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domingo, 26 de novembro de 2017
Floresta de Ipês - Momento Ambiental em Brasília
Na época mais seca do ano, os moradores de Brasília assistem a uma explosão de ipês. As espécies se revezam e florescem em momento diferentes. O espetáculo acontece há, pelo menos, 30 anos. Em todo o Distrito Federal, cerca de 600 mil ipês deixam as ruas e praças coloridas. Quer entender como a natureza faz essa mágica?
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Tudo o que você precisa saber sobre Gestão da Arborização Urbana
No texto sobre o que é arborização urbana notamos o quão essencial esta prática é na melhoria da nossa qualidade de vida nos centros urbanos. Isto, claro, através de um planejamento criterioso e uma gestão eficiente.
Neste artigo destacamos alguns pontos importantes que vem sendo utilizados com sucesso pelos profissionais da área para a adequada gestão da arborização urbana.
Confira:Planejamento:
O planejamento é muito importante para realizar uma boa gestão da arborização urbana e, atualmente, faz-se essencial a representação espacial dos dados das árvores juntamente com o maior número possível de informações sobre as áreas de interesse.
Uma alternativa que vem com o objetivo de melhorar o gerenciamento destas unidades é a utilização de técnicas de geoprocessamento através de programas de computador. São programas que, além da capacidade de gerirem mapas, contêm inúmeras ferramentas onde se é possível pensar e planejar virtualmente as ações a serem tomadas no mundo real.
Escolha das espécies (aspecto visual):
Não há uma espécie ideal de árvore, o importante é manter uma maior variedade possível delas a fim de atrair uma diversidade maior de animais, proporcionando assim um reequilíbrio na cadeia alimentar do ambiente urbano. Um maior número de espécies de árvores embeleza a cidade pela variedade de formas e cores. No entanto, esta diversificação não implica no plantio aleatório. É recomendado manter uma uniformidade dentro das quadras ou mesmo dentro das ruas e avenidas utilizando-se no máximo duas espécies.
Considerando o aspecto visual, se faz importante privilegiar espécies:
– Com copas expressivas, que proporcionarão conforto ambiental às áreas.
– Que possuam floração e frutificação, já que favorecem a paisagem e a presença da fauna.
– Que produzam aromas agradáveis (folhas, madeiras, flores).
– Nativas regionais da flora brasileira.
– Resistentes ao ataque de pragas e doenças, tendo em vista a inadequação do uso de agrotóxicos no meio urbano.
Escolha das espécies (aspecto estrutural):
Durante a escolha das espécies de árvores, suas características (copa, raiz, porte, taxa de crescimento, etc.) devem ser muito bem avaliadas, de modo que a árvore possa conviver de forma harmoniosa com os serviços públicos que ocorrem no espaço urbano: redes de distribuição de energia elétrica, iluminação pública, telecomunicações, placas sinalizadoras, redes de água e esgoto, entre outros. No caso das redes elétricas, essa convivência é ainda mais importante, principalmente para evitar acidentes com pessoas e a ocorrência de interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Escolha das mudas:
A produção da muda é um dos fatores mais importantes para o sucesso da arborização urbana. Além de melhor preparada para as adversidades encontradas no ambiente urbano, o emprego de mudas de boa qualidade reduz a necessidade de operações de manejo posteriores, uma vez que reduz a possibilidade de ocorrência de problemas.
Podas:
Existem 4 tipos de podas na arborização urbana, de acordo com o estado da árvore:
– Poda de formação: é empregada para substituir os mecanismos naturais que inibem as brotações laterais e para conferir à árvore crescimento ereto e à copa altura que permita o livre trânsito de pedestres de veículos.
– Poda de limpeza: é empregada para evitar que a queda de ramos mortos coloque em risco a integridade física das pessoas e do patrimônio público e particular, bem como para impedir o emprego de agrotóxicos no meio urbano e evitar que a permanência de ramos danificados comprometa o desenvolvimento sadio das árvores.
– Poda de emergência: é empregada para remover partes da árvore que colocam em risco a integridade física das pessoas ou do patrimônio público ou particular, sendo a poda mais traumática para a árvore e para a vida urbana.
– Poda de adequação: é empregada para solucionar ou amenizar conflitos entre equipamentos urbanos e a arborização. É motivada pela escolha inadequada da espécie, pela não realização da poda de formação, e principalmente por alterações do uso do solo, do subsolo e do espaço aéreo.
A responsabilidade quanto à gestão de poda de árvores incide sobre as Prefeituras Municipais. Porém, se for necessária a realização de manobras perto da rede elétrica, estas devem ser feitas em dias de pouco movimento e envolver obrigatoriamente a concessionária de energia e órgãos responsáveis pelo trânsito.
Substituição ou Supressão:
A substituição de uma árvore é um processo cuidadoso, que faz parte do manejo de arborização e que busca favorecer a região com uma planta mais adaptada ao local. Já a supressão é um procedimento adotado em último caso e somente quando, após a vistoria técnica do arborista, é constatada a impossibilidade de se cultivar uma outra árvore no mesmo local, devido a alguma restrição física ou ambiental. Veja exemplos:
– Localização imprópria para convivência com os demais equipamentos urbanos, impossibilitando o desenvolvimento natural.
– Condições vegetativas comprometidas, como: estado de saúde geral, condições de raiz, tronco e copa.
– Ataques de pragas e doenças, provocando sua debilidade.
– Vandalismo causado por terceiros, por exemplo, pela colisão de veículos.
Resíduo das Podas:
Sempre após as podas é necessário que os resíduos gerados sejam retirados para que não atrapalhem o livre acesso de pedestres e veículos automotores, e ainda, para que não obstruam o acesso da água pluvial aos bueiros. Esses resíduos, subprodutos da arborização de ruas, não devem ser desconsiderados, dado ao considerável volume gerado e aos seus diversos aproveitamentos. Trata-se de um material que pode ser usado como adubo, por meio de compostagem (processo de transformação de matéria orgânica em adubo orgânico) ou na produção de energia com sua queima.
Percebemos que durante todas as etapas da Gestão da Arborização Urbana (plantio, poda, supressão, etc.) são necessárias várias intervenções humanas. Porém, para que estas ações sejam mesmo eficazes, faz-se necessário um planejamento e acompanhamento minucioso. Assim, para auxiliar os profissionais durante todos estes processos, ressaltamos a importância da utilização de um sistema georreferenciado, como já citado no início deste artigo.
Este tipo de sistema é capaz de auxiliar na identificação e coordenação das necessidades de manejo das árvores, trazendo, consequentemente, maior agilidade na atualização dos dados e maior eficiência destas tarefas. Além também de fornecer informações quantitativas e qualitativas, tais como:
– Localização precisa das espécies que compõem a arborização urbana e as características sobre seu entorno.
– Interação entre as árvores e os equipamentos urbanos como fiações elétricas, postes de iluminação, muros, passeios etc.
– Quantidade de árvores que apresentam lesão ou problemas fitossanitários.
– Incidência de podas drásticas, substituição ou supressão.
– Possibilidade de realizar pesquisas por espécie, status ou por uma área geográfica, seja ela um bairro, uma rua ou um polígono desenhado no mapa.
Todas estas informações, aliadas à geotecnologia ajudam consideravelmente na otimização de todas as atividades envolvidas na Gestão da Arborização Urbana.
Fontes: Site da Prefeitura de Uberaba | Site da Prefeitura de São Paulo | www.copel.com | www.cemig.com.br | www.uesb.br
Redação: Viviane Coelho – Analista de Requisitos Digicade
Revisão: Camilla Greco – Analista de Marketing Digicade
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
O Guabiju da avenida Wenceslau Escobar em Porto Alegre
Julho 2016 |
Em 18 meses fizemos alguns manejos nessa muda,
como proteção ao anelamento por corte de grama,
adubação e poda.
Quem sabe a primavera mostre seus frutos??
julho 2016 |
outubro 2016
|
Setembro 2017 |
Setembro 2017 |
Setembro 2017 |
sábado, 2 de setembro de 2017
IX Fórum Gaúcho de Arborização Urbana – Confiram a Programação
avaliação de vegetal com o IPT/ Porto alegre 2014 |
IX Fórum Gaúcho de Arborização César Luiz Rodrigues
14 e 15 de setembro de 2017 – Charqueadas, RS
14 e 15 de setembro de 2017 – Charqueadas, RS
Público-alvo: Acadêmicos, servidores de prefeituras, órgãos estaduais e federais, concessionárias de energia elétrica e outros serviços urbanos, instituições de ensino, empresas particulares e interessados em geral, cujas atribuições estejam relacionadas ao manejo da arborização urbana.
Local: Salão de Eventos do Centro Administrativo Manuel de Souza João, situado na Avenida Cruz de Malta, 1610
PROGRAMAÇÃO
Quinta-feira (14 de setembro)
– 8h: Credenciamento e Inscrições
– 8h30: Abertura Oficial
– 9h: PALESTRA – Panorama Ambiental e Urbanístico do município de Charqueadas/RS – Eng. Ambiental Cássio Silva de Souza e Prof.ª Lisiane da Silva Lopes.
– 9h30: Conselho da Cidade de Charqueadas – Conselheiro representante.
– 10h: Coffee break
– 10h15: PALESTRA – Árvores, Estruturas e Eventos Extremos – Eng. PhD Carlos André Bulhões Mendes, Diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas – IPH/UFRGS
– 11h30: PALESTRA – Relato do Histórico da Arborização no Brasil nos últimos 40 anos – Bióloga Maria do Carmo Sanchotene
– 12h as 12h30: DEBATES
– 12h30 às 13h30: Intervalo para almoço
– 13h30: MESA REDONDA – Debatendo o presente e o futuro da arborização – Com Representantes do CRBio-03 E CREA-RS
– 14h30: DEBATES
– 14h45: Coffee break
– 15h: PALESTRA – A importância da valorização da arborização como política pública do verde urbano – Eng. Agr. Anderson Leite Fontes Junior – Prefeitura de João Pessoa/PB;
– 16h30: DEBATES
– 17h: Reunião com Produtores/Viveiristas – Construção do perfil de muda padrão – elaboração da CARTA DE CHARQUEADAS:
Eng. Agrônomo Ricardo Senger – Viveiro Senger
Biólogo Eduardo Olabarriaga – Viveiro de Porto Alegre – SMAMS
– 18h: Encerramento do 1º dia.
– 20h: Momento de Convivência
– 8h: Credenciamento e Inscrições
– 8h30: Abertura Oficial
– 9h: PALESTRA – Panorama Ambiental e Urbanístico do município de Charqueadas/RS – Eng. Ambiental Cássio Silva de Souza e Prof.ª Lisiane da Silva Lopes.
– 9h30: Conselho da Cidade de Charqueadas – Conselheiro representante.
– 10h: Coffee break
– 10h15: PALESTRA – Árvores, Estruturas e Eventos Extremos – Eng. PhD Carlos André Bulhões Mendes, Diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas – IPH/UFRGS
– 11h30: PALESTRA – Relato do Histórico da Arborização no Brasil nos últimos 40 anos – Bióloga Maria do Carmo Sanchotene
– 12h as 12h30: DEBATES
– 12h30 às 13h30: Intervalo para almoço
– 13h30: MESA REDONDA – Debatendo o presente e o futuro da arborização – Com Representantes do CRBio-03 E CREA-RS
– 14h30: DEBATES
– 14h45: Coffee break
– 15h: PALESTRA – A importância da valorização da arborização como política pública do verde urbano – Eng. Agr. Anderson Leite Fontes Junior – Prefeitura de João Pessoa/PB;
– 16h30: DEBATES
– 17h: Reunião com Produtores/Viveiristas – Construção do perfil de muda padrão – elaboração da CARTA DE CHARQUEADAS:
Eng. Agrônomo Ricardo Senger – Viveiro Senger
Biólogo Eduardo Olabarriaga – Viveiro de Porto Alegre – SMAMS
– 18h: Encerramento do 1º dia.
– 20h: Momento de Convivência
Sexta-feira (15 de setembro)
AULÃO
– 8h30: Desmitificando a Vistoria Técnica – Biólogo Flavio Barcelos de Oliveira
– 9h15: DEBATES
– 9h45: Coffee break
– 10h: Técnicas de Manejo Vegetal de acordo com a Norma Técnica ABNT NBR 16.246-1 – Biólogo João Augusto Bagatini
– 11h30: DEBATES
– 12h: Ato de Encerramento
– 12h10 às 13h30: Intervalo para almoço
– 13h30: Visita Técnica ao Bairro Aços Finos Piratini e à Reserva Particular do Patrimônio Nacional – RPPN Porto Capela
*Vagas limitadas: 40 lugares (inscrições no evento)
– 16h30: Término das Atividades
AULÃO
– 8h30: Desmitificando a Vistoria Técnica – Biólogo Flavio Barcelos de Oliveira
– 9h15: DEBATES
– 9h45: Coffee break
– 10h: Técnicas de Manejo Vegetal de acordo com a Norma Técnica ABNT NBR 16.246-1 – Biólogo João Augusto Bagatini
– 11h30: DEBATES
– 12h: Ato de Encerramento
– 12h10 às 13h30: Intervalo para almoço
– 13h30: Visita Técnica ao Bairro Aços Finos Piratini e à Reserva Particular do Patrimônio Nacional – RPPN Porto Capela
*Vagas limitadas: 40 lugares (inscrições no evento)
– 16h30: Término das Atividades
INVESTIMENTO
a) Valor antecipado, pago até dia 11/09: R$ 25,00
b) Associado SBAU, pago até dia 11/09: R$ 20,00
c) Valor no dia do evento: R$ 50,00, condicionada à existência de vagas.
a) Valor antecipado, pago até dia 11/09: R$ 25,00
b) Associado SBAU, pago até dia 11/09: R$ 20,00
c) Valor no dia do evento: R$ 50,00, condicionada à existência de vagas.
INSCRIÇÕES ANTECIPADAS (VAGAS LIMITADAS):
a) Informe no e-mail: forumgaucho.contato@gmail.com seu nome completo, CPF, RG, e-mail, telefone e cidade, e anexe o comprovante de depósito identificado na Caixa Econômica Federal, Agência 1548, Operação 003, C/C 2497-7, em nome da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana.
b) Sua vaga é garantida mediante o depósito identificado do valor da taxa de inscrição correspondente: Informações podem ser obtidas pelo e-mail acima informado ou pelo, pelos telefones 051-3958- 8400 e 051-3958- 8484, com Fernanda ou Suelen.
a) Informe no e-mail: forumgaucho.contato@gmail.com seu nome completo, CPF, RG, e-mail, telefone e cidade, e anexe o comprovante de depósito identificado na Caixa Econômica Federal, Agência 1548, Operação 003, C/C 2497-7, em nome da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana.
b) Sua vaga é garantida mediante o depósito identificado do valor da taxa de inscrição correspondente: Informações podem ser obtidas pelo e-mail acima informado ou pelo, pelos telefones 051-3958- 8400 e 051-3958- 8484, com Fernanda ou Suelen.
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
Garoto de 4 anos ensina a por orquídea na árvore (+playlist)
Cultivar uma orquídea em árvore é uma boa maneira de enfeitar a casa com plantas
sem precisar de muito paparico - nos primeiros meses, você vai regá-la mais vezes,
mas, com o tempo, as raízes novas surgem e a orquídea quase não precisa de cuidados.
A jardineira Carol Costa, do site Minhas Plantas, convidou o pequeno Fabricio para mostrar
como é fácil prender uma Phalaenopsis num galho.
Quem sabe agora o pessoal nos supermercados
e floriculturas para de jogar planta no lixo e
começa a doar para que elas enfeitem ruas e praças da cidade?
Mais vídeos e informações sobre orquídeas em http://www.minhasplantas.com.br.
sexta-feira, 21 de julho de 2017
Arborização urbana deve atender a critérios técnicos e ter ações coordenadas, afirmam especialistas
Fonte: IEA USP
Workshop Verdejando: sociedade civil debate arborização da capital. A partir da esq.: subprefeito Oziel de Souza; secretário do Verde, Gilberto Natalini; jornalista Ananda Apple; professor Buckeridge e Ricardo Cardim |
Áreas cobertas com vegetação têm o potencial de
reduzir em até 20% o risco de mortalidade por câncer e doenças
respiratórias em relação a regiões sem vegetação, mostra artigo
recém-publicado na revista científica Environmental Health Perspective.
Num cenário de mudanças climáticas, a revegetação das grandes cidades
está na agenda do dia e foi com o objetivo de discutir “Que arborização
queremos para São Paulo?” que o Workshop Verdejando reuniu especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil no dia 17 abril, na antiga Sala do Conselho Universitário da USP.
Organizado pela Rede Globo em parceria com a Secretaria do Verde e
Meio Ambiente (SVMA) e o Programa USP Cidades Globais do IEA, o encontro
teve a moderação da jornalista Ananda Apple e do professor Marcos
Buckeridge, coordenador do USP Cidades Globais e presidente da Academia
de Ciências do Estado de São Paulo.
À esq.: professor Buckeridge e o botânico Ricardo Cardim. À dir.: Patrícia Iglecias, supervisora de Gestão Ambiental (SGA) da USP (ao fundo à esquerda, Paulo Saldiva, diretor do IEA, e à direita, o sanitarista Eduardo Jorge, ex-candidato do PV à Presidência) |
Na ocasião, o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, vereador Gilberto Natalini
(PV), anunciou a criação do Comitê Municipal de Arborização e falou da
implementação experimental de um sistema de gerenciamento por satélite
para a fiscalização das árvores da cidade. Também fez a promessa de que
não será mais permitido substituir o plantio de árvores pela construção
de jardins verticais, como ocorreu num polêmico Termo de Compromisso
Ambiental (TCA) assinado por uma construtora em 2015 com a Prefeitura
Municipal.
O líder do governo na Câmara Municipal de São Paulo, vereador Aurélio Nomura
(PSDB), defendeu a implementação de um plano diretor do verde para
efetivar políticas permanentes sobre plantio e cuidado com as árvores.
Disse também que irá levar ao prefeito João Dória Jr (PSDB) a proposta
de destinar parte do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA) arrecadado pela Prefeitura para o investimento obrigatório em
áreas verdes. “Nada mais justo, pois são os carros os maiores
responsáveis pela emissão de material particulado”, disse Nomura.
O engenheiro agrônomo Joaquim Cavalcanti,
do Grupo Técnico sobre Normatização das Melhores Práticas de
Arborização Urbana da Prefeitura, defendeu a necessidade de um
inventário arbóreo e a capacitação humana para o trabalho de
reconhecimento e diagnóstico das espécies urbanas. “Poderíamos pensar
numa brigada de arboristas, com um grande envolvimento da sociedade
civil”, disse.
Os desafios operacionais são muitos, principalmente quanto à normas
regulamentadoras de segurança do trabalho e à capacitação do
profissional responsável pelas podas e manutenção, ressaltou Cavalcanti.
“A NR35 fala em andaimes, postes, prédios, mas não atende a quem
trabalha na altura fazendo podas. Da mesma forma, a NR12, sobre o
trabalho com motosserra, não abrange esse profissional”, observou.
Ações coordenadas para o plantio
O projeto Verdejando vem estimulando a importância do verde no
ambiente urbano, com a veiculação de reportagens inseridas nas
programações regionais da TV Globo e a promoção de oficinas de plantios e
a revitalização de praças e parques. O seminário na USP é mais uma
tentativa de buscar o engajamento e a sensibilização para o tema, disse
Ananda.
Árvores contribuem para minimizar a poluição do ar e reduzir as
amplitudes térmicas. Captam gás carbônico liberando oxigênio.
Proporcionam beleza visual, sombreamento e abrigo para a avifauna.
Contribuem assim para diminuir problemas respiratórios e melhorar a
qualidade de vida nas metrópoles.
Porém, a forma de plantar, quando, como, onde e o que plantar são
questões que precisam integrar uma ação coordenada, para que a
iniciativa possa otimizar os resultados, facilitar o manejo e
proporcionar o necessário controle fitossanitário das árvores, indicou o
secretário Natalini.
Polêmica sobre jardins verticais
O assunto virou polêmica quando uma construtora desmatou 837 árvores em 2013 no bairro do Morumbi, incluindo espécies nativas, para construir prédios residenciais. A empresa ganhou a permissão de fazer um jardim vertical no Minhocão, região Central, em vez de plantar árvores. Porém, com a assinatura do secretário Natalini, a atual gestão municipal já utilizou parte do TCA daquela construtora também para fazer o “corredor verde” da Avenida 23 de Maio, implantado no local onde foram apagados os grafites da via. “Isso não acontecerá mais. Só pegamos o bonde andando e foi melhor fazer esse acordo do que entrar num litígio judicial”, garantiu Natalini. O secretário fez uma assinatura simbólica da criação do Comitê Municipal de Arborização e anunciou que o organismo será composto por oito membros do poder público – SVMA e prefeituras regionais – e oito da sociedade civil. A portaria sobre a criação do organismo foi publicada no diário oficial do município no dia 26 de abril. Terá como missão propor ações de plantio, conservação, articulação de ações integrando as iniciativas de plantio, além de organizar encontros técnicos para formação continuada de cidadãos interessados na temática. |
“Precisamos sair daqui com uma plataforma mínima
de entendimento e cooperação entre empresas, governos, organizações
não-governamentais e cidadãos para construirmos essa força política
social para plantar na cidade de São Paulo, mas de uma forma
coordenada”, disse Natalini.
Os três viveiros da capital – Manequinho Lopes, no parque do
Ibirapuera, Arthur Etzer, localizado no parque do Carmo, e Harry
Blossfel, no parque Cemucam, em Cotia – são responsáveis pelo
fornecimento de mudas para órgãos municipais que plantarem em áreas
públicas. Adicionalmente, o município vem recebendo mudas de empresas
que fizeram termos de ajuste de conduta ou termos de compromisso
ambiental para ter o direito de construir. Há também empresas que,
simplesmente, fazem doações de mudas.
“Portanto, o problema hoje não é falta de mudas. Precisamos, sim, de
mão de obra e locais para o plantio. A Secretaria está mapeando isso e
verificamos que cabem 10 mil mudas em parques. Há ainda vias públicas,
calçadas e clubes esportivos em condições de plantar”, disse Natalini.
O secretário lembrou que as pessoas plantam pouco em seus quintais
porque as legislações restringem ações de manejo, plantio ou mesmo
supressão de árvores em terrenos particulares. “Precisamos facilitar as
coisas para que as pessoas possam plantar e manejar árvores em seus
quintais. Não devemos ter esse tabu de que árvore não pode ser
suprimida. É a última medida, mas em algum momento pode ser necessário”,
disse.
Árvore por habitante
“Precisamos tirar as pessoas dos morros e áreas de risco, acabar com
as desigualdades e fornecer serviços básicos para a população pobre, que
será a mais atingida pelas mudanças climáticas globais. Mas não podemos
negar que as árvores possuem um papel muito importante num cenário de
aquecimento global nas grandes cidades. Elas tendem a influenciar a
distribuição da umidade do ar e pode ser que haja uma relação com
enchentes, tema que nosso grupo também está estudando”, disse o
professor Buckeridge.
O professor divulgou dados do estudo “Árvores urbanas em São Paulo: planejamento, economia e água”,
que ele publicou na Revista Estudos Avançados volume 29, número 84,
mostrando que as zonas Central e Leste da capital apresentam os menores
índices de árvore viária por habitante. “Esse mapeamento já pode servir
de guia para o planejamento de ações iniciais de plantio”, apontou.
Prefeito regional de Cidade Tiradentes, o sociólogo Oziel de Souza
chamou a região de “selva de pedras” e disse que um dos objetivos à
frente da gestão local é arborizar o bairro, desmatado para a construção
de casas populares. A meta é chegar até o final do ano com o plantio de
10 mil mudas, disse Souza.
Ao contrário de Cidade Tiradentes, em vez de demandas sociais e de
plantio, a regional de Vila Mariana, zona Sul de São Paulo, enfrenta
desafios com manutenção da alta densidade arbórea. “Num único dia de
ventania, perdemos cerca de 300 árvores no ano passado. Muito disso se
deve às raízes enfraquecidas pelas intervenções nas calçadas que sufocam
o caule e as raízes”, disse o prefeito regional, jornalista Benedito Mascarenhas Louzeiro, responsável pelos bairros de Moema, Saúde e Vila Mariana.
Segundo Louzeiro, há muito desgaste na relação entre moradores e a
subprefeitura e desta com a Eletropaulo, por conta da responsabilização
pela queda das árvores na região. “No que se refere a podas, retirada de
galhos e fiação, a subprefeitura de vila Mariana é a que mais emite
multas para a Eletropaulo por descumprimento da legislação. Estamos com a
proposta de um projeto piloto de manejo envolvendo as ruas Tangará,
Joaquim Távora, Humberto Primo e Bagé, para mapear a cuidar das
árvores”, disse.
Roçadeiras e muretas
Acima, muretas obstruindo canteiros e o anelamento do caule causado por roçadeiras são equívocos que sufocam raízes e matam as mudas. Abaixo, a proteção do tronco com cano PVC e matéria orgânica, mostra Cardim. |
Autor de pesquisas que serviram de base para a
criação das três primeiras reservas públicas naturais de Cerrado na
cidade de São Paulo, o botânico e ativista Ricardo Cardim
apontou os maiores erros na arborização e manutenção de parques e
jardins, que resultam nas quedas e problemas fitossanitários das árvores
na metrópole.
“É preocupante a mania de obstruir os canteiros das árvores urbanas
com muretas e caixotes cimentados construídos no entorno do tronco”, diz
Cardim. Segundo o botânico, essa prática impede a entrada de água e
nutrientes e enfraquece as raízes, sendo uma das principais causas de
quedas de árvores na capital.
“Poderíamos pensar num mutirão para transformar esse cenário. Tão
importante quanto plantar um milhão de árvores no município é
desobstruir 500 mil delas. Assim nós as ajudamos a permanecer de pé e
proporcionando serviços ambientais”, disse.
Outra prioridade é acabar com o anelamento causado por roçadeiras
durante as podas de grama. “Em geral falta treinamento aos prestadores
desse serviço e eles acabam machucando a base do tronco ao cortar a
grama. Essa é a verdadeira causa da mortalidade das mudas, e não o
vandalismo, como se pensa”, afirma Cardim.
A solução para acabar com o anelamento do tronco é proteger o colo da
arvore, seja com matéria orgânica e pedras ou mesmo com cano PVC no
entorno, ou as duas coisas, aponta. “Precisamos criar um trabalho de
educação muito consistente para as pessoas entenderem que essas práticas
são prejudiciais”, disse.
Espécies nativas e padrão de mudas
Canelas, jacarandá do campo, cambuci, cedro rosa, ingá, araçá,
cambuatã, jacatirão-cabuçu, araucária, figueira brava, guatambu,
açoita-cavalo e copaíba são algumas das espécies de Mata Atlântica que
deveriam compor a paisagem de parques, praças e ruas, defendeu o
botânico e ativista Ricardo Cardim.
Uso de espécies exóticas e poda paisagística: práticas criticadas por participantes do encontro |
A “monocultura” de sibipirunas, paus-ferro e
mirindibas, espécies exóticas da moda que praticamente dominam a atual
paisagem urbana, traz menos serviços ambientais e menos benefícios para a
avifauna nativa, justifica Cardim.
“Concordo que deveríamos ter mais árvores de espécies nativas nas
cidades. Mas o problema é que não conhecemos o comportamento de muitas
delas e que tipo de doenças podem ter ao longo do tempo. Quanto maior a
diversidade, maiores as dificuldades. Então estamos estudando essa
questão para poder passar nosso conhecimento para o poder público e para
os ativistas realizarem melhor sua tarefa”, disse o professor
Buckeridge.
Cardim observa que as mudas entregues para plantio por empresas que
cumprem termos de ajuste de conduta ou de compromisso ou de compensação
ambiental deveriam respeitar uma variabilidade de espécies e determinado
padrão de qualidade para as mudas.
“Antigamente as mudas eram entregues com copa e atendiam a um tamanho
mínimo. Já chegavam trazendo serviço ambiental. Hoje são entregues
mudas mínimas, quase que gravetos fadados à morte”, compara.
Para enfrentar esse problema, seria necessário dar uma pontuação para
a qualidade das mudas entregues pelas empresas, seja por critérios de
variabilidade e importância biológica ou pela qualidade geral da planta,
defende.
“Será que o padrão Depave atende a todas as situações de plantio na
cidade de São Paulo? Precisamos repensar isso”, afirma Cardim,
referindo-se às normas do Departamento de Parques e Áreas Verdes
(Depave) da Prefeitura Municipal, que regula o padrão de mudas para
plantio na capital, por meio da Portaria 85/10 da SVMA.
Cardim aproveitou para divulgar as ações da Floresta de Bolso,
técnica desenvolvida por ele e que consiste em concentrar grande
biodiversidade e massa arbórea numa pequena área, transformando terrenos
e trechos abandonados em espaços de preservação de matas nativas. As
iniciativas de plantio são abertas ao público e divulgadas em uma página do Facebook.
O ator Vitor Fasano, também presente no encontro, lembrou importância
dos quintais frutíferos para a avifauna e a necessidade de educação
ambiental tanto para particulares que queiram plantar, quanto para os
prestadores de serviços de jardinagem. Defendeu a ideia de um paisagismo
urbano baseado em árvores nativas apropriadas ao embelezamento de
grandes avenidas.
Em vez de espécies nativas, condomínios e praças se valem de um
“paisagismo repetitivo” da moda, baseado em plantas chinesas, africanas,
asiáticas e japonesas, disse Ananda Apple. As mais utilizadas são a
falsa murta, o podocarpo, o buchinho, a areca e a palmeira azul, que são
desconfiguradas pelas empresas de jardinagem para “formar um pretenso
jardim escultural”, observou a jornalista.
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Critérios técnicos e monitoramento
Podas irregulares, protocolos de segurança no trabalho e monitoramento das condições fitossanitárias foram apontados como medidas urgentes para a conservação das árvores urbanas |
A superintendente de Gestão Ambiental (SGA) da USP e ex-secretária de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Patricia Iglecias,
uma das debatedoras do encontro, destacou a necessidade de fazer uma
revisão da legislação de plantio e manejo das árvores urbanas, inclusive
no regramento das compensações ambientais. “No âmbito do Estado há o
conceito de restauração que inclui critérios para o plantio e para a
manutenção. Acredito que debater critérios técnicos de plantio e
manutenção das árvores urbanas é muito importante nesse momento”, disse
Iglecias.
Para a professora, é importante “pensar numa política de educação
ambiental da sociedade e incluir no debate temas da agenda internacional
de sustentabilidade, sem perder de vista o que queremos com a
arborização de São Paulo”, disse.
Além de Iglecias, participaram como debatedores o professor Fabio
Kohn, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) e Internet do
Futuro para Cidades Inteligentes (INCT); Jorge Belix de Campos, da
Associação Mata Ciliar, e Juliana Gatti, do Instituto Árvores Vivas.
Kohn mencionou as iniciativas do projeto Cidades Inteligentes, que
está pesquisando tecnologias inovadoras como a internet das coisas para
criar modelos de sensores capazes de monitorar a vida e a saúde das
árvores. Sugeriu também a criação de cursos online visando orientar
sobre o plantio, além de aplicativos que auxiliem na gestão e manutenção
das diversas espécies.
Segundo Natalini, a SVMA está em tratativas com uma empresa americana
para avaliar a possibilidade de instalar um sistema via satélite capaz
de dar a posição, a situação de poda e as condições fitossanitárias das
árvores. “É como um Big Brother que vale por mil fiscais e já compramos
um piloto por R$ 300 mil para monitorar parte da vegetação urbana. É uma
forma mais fácil e barata, baseada em tecnologia da informação, que
pode fornecer dados com alta precisão. Estamos fortemente propensos a
comprar esse sistema”, disse o secretário.
Nik Sabey, da iniciativa Novas Árvores por Aí,
falou das ações coletivas para o plantio de espécies nativas, entre
elas, araucária, palmito juçara, cambuci e outras. “Há muitas idéias que
podem ser aplicadas para deixar a cidade mais permeável e mais verde.
Nova York já enxerga a arborização como medida de saúde pública”,
ressaltou.
Imagens:
1: reprodução; 2 e 3: Marcos Santos/Jornal da USP; 4: Luiz Guadagnoli/SECOM/Fotos Públicas; 5 a 11: reprodução
1: reprodução; 2 e 3: Marcos Santos/Jornal da USP; 4: Luiz Guadagnoli/SECOM/Fotos Públicas; 5 a 11: reprodução
sábado, 15 de julho de 2017
Astrapeia e outras árvores da USP ganham identidade
Fonte: jornal da USP
Projeto na Cidade Universitária, em São Paulo, ajuda a reconhecer a importância das plantas
Por Larissa Lopes - Editorias: Universidade
As tipuanas são exemplos de árvores que podem ser encontradas na Cidade Universitária – Foto: Marcos Santos
.
Quem
entra na Cidade Universitária, um dos campi da USP na cidade de São
Paulo, logo se depara com um ambiente bem distinto do resto da capital
paulista. Toda a extensão da Avenida da Universidade é dominada por
tipuanas, árvores que se destacam na paisagem, mas estão longe de ser as
únicas. Para conhecer algumas das centenas de espécies vegetais
presentes no campus, desde 2015, alunos do Instituto de Biociências (IB)
da USP se organizaram para identificar aquelas que estão mais próximas
dos frequentadores da Universidade.
Entre eles está o estudante Matheus Colli. Ele tem analisado amostras
de árvores do fitotério do IB, um “jardim botânico” destinado a
pesquisa e ensino de biologia. Estima-se que haja cerca de 750 espécies
nativas e exóticas no local, das quais 70 foram identificadas com a
ajuda de colegas do curso.“Demos preferência às árvores porque plantas menores podem morrer e não ser repostas. Além disso, selecionamos as que estão próximas a trilhas, com as quais as pessoas têm mais contato”, explica Matheus.
.
.A iniciativa dos estudantes integra o projeto Árvores USP, coordenado pelo professor José Rubens Pirani, do Departamento de Botânica do IB, e já se expandiu para o Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, onde foram identificadas 30 árvores.
Com o financiamento da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), foram fabricadas 100 placas de inox com informações básicas sobre as árvores e um QRCode que dá acesso a mais curiosidades sobre as espécies. A previsão é de que todas as placas sejam fixadas em rochas e pequenos totens próximos das árvores até o mês de agosto.
Cegueira botânica
A ideia do projeto foi inspirada numa ação dos moradores de Alto de
Pinheiros que procuraram o Departamento de Botânica para analisar as
árvores das praças do bairro. “A identificação de espécies é uma etapa
básica para fazer pesquisas de genoma, de fisiologia ou do uso
econômico”, diz Pirani. “Ela é necessária também para reparar erros do
passado. Há algumas nomenclaturas que precisam ser revistas.”Para reconhecer espécies com segurança, o herbário do IB conta com um acervo de 220 mil exemplares coletados e preservados desde o início do século 20. As plantas são desidratadas e mantidas em ambiente seco com até 20ºC.
Com a identificação das árvores, se tornou fácil observar como a Cidade Universitária tem seus trechos de mata preservada e de arborização artificial. Por isso, é possível encontrar no IME, por exemplo, árvores brasileiras como o palmito-juçara, o ipê-amarelo e o cedro dividindo espaço com a Markhamia stipulata, originária do Extremo Oriente.
“É bom lembrar que as plantas nativas dão os frutos que os nossos passarinhos gostam e possuem as ramificações mais adequadas para a construção de ninhos”, avisa o professor. “Por isso, está havendo uma mudança no modo de arborizar a cidade, se preocupando mais em introduzir espécies latinas.”.
Além das aplicações práticas do projeto, o Árvores USP trouxe outros resultados para os estudantes. “Ele me aproximou da botânica e da pesquisa, acabou basicamente influenciando a minha carreira”, afirma Matheus. Após participar do projeto, o estudante acredita que perdeu sua “cegueira botânica”, a insensibilidade que a maiorias das pessoas possui em relação ao meio ambiente.
“Também me ajudou na relação que eu tenho com a Universidade, a questão de pertencimento e ocupação do espaço, porque, com essa identificação e emplacamento das árvores, todo mundo pode aprender ao ar livre. A sala de aula não é o único espaço possível”, conclui.
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Manual de Arborização Urbana - Por que plantar árvores?
Por que arborizar? 2 As árvores urbanas desempenham funções importantes para os cidadãos e o meio ambiente, tais como benefícios estéticos e funcionais que estão muito além dos seus custos de implantação e manejo. Esses benefícios estendem-se desde o conforto térmico e bemestarpsicológicodossereshumanosatéaprestaçãodeserviços ambientaisindispensáveisàregulaçãodoecossistema,assimsendo: • Elevar a permeabilidade do solo e controlar a temperatura e a umidade do ar
segunda-feira, 13 de março de 2017
Árvores em Porto Alegre - arborização urbana
por Marcelo Bumbel
Segundo o site da SMAM, as árvores mais usadas na cidade são a extremosa (19.5%). o ligustro (18.6%), o Jacarandá (10.7%), o cinamomo (6,7%), o braquiquito (4,12%), os Ipês (5.66%) e a Tipuana (1,7%).
A extremosa todos conhecem. Ela passa o verão todo florida, e no outono dá um show. Aparentemente deixou de ser plantada por ser “exótica”. Ela é originária da China, mas foi disseminada para a Europa e Estados Unidos também. No Brasil foi usada durante décadas até que se decidiu tornar “exóticas” fora da lei – que os coreanos não nos ouçam. Deveria ser plantada em todas as vias com fiação baixa.
O Ligustro é uma árvore sem graça que dá umas frutinhas que mancham terrivelmente a calçada. Graças a deus não vejo mais plantá-las.
O Jacarandá dispensa apresentações, e é uma das maravilhas de Porto Alegre – nativa do sul do Brasil e Argentina, foi exportada para Pretória, África do Sul, onde as ruas são totalmentearborizadas com jacarandá-mimoso levado daqui. Não, não há problema de se plantar exóticas lá também.
O Cinamomo é uma árvore nativa da Ásia, que pode atingir de 15 a 20 metros de altura. Fica deslumbrante no Outono, totalmente dourada. Linda.
O Braquiquito não acho nada de mais. Veio da Austrália e pode atingir 20 metros.
O Ipê é uma ótima árvore ornamental para arborização urbana, de crescimento moderado a rápido e não possui raízes agressivas. Pode ultrapassar os 12 metros. Sua floração é maravilhosa e recompensadora e atrai polinizadores, como beija-flores e abelhas. Deveria ser plantada em larga escala.
A Tipuana é nativa da Bolívia. Apresenta flores amarelas e perde as folhas no inverno. Linda.
Com toda essa rica flora à nossa disposição, continua a intensa plantação de uma espécie de palmeira, o Jerivá. Hoje mesmo passei pela Avenida Independência, e no canteiro central avistei Jerivás recém plantados com madeiras de apoio ao redor.
À exemplo dos lojistas do Caminho dos Antiquários, temos de nos conscientizar de demandar a plantação planejada e padronizada de árvores, e não sair plantando à moda miguelão uma Jerivá aqui, um Ficus ali e fazer uma lambança de espécies diferentes na mesma calçada. Na Rua da República, por exemplo, quando morre um Jacarandá as pessoas leigas plantam qualquer coisa na calçada, interropendo a harmonia do túnel verde: hoje há 4 ou 5 Ficus na rua, jerivás e outras espécies que arranham o conjunto de Jacarandás. (vou criar um post sobre o assunto). Enfim, um espécie somente deve ser plantada ao longo de uma rua (ou bairro) como se fez antigamente nos bairros do Bom Fim, Rio Branco, Floresta e Higienópolis.
Abaixo, a Rua Demétrio Ribeiro na frente da praça Daltro Filho. Como muitas ruas no centro da cidade, totalmente sem graça e carente de plano urbanístico. Alarga-se a calçada -a rua éabsurdamente larga-, planta-se uma fileira de árvores, iluminação e temos uma ruazinha agradabilíssima.
Clique para ampliar!
Jacarandás
Extremosas
Ipês
Tipuanas
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Corte de grama pode matar as árvores! Como proteger?
retirado do Blog arvores de São Paulo
É comum ver nas áreas verdes da cidade a cena de trabalhadores com roçadeiras cortando o gramado entre árvores ainda jovens. É um método rápido e eficaz de resolver o problema e deixar a cidade com um aspecto melhor, mais arrumado, e aparentemente isso não prejudica em nada as plantas do parque ou praça.
A questão fica por conta de um detalhe inusitado: esse tipo de cortador de grama geralmente chega bem perto do tronco da arvorezinha e encosta nela, na tentativa de “caprichar” o trabalho e não deixar grama alta em volta da árvore. Nesse momento, a máquina arranca em círculo a casca, fazendo algo que pode matar o exemplar e é conhecido como “anelamento”, promovendo a interrupção total ou parcial do fluxo de seiva e sequelas para a planta.
Grande parte das mudas urbanas devem morrer vagarosamente ou “não pegar” por esta causa, e não somente vandalismo ou falta de água.
Esse problema já foi percebido por outras cidades e a solução é muito simples, não exige trocar o equipamento de corte, vultosos recursos públicos ou trabalhosos coroamentos em volta da muda que a ressecam:
E em São Paulo, a maior cidade do Brasil? Quando se dará tal atenção para que as nossas árvores jovens sobrevivam, promovam saúde e o dinheiro do contribuinte seja justificado?
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