aeração são essenciais para a decomposição aeróbica.

Isso sempre me ajudou a resolver o problema, mas repito, as larvas são parte do sistema, comece a apreciá-las também.


Sobre "mandingas"

Existem métodos alternativos, que eu nunca tentei, mas como teve gente que sim e deu resultado, vou compartilhar.

·       Deixar galhos de alecrim em cima do composto;

·       Jogar três vezes o biofertilizante líquido do último balde sobre o composto;

·       Colocar lagartixas e aranhas dentro do minhocário;

·       Cobrir tudo com folhas e borrifar óleo de citronela ou neem sobre, deixando o sistema parado por uma semana;

·       Armadilha: recipiente com vinagre, açúcar e detergente sobre o composto;


·       Armadilha: recipiente com restos de frutas, tapados com plástico filme e pequenos furinhos.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Oficina de compostagem ensina a transformar lixo em adubo!



SEMANA DA PRIMAVERA

A atividade ocorre no Parque Natural Morro do Osso em Porto Alegre. 
Na tarde do dia 19 de setembro, das 14 as 17 hs. 

Na oficina, os participantes irão aprender a reciclar, por meio do sistema de vermicompostagem, as sobras de alimentos. O composto orgânico produzido a partir desse processo funciona como adubo natural quando misturado ao solo.

Aproximadamente 60% dos resíduos comuns descartados e coletados para reciclagem no País é de matéria orgânica. “A ideia é mostrar que há alternativas sustentáveis para a utilização desse material orgânico”.

Os interessados em participar da oficina, que é gratuita, poderão se inscrever pelo email: faunasilvestre@smam.prefpoa.com.br  (vagas limitadas)


Ingresso: 1 kg de alimento não perecível que será doado para a pastoral da criança

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Venda de Humus, pode render um bom dinheiro.


Boa tarde! Se o esterco dos animais é um problema na sua propriedade, se as frutas e ou verduras estragaram por problemas climáticos, a produção de humus é uma solução.
No sítio do meu amigo Roberto, estamos planejando o início de uma criação de minhocas da califórnia e produção de humus. Já tenho as matrizes em casa. Caso alguém queira adquirir alguns exemplares, podemos atender.ok

 O número ideal para início de uma criação é de mil (1.000) minhocas por metro quadrado de canteiro. Elas atingem a idade adulta com 60 a 90 dias e produzem de dois a dez ovos. O período de incubação é de 21 a 28 dias.

O minhocário deve ficar em local protegido de ventos, chuvas e de insolação direta. A alimentação, meio de cultura ou substrato pode ser feita somente com esterco curtido e sem contaminação, ou, se houver disponibilidade, também com palha de capim misturada ao esterco, em partes iguais e restos de hortaliças. A água deve ser pura (sem contaminação). A umidade ideal tem de estar em torno de 75%. Para verificar isso, é só encher a mão com o substrato e apertar. Se saírem pequenas gotas de água entre os dedos, está no ponto. A temperatura, por sua vez, pode variar de 18ºC a 23ºC.

minhocário caseiro


A criação deve ser feita em tanques, caixas ou montes. Para tanques, as dimensões devem ser de 40 cm de altura, 1 a 2 metros de largura e comprimento variável. As paredes podem ser feitas com tijolos e o piso com cimento, para facilitar o manejo, mas pode ser feito também na terra. Os pisos de cimento devem ter uma declividade de 2%, com drenos. Galinhas, pássaros e formigas são inimigos naturais e precisam ser controlados. Por isso, recomenda-se dispor uma pequena camada de capim em cima do substrato para proteger as minhocas. É preciso também evitar incidência de plantas invasoras.

 A transformação do substrato em meio de cultura em húmus varia de 45 a 60 dias. Após esse período, o húmus tem de ser retirado para que novo substrato seja colocado. Caso contrário, as minhocas podem morrer ou fugir. A produção média de húmus é de 350 kg por metro quadrado. A venda desse adubo natural é feita principalmente para floriculturas, viveiros de mudas, supermercados.

A criação em cativeiro tem como objetivo a venda de minhocas para reprodução, isca, produção de húmus ou alimentação para animais. A espécie mais adaptada às condições de cativeiro é a Vermelha da Califórnia (Eisenia phoetida), por ser bastante rústica e muito produtiva. Uma colônia com  mil e quinhentas minhocas está sendo vendida a R$ 80,00 em média, enquanto um saco com 50 kg de húmus custa de R$ 30,00 a R$ 50,00.





terça-feira, 11 de agosto de 2015

MINHOCULTURA: Cultura não exige alto investimento nem infraestrutura complexa

Produção de minhocas aposta em parcerias e gestão sustentável para se reerguer no Rio Grande do Sul

Garantia de adubo de qualidade a baixo custo ajuda a melhorar o solo e pode ser alternativa de negócio

Por: Leandro Becker
11/08/2015 - 04h41min | Atualizada em 11/08/2015 - 04h41min
Produção de minhocas aposta em parcerias e gestão sustentável para se reerguer no Rio Grande do Sul Fernando Gomes/Agencia RBS
Cultura não exige alto investimento nem infraestrutura complexaFoto: Fernando Gomes / Agencia RBS
Após ter a expansão freada por uma fraude nos anos 1990, a minhocultura tenta retomar sua força no Estado. A estratégia é mostrar o potencial lucrativo e ecológico, especialmente integrado à criação de animais. Um dos personagens dessa retomada é Rodrigo Tórgo. O técnico em minhocultura chegou a produzir 12 toneladas de húmus por mês, quando tinha um amplo minhocário, além de ministrar cursos e prestar consultoria.
Tórgo aponta o baque sofrido entre 1996 e 1998, quando cerca de 2 mil produtores denunciaram ter sido vítimas de um golpe, como um divisor de águas para a atividade no Estado.
Na época, o empresário americano Hy Hunter chegou a Rio Grande do Sul e se apresentou como "Rei da Minhoca" e dono de uma empresa na Califórnia que vendia 1 milhão de animais por dia.
Para ingressar na produção, o interessado tinha de pagar R$ 1 mil pelo lote de seis quilos de matrizes. Mas o caso acabou na Justiça após os negócios terem sido cancelados subitamente pela empresa, causando prejuízo estimado em R$ 6 milhões.
– O segmento era promissor e ruiu. Hoje, não há empresas que trabalham a minhocultura em larga escala no Estado. A meta é retomar esse potencial.
Em vídeo, saiba como construir um minhocário em casa
Tórgo explica que a essa atividade tem condições de voltar a crescer com parcerias e cita o exemplo da integração do sistema com o confinamento de animais, como gado, coelhos, suínos e aves:
– Qualquer produtor que tiver material orgânico na propriedade, por mais leigo que seja, é um potencial criador. Basta buscar orientação técnica para começar.
Orientado pelo técnico, o produtor Juarez Rouzado, 43 anos, decidiu implantar a minhocultura no sítio de um hectare em Viamão. Há duas semanas, a produção passou à próxima etapa: a montagem de um canteiro mais amplo. Em três meses, as cerca de 50 minhocas criadas no local multiplicaram-se, alcançando em torno de
50 mil animais. Rouzado, que utiliza o esterco da criação de galinhas como uma das matérias-primas, está confiante:
– Me informei e achei interessante. Como não tem produtores de minhoca, estou apostando nisso.

Tórgo (E) orienta Rouzado, que recentemente decidiu investir na produção e construiu um canteiro no sítio (Foto Fernando Gomes, Agência RBS)
O técnico explica que a implantação da minhocultura não exige alto investimento nem infraestrutura complexa. Tórgo destaca, ainda, o papel da minhoca como uma miniusina de reciclagem na propriedade, com benefícios que vão desde a 
produção de húmus para enriquecer o solo até uma oportunidade de negócio rentável.
– A minhoca não exige grande aparato para ser criada, se reproduz com facilidade e rapidez, e torna-se uma boa opção de rentabilidade ao produtor.
Atualmente, não há um mapeamento sobre a minhocultura no Rio Grande do Sul, de acordo com a Emater. Mas a entidade diz que tem incentivado a criação na agricultura familiar, principalmente com foco em produzir adubo de qualidade a baixo custo para melhorar a fertilidade do solo.
– Normalmente, a minhocultura está aliada à criação de animais, pois o esterco está acessível para processamento. Mas também são usados outros resíduos, como vegetais, cascas frutas e folhas.
A produção de húmus tem, ainda, estimulado o cultivo de alimentos, tanto para consumo próprio quanto para venda – ressalta Lisiara Mergen, bióloga e extensionista da Emater de Segredo.
Conheça melhor a atividade
(Foto Fernando Gomes / Agência RBS)
– A minhocultura se divide em vermicultura e vermicompostagem. Enquanto a primeira é focada na criação de minhocas (matrizes), a segunda visa a produção de húmus.
– Nos dois modelos acima, as minhocas são criadas em canteiros, que podem ser montados em caixas de isopor ou madeira e até em espaços feitos com tijolos. A estrutura do minhocário intercala palha e esterco, em camadas.
 
– O húmus é o excremento da minhoca, que transforma o resto de alimento bruto em um composto orgânico rico em nutrientes de fácil assimilação por solo e plantas. É inodoro, leve e solto, parecido com pó de café.
– A minhoca vermelha da Califórnia é a espécie que tem maior capacidade de produção de húmus e reprodução. Elas comem, diariamente, o equivalente ao dobro de seu peso e transformam quase todo tipo de composto em húmus na metade do tempo em que outra espécie o faria.
Pesquisa para reciclar erva-mate
Para onde você costuma destinar a erva-mate ao limpar a cuia do chimarrão? A maioria coloca no lixo. Mas na Universidade de Passo Fundo (UPF), a essência da bebida típica do Rio Grande do Sul virou matéria-prima para uma experiência de reciclagem envolvendo a minhocultura.
Professora nas áreas de paisagismo, floricultura e agroecologia da UPF, Claudia Petry conta que cerca de 15 quilos de erva usados por dia na Faculdade de Agronomia são reaproveitados, em parceria com a empresa júnior do curso de Engenharia Ambiental.
– Foram feitas experiências de alimentar as minhocas somente com o resíduo do chimarrão, mas elas comem um pouco e não querem mais. Depois, percebemos que misturá-la com frutas, verduras e esterco é uma combinação possível e bem aceita por elas, pois a folha moída é um ótimo resíduo e ajuda na produção de adubo.
A atividade também é tema de trabalho do Núcleo de Estudos em Agroecologia, em que uma das etapas de análise do projeto de pesquisa aprovado pelo CNPq envolve o uso da minhoca como bioindicador de qualidade:
– A comparação das propriedades orgânicas em áreas onde há minhocas permite analisar a qualidade do solo, uma vez que ela, ao reciclar resíduos, libera nutrientes que deixam o terreno mais rico.
FONTE: JORNAL ZERO HORA - 11/08/2015

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