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terça-feira, 28 de junho de 2016

18 motivos para incentivar a agricultura urbana

Horta do Ciclista (Av. Paulista entre Bela Cintra e Consolação)

Típico da nossa sociedade compartimentada, o viaduto é uma solução pontual e ineficiente para apenas um problema. Custa muito, em geral não resolve o congestionamento, mas consegue aniquilar a qualidade de qualquer espaço urbano. Uma horta comunitária em uma praça ou uma horta para comercialização nas zonas mais afastadas do centro representa o oposto: solução quase grátis, prazerosa e sistêmica para um montão de problemas. Senhores governantes: por que investir tanto em viadutos e tão pouco em agricultura urbana?

Quando comecei a plantar comida na cidade só estava pensando no primeiro objetivo dessa lista. Aos poucos, fui descobrindo todos os outros.  

BENEFÍCIOS AMBIENTAIS
 1 Menos pressão sobre os recursos naturais – Cada pé de alface produzido no quintal ou na horta da esquina dispensa espaço no campo, transporte e embalagem. Na verdade, no caso da hortaliça-símbolo da salada, até o método de colheita muda: você só retira da planta as folhas que vai consumir naquele momento e ela continua produzindo por mais alguns meses. É urgente que as populações urbanas reduzam a demanda sobre os recursos naturais, pois as cidades hoje ocupam 2% da superfície terrestre mas consomem 75% dos recursos.
2 Combate às ilhas de calor -  Áreas pavimentadas irradiam 50% a mais de calor do que superfícies com vegetação. Em São Paulo, a geógrafa Magda Lombardo constatou que a temperatura pode variar até 12 graus entre um bairro e outro. Não por acaso, a Serra da Cantareira e a região de Parelheiros são as mais frescas da cidade: é onde a vegetação se concentra.
3 Permeabilização do solo – Enchentes e enxurradas violentas são em parte resultado do excesso de pavimentação na cidade. E simples jardins de grama, onde o solo fica compactado, não absorvem tanta água quanto canteiros fofinhos das hortas.
4 Umidificação do ar  - As plantas contribuem para reter água no solo e manter a umidade atmosférica em dias sem chuva.
5  Refúgio de biodiversidade – Nas hortas comunitárias recuperamos espécies comestíveis que se tornaram raras (como caruru, ora-pro-nobis, bertalha), plantamos variedades crioulas (as plantas “vira-lata” que têm maior variedade genética e por isso são mais resistentes às condições climáticas adversas) e atraímos uma rica microfauna, especialmente polinizadores como abelhas de diversas espécies, que estão em risco de extinção provavelmente pelo uso de agrotóxicos nas zonas rurais. Sou voluntária da Horta do Ciclista e testemunha de que as borboletas, joaninhas e abelhas aparecem em plena  Avenida Paulista quando plantamos flores e hortaliças.
6 Redução da produção de lixo – Os alimentos produzidos localmente não só dispensam embalagens (que correspondem à maior parte do lixo seco produzido) como absorvem  grande quantidade de resíduo orgânico na fabricação de adubo e até materiais de difícil descarte como pneus e restos de madeira, que são usados na delimitação de canteiros.
7 Adaptação às mudanças climáticas – A emissão descontrolada de gases do efeito estufa está tornando o clima mais instável e imprevisível, o que é péssimo para a produção de alimentos. A agricultura urbana tem sido considerada uma importante alternativa para a segurança alimentar e existem estudos indicando que cerca de 40% dos alimentos podem ser produzidos dentro das cidades.  Para saber mais veja  http://conectarcomunicacao.com.br/blog/96-comida-de-amanh/
BENEFÍCIOS URBANÍSTICOS
8 Conservação de espaços públicos – Para explicar vou contar uma historinha: em 12 de outubro de 2012, quando fizemos o primeiro mutirão na Horta do Ciclista (http://pt.wikiversity.org/wiki/Horta_do_Ciclista) encontramos no local muito lixo, cacos de vidro e até fezes e seringa usada. A partir do momento que começamos  a cuidar daquele canteiro, a população passou a respeitar. Não houve depredação nem mesmo durante as grandes festas e manifestações que têm acontecido na Avenida Paulista.
9 Redução da criminalidade – Uma horta necessita de cuidados diários e se torna um local muito visitado. Famílias com crianças pequenas gostam de freqüentá-las, assim como  velhinhos, grupos de estudantes e um monte de gente bem intencionada em busca de uma canto pacífico na urbe. O clima comunitário naturalmente afasta quem está pretendendo cometer atos ilícitos. No Brasil ainda não há estimativas sobre isso, mas nos Estados Unidos vários estudos já foram feitos, alguns deles citados nesse artigo http://www.motherjones.com/media/2012/07/chicago-food-desert-urban-farming.
10 Vida local  – Um dos problemas das grandes cidades, particularmente de São Paulo, é o excesso de deslocamentos numa malha viária sobrecarregada. A agricultura — seja ela praticada como forma de lazer, trabalho comunitário ou profissão — fixa as pessoas no território diminuindo a demanda por transporte.
11 Contenção da mancha urbana – Se há incentivo para a produção agrícola nas franjas das cidades e a atividade se combina com turismo rural, diminui a pressão para desmatar e lotear.  Mas esse benefício a população e os agricultores não conseguem manter sem o apoio do poder público.
BENEFÍCIOS SOCIAIS E PESSOAIS
12 Renascimento da vida comunitária – As hortas promovem a integração entre pessoas de diferentes idades, origens e estilos de vida. Assim como os cachorros, são mediadores sociais muito eficientes. Não falta assunto quando há tanta coisa a admirar, tanta tarefa a compartilhar, tanta dica e receita a trocar.
13 Lazer gratuito – Plantar custa praticamente nada. É divertido, um bom pretexto para juntar os amigos e fazer um lanche comunitário e ainda dá para levar umas verduras para casa sem pagar.
14 Mais saúde – Agricultura é exercício e cada pessoa regula a intensidade. Do tai-chi-chuan contemplativo de joaninhas ao aero-power-enxadão, tem ginástica para todos os gostos. Além disso, mexer com a terra é terapia preventiva e curativa de depressão, ansiedade, adicção, sedentarismo, obesidade, entre outros problemas, sobretudo mentais. E nesse item tem até pesquisa brasileira para comprovar. A autora é Silvana Ribeiro, da Faculdade de Saúde Pública da USP: http://www5.usp.br/29818/agricultura-urbana-agroecologica-auxilia-promocao-da-saude-revela-pesquida-da-fsp/
 15 Educação ambiental na prática – Ver de perto o desenvolvimento das plantas, da germinação à decomposição, é muito melhor e mais eficaz do que aprender sobre os ciclos da natureza numa sala de aula ou num livro. Além de uma universidade viva de botânica, as hortas são excelentes locais para estudar o ciclo da água e a microfauna, entre muitos outros temas.
16 Educação nutricional – Como na TV não passa anúncio de brócolis e abobrinha e o “estilo de vida moderno” afastou muitas famílias dos alimentos na forma natural, existem crianças hoje em dia nunca viram um pimentão ou uma cenoura. Para ter uma ideia dos riscos da alimentação industrializada para as próximas gerações, sugiro assistir o documentário Muito Além do Peso (http://www.muitoalemdopeso.com.br/). Para ver como a agricultura urbana pode inverter esse jogo, sugiro ler American Grown (de Michelle Obama) e Edible Schoolyard (de Alice Waters). Ou simplesmente dar uma voltinha na horta comunitária mais perto de você.
17 Promoção da segurança alimentar – Nossos antepassados sabiam conseguir comida sem ter que comprar. Praticamente toda a humanidade era composta de camponeses. Esses conhecimentos foram sendo desprezados nas últimas décadas e, diante da  perspectiva de crise econômica e ambiental, reavivá-los pode ser muito útil. Se você não gosta de conversa apocalíptica, favor voltar ao item anterior: segurança alimentar não é só ter o que comer, é também saber escolher os alimentos corretamente.
18 Integração agricultor/consumidor – Quem planta comida, mesmo que seja em três vasos no quintal, se torna curioso a respeito da origem dos alimentos que consome. E se sente irmanado aos agricultores: quer saber mais, tem vontade de visitar e apoiar os produtores, busca alimentos  cultivados de forma mais justa e sem uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos. Junto com as hortas urbanas que surgem nos bairros de classe média de São Paulo estão nascendo muitas conexões e até amizades com agricultores próximos da metrópole. Um ciclo virtuoso e nutritivo de cuidados mútuos.
PARA SABER MAIS
  • A cidadezinha de Tordmorden, na Inglaterra, ficou famosa porque tem hortas comunitárias em todos os cantos, até na delegacia e no cemitério. O pessoal de lá registrou dicas para quem quer replicar a experiência.
    http://www.shareable.net/blog/10-steps-toward-an-incredible-edible-town
    1) Comece com o que vc tem e não com o que vc não tem;
    2) Não faça um plano estratégico;
    3) Não espere por permissão;
    4) Simplifique;
    5) Deixe a existência da horta divulgar o movimento e provocar diálogos;
    6) Faça conexões;
    7) Comece agora, pensando duas gerações adiante;
    8 ) Redescubra talentos esquecidos;
    9) Reconecte pequenas empresas e artesãos com os consumidores;
    10) Redesenhe sua cidade.
  • Aqui no Brasil, nós, do grupo Hortelões Urbanos (https://www.facebook.com/groups/horteloes/), fizemos esse
    ROTEIRO COLABORATIVO PARA UMA HORTA COMUNITÁRIA
    1) Encontre um espaço disponível;
    2) Procure parceiros;
    3)Converse com os vizinhos;
    4) Vá com a turma visitar as hortas comunitárias que já existem;
    5) Junte os voluntários para desenhar e planejar a horta que será construída;
    6) Consiga sementes, mudas, composto orgânico, enxadas, pazinhas de jardinagem, folhas secas, material para delimitar os canteiros e fazer plaquinhas;
    7) Realize o primeiro mutirão;
    8 ) Monte uma escala de trabalho para regas e manutenção;
    9) Crie uma forma de contato para outras pessoas se comunicarem com o pessoal da horta (blog, e-mail, grupo no Facebook, o que preferirem);
    10) Celebre a abundância e a solidariedade.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Emater apresenta novidades na área agrícola na Feira Agropecuária de Castanhal


Uma das atrações no Modelo Rural, que a Emater instala todos os anos na Expofac, são as hortas que ensinam o cultivo correto de diversas espécies
Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 03/09/2014 16:22:00
Oficinas, palestras técnicas e seminários integram as atividades que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) promove na 48ª Exposição Agropecuária de Castanhal (Expofac), no nordeste paraense, que começa no próximo sábado (6) e segue até o dia 13.
A Emater é parceira no evento, promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Castanhal. A empresa apresentará, no Modelo Rural, as inovações criadas em favor das famílias na região. O Modelo Rural é uma espécie de minifazenda que integra as atividades que podem ser desenvolvidas dentro das propriedades rurais, casas e apartamentos.
Na horta em pequenos espaços, além da apresentação da produção de hortaliças, produção floral e paisagismo, tudo aproveitando pequenos espaços, este ano a Emater também demonstrará que o jardim pode integrar flores, plantas comestíveis e ervas medicinais.
Outra novidade no Modelo Rural será o teste do amendoim forrageiro para a cobertura de solo. A expectativa é usar a planta principalmente com a pimenta do reino para controlar a fusariose, doença que ataca o pimental e causa graves perdas econômicas, e diminuir os custos com a produção.
Este ano a Emater traz para a Expofac ainda, além do artesanato e dos produtos, a base de mandioca resultado das capacitações que a empresa faz junto aos agricultores, além de pequenos animais como pôneis, pavões e bois.
Paralelo às demonstrações técnicas e às produções, a Emater, em parceria com o Sindicato Rural, faz o Torneio Leiteiro, no qual concorrem a premiações do primeiro ao terceiro lugar agricultores familiares e representantes do agronegócio. Quinze competidores estão inscritos. O torneio leiteiro será no dia 6, com duas ordenhas diárias, às 7h30 e às 16h30, sob a coordenação do zootecnista da Emater Daniel Diniz.
Iolanda Lopes
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

HORTAS NO BAIRRO TERESÓPOLIS em Porto Alegre


Iniciamos um trabalho de consultoria em hortas em um condomínio, pois alguns moradores resolveram aproveitar uma parte de seus terrenos que era ociosa. 

Fomos no local, coletamos o solo para análise e aprovamos a iniciativa. Após os resultados do laboratório, entregaremos as recomendações junto com um manual para cultivo de hortaliças e temperos.

Gostou da ideia? Quer fazer uma Horta? tem dúvidas? FALE CONOSCO.


 Sucesso para todos!




Um dos vizinhos já começou o plantio e tem tido muitas colheitas!!




sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Conheça a planta Fisális, muito fácil de cultivar e com fruto saboroso

Extraído do  blog Jardim de Helena em www.gaucha.com.br/jardimdehelena

Autoria: Eng. Agr. Helena  Schanzer


frutinha conhecida como Fisális (ou Joá) ou Physalis angulata pode ser encontrada no supermercado embalada como fruta exótica (na verdade é uma planta nativa do Brasil) e costuma ser usada para enfeitar doces finos. É uma planta herbácea muito fácil de cultivar, tem um fruto saboroso levemente ácido e rico em propriedades medicinais. O pequeno arbusto tem ciclo anual e ressemeia facilmente.  Nativa de quase todo Brasil, ela é quase um matinho.  Precisa de sol e poucos cuidados,  regar de vez em quando. O solo não precisa de adubação. A flor é pequena e amarela. O fruto cor de laranja com uma casca fina é usado na decoração de doces de chocolate.
flor fisalis
Foto: Helena Schanzer – Fisális, flor da planta
 Fisális, flor da planta
Foto: Pixabay – Fisális, casca na cor verde que recobre o fruto
fruto fisalis
Foto: Helena Schanzer – Fisális, casca que recobre o furto amadurecendo
 Fisális, flor da planta
Foto: Pixabay – Fisális, frutos quase prontos da planta
fisális
Foto: Pixabay – Fisális, fruto pronto para comer e a casca seca decorativa

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Hortas invadem pequenos espaços e dicas para cultivo



No campo ou na cidade, hortas domésticas orgânicas disseminam saúde com baixo custo

Com o avanço das cidades, o verde surge nas janelas de prédios, em quintais, em cantinhos de escolas e até em áreas públicas. O homem urbano não perdeu o contato com a natureza. Ele ocupa pequenos espaços para plantar hortaliças, ervas medicinais e até frutas orgânicas. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária de SC (Epagri), são necessários de 6 a 10 m² de horta/pessoa. Para uma família de cinco pessoas é suficiente uma horta de 50 m². Com essa área é possível produzir uma grande diversidade de espécies de olerícolas, como demonstrado na horta agroecológica (16 espécies) conduzida pela Epagri na área experimental da Copercampos, em Campos Novos.
“Ter hortaliças fresquinhas cultivadas em casa faz bem para a saúde e traz economia”, avalia a engenheira agrônoma Neiva Rech, da Secretaria da Agricultura de Caxias do Sul. Quando a horta é cultivada no sistema agroecológico, as vantagens são maiores. “As hortaliças agroecológicas são ricas em vitaminas e sais minerais, têm bom teor de carboidratos, proteínas e fibras”, afirma o engenheiro agrônomo Cirio Parizotto, da Epagri de Campos Novos.
No campo ou na cidade, manter uma horta para consumo da família não exige grandes áreas nem muita mão de obra. Basta seguir algumas orientações. “Para iniciar faça um desenho da sua área. Informe-se como cresce cada planta, como devem ser agrupadas e o espaçamento”, detalha Neiva ao CR.

O que plantar - A variedade é grande: batata, tomate, pimentão, alface, repolho, couve-flor, brócolis, feijão-vagem, moranga, pepino, melancia, cenoura, beterraba, alho e cebola são alguns exemplos. “A horta também é ideal para cultivar temperos e plantas medicinais”, observa a agrônoma.

Onde fazer - Escolher local ensolarado, próximo à residência e com água por perto. A horta deve ficar longe de sanitários, esgotos e lixo e protegida dos animais. O terreno deve ser plano ou ligeiramente inclinado e bem drenado. O solo ideal é medianamente leve (areno-argiloso), permeável e de boa fertilidade.

Preparo passa pela análise de solo


Reinilda e Paulo Martin participam da Pastoral da Terra e produzem hortaliças orgânicas em Passo do Sobrado (RS). O casal começou a horta preparando a terra. Para tanto, é necessário fazer a análise do solo, visando a aplicação de calcário e fosfato natural. “Caso seja preciso, corrigir aplicando camada de 20 cm com os produtos”, explica Maurício Queiroz, técnico agrícola, que atua junto à Pastoral da Terra.
A dosagem de adubo para semeadura ou plantio é de 3kg/m² de composto orgânico, 4 a 5kg/m² de esterco de gado ou 2kg/m² de esterco de aves. “O esterco deve ser bem curtido. Se o composto orgânico ainda tiver cheiro, não está pronto para ser utilizado”, alerta Queiroz. Outra opção é aproveitar restos de cascas, verduras etc ou terra do mato, composto natural da floresta.

Quando - Antes de plantar, informe-se sobre o período recomendado para cada espécie, pois a época varia de acordo com a região. Para o Sul do Brasil, a recomendação geral é: alface, beterraba, cebolinha, cenoura, chicória, rúcula e salsa: o ano todo.
Já a abóbora e moranga: agosto a dezembro; alho: abril a julho; cebola: março a julho; brócolis e couve-flor: março a setembro; feijão-vagem trepador, melancia e melão: agosto a dezembro; pepino: setembro a fevereiro; pimentão e tomate: setembro a janeiro; rabanete: abril a junho, e repolho: março a janeiro.


Dica é adotar rotação e consorciação de culturas




A rotação de culturas é um dos segredos das hortas orgânicas. Com essa técnica, diminui a incidência de doenças, pragas e plantas espontâneas. “Além disso, mantém e melhora a fertilidade do solo; aumenta a eficiência do controle à erosão, eleva a produtividade e estabiliza a produção”, ensina a agrônoma Neiva Rech.


Outra dica fundamental é que o agricultor conheça a família a que cada hortaliça pertence para poder fazer a rotação de culturas. Toda vez que fizer um novo plantio, o agricultor deve mudar de família para romper o ciclo das doenças e pragas. “Para informações, o interessado deve procurar a Emater ou a Secretaria da Agricultura”, diz Neiva.


Outra maneira de conseguir bons resultados é a adoção de consorciação de culturas - é o cultivo simultâneo de duas ou mais culturas na mesma área. O objetivo é aproveitar melhor a área e cobertura de solo; maior produção física por área; redução de riscos e estabilidade de produção, além de aproveitar melhor a água, luz e nutrientes e diminuir a incidência de pragas, plantas espontâneas e doenças.

Passos - Todos esses passos foram seguidos pelos jovens agricultores do assentamento Segredo Farroupilha, de Encruzilhada do Sul (RS), que cultivam hortas orgânicas. Eles participam da Escola de Jovens Rurais da Pastoral da Terra, ligada à diocese de Santa Cruz do Sul (RS).


O grupo elabora o composto orgânico, utiliza caldas orgânicas quando necessário e adota a alelopatia (plantas companheiras) nos canteiros. “Algumas plantas favorecem o crescimento das outras, repelem pragas e ajudam a recompor o solo”, detalha a engenheira agrônoma Neiva Rech.


As plantas amigas da cebola (que repelem pragas), por exemplo, são a beterraba, couve, tomate, morango, alface, camomila e caruru. Já a cebolinha se dá bem com a cenoura; e a cenoura, com ervilha, feijão, rabanete, tomate, manjerona, alecrim, sálvia, bardana, alho-poró, cebola e cebolinha.

Fonte: correio riograndense

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Apartamentos - Momento Ambiental - horta urbana





O espaço pode até ser apertado, mas isso não impede que atitudes sustentáveis sejam colocadas em prática. Hoje, 19 milhões de brasileiros vivem em apartamentos e nem imaginam que algumas mudanças de hábitos possam fazer tanta diferença. Dar um destino diferente ao lixo orgânico com o uso de sistemas compactos de compostagem é só um exemplo. As hortas verticais também ajudam a deixar a ambiente mais verde, agradável e ecológico.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

No Chapéu Mangueira, horta na laje reduz temperatura em casa


Fabíola Ortiz - 30/08/12

Na laje, Seu Beto tem alface, agrião, hortelã, tomate cereja e rúcula. Foto: Fabíola Ortiz
Rio de Janeiro -- Nesta quinta (30), nas comunidades irmãs da Babilônia e do Chapéu Mangueira, formou-se a primeira turma do curso de Agricultura Urbana Orgânica. Localizadas no Leme, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, foi lá que um grupo de moradores se voluntariou para aprender as técnicas de como montar um canteiro em casa. Nesse caso, na laje.

“Isso é uma tendência das grandes cidades de ter uma horta nas lajes e no alto dos edifícios. Não só pela alimentação orgânica com produtos mais frescos, mas por encurtar distâncias e gerar renda. Ainda tem o efeito benéfico em relação à mudança do clima, pois (com o telhado verde) a incidência solar não é refletida tão fortemente como numa laje de concreto”, explicou a presidente executiva do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável  (CEBDS), Marina Grossi, instituição facilitadora da iniciativa.

A horta orgânica faz parte do projeto chamado ‘Rio Cidade Sustentável’ que foi apresentado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho.

Cabe em qualquer lugar
“Uma horta urbana é feita normalmente em pequenos espaços, no caso das comunidades, em lajes ou quintais”, disse a ((o))eco Suyá Presta,  coordenador da frente de agricultura urbana orgânica responsável pelo curso.

Os materiais utilizados para fazer os canteiros são os mais variados possíveis. Os moradores da Babilônia e do Chapéu Mangueira encheram de terra telhas tipo calhetão, sem amianto, usadas para grandes coberturas. Também usaram sacolas feitas com uma lona agrícola atóxica para plantas com raízes mais profundas, como o caso de leguminosas.

Suyá diz que é possível fazer uma horta até mesmo numa geladeira velha quebrada, em uma caixa ou em diferentes materiais adaptáveis. “Até com garrafa PET dá para fazer. Isso vai de acordo com a capacidade e o poder aquisitivo de cada um”.

As duas comunidades vizinhas já contam com 10 hortas, cada uma com três canteiros de 3 metros por 1,20 m. "A gente está trabalhando com um sistema de produção contínua em agroecologia”, explica o coordenador. Isso quer dizer que, num mesmo canteiro, se cultiva o maior diversidade e quantidade possível de produtos.

Agricultura na laje ameniza calor

Suyá percebeu que havia interesse dos moradores. “Eles tem a demanda de viver num lugar mais bonito, com temperatura mais amena”. A agricultura na laje ou no quintal ajuda a diminuir a temperatura da casa e do ambiente. Depende do tipo de cobertura, mas chega a fazer diferença de 3 a 4 graus a menos.

A turma do projeto piloto teve 16 alunos. O curso começou em abril e durou 5 meses, com duas aulas semanais de 3 horas cada. Cada aluno foi presenteado com regador, avental e um kit com ferramentas para ajudar no trabalho da horta.

‘Não tem mistério’

Técnica de horta orgânica envolve materiais simples e baratos. Foto: Fabíola Ortiz
Uma horta orgânica não tem mistério garante o morador Luiz Alberto de Jesus, de 52 anos, o Beto, um dos alunos que completou o curso. Ele é dono de uma laje e compartilha a horta com mais quatro vizinhos. “Quando falavam em alimentação orgânica, eu não sabia nem o que era, não tinha conhecimento. Ouvia falar mas não entendia por que é um produto muito caro no comércio. Produzir não tem mistério, em uma área mínima já pode fazer um canteiro”, conta.

A horta de Seu Beto virou o xodó da casa. Lá tem alface, agrião, pimenta, alecrim, hortelã, tomate cereja, alface americana e rúcula. Ele mexe na terra, pelo menos, duas vezes por dia. A primeira colheita será feita em fevereiro de 2013, e os alunos esperam com ansiedade.

A dona de casa Reina Maria Pereira da Silva, de 58 anos, também foi aluna. “Existem técnicas e planejamento da hora de colher nos meses de verão e inverno. Nós aprendemos em grupo e um foi ajudando o outro. Tudo vai ser para consumo próprio e para doar para as escolinhas na comunidade”, disse a ((o))eco Dona Reina. Hoje, ela já fala em fazer uma feirinha de produtos orgânicos e foi convidada para ajudar a montar outras três hortas na Ladeira dos Tabajaras, outra comunidade próxima no bairro de Copacabana.

Além da horta, os moradores também estão desenvolvendo minhocários, usados para fazer compostagem com o lixo orgânico. "É uma nova cultura, pois tudo pode ser aproveitado, desde o talo do alimento até os resíduos no adubo orgânico”, diz Marina Grossi do CEBDS.

domingo, 24 de maio de 2015

Australiano transforma espaço de 60 m² em fazenda urbana




A agricultura urbana é uma das soluções para garantir a segurança alimentar no mundo. Este é o pensamento do permacultor australiano Geoff Lawton. Como um dos grandes incentivadores do plantio em pequenos espaços, ele mostra que é possível produzir diversos tipos de alimentos em áreas muito pequenas. Para provar a eficiência deste conceito, o especialista mostrou o exemplo criado por um de seus alunos, que produz centenas de quilos de frutas, legumes e ervas medicinais em sua própria residência.
Angelo Eliade é um farmacêutico que vive na cidade de Melbourne, na Austrália. Estudante de permacultura, ele levou quatro anos para transformar um jardim comum em uma verdadeira fazenda urbana. Externamente a casa é exatamente igual às residências vizinhas, com um pequeno gramado à frente. No entanto, ao abrir o portão, o que se vê é um terreno altamente fértil espalhado por apenas 60 metros quadrados.
“Você pode transformar qualquer propriedade, de qualquer situação para a absoluta abundância”, explica Lawton. A casa em Melbourne comprova isso. No quintal de Eliade são produzidos anualmente 70 quilos de vegetais e 161 quilos de frutas. Entre as opções estão: limões, maçãs, figos, cereja, pêssego, uva, banana, feijão, pepino, batata, alface, cenoura, alho, cana-de-açúcar, entre outras coisas.
 
Urban Permaculture: The Micro SpaceAnything is possible with good design! For those that missed one of the original geofflawton.com clips ~ Urban Permaculture: The Micro Space ~ Share the trailer below and watch the full length 27 minute film here http://www.geofflawton.com/fe/33812-urban-permacultureYou will be amazed at how this tiny Melbourne backyard transformed into an amazing productive garden. The owner documented every detail over 4 years. Find out how much food you could grow in the Micro space when you apply Permaculture design creatively!
Posted by Geoff Lawton on Sexta, 30 de janeiro de 2015
O farmacêutico explica que não é necessário ter um conhecimento profundo do assunto ou ser um especialista para começar a plantar. No entanto, é preciso se interessar pelo tema para entender o funcionamento e a relação entre as espécies e o solo.
Uma das principais dicas do australiano consiste em manter sempre a variedade na produção. Mesmo plantando em um espaço pequeno, é possível ter muitas espécies diferentes crescendo juntas. Atentando às características de cada uma delas, é possível planejar onde serão plantadas para que uma ajude a outra a se desenvolver melhor.
Eliade ainda lembra que nada do plantio deve ser descartado. Os resíduos do cultivo são excelentes para serem aproveitados como adubo orgânico, oferecendo mais nutrientes para manter o solo sempre saudável. Segundo ele, a principal diferença entre ter um jardim comum e um sistema deste tipo é que a natureza passa a controlar o ambiente sozinha, o que traz inúmeros benefícios à biodiversidade local. Outra prática do permacultor é utilizar a água da chuva captada em seu telhado para irrigar seu jardim.

Foto: Divulgação/Deep Green Permaculture
O projeto do australiano começou há quatro anos, com a ajuda de Geoff Lawton, desde então, Eliade percebeu algumas mudanças importantes em sua vida, principalmente relacionadas à sua própria saúde. Ele diz que passou a ter hábitos e um estilo de vida muito mais saudáveis, além de saber exatamente o que está comendo e ter a certeza de que os alimentos não estão contaminados com agrotóxicos e pesticidas.
“As pessoas não têm noção do que é possível fazer em espaços pequenos. Isso pode acontecer em qualquer lugar, basta entender o potencial e o funcionamento”, explicou Lawton.
O permacultor disponibiliza gratuitamente em seu site vídeos educativos que ensinam os conceitos de permacultura e direcionam as pessoas interessadas em iniciarem seus próprios plantios. Clique aqui para acessar a página e ter mais informações.
Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Você sabe o que é agricultura urbana ou periurbana?

Veja de que forma essa iniciativa contribui para a agricultura familiar e para a promoção da gestão urbana, social e ambiental das cidades

24 DE ABRIL DE 2014
PUBLICADO POR
Redação
© Depositphotos.com / urban_lightAgricultura.
Antes de saber a que se refere esse tipo de agricultura, vejamos a definição do termo “periurbano”: é uma área que se localiza além dos subúrbios de uma cidade onde as atividades rurais e urbanas se misturam e não é possível definir os limites físicos e sociais destes dois espaços.
Na agricultura urbana e periurbana estão incluídas a produção, o extrativismo e a coleta de produtos agrícolas – como as hortaliças, frutas, ervas medicinais, plantas ornamentais – e pecuários de forma sustentável, visando a menor agressão possível ao ambiente na retirada e uso dos recursos e insumos. Essa prática é voltada ao autoconsumo, às trocas, às doações e à comercialização.
O interessante deste tipo de atividade é que elas são pautadas pelo respeito aos conhecimentos e recursos da população local, pelo uso de tecnologias adequadas e pela inclusão nos processos participativos que promovem a gestão urbana, social e ambiental dos lugares onde a agricultura urbana e periurbana acontece. Essas ações buscam alcançar a melhoria da qualidade de vida das populações para a sustentabilidade das cidades, através de uma gestão territorial e ambiental eficientes.
O objetivo da agricultura urbana e periurbana é contribuir ecologicamente na melhora da produtividade das cidades, promover a diversidade social e cultural e também a segurança alimentar e nutricional da população. Este tipo de agricultura está fortemente ligada à agricultura familiar, já que pode ser realizada por indivíduos, organizações formais ou informais em espaços públicos ou privados, e esta prática está vinculada ao lazer, cultura, economia, saúde e meio ambiente.
Através dos diversos ministérios e agências governamentais, o governo federal é atualmente um financiador ativo de experiências de agricultura urbana e periurbana promovidas em cada região brasileira, bem como os governos municipais e estaduais onde existem estas atividades consolidadas.
As organizações não governamentais e universidades também contribuem com essa iniciativa através da destinação de parte de seus recursos próprios e da formulação de projetos específicos. Entretanto acabam sendo os próprios agricultores urbanos e periurbanos as principais fontes de recursos para a promoção desta atividade ao financiarem suas experiências.
fonte http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/voce-sabe-o-que-e-agricultura-urbana-ou-periurbana/

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Conheça 6 hortas comunitárias espalhadas por São Paulo

27 de Abril de 2015 • Atualizado às 12h50

As hortas comunitárias estão invadindo as cidades. Com muita disposição e vontade de “fazer a diferença”, muitas pessoas têm dedicado tempo e suor para colocar literalmente a mão na massa. O CicloVivo separou 6 iniciativas espalhadas pela cidade.
Horta da Vila Indiana
Localizada em uma praça entre as ruas Souza Reis e Corinto, está a horta comunitária da Vila Indiana – bairro do Butantã, próximo à Cidade Universitária. Com extensão modesta, ela também é conhecida comoHortinha do Kiko”, em homenagem a um morador querido da região.
A horta é aberta a todos que quiserem cuidar e colher hortaliças, temperos, pimentas. Todo domingo de manhã os moradores se encontram para compartilhar vivências e fazer a manutenção do trabalho. Para saber mais, entre no grupo do Facebook Horta da Vila Indiana.

Fotos: Divulgação/Horta da Vila Indiana
Horta do Ciclista
Localizada na Praça do ciclista, na Avenida Paulista, entre as estações Consolação e Paulista, esta horta é uma intervenção do grupo “Hortelões Urbanos” para cultivo coletivo de alimentos que teve início em 2012.
Os mutirões para cuidar do espaços são realizados todo primeiro domingo do mês, a partir de meio dia. Quem quiser ajudar deve levar composto orgânico, folhas secas, pás, enxadas e mudas para plantio de pequeno ou médio porte. Devido ao espaço limitado, não são plantadas árvores na praça. Para saber mais, entre no grupo do Facebook Horta do Ciclista.

Fotos: Divulgação/Wiki/Horta dos Ciclistas
Horta do Centro Cultural São Paulo
Ler um bom livro, assistir um filme e regar uma planta. Desde 2011 foi idealizada a horta, inicialmente a partir de mudas e materiais cedidos pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Hoje a área verde do espaço cultural é mantido por voluntários.
Os mutirões acontecem no último domingo de cada mês. Para quem mora próximo a região do Paraíso, o Centro Cultural São Paulo (CCSP) está localizado na rua Vergueiro, em frente a estação de mesmo nome. Para saber mais, entre no grupo do Facebook Horta CCSP.

Fotos: Facebook Horta CCSP
Horta da Fmusp
Em 2013, teve início a horta comunitária dentro da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Uma ação interessante que, de certa forma, mostra que a saúde também provém dos alimentos frescos, do contato com a terra e da expansão de áreas verdes nas metrópoles. Por meio da página Horta da Fmusp e do blog são atualizados todas as ações desenvolvidas no local.
Os mutirões de trabalhos acontecem às quintas após as 17h e sexta feira ao meio-dia. Então se estiver passando pelo hospital das Clínicas, que tal ir até lá para ajudar a cuidar dos alimentos frescos? A colheita é pública. A FMUSP está na Av. Dr. Arnaldo, bairro Cerqueira César. Para saber mais, acesse o Blog da Horta FMUSP.

Fotos: Blog da Horta da FMUSP
Horta das Corujas
Uma das hortas mais conhecidas em São Paulo é localizada na Praça das Corujas em frente à Avenida das Corujas, esquina com a rua Paschoal Vita, no bairro Vila Beatriz. O local já foi palco até de festa de casamento.
O grupo se articula principalmente nas redes sociais, sempre trocando informações sobre o que fizeram e o que preciso ser feito na horta. As regas são realizadas por escala, ao menos duas pessoas ficam responsáveis por cada dia da semana. Todas as dicas para melhorar o trabalho também são compartilhadas, acompanhe o grupo pelo Facebook Hortas das Corujas.

Fotos: Ed Grandisoli e Facebook Horta das Corujas
Horta comunitária da saúde
Se alimentar-se bem é uma das chaves para ter uma boa saúde, esse grupo está no caminho certo – apesar do nome se referir ao bairro Saúde; onde a horta está localizada. Um grupo no Facebook foi criado para que os participantes possam compartilhar experiências e aprendizados  não só relacionado à horta como também a aos seguintes temas: meio ambiente, agricultura orgânica, agricultura urbana e periurbana e sustentabilidade.
Os mutirões acontecem no segundo domingo de cada mês, das 9h às 13h. Saiba mais na página do Grupo no Facebook.

Fotos: Grupo Horta Comunitária da Saúde/Facebook
Marcia Sousa – Redação CicloVivo

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