Mostrando postagens com marcador amendoim; alimentação animais; adubo verde;fixação nitrogênio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amendoim; alimentação animais; adubo verde;fixação nitrogênio. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Os Solos Arenosos, são solos com limitações em relação à fertilidade natural.




Solos arenosos são aqueles que apresentam menos de 15% de argila. Estes solos possuem uma maior proporção de areia (70%), por isso secam mais rapidamente porque são porosos e permeáveis.

 Os espaços (poros) entre os grãos são maiores o que possibilita a passagem da água com mais facilidade entre eles e alcançando profundidades maiores. E nesta movimentação da água para as camadas mais profundas, ela carrega junto os nutrientes essenciais às plantas. Por isto, são solos que apresentam pobreza de nutrientes. A densidade aparente varia de 1,2 a 1,8 g/cm³. Quanto maior a densidade aparente, menor a porosidade.
São solos com limitações em relação à fertilidade natural. Estes solos possuem pH ácido, pobreza em nutrientes, baixos teores de matéria orgânica, baixa capacidade de troca de cátions, deficiências de cálcio, e toxidez por alumínio nas camadas mais profundas. Nestas condições, as plantas encontram dificuldade para desenvolverem um ótimo sistema radicular em extensão e em profundidade, causando sérios problemas na produção das culturas, além da toxidez do alumínio. Ao contrário dos solos argilosos, apresentam baixa retenção de água, muito sujeitos à erosão devido a sua baixa estruturação. O mau desenvolvimento do sistema radicular faz com que as plantas sofram estresse hídrico, principalmente nos períodos de estiagem, o que contribui para limitar a produtividade das lavouras. A acidez do solo deve ser corrigida com aplicação de calcário, com a incorporação do produto a profundidades maiores e com bastante antecedência do plantio. A pobreza de nutrientes, principalmente fósforo (P) e potássio (K) pode ser corrigida com aplicações, à lanço, de adubos fosfatados e potássicos, seguidas da adubação de manutenção, com aplicações de NPK, mais adubação de cobertura.
Para uma agricultura sustentável nestes solos, à longo prazo, é preciso a adoção de práticas conservacionistas, a utilização do sistema de plantio direto, a integração lavoura-pecuária, rotação de culturas, adubação verde, etc. A deficiência de cálcio e a toxidez por alumínio nas camadas profundas do solo podem ser combatidas com o uso do gesso agrícola. O gesso contribuirá para criar um ambiente propício ao desenvolvimento das raízes, o que permitirá às plantas atravessarem melhor um veranico e aproveitarem os nutrientes disponíveis na camada mais profunda do solo. O gesso, sulfato de cálcio, libera cálcio e o íon sulfato liga-se ao alumínio formando compostos menos tóxicos para as plantas. A reciclagem de nutrientes é importante nestes solos. A adubação verde, com o plantio de plantas em cobertura e depois incorporadas, favorecem a reciclagem de nutrientes das camadas subsuperficiais para a superfície do solo. Outra vantagem da adubação verde, nestes solos, é o aumento do teor de matéria orgânica, que, originalmente, é muito baixo. Nos solos arenosos, as plantas, para mostrarem alta produtividade, necessitam de grande aporte de adubos orgânicos: bagaço de cana, bagaço de coco e estercos de animais.
Os solos arenosos se prestam para a irrigação, o que melhora a produtividade. Devido à grande profundidade e a drenagem são pouco propensos à salinização.
Os solos arenosos podem ser usados para a agricultura, desde que se pratique um bom "manejo". Os solos arenosos, por suas características, precisam de muitos cuidados quando se destinam à produção de alimentos. A erosão destes solos pode ser aliviada com a introdução do plantio direto ou a rotação de culturas. A baixa retenção de água pode ser compensada pelo maior desenvolvimento do sistema radicular, em área e em profundidade. A deficiência de nutrientes está associada à baixa CTC destes solos, promovendo uma maior lixiviação de cátions. Como grande parte da CTC está associada à matéria orgânica, o aumento do teor orgânico pode ser aumentado pela adição de resíduos vegetais, menor mobilização do solo e tempo de utilização do manejo.
Os solos arenosos têm, como característica, a sua "resiliência". O que é resiliência? Resiliência é a habilidade do solo de resistir ao estresse e recuperar-se depois de cessado o mesmo. Solos com baixa resiliência se degradam e se recuperam com mais facilidade, ao contrário dos solos com alta resiliência. Os solos com baixo teor de matéria orgânica são mais suscetíveis à degradação, são de baixa resiliência. O manejo nestes solos seria aumentar o teor de carbono (C) pelo incremento de resíduos vegetais incorporados (C x 1,72 = MO). No preparo do solo, quando for utilizado o arado e a grade, é necessário considerar 60 a 80% da capacidade de campo. No caso de escarificador e subsolador, a faixa ideal de umidade deve estar entre 30 e 40% da capacidade de campo. O uso do preparo convencional induz rápido decréscimo da agregação facilitando a erosão. A adoção do plantio direto promove um incremento da agregação do solo, dificultando a erosão, e possibilitando uma agricultura sustentável.

OUTROS ARTIGOS PARA LER

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dia de campo na tv - Sistema integrado de produção agroecológica

A produção vegetal é baseada no cultivo de hortaliças, fruteiras tropicais, café, cereais e leguminosas (utilizadas como adubos verdes), totalizando cerca de 50 espécies vegetais. Priorizam-se pesquisas nas áreas de manejo conservacionista do solo, consórcios e rotações de culturas, sistemas agroflorestais e controle alternativo de fitoparasitas. Com a produção animal, busca-se viabilizar a integração desse sistema de produção. Atualmente, tais atividades estão relacionadas ao manejo orgânico de pequenos rebanhos de bovinos de leite e de aves poedeiras.

sábado, 22 de junho de 2013

Vegetação é restaurada com semeadura direta e adubação verde!


Versões alternativas: Texto PDF


Vegetação é restaurada com semeadura direta e adubação verde: Semeadura direta visa o rápido recobrimento inicial das áreas degradadas
Créditos: Imagens cedidas pela pesquisadora
Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, pesquisa utiliza semeadura direta de espécies arbustivas e adubação verde como estratégia de sombreamento para restauração de áreas degradadas. Desenvolvido no programa de Pós-graduação em Recursos Florestais pela engenheira florestal colombiana Diana Carolina Vásquez Castro, o estudo avaliou possibilidades de redução de custos da restauração, que são elevados quando o método adotado é o de plantio total de mudas.



"Este projeto procurou testar o uso da técnica de semeadura direta indicada como uma técnica complementar ao plantio de mudas visando à diminuição dos custos de implantação e manutenção de projetos", afirma Diana. O estudo foi feito em duas áreas de Preservação Permanente (APPs), localizadas na Usina São Manoel, em São Manoel, e na Usina São João, em Araras, ambas no interior de São Paulo.

"A proposta foi criar um ambiente sombreado com espécies de recobrimento no curto prazo e com duração longa, para inibir o crescimento de espécies competidoras, principalmente gramíneas africanas e potencializar o desenvolvimento de espécies de diversidade, que são introduzidas no interior desse ambiente sombreado pela recobridoras", diz a agrônoma. Segundo Diana, de início fora feita a semeadura direta das espécies de adubação verde, como o fedegoso e o feijão guandu, visando o rápido recobrimento inicial das APPs degradadas.

Adubação verde


Vegetação é restaurada com semeadura direta e adubação verde: Semeadura direta reduz custos de plantio semi-mecanizado e replantio pela metade
Créditos: Imagens cedidas pela pesquisadora
Como estratégia de minimizar a presença de plantas daninhas na entrelinha, um dos tratamentos foi testar o uso da semeadura direta de uma espécie de adubação verde e de longevidade longa, que é a leucena, conta. "Essa espécie, apesar da grande contribuição para a restauração dos processos de recuperação do solo, é fortemente invasora e por isso seu desenvolvimento foi controlado para que ela não chegasse a florescer até seu total sombreamento, que resultava na sua eliminação".

De acordo com a pesquisa, foram obtidos no campo, dados de diâmetro, altura, cobertura de copa, cobertura de gramínea, mortalidade, área basal e densidade final. Os resultados mostraram que não houve diferença estatística entre o plantio de restauração convencional e o uso de semeadura direta para recobrimento. No entanto, foi verificado que, com o uso de semeadura direta, os custos de operações de plantio semi-mecanizado e de replantio são reduzidos pela metade.

"O método consorciado semeadura direta em covas de espécies de recobrimento e de adubação verde com o plantio de mudas de espécies de diversidade mostrou-se uma alternativa economicamente mais vantajosa, na medida que não aumentou o número necessário de manutenções, reduziu o número de mudas de espécies de diversidade, além de baixar os custos das operações de plantio e replantio".

O processo de restauração florestal de áreas degradadas enfrenta obstáculos referentes à sustentabilidade temporal das áreas restauradas, do uso adequado de espécies nativas regionais e principalmente de custos elevados desses projetos de restauração. A pesquisa de Diana, realizada no Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF) da Esalq, integra o projeto "Restauração Ecológica de Florestas Ciliares, de Florestas de Produção e de Fragmentos Florestais Degradados (em APP e RL), com Elevada Diversidade, com Base na Ecologia de Restauração de Ecossistemas de Referência".

O objetivo é desenvolver e testar metodologias para superar essas dificuldades. Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto tem supervisão de Ricardo Ribeiro Rodrigues, coordenador do LERF, e agrega mais 30 pesquisadores.

FONTE

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
Assessoria de Comunicação da Esalq
Caio Albuquerque - Jornalista
Telefone: (19) 3447-8613

Links referenciados

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
www.cnpq.br

Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal
www.lerf.esalq.usp.br

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
www.esalq.usp.br

Pós-graduação em Recursos Florestais
www.esalq.usp.br/pg/11150.htm

Assessoria de Comunicação da Esalq
www.esalq.usp.br/acom

Universidade de São Paulo
www.usp.br

Ricardo Ribeiro Rodrigues
lattes.cnpq.br/4985911040627273

Caio Albuquerque
caiora@esalq.usp.br

Esalq
www.esalq.usp.br

sábado, 26 de janeiro de 2013

Fixação Biológica Nitrogênio (FBN)

Publicado em 18/04/2012
A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) é um dos processos naturais mais importantes do planeta, ao lado da fotossíntese. É realizada por bactérias presentes no solo, que se associam às plantas, captam e transformam o nitrogênio do ar. Possibilita a troca de nutrientes e diminui a necessidade de adubação química nitrogenada. Gera maior rendimento na produção, ajuda a recuperar áreas degradadas, melhora a fertilidade do solo e a qualidade da matéria orgânica, reduz o uso de insumos industriais na agricultura e contribui para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Essa é apenas uma das diversas alternativas pela sustentabilidade da agropecuária.

Informe-se. Entenda. Compartilhe.
www.agrosustentavel.com.br

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...