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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Própolis de abelhas-europeias inibe fungo que ataca milho, citros e tomate

Fonte: site revista cultivar.

Foto: Alberto Marsaro Junior
O própolis produzido pela abelha-europeia (Apis mellifera) possui ação contra o fungo P. aphanidermatum, microrganismo que causa a podridão do colo e tombamento de plântulas de diversas culturas como milho, citros, tomate, beterraba e pimentão. A descoberta científica fez parte do trabalho de doutorado de Wallance Pazin pela Universidade de São Paulo (USP), realizado com participação da Embrapa Meio Ambiente (SP). Ele avaliou a ação de quatro tipos de própolis coletados em diferentes regiões do Brasil.
O produto desse inseto é chamado de própolis verde e suas ações preventivas e terapêuticas são conhecidas pela ciência, que já comprovou algumas propriedades antimicrobianas, antitumorais e antioxidantes. Esse achado, voltado a aplicações agrícolas, abre caminho para o desenvolvimento de defensivos naturais a preços acessíveis, o que o torna valioso especialmente para pequenos produtores.
No trabalho na Embrapa, sob supervisão da pesquisadora Sonia Queiroz, foi realizado o isolamento das substâncias bioativas do própolis verde previamente selecionadas. “O própolis verde, conhecido como ‘ouro verde da natureza’, é um verdadeiro presente para a nossa saúde. Ele é produzido a partir da extração – feita pela abelha africanizada – da resina de uma planta conhecida como alecrim do campo, que é abundante no Brasil”, conta a cientista.
Conforme explica Pazin, com a pesquisa foi possível isolar e identificar a substância ativa Artepilina C. Entre os compostos encontrados no própolis verde, essa molécula foi a principal responsável por diversos mecanismos de ação contra patógenos de várias espécies. A pesquisa comprovou a importância farmacológica da molécula, principalmente pelo seu potencial antioxidante, anti-inflamatório e anticancerígeno.
Própolis
Entre todos os tipos de própolis existentes, o coletado pela espécie de abelha Apis mellifera, denominado própolis verde, é o que goza de maior destaque mundial e que tem sido comercializado e exportado para indústrias farmacêuticas, principalmente no Japão. Ele se destaca por seu amplo espectro de ações preventivas e tratamentos de doenças e propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas, anticancerígenas e antioxidantes.
Os agentes bioativos encontrados nesse produto dependem do tipo de vegetação ao qual a abelha tem acesso na região e da seletividade específica de cada espécie na coleta, possivelmente devido à necessidade de atividade antimicrobiana no interior da colmeia.

Após o isolamento da substância bioativa e avaliação da atividade antifúngica, Pazin continuou sua pesquisa na USP de Ribeirão Preto (SP), na Universidade do Sul da Dinamarca (SDU) e na Universidade Tecnológica de Eindhoven (TUE), na Holanda. Ele observou também que os compostos presentes no própolis com maior bioatividade são capazes de interagir com a membrana celular, a película que envolve a célula. A Artepilin C se mostrou capaz de alterar as propriedades da membrana, o que permite que a molécula seja mais eficiente no controle da doença. Essa parte do trabalho foi publicada no periódico científico European Biophysics Journal.
Futuro produto sustentável e acessível
"A aplicação de um produto baseado no própolis para inibição do crescimento dessa espécie de microrganismo está em fase de desenvolvimento. Com um antifúngico acessível, pequenos agricultores poderão ser beneficiados com a tecnologia para o controle de doenças provocadas pelo fungo P. aphanidermatum, com a vantagem que será um produto natural, não tóxico e seguro para o consumo humano e para o meio ambiente", prevê Pazin.
“Já foram identificadas no Brasil mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, chamadas indígenas. O crescimento da população dentro dessas espécies leva a uma potencial fonte de produtos farmacológicos naturais, como os encontrados no própolis e no mel”, avalia o físico biológico, esclarecendo que o própolis é totalmente diferente do mel.
Cada espécie de abelha é capaz de coletar substâncias de plantas e formar diversos tipos de própolis, que são dependentes do ambiente em que vivem e das fontes vegetais que esses insetos possuem para coletar. O própolis tem a função de manter a ação antimicrobiana dentro das colônias as protegendo, assim, de microrganismos nocivos.
O estudo também mostrou que a região do Cerrado é uma rica fonte de biodiversidade e possui uma grande concentração da planta da espécie Baccharis dracunculifolia, conhecida como alecrim-do-campo, que tem uma constituição química similar ao desse própolis. A descoberta também despertou o interesse pela espécie vegetal como fonte de novos compostos bioativos naturais.
“Como os compostos encontrados em um ou em outro própolis diferem, sugerimos que há novos compostos ainda não identificados no própolis da abelha indígena que pode ter garantido essa ação antioxidante e que precisam ser mais estudados", afirma Pazin. Em sua pesquisa, ele descobriu que o própolis coletado pela abelha nativa Melipona quadrifasciata anthidiodes, conhecida como mandaçaia, apresentou ação antioxidante tão significativa quanto o produzido pela abelha-europeia.
Também participaram da pesquisa o professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto Amando Ito, orientador do doutorado; o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP Ademilson Espencer Soares; e a pesquisadora Andresa Berreta, da empresa Apis Flora.
Foto: Alberto Marsaro Junior
O própolis produzido pela abelha-europeia (Apis mellifera) possui ação contra o fungo P. aphanidermatum, microrganismo que causa a podridão do colo e tombamento de plântulas de diversas culturas como milho, citros, tomate, beterraba e pimentão. A descoberta científica fez parte do trabalho de doutorado de Wallance Pazin pela Universidade de São Paulo (USP), realizado com participação da Embrapa Meio Ambiente (SP). Ele avaliou a ação de quatro tipos de própolis coletados em diferentes regiões do Brasil.
O produto desse inseto é chamado de própolis verde e suas ações preventivas e terapêuticas são conhecidas pela ciência, que já comprovou algumas propriedades antimicrobianas, antitumorais e antioxidantes. Esse achado, voltado a aplicações agrícolas, abre caminho para o desenvolvimento de defensivos naturais a preços acessíveis, o que o torna valioso especialmente para pequenos produtores.
No trabalho na Embrapa, sob supervisão da pesquisadora Sonia Queiroz, foi realizado o isolamento das substâncias bioativas do própolis verde previamente selecionadas. “O própolis verde, conhecido como ‘ouro verde da natureza’, é um verdadeiro presente para a nossa saúde. Ele é produzido a partir da extração – feita pela abelha africanizada – da resina de uma planta conhecida como alecrim do campo, que é abundante no Brasil”, conta a cientista.
Conforme explica Pazin, com a pesquisa foi possível isolar e identificar a substância ativa Artepilina C. Entre os compostos encontrados no própolis verde, essa molécula foi a principal responsável por diversos mecanismos de ação contra patógenos de várias espécies. A pesquisa comprovou a importância farmacológica da molécula, principalmente pelo seu potencial antioxidante, anti-inflamatório e anticancerígeno.


Própolis
Entre todos os tipos de própolis existentes, o coletado pela espécie de abelha Apis mellifera, denominado própolis verde, é o que goza de maior destaque mundial e que tem sido comercializado e exportado para indústrias farmacêuticas, principalmente no Japão. Ele se destaca por seu amplo espectro de ações preventivas e tratamentos de doenças e propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas, anticancerígenas e antioxidantes.
Os agentes bioativos encontrados nesse produto dependem do tipo de vegetação ao qual a abelha tem acesso na região e da seletividade específica de cada espécie na coleta, possivelmente devido à necessidade de atividade antimicrobiana no interior da colmeia.

Após o isolamento da substância bioativa e avaliação da atividade antifúngica, Pazin continuou sua pesquisa na USP de Ribeirão Preto (SP), na Universidade do Sul da Dinamarca (SDU) e na Universidade Tecnológica de Eindhoven (TUE), na Holanda. Ele observou também que os compostos presentes no própolis com maior bioatividade são capazes de interagir com a membrana celular, a película que envolve a célula. A Artepilin C se mostrou capaz de alterar as propriedades da membrana, o que permite que a molécula seja mais eficiente no controle da doença. Essa parte do trabalho foi publicada no periódico científico European Biophysics Journal.


Futuro produto sustentável e acessível
"A aplicação de um produto baseado no própolis para inibição do crescimento dessa espécie de microrganismo está em fase de desenvolvimento. Com um antifúngico acessível, pequenos agricultores poderão ser beneficiados com a tecnologia para o controle de doenças provocadas pelo fungo P. aphanidermatum, com a vantagem que será um produto natural, não tóxico e seguro para o consumo humano e para o meio ambiente", prevê Pazin.

“Já foram identificadas no Brasil mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, chamadas indígenas. O crescimento da população dentro dessas espécies leva a uma potencial fonte de produtos farmacológicos naturais, como os encontrados no própolis e no mel”, avalia o físico biológico, esclarecendo que o própolis é totalmente diferente do mel.

Cada espécie de abelha é capaz de coletar substâncias de plantas e formar diversos tipos de própolis, que são dependentes do ambiente em que vivem e das fontes vegetais que esses insetos possuem para coletar. O própolis tem a função de manter a ação antimicrobiana dentro das colônias as protegendo, assim, de microrganismos nocivos.
O estudo também mostrou que a região do Cerrado é uma rica fonte de biodiversidade e possui uma grande concentração da planta da espécie Baccharis dracunculifolia, conhecida como alecrim-do-campo, que tem uma constituição química similar ao desse própolis. A descoberta também despertou o interesse pela espécie vegetal como fonte de novos compostos bioativos naturais.

“Como os compostos encontrados em um ou em outro própolis diferem, sugerimos que há novos compostos ainda não identificados no própolis da abelha indígena que pode ter garantido essa ação antioxidante e que precisam ser mais estudados", afirma Pazin. Em sua pesquisa, ele descobriu que o própolis coletado pela abelha nativa Melipona quadrifasciata anthidiodes, conhecida como mandaçaia, apresentou ação antioxidante tão significativa quanto o produzido pela abelha-europeia.

Também participaram da pesquisa o professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto Amando Ito, orientador do doutorado; o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP Ademilson Espencer Soares; e a pesquisadora Andresa Berreta, da empresa Apis Flora.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Ora-pro-nóbis, a planta que contém 25% de proteína



fonte: blog plantei


      Ela pode ser usada como cerca viva, ornamentação ou alimento. Mas uma coisa é fato: a ora-pro-nóbis vem conquistando cada dia mais as pessoas. Em especial, os veganos.
      A planta é originária do continente americano e seu nome
científico é Pereskia aculeata.
      Do latim, seu nome significa “rogai por nós”, e segundo tradições, esse nome foi dado por algumas pessoas que a colhiam no quintal de um padre enquanto ele rezava em latim.
      É encontrada em abundância na região Sudeste do Brasil e muito usada na culinária.
      Seu cultivo é fácil e seu valor nutricional muito alto. Adapta-se facilmente a diversos tipos de solo e climas. Ela pertence à família das cactáceas. Na idade adulta, sua estrutura em forma de arbusto torna-se uma excelente cerca viva, tanto para ser usada como quebra-vento quanto como barreira contra predadores. A existência de espinhos pontiagudos nos ramos inibe o avanço dos invasores.
      Sua floração ocorre por apenas um dia, podendo ocorrer de janeiro a abril com flores pequenas e perfumadas de coloração branca. A produção de seus frutos ocorre de junho a julho apenas, e são amarelos e redondos. A generosa e bela floração é um ornamento ao ambiente, ideal para decoração natural de propriedades rurais, como chácaras, sítios e fazendas. Suas propriedades já são bastante conhecidas justamente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes cidades, ainda de forma bastante tímida.
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Benefícios da Ora-pro-nobis
• Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores
• O chá, feito a partir de suas folhas, tem excelente função depurativa, sendo indicado para processos inflamatórios, como cistite e úlceras
• Esse poder depurativo associado ao chá também está ligado ao tratamento e prevenção de varizes
• Pessoas com anemia deverão passar a utilizá-la com mais frequência, pois os índices de ferro são essenciais para o tratamento desse quadro
• A alta concentração de vitamina C ajudará a fortalecer o sistema imunológico, evitando uma série de doenças oportunistas
• Ótima para a pele, devido à presença de vitamina A (retinol) em grande quantidade
• O retinol também é fundamental para manter a integridade da visão em dia
• As grávidas deveriam consumir a planta nesse período, pois ela é rica em ácido fólico, essencial para evitar problemas para o bebê
• Mantém ossos e dentes fortalecidos, pela boa quantidade de cálcio
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      É uma planta com alto teor de proteína (aproximadamente 25% de sua composição), e é justamente por isso que é tão querida pelos veganos. Entre seus aminoácidos, temos a lisina e o triptofano em maior quantidade.
      Seu elevado teor de vitamina C supera a laranja em 4 vezes. Além de minerais e vitaminas, também é rica em fibras.
      Também é muito utilizada para aliviar processos inflamatórios e na recuperação da pele queimada.
      Estudos realizados na Universidade Federal de Lavras constataram que os princípios da planta podem ajudar na prevenção de doenças como varizes, câncer de colon, hemorroidas, tumores intestinais e diabetes, além de diminuir o nível de colesterol ruim, tratar furúnculos e sífilis.
       Algo muito interessante é que in natura ou misturada na ração, animais também aproveitam os benefícios das folhas da ora-pro-nóbis.
      A parte comestível da planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer verdura que adquirimos. Obviamente, devemos lavá-las bem. É preciso que se utilize uma grande quantidade, pois, após o preparo, seu volume se reduz bastante.
      Seu sabor é neutro, ou seja, não é picante, nem ácido, nem amargo. Tem uma textura macia, fácil de mastigar. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.
      É possível seu cultivo em ambiente doméstico, uma vez que pega bem em qualquer tipo de solo, não exige cuidados específicos, se propaga com facilidade.
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      Pronto para iniciar o cultivo dessa maravilhosa e benéfica planta? Então mãos à obra!😉

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotalaria spectabilis Roth. (Fabaceae, Papilionoideae)


Imagem relacionada




Resumo

As leguminosas, pela fixação de nitrogênio no solo, são muito utilizadas como adubos verdes, em sistemas orgânicos e agroecológicos de produção.
A disponibilidade de recursos florais para polinizadores reforça o caráter da integração e multifuncionalidade dessas plantas em sistemas biodiversos de produção. Nesse trabalho estudou-se a biologia floral da C. juncea e C. espectabilis para avaliação de seu potencial melífero e polinífero. A liberação de pólen foi caracterizada pelo volume, desde a pré-antese até a murcha total, assim como, a oferta de néctar, com a identificação do volume e concentração. Os resultados demonstram que C.juncea e C. espectabilis podem ser fontes importantes de recursos para as abelhas, pois a concentração de néctar é alta e o pólen é disponibilizado desde o estádio de botão na pré-antese, até a murcha total da flor, com grande volume presente na quilha antes da antese, fator importante para a atratividade das abelhas e de outros visitantes florais. 
 
Ana Paula da Silva Marques Ricardo Costa Rodrigues de Camargo Kátia Sampaio Malagoli-Braga Elizabeth Orika Ono Mário Artemio Urchei
 

segunda-feira, 16 de julho de 2018

SEMEANDO CROTALÁRIA NO SÍTIO !!

Neste final de semana, semeamos crotalária no alinhamento da divisa do sítio com a estrada. Afim de formar uma cerca viva e reprodução de sementes. Apesar de ser uma semeadura antecipada, pois a recomendação é setembro. Vamos ver.


É uma leguminosa anual de primavera-verão, de crescimento muito rápido e vigoroso.
É a espécie que produz a maior quantidade de biomassa no menor tempo e, consequentemente, fornece nitrogênio em maior quantidade. Além disso, protege o solo contra os efeitos da erosão, tem um bom controle de ervas daninhas e é má hospedeira de nematoides do gênero Meloidogyne.

É muito utilizada na implantação e renovação de canaviais. Seu uso é recomendado para situações que necessitem de grande produção de biomassa em pouco tempo, de 3 a 4 meses.




Em breve artigo com o potencial melífero da crotalária!!




quinta-feira, 28 de junho de 2018

Cosmos amarelo, flor útil na apicultura!!

CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea ) fonte: site cantinho verde


CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea )
NOME CIENTÍFICO: Cosmos sulphurea.

NOME POPULAR: Cósmo-amarelo, picão-grande, áster-do-méxico, picão.

SINONÍMIA: Bidens sulphurea

FAMÍLIA: Asteraceae (Compositae).

CICLO DE VIDA: Anual. 

Nota: Ela nasce, cresce, dá flores e morre em 1 ano, mas antes disso, espalha ao seu redor muitas sementes que irão dar origem a novas plantas

ORIGEM: América Central, México.

PORTE: Até 2 metros de altura.

FOLHAS: Folhas compostas, de coloração verde, com uma tonalidade mais escura na página (face) superior e um pouco mais clara na inferior.


CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea ) - Folhas compostas

CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea ) - Detalhe da folha

FLORES: Inflorescência de coloração laranja ou amarela. No centro encontra-se o miolo, onde está às flores que produzem as sementes, cada flor tem apenas uma semente fértil.
 
CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea ) - Inflorescência laranja

CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea ) - Inflorescência amarela
Nota:  Cada inflorescência (tipo mais comum) tem oito pétalas, e no centro flores onde irão ter em média 10 sementes.

CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea ) - Detalhe das  flores

CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea ) - Detalhe da flor

TRONCO: Se caule é ereto, um pouco ramificado, com coloração verde arroxeado. 


CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea ) - Detalhe do caule

LUMINOSIDADE: Sol pleno.

ÁGUA: Gosta de solo úmido, mas não encharcado, regar 2 vezes por semana no caso de ausência de chuvas.

Nota: Após germinar é tolerante a seca, portanto os “jardineiros descuidados” podem ficar sossegados, mas neste caso, a planta não irá ter o desenvolvimento pleno.

CLIMA: Quente e temperado.

PODA: Não necessária.

CULTIVO: Bastante rústica, de fácil cultivo, prefere solo areno-argiloso. Por ser uma planta anual, quando ela secar arranque a planta deixando no local as sementes que ainda não tenham caído, quando nascerem faça desbaste, deixando a quantidade que desejar.

NOTA: Vejam foto abaixo, colocando um pouco de brita, as sementes que irão cair da planta irão se alojar de forma mais fácil e a germinação será mais fácil e garantida.

CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea ) - Mudas

FERTILIZAÇÃO: Por ocasião da preparação do canteiro aplique cerca de 5 colheres de sopa de NPK, fórmula 04-14-08 por metro quadrado.

UTILIZAÇÃO: Ideal para ser usada como maciço.

PROPAGAÇÃO: Por sementes. Ela é considerada uma planta daninha, devido à facilidade de propagação, normalmente onde foi plantada, as sementes irão cair e sem qualquer cuidado extra, irão dar origem a novas plantas.


CÓSMO-AMARELO - ( Cosmos sulphurea )

Nota: Agradecimento especial a botânica Fernanda, que me ajudou a entender o detalhe da flor.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

O guabiju, conheces?? mais uma nativa desconhecida

Extraído do site http://frutaspoa.inga.org.br/
Resultado de imagem para guabiju

guabira-guaçú, guabiroba-açú, arrayán indígena, guajabo negro. Em guarani: yguabi-jy (=fruta que se come) e ygua-pi-jy (=fruta de casca rija), guaviyiu ouguaiavayú (= fruto com penugem)
Nome Científico: Myrcianthes pungens (Berg) Legr.
Família Botânica: Myrtaceae

O guabiju, por causa da coloração quase negra da casca, é muitas vezes confundido com a jabuticaba, mas, ao contrário desta, não mostra os frutos aderidos ao tronco. Os frutos são bagas globosas, de coloração roxa-escura, recobertos por uma fina lanugem de casca áspera e resistente mesmo no fruto bem maduro.  A polpa tem cor e textura semelhante a da uva, bem equilibrada entre doçura e acidez e apresenta teor de água superior a 40%. Na maioria das vezes cada fruto contém uma semente; às vezes, duas grudadas. As sementes são marrons, uma ou duas por fruto e ocupam boa parte da polpa suculenta e esbranquiçada.
Seus frutos são muito apreciados pela avifauna e fauna silvestre em geral, o que torna esta espécie indicada para recuperação de áreas degradadas e para compor sistemas agroflorestais. O tempo de vida é estimado em torno dos 50 anos; em indivíduos jovens a frutificação tende a ser massiva.

Resultado de imagem para guabiju
Quanto à época de início de frutificação, a literatura traz informações bastante desencontradas que variam desde “os 4 anos de idade”, “entre 7 e 8” e “após 10 anos de vida”, por exemplo. A variabilidade genética é bastante alta, sendo encontrados indivíduos com florescimento e frutificação precoces ou tardios; com frutos grandes, com muita polpa e sementes pequenas e vice-versa, entre outras características. 
À semelhança de outras frutas nativas, o guabiju é tradicionalmente utilizado no ambiente doméstico para o consumo in natura- “da planta para a boca”- mas também na elaboração de doces, licores e curtido em cachaça. A colheita dos frutos deve ser feita com tesoura, para que parte do pedúnculo seja mantida junto ao fruto evitando que a casca se rompa. Colhido assim e mantidos em geladeira, conservam-se por vários dias.
Resultado de imagem para guabiju
O fruto possui diversas vitaminas que auxiliam no combate a anemias. As folhas desta planta são popularmente utilizadas no tratamento de diarréias. O chá das cascas e das folhas é indicado para disenterias e para regular as funções intestinais. Indígenas kaiowá e guarani utilizam a casca para dores estomacais.

As flores são melíferas.
A casca, ramos e folhas têm propriedades taníferas. Tem um bom potencial ornamental por conta de sua massiva floração.  É uma espécie indicada para arborização rural e urbana, pois suas raízes não levantam a pavimentação e seu crescimento é lento.

É uma árvore que atinge até 15 metros de altura, formando copa baixa e arredondada quando em ambientes abertos, semidecídua. A maioria dos guabijuzeiros apresenta um só fuste, geralmente curto, levemente tortuoso e nodoso. A casca é lisa e desprende-se em placas, tal como a da goiaba vermelha, o que confere ao tronco um aspecto manchado, maculado. As folhas são verde-escuro, relativamente rígidas e providas de um espinho apical, que conferiu à espécie o epítetopungens, de pungente. Os ramos novos são pilosos e de aspecto aveludado. A nervação secundária, numerosa e bastante visível nas duas faces da lâmina foliar.

A propagação dá-se por sementes. Estas necessitam de luz para germinarem, sendo categorizadas como fotoblásticas positivas. A taxa de germinação inicia em torno de 30 ou 40 dias após semeadura. Sobre a taxa de germinação, não há consenso na literatura especializada: ora é considerada alta, ora média conforme os autores. Assim como no caso de outras mirtáceas, as sementes de guabiju não toleram dessecação e, segundo pesquisas, um mês de exposição ao ar é suficiente para ressecar o embrião, deixando-o escurecido e quebradiço. O período mais indicado para semeadura é entre fevereiro e abril. O crescimento é considerado bastante lento: mudas em torno de 6 meses de semeadura apresentam entre 7 e 10 cm de altura.

Floresce de setembro a dezembro e frutifica de fevereiro a abril.

Espécie pioneira, preferencialmente associada à interior de matas e beiras de cursos d’água.
Distribui-se desde o norte do Uruguai, Argentina, Bolívia e Paraguai. No BR ocorre de SP até o RS, nas Florestas Semideciduais de Altitude e nas bacias do Rio Uruguai e Paraná. Em nosso estado ocorre ainda na depressão central, no planalto e no Escudo Riograndense. Em Porto Alegre é espécie pouco freqüente.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Pesquisadores desenvolvem sistema de produção para a ora-pro-nóbis

Fonte: site globo rural

A Embrapa hortaliças desenvolveu um sistema de produção pra essa espécie nutritiva e fácil de cultivar.

 

Caroline DulleyGama, DF  
Reza a lenda que uma planta boa de comer, que cercava as antigas igrejas de Minas Gerais, acabou recebendo o nome de ora-pro-nóbis, que em latim quer dizer “rogai por nós”. Mas a planta não se faz de rogada: cresce em qualquer cantinho e faz parte da história de muitas famílias mineiras.
Esse é caso de Iara Viase, pequena produtora de Sabará, município que fica a 25 quilômetros da capital mineira: “Com o surgimento do festival do ora-pro-nobis aqui na região, nós não tínhamos uma demanda suficiente. Então, meu pai decidiu vamos fazer uma plantação”, conta.
O ora-pro-nóbis é um tipo de cacto, originário da América Tropical e que se adaptou bem no Brasil. É uma planta rústica, com espinhos grandes e resistentes no caule. Sem nenhum tipo de poda, os ramos podem chegar a quatro metros de altura.
Na Embrapa Hortaliças, que fica no Gama, perto de Brasília, os pesquisadores Nuno Madeira e Neide Botrel estudam a planta há mais de 10 anos. A florada do ora-pro-nóbis, que ocorre a partir do segundo ano, dura só um dia. Os frutos do tipo baga escondem duas ou três sementes escuras. “É uma planta riquíssima, uma cactácea, mas é o único gênero de plantas das cactáceas que tem folhas verdadeiras”, comenta Nuno.
Quanto mais a planta cresce, mais espinhos aparecem e a colheita fica mais difícil. Uma planta com sete anos, pode ter mais de dois metros de altura e suas hastes começam a se entrelaçar. Pensando nisso, os pesquisadores desenvolveram uma técnica de manejo. “A gente propôs fazer um manejo que fizesse uma domesticação, pra que a planta não fique tão vigorosa e que a gente consiga fazer várias colheitas de uma forma muito mais facilitada pro agricultor”, explica Nuno.
Em cinco anos de pesquisa, os agrônomos chegaram a um sistema de plantio adensado com colheitas sucessivas. A propagação é feita por estacas, plantadas em linhas duplas, com espaçamento de um metro entre plantas e 1,20 m entre linhas. São cinco mil pés por hectare. No período chuvoso, dá para colher as folhas a cada três semanas. Já na seca, no intervalo de dois meses.
Colheita ideal
Com esse sistema de produção, os agrônomos chegaram ao número ideal de colheitas, entre seis e oito por ano. A pesquisa mostrou ainda que a produtividade aumentou. “A gente tem cinco mil quilos mais ou menos de produção a cada corte, com seis a oito cortes, até nove cortes por ano”, comenta Nuno.
A agrônoma Neide Botrel explica que existem duas possibilidades de colheita: cortar a haste inteira e depois retirar as folhas maiores ou então cortar apenas as pontas da planta. Essas ponteiras valem mais no mercado, porque as folhas são mais novas e suaves: “Parte dela pode ser consumida como um produto fresco, como por exemplo na salada, para ter um aproveitamento maior dos nutrientes. São produtos bem sensíveis, que podem quebrar, então o ideal é colocar em uma embalagem pra ser comercializado”.
Sempre depois da colheita, vem a poda de formação. Nessa hora, é cortar sem dó. Pelos cálculos dos agrônomos, dá pra fazer a colheita e poda de formação em 200 plantas por dia.
Os resultados da pesquisa despertaram o interesse pelo ora-pro-nóbis. Em um dia de campo, a Embrapa Hortaliças conseguiu reunir 150 pessoas interessadas em plantas alimentícias não convencionais. São agricultores, pesquisadores, nutricionistas que vieram de várias partes do país, para discutir e aprender um pouquinho mais sobre esse tipo de plantação.
O zootecnista Cláudio Oliver cultiva a planta há 20 anos, em Palmeira, no Paraná, usada para alimentar o rebanho de cabras. O animal como só as folhas, desviando dos espinhos. O ora-pro-nóbis tem um rico valor nutricional, com teor de proteína que chega a 32% na matéria seca. “Descobri uma planta fantástica, uma quantidade de proteína equivalente ou superior ao da alfafa”, comenta o zootecnista Cláudio Óliver.
Cláudio cuida de uma estação experimental de ora-pro-nóbis e vai levar a ideia do plantio adensado: “A gente vai experimentar com a colheita feita pelo próprio animal, em sistemas de piquetes. A suspeita é que a gente consiga sair do binômio gramíneas e leguminosas, que tradicionalmente é usado em alimentação de pequenos ruminantes, pra incluir a cactácea como uma alternativa a mais”.
O pesquisador Nuno Madeira deixou o experimento no campo e for para a cozinha ensinar uma receita tradicional: o frango caipira com ora-pro-nóbis. Confira a receita completa no vídeo acima.

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