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quarta-feira, 1 de março de 2017

Estudo da USP identifica agrotóxicos mais frequentes em alimentos consumidos no Brasil

Entre as substâncias autorizadas no País está o brometo de metila, utilizado como inseticida e para o controle de pragas

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Foto: Agência Brasil
De acordo com estimativas, o brometo de metila é o agrotóxico mais encontrado nos alimentos consumidos rotineiramente pela população brasileira – Foto: Agência Brasil
A dieta dos brasileiros é rica em agrotóxicos, inclusive os mais tóxicos. Ao cruzar os dados sobre o que come habitualmente a população brasileira com a lista de agrotóxicos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a serem aplicados na cultura desses alimentos, pesquisa realizada na USP identificou 68 compostos que excediam o valor de ingestão diária aceitável de acordo com limites estabelecidos pela própria Anvisa.
Entre os 283 agrotóxicos verificados, o brometo de metila (BM) – pertencente à classe dos inseticidas, formicidas e fungicidas e listado como extremamente tóxico – foi a substância com maior estimativa de frequência nos alimentos. Os resultados fazem parte da dissertação de mestrado de Jacqueline Mary Gerage, defendida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em 2016. A ideia foi avaliar o risco de exposição crônica de agrotóxicos na dieta da população, sabendo-se do uso regular dessas substâncias em cultivos como arroz, feijão, soja e frutas.
A mesma substância também foi identificada por meio de outra pesquisa da Esalq, cujo enfoque foi estimar a ingestão de agrotóxicos a partir da dieta dos alunos das escolas urbanas da rede municipal de ensino da cidade de Guariba, interior de São Paulo. Os dois trabalhos tiveram a orientação da professora Marina Vieira da Silva, do Departamento Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq.
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Foto: Gilberto Marques/SEE-SP
Alimentos potencialmente contaminados por agrotóxicos autorizados também estão na dieta de alunos da rede pública de ensino – Foto: Gilberto Marques/SEE-SP
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O BM é um gás que age como inseticida para desinfestação de solo, controle de formigas e fumigação de produtos de origem vegetal. Mata insetos, fungos e bactérias, ervas daninhas ou qualquer outro ser vivo presente no solo. Embora tenha esta utilidade na agricultura, Jacqueline relata que o produto é altamente prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente. “Seu uso está em descontinuação global por causar danos à camada de ozônio e provocar riscos à saúde de trabalhadores rurais e moradores de regiões próximas às áreas de produção agrícola.” Em 1990, na assinatura do Protocolo de Montreal, houve um comprometimento de 180 países para diminuir o uso de produtos semelhantes ao BM na agricultura. O Brasil aderiu ao tratado internacional com a promessa de diminuir gradualmente o manejo ao longo dos anos.

Passo a passo

Baseada em dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008/2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Jacqueline obteve os alimentos que compunham a dieta habitual de 33.613 brasileiros, com idade superior a dez anos. Foram considerados 743 itens alimentares. Em seguida procurou saber da Anvisa, a quantidade de agrotóxicos que era autorizada para alimentos que compunham o banco de pesquisa, chegando a 283 compostos. Destes, Jacqueline verificou que 68 excediam o valor máximo permitido pela agência.

Protesto no Dia Internacional de Luta contra os Agrotóxicos (2014) - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Protesto no Dia Internacional de Luta contra os Agrotóxicos (2014) – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Para avaliar a exposição da população aos agrotóxicos, foi aplicado o cálculo de Ingestão Diária Máxima Teórica (IDMT), que relaciona o consumo médio dos alimentos e as concentrações médias de agrotóxicos. O resultado obtido do cálculo IDMT foi então comparado ao parâmetro de Ingestão Diária Aceitável (IDA), para caracterização do risco de exposição. Apresentando valores acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR), os índices eram considerados preocupantes. Periodicamente, a Anvisa publica informações técnicas sobre os agrotóxicos autorizados para uso no Brasil.
Apesar de este tipo de exposição não ter sido avaliado por meio da pesquisa, a especialista ressalta que na área rural há também os riscos de intoxicação aguda envolvidos com a aplicação destes produtos, ao inalar ou manipulá-los diretamente.
Já a pesquisa Ingestão de resíduos de agrotóxicos potencialmente contidos na dieta habitual de escolares foi conduzida pela nutricionista Ana Paula Gasques Meira, aluna da Pós-Graduação da Esalq, com base em informações disponíveis e na análise de dados locais que levantou. Os resultados obtidos em Guariba, cidade do interior de São Paulo, seguiram a tendência das informações observadas nacionalmente: o brometo de metila se confirmou como uma das maiores médias de ingestão. Nesta pesquisa, participaram 341 crianças e adolescentes, com idade entre 7 e 16 anos.
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Dos 9 agrotóxicos cujo consumo se estima superar os limites da Anvisa…
5
2
IIIIII
pertencem à classe toxicológica I 
(extremamente tóxico)
pertencem à classe toxicológica II 
(muito tóxico) 
pertencem à classe toxicológica III 
(medianamente tóxico)
brometo de metila 
está nesta categoria
 .
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.Mais informações com Ana Paula Gasques Meira – e-mail anapuava@gmail.com; e Marina Vieira da Silva – e-mail marinavieiradasilva@usp.br
Com colaboração de Caio Albuquerque/ Divisão de Comunicação da Esalq

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Suco de romã funciona como Viagra natural







A superstição sempre avisou: romã traz fartura e fertilidade. E não é que a ciência comprovou mesmo a relação dessa fruta com o sexo? (Tem a ver com fertilidade, vai) Mas não adianta só guardar as sementes na carteira. Se quiser sentir o poder afrodisíaco da romã, você vai precisa beber pelo menos um copo de suco por dia.



Um estudo realizado pela Universidade Queen Margaret, na Escócia, escalou 58 voluntários (homens e mulheres entre 21 e 54 anos) para beber um copo de suco de romã por dia, durante duas semanas. Após o período, o nível de testosterona dos participantes aumentou de 16% a 30%.


Se aumenta a quantidade de testosterona no corpo, cresce também a vontade de fazer sexo. E isso acontece tanto com homens quanto com mulheres.


Os pesquisadores ainda descobriram outros benefícios da romã. Eles mediram, antes e depois da dose diária de suco, os níveis de algumas emoções, como medo, tristeza, culpa, timidez e autoconfiança. Depois do teste, as emoções positivas aumentaram e as negativas diminuíram. Ah, e a romã ainda reduziu a pressão arterial dos voluntários.


Fora os benefícios para a saúde, o suco ainda sair até mais barato que o Viagra. Olha só: 4 comprimidos azuis custam uns R$ 50; já o litro do suco de romã de caixinha sai por uns R$ 10 – se for beber 250 mL todo dia, por duas semanas, os gastos serão de R$ 40. Mais barato. Mas o efeito do remédio natural deve ser bem mais fraco (sem contar que o suco industrial é “batizado”, vem com maçã e uva.). Ainda assim, você acha que vale acrescentar o suco dentro da sua dieta diária? Vai que…


Crédito da foto: flickr.com/mizzmurray
Carol Castro 9 de maio de 2012


http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/suco-de-roma-funciona-como-viagra-natural/

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Físalis atrai produtores da Serra. Dez vezes mais vitamina C que a laranja.



Ainda pouco conhecida no Brasil, ela tem de gosto semelhante ao butiá e alto valor comercial, alcançando até R$ 15 por quilo. Do tamanho de uma bola de gude, uma frutinha desconhecida da família do tomate e de gosto semelhante ao do butiá é a nova aposta de produtores da Serra Catarinense. Introduzida no Brasil uma década atrás, as primeiras sementes da físalis chegaram à região há quatro anos.



O que torna a fruta tão especial é o fato de que a produção é restrita no Brasil por exigir clima ameno – a temperatura não pode passar de 30ºC e nem ser muita baixa. Utilizada em sorvetes, sucos, geleias e cosméticos e consumida in natura, a físalis também é indicada no tratamento de doenças como diabetes, Parkinson e Alzheimer pela altíssima concentração de vitaminas A e C.

Uma única unidade tem 10 vezes mais vitamina C do que uma laranja, destaca o professor de fruticultura do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Udesc, Leo Rufato.



Foi o centro que trouxe as primeiras sementes para a Serra, importadas da Colômbia, maior produtor mundial. Em setembro de 2008, o CAV produziu 2 mil mudas para distribuir a produtores da região. A primeira safra ocorreu no inverno do ano passado. Em novembro, o CAV distribuiu mais 10 mil mudas, com custo variando entre R$ 0,25 e R$ 0,50 por unidade aos produtores, que ganham a assistência técnica.



Cada muda produz até quatro quilos de físalis. Os 12 produtores que cultivam a fruta na Serra Catarinense têm quatro hectares plantados e esperam que a segunda safra renda 36 toneladas. Os custos são amplamente compensados pelo alto valor comercial da físalis. Para cultivar uma pequena área de 3 mil metros quadrados, o produtor gasta em torno de R$ 2 mil, entre mudas, palanques e arame para fazer a condução da plantação, a mão de obra e o manejo.



Como o preço médio da fruta é de R$ 10 o quilo, podendo chegar a R$ 15 se o manejo for bem feito, a produção de três toneladas rende R$ 30 mil anuais, R$ 2,5 mil por mês. Na mesma área de 3 mil metros quadrados, a renda com milho e soja, culturas presentes na Serra, não passaria de R$ 600. Para o consumidor final, o quilo da físalis pode custar até R$ 50 nas grandes redes de supermercado.



Empresário investe para ganhar mercado





O empresário Robério Bianchini investiu, no ano passado, R$ 2,1 mil para plantar 1,2 mil pés de físalis na sua propriedade. Vendendo a produção para doceiras, obteve lucro líquido de R$ 3,7 mil.

Nesta safra, Robério registrou o produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, fez rótulo, embalagem e nota fiscal de olho em novos mercados. Pensando em voos mais altos, planeja conseguir a certificação de produção orgânica.



– Assim, eu pago os R$ 10 por quilo para os demais produtores, agrego valor à fruta e revendo por até R$ 30 o quilo. É um negócio que exige muitos cuidados, mas é bem lucrativo – diz Robério.



pablo.gomes@diario.com.br



PABLO GOMES
Lages
 fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2891457.xml&template=3898.dwt&edition=14619&section=1408

domingo, 4 de dezembro de 2016

Ora-pro-nobis: uma santa erva






Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata) é uma cactácea, um cacto-trepadeira com ramos repletos de espinhos e folhas suculentas e comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança.
Seu consumo é muito disseminado em Minas Gerais, principalmente nas antigas regiões mineradoras e cidades históricas, onde a combinação mais conhecida é o frango com ora-pro-nobis. A tradição mineira diz que essa planta era colhida às escondidas, nos fundos de uma igreja, enquanto o padre rezava a ladainha do orapronobis, do latim "rogai por nós", o que explica seu nome popular.
Conhecido como “carne de pobre”, as folhas do ora-pro-nobis desidratadas contêm 25,4% de proteína (das quais 85% acham-se em forma digerível). É um valor muito alto, mesmo se comparando com vegetais mais famosos, como o espinafre, que tem um teor de 2,2% de proteínas. Além disso, possui vitaminas A, B e C e minerais como cálcio, fósforo e principalmente ferro, que ajuda a combater anemias.
O ora-pro-nobis também é muito rico em lisina, um aminoácido essencial - assim denominado porque o organismo não o produz. Esta substância é importante para a formação dos ossos graças à sua capacidade de aumentar a absorção intestinal de cálcio.
A lisina tem papel fundamental na produção de anticorpos, hormônios e enzimas, na formação do colágeno e das fibras musculares e na regeneração dos tecidos. Sua falta pode causar anemia, dificuldade de concentração, retardo no crescimento, diminuição do apetite e perda de peso, entre outros distúrbios.



RECEITA MINEIRA DE FRANGO COM ORA-PRO-NOBIS
INGREDIENTES• Ingredientes
• 1 frango limpo, cortado e temperado
• 1/4 de xícara de azeite
• 1 tablete de caldo de galinha (preferência caipira)
• 2 dentes de alho picados em pequenos pedaços
• 2 cebolas cortadas em pedaços médios
• 1 pedaço de pimentão vermelho (preferência) picado
• Suco de 1/2 limão pequeno
• Algumas pitadas de molho inglês
• 30 folhas de ora-pro-nóbis (aproximadamente)
• Sal a gosto
MODO DE PREPARO1. Junte, em uma panela o azeite, o suco de 1/2 limão e os pedaços de frango
2. Mexa em fogo médio até que o frango comece a dourar
3. Acrescente os dentes de alho picadinhos e mexa por mais alguns minutos
4. após dourar levemente os pedaços de frango, retire o excesso de gordura da panela
5. Acrescente as cebolas e o pimentão, misturando-os aos pedaços de frango
6. Junte algumas pitadas de molho inglês e o caldo de galinha e 1 xícara de água quente
7. Acrescente água quente, aos poucos, em pequenas quantidades, até que o frango cozinhe (assim o caldo ficará mais grosso e saboroso)
8. Prove o caldo e acrescente sal, caso julgue necessário
9. Após o frango cozido, espalhe as folhas de ora-pro-nobis por cima do frango, sem mexer ou misturar, de maneira a cobrir caldo de folhas
10. Tampe bem a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por mais ou menos 3 minutos
11. Sirva com arroz branco, feijão batido e angu
Fonte: site Tudo Gostoso - http://tudogostoso.uol.com.br/

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

COMO PRODUZIR A FISÁLIS ( Physalis peruviana L).?





Data Edição: 14/07/2010 Fonte: TodaFruta

Colaboração de Janaína Muniz (janainamuniz@gmail.com), mestranda em Produção Vegetal pelo CAV/UDESC, sobre orientação dos professores Aike A. Kretzschmar (a2aak@cav.udesc.br) e Leo Rufato (leoruffato@yahoo.com.br)

A Physalis é uma frutífera de grande valor nutricional e econômico que está sendo incorporada no quadro das pequenas frutas no Brasil. O cultivo de Physalis, por ser uma planta rústica e de boa adaptação, constitui-se em uma excelente alternativa de economia agrícola para pequenos e médios produtores, com boas perspectivas de comercialização no mercado brasileiro.
Embora o cultivo desta fruta apresente um grande potencial para o mercado, seu plantio ainda é restrito devido desconhecimento das práticas de manejo, da alta demanda de mão-de-obra, além do alto preço de comercialização, não estando acessível à grande maioria da população.
Tendo em vista a importância dessa cultura, o Centro de Ciências Agroveterinárias – CAV/UDESC está realizando uma série de experimentos com Physalis, além de comercializar mudas e dar assistência técnica aos produtores.
A Physalis peruviana é uma fruta originária dos Andes e pertence à família das solanáceas. Dentro do gênero Physalis encontra-se em torno de 80 espécies diferentes, cultivadas na América, Europa e Ásia. Na Colômbia é conhecida como uchuva, no Japão como hosuki, no Equador como uvilla e aqui no Brasil é conhecida principalmente como camapum e joá-de-capote.
A planta da Physalis tem um alto valor agregado, podendo ser utilizada desde sua raiz até o fruto propriamente dito. Caracteriza-se por ser uma excelente fonte de ferro, fósforo, vitaminas A e C, além de alcalóides e flavonóides. A raiz e as folhas são ricas em propriedades medicinais, utilizadas no mercado farmacológico. Já o fruto é utilizado na fabricação de geléias, sucos, compotas, sorvetes, saladas de frutas, sendo uma ótima combinação em pratos salgados como doces.
Atualmente a Colômbia é o maior produtor e exportador da fruta. No Brasil, até de 2007, o cultivo desta fruta era voltado somente para a pesquisa. Sendo que a partir de 2008, novos fruticultores entraram na atividade, que traz boas perspectivas para a agricultura familiare estão obtendo sucesso. Na região sul de Minas um fruticultor começou sua produção com apenas 300 plantas e em 2009 aumentou sua área plantada com 4.500 novas mudas. Já na região sul de Santa Catarina outro produtor iniciou sua produção com 500 mudas e em 2009 aumentou sua produção para 10.000 novas mudas. O Rio Grande do Sul, também está se tornando um pólo produtor, com um plantio planejado de 40 mil plantas.
Acredita-se que se trata de uma excelente alternativa de agricultura sustentável para o pequeno e médio agricultor rural, o ideal é arrumar parcerias em cada região para diversificar e expandir o empreendimento.
Antes de iniciar o cultivo da Physalis, o produtor deve ter em mente algumas questões muito importantes, como por exemplo: onde produzir, como produzir, quais os possíveis problemas, como colher, como fazer o manejo pós-colheitae principalmente qual será o destino finaldo produto. Para que estas e outras questões que venham a surgir sejam respondidas, a seguir se têm algumas informações básicas e técnicas do cultivo da planta.
A Physalis se adapta bem a extensa faixa de condições edafoclimáticas. Basicamente, para seu cultivo, a planta necessita de temperatura média de 15º C, luminosidade de 1500 a 2000 horas luz/ano, a precipitação deve oscilar entre 1000 a 2000 milímetros bem distribuídos durante todo o ano e a umidade relativa do ar em torno de 75%. Sendo que excesso de seca, umidade, frio ou calor prejudicam o crescimento e desenvolvimento das plantas, prejudicando também a qualidade final do produto e diminuindo a produtividade/hectare.
O solo deve ser rico em matéria orgânica, pH entre 5,5 e 6,8, evitando-se solos encharcados e que anteriormente já tenham sido cultivados outras solanáceas.
No Brasil ainda não existe recomendação de adubação específica para a Physalis, sendo esta realizada, com base na recomendação para a cultura do tomateiro.
A propagação da Physalis pode ser feita pelo método sexuado (sementes), assexuado (parte vegetativa) ou ainda cultivo in vitro. O processo mais recomendado e adotado para a cultura é o sexuado, devido à facilidade e a porcentagem elevada de germinação (85-90%).
O plantio pode ser feito em várias épocas do ano, conforme a região e o clima predominante. Em regiões subtropicais, onde não há riscos de ocorrência de geadas, pode-se plantar em qualquer época do ano, sendo que o ciclo da cultura pode se estender até dois anos, após este período tanto à produtividade quanto a qualidade dos frutos diminui. Para a região sul do Brasil, recomenda-se o plantio em meados de outubro e novembro, sendo uma cultura anual, devido às baixas temperaturas ocorridas no inverno.
Utilizando algumas práticas agrícolas, como adubação, espaçamento, tutoramento, desbaste, condução e poda, melhora-se o dossel vegetativo da planta como também contribui para a qualidade e aparência da Physalis produzida.
O tutoramento das plantas é considerado uma das principais técnicas de cultivo, ocorrendo melhor aproveitamento da luminosidade, consequentemente, produzindo uma fruta de maior qualidade. O amarrio das plantas deve ser constante, principalmente nos primeiros 30 dias após o transplante. Nesta fase, deve-se também manter o local limpo das plantas concorrentes, para que não haja competição de água e nutrientes entre as plantas.
Para cada sistema de condução utilizado, existe um manejo diferenciado. Os sistemas de condução utilizados para as plantas de Physalis são semelhantes, porém não iguais, aos sistemas empregados no cultivo do tomateiro. Temos como os principais sistemas de condução para a cultura: sistema espaldeira, sistema em “X” e sistema em “V”.
Uma grande variedade de pragas de importância econômica, atacam diversos órgãos da planta durante o ciclo de produção, porém somente algumas delas foram observadas nos plantios já existentes no Brasil. As principais pragas encontradas na cultura da Physalis são: Epitrix sp. (Pulga-do-fumo), Aphis sp. (Pulgões), Edessa rufomarginata (Percevejo), Phthia picta eManduca sexta paphus.
Atualmente, ainda não existe uma grade de inseticidas que podem ser utilizados no cultivo de Physalis, portanto, os meios mais utilizados para o controle destas pragas, seria o manejo integrado de pragas (MIP), utilizando práticas culturais adequadas e o controle biológico natural. Estas medidas de controle se tornam viáveis para o produtor, devido ao baixo custo, como também pela segurança alimentar e ambiental.
Devido aos monocultivos em determinadas áreas, houve como consequência, o aumento da incidência e severidade das doenças. As principais doenças diagnosticadas na cultura da Physalis no Brasil são: Cercospora sp. e Alternaria sp.
As estratégias de manejo destas doenças referem-se às boas práticas agrícolas de cultivo, que vão desde a seleção da semente de boa qualidade até a escolha adequada de fungicidas.
Assim como outras espécies de pequenas frutas, a Physalisé uma fruta climatérica e apresenta um longo período de colheita. De acordo com as exigências do mercado ou as condições climáticas de cada região, a colheita é realizada uma a três vezes por semana. A colheita se inicia quando os frutos obtiverem uma coloração amarelo-queimado externamente (cálice), e laranja-amarelado internamente e com valor de sólidos solúveis em torno de 14 ºBrix.
Recomenda-se comercializar a fruta em até 12 horas após a colheita, caso contrário, ela deverá ser armazenada a uma temperatura de 4°C e a uma umidade relativa de 90%.
A apresentação do produto depende do mercado e das exigências do consumidor. Aqui no Brasil, normalmente encontra-se nas grandes redes de supermercados e são comercializadas com o envoltório para consumo in natura e sem cápsula para o mercado de polpa e geléias. As principais embalagens para a comercialização da Physalis são cestas plásticas, bandejas de isopor e sacos plásticos, contendo em média 100g.
A qualidade da Physalis é estandardizada nos padrões práticos colombianos que segue as normas NTC 4580 de 1999. Esta norma estabelece os requisitos básicos para comercializar Physalis destinada tanto para o consumo in natura e processamento.
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Artigo encaminhado ao TodaFruta para publicação em 01/07/10.

sábado, 3 de setembro de 2016

Horta em casa: pratique uma vida mais saudável!

Vasos com chás e temperos são uma boa pedida para se ter por perto


Em workshops, Paola explica todos os cuidados para quem quer cultivar uma horta em casa | Foto: Instagram / Reprodução / CP

Em workshops, Paola explica todos os cuidados para quem quer cultivar uma horta em casa | Foto: Instagram / Reprodução / CP
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  • Júlia Endress

Alimentos saudáveis, fresquinhos, plantados e colhidos em casa. Pode até parecer, mas não estamos falando de nenhum grande quintal cheio de frutas e verduras. A ideia é mais simples e prática: hortinhas na sala, na varanda ou na cozinha. Com dois os três vasinhos de diferentes mudas você já faz uma, que, além de ocupar pouco espaço, é bem fácil de manter. Quem afirma é a Paola Salerno Troian, cozinheira e responsável pelo blog Gringa do Dedo Verde, especializado em alimentos orgânicos e em desperdício zero na cozinha.

Ela garante que todo mundo pode encaixar um tempo na rotina, entre uma atividade e outra, para os cuidados básicos das plantinhas. Além de regar e cuidar a exposição ao sol, precisa, basicamente, ficar de olho no desenvolvimento para ver se está tudo certo. “Na medida em que você cuida de uma planta, você vai aprendendo naturalmente, vai descobrindo do que ela precisa, do que ela gosta. Tem aqui um pouco daquela lógica de tentativa e erro”, diz, desmitificando os grandes mistérios por trás do cultivo.

Para quem sempre teve vontade de cultivar/curtir uma horta em casa, chega mais, pois separamos algumas dicas especiais e para todos os gostos:

Nível fácil
O manjericão é o melhor amigo da horta, já que libera gases que auxiliam no crescimento de quase todos os outros vegetais, frutas e temperos. Depois, vale apostar também na salsa/salsão, na manjerona e no alecrim.
Onde comprar? Para priorizar os alimentos orgânicos, compre mudas seguras, ou seja, que não tiveram contato com agrotóxicos. Elas podem ser encontradas em feiras especializadas, como a da Redenção, em Porto Alegre, ou nas floriculturas. Aproveite e já compre a terra também!

Cuidados básicos: Sobre os exemplos específicos, é importante saber que a salsa tem que ser plantada com certa distância das demais porque ela pode atrapalhar o crescimento das outras. A manjerona e o alecrim precisam de um solo um pouco mais seco e arenoso. Não fique mudando as plantas de lugar toda hora porque elas possuem memória e demoram um pouco para se acostumar com a luminosidade e saiba que, para regar, o horário é essencial: deve ser feito pela manhã, bem cedo, ou à tardinha, pois a combinação de água e sol forte é bem perigosa, podendo até queimar as folhas e os frutos. Além disso, crie o hábito de colocar o dedo na terra e sentir a umidade e ver a necessidade de regar, já que as plantas não precisam necessariamente de água todos os dias, vai depender das condições climáticas do ambiente – em semanas chuvosas como as de julho, o cuidado com o regador deve ser ainda maior porque uma quantidade a mais pode resultar no afogamento da planta.

Nível difícil
Tomate, pimentão e alho, por exemplo, já dão um pouco mais de trabalho e pedem certa experiência. Os motivos variam desde uma maior predisposição a fungos até um crescimento muito lento.
Onde comprar? a ideia é a mesma, vá atrás de mudas que não tiveram contato com agrotóxico.

Cuidados avançados: Para evitar bichinhos que podem machucar a planta, como lesmas comilonas, a dica é espalhar borra de café pelo canteiro e fincar cascas de ovo na terra, como se fossem espinhos. Nunca coloque sal da terra porque pode alterar o PH (acidez, neutralidade e alcalinidade da água) e prejudicar o desenvolvimento da horta. E caso o problema seja justamente o desenvolvimento, pesquise um pouco, converse com especialistas e descubra quais as plantas companheiras da horta, pois elas ajudarão o crescimento das demais e ainda vão ajuda a manter tudo mais saudável.

Curtiu? Então, agora que você já sabe um pouco mais sobre as plantinhas, passa lá no Mais Preza para saber como aliar a sua nova horta com a decoração do apê!
fonte: correio do povo 11/08/2015

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Farinha de berinjela: reduz o colesterol e traz saciedade

    O alimento conserva as propriedades do vegetal e tem como bônus uma alta quantidade de fibras.

    Por Nathalie Ayres

    A farinha de berinjela é um alimento rico em fibras que a reduzir a glicose e colesterol do sangue
    A berinjela é um dos vegetais mais ligados ao emagrecimento. E além de ser usado in natura em saladas ou inteiro em preparações, como camada de lasanhas, por exemplo, ele ainda pode ser apresentado no formato de suco, chá e farinha. Mas entre esses derivados, acredita-se que a farinha da berinjela seja a que mais mantenha suas propriedades originais. Tanto que alguns estudos indicam que a ingestão regular da farinha seja mais eficaz no emagrecimento e diminuição dos níveis de gorduras sanguíneas, como o colesterol e os triglicerídeos. 

    Principais nutrientes da farinha de berinjela

    Não existe uma tabela nutricional oficial da farinha de berinjela e sua composição pode variar muito de acordo com a marca ou a forma como ela é produzida. Um estudo brasileiro, porém, mapeou a quantidade alguns nutrientes, que listamos na tabela abaixo: 
    Farinha de berinjela - Por 15 g (uma porção)
    Carboidratos 3,8 g
    Proteínas1,2 g
    Gorduras0,3 g
    Fibras6,8 g
    Fonte: Estudo Produção, composição centesimal e qualidade microbiológica de farinha de berinjela. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011. ? Convertido para 15 g
    Acredita-se que a farinha de berinjela contenha os nutrientes em que o vegetal é rico, como vitamina B3 (niacina) e vitamina C, por exemplo. Porém isso ainda não foi estudado e estabelecido. 
    A maior vantagem da farinha de berinjela está na sua alta composição de fibras. Para se ter uma ideia, são indicadas 55 gramas de fibras ao dia em uma dieta de 2 mil calorias diárias. A farinha de berinjela apresenta 6,8 gramas em uma porção de uma colher de sopa (15 g), ou seja, equivale a 27% desse valor.
    Por outro lado ela é bem pobre em gorduras, contendo apenas 0,3 g a cada 15 g. Como precisamos consumir no máximo 55 gramas de gordura ao dia, uma porção supre apenas 0,5% da quantidade desse macronutriente que precisamos ao dia. Veja qual porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes que esse alimento carrega:
    • 27% de fibras
    • 2,4% de proteínas
    • 1,2% de carboidratos
    • 0,5% de gorduras.
    * Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

    Benefícios da farinha de berinjela

    Ajuda a emagrecer Uma pesquisa feita na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) colocou um grupo de mulheres obesas em um programa de reeducação alimentar. Porém, enquanto metade consumia 14 gramas de farinha de berinjela por dia, a outra simplesmente não consumia o vegetal. Após 60 dias, o primeiro grupo perdeu em média 60 quilos, enquanto o segundo perdeu apenas 30 kg. Existem três propriedades da farinha de berinjela que explicam essa potencialização na perda de gordura e peso: 
    1. Aumenta a saciedade: As fibras são velhas conhecidas de quem se interessa pela perda de peso, e estão em alta concentração na farinha de berinjela. A vantagem é que quando as consumimos com a quantidade adequada de água, elas se transformam em um gel em nosso estômago, tornando a digestão mais lenta e aumentando a distensão da parede do órgão, dois mecanismos que informam ao nosso corpo que estamos satisfeitos. Com isso, nos alimentamos menos e consequentemente ingerimos menos calorias do que antes, provocando o emagrecimento. 
    2. Reduz a gordura corporal: Esse gel formado no bolo alimentar faz com que a glicose dos alimentos ingerido junto com a farinha seja liberada lentamente na corrente sanguínea. O hormônio responsável por colocar esse nutriente para dentro das células é a insulina, mas ele também é culpado pelo acúmulo de gordura no corpo quando circula em altas quantidades no nosso organismo. Se a insulina for liberada lentamente, acumulamos menos gordura no tecido adiposo, o que também resulta em menor ganho de peso.
    3. Controla a compulsão por doces: Ao evitar o pico glicêmico, previne-se também a queda brusca de glicose no nosso sangue. O problema dessa baixa é que o corpo sente uma necessidade em repor esse nutriente rapidamente, e o melhor meio para isso é o consumo de carboidratos simples como o açúcar e o trigo. Além disso, a insulina em excesso torna o triptofano mais facilmente absorvido pelo cérebro, causando maior sensação de bem-estar por ser precursor da serotonina. Porém, quando a dose está muito alta, o corpo começa a "pedir" por mais fontes desse aminoácido, como o chocolate - que não é um vilão, desde que consumido na versão meio amarga e em baixas quantidades. De qualquer forma, o resultado é o mesmo: maior produção de insulina, aumento do acúmulo de gordura no tecido adiposo e, por consequência, quilos a mais. 
    Ajuda os diabéticos Quanto mais produzimos insulina, mais resistentes alguns órgãos do nosso corpo ficam a sua ação, ou seja, é preciso cada vez maiores quantidades do hormônio para colocar para dentro das células a mesma quantidade de glicose. Isso gera um quadro chamado de resistência a insulina. Com o tempo, se nada for feito para corrigir isso, ou seja, se o individuo continuar tendo picos glicêmicos, o problema evoluirá para o diabetes tipo 2. Por isso que a inclusão de alimentos ricos em fibras, como a farinha de berinjela, é importante, já que elas aumentarão os intervalos de envio da glicose para o nosso sangue, como já explicado. 
    Reduz as gorduras no sangue No estudo realizado pela UFRJ, além de maior emagrecimento nas mulheres que consumiam a farinha de berinjela, foi verificada uma redução da gordura no sangue, como o colesterol total, colesterol LDL e triglicérides. Isso pode ser explicado através de alguns mecanismos. O primeiro é que, assim como a absorção da glicose é retardada pelo gel formado pelas fibras, o colesterol também é enviado em quantidades menores para o nosso sangue, reduzindo as quantidades totais desse nutriente. Além disso, acredita-se que as fibras específicas da berinjela atuem nos sais biliares, essenciais para a absorção do colesterol. Por fim, a presença de vitamina B3 (niacina) aumenta o transporte reverso do colesterol, realizado pelo HDL (colesterol bom), ou seja, pode aumentar em até 30% esta taxa.
    Melhora o funcionamento do intestino O mesmo gel formado pelas fibras também ajuda o bolo alimentar a transitar melhor, aprimorando o transito intestinal. Além disso, elas têm uma função prebiótica: as fibras sofrem fermentação completa ou parcial no intestino grosso, que é realizada por bactérias benignas, o que estimula o crescimento da microbiota (flora intestinal) e incentiva uma atividade intestinal saudável. 
    Aumenta a imunidade Ao estimular as bactérias amigas do intestino, as defesas do nosso corpo também são reforçadas, já que 60% das nossas imunoglobinas estão nele. Além disso os ácidos graxos de cadeia curta resultantes da digestão das fibras impedem com que bactérias ruins do intestino se transportem para a corrente sanguínea, evitando que elas infectem o corpo todo. 
    A berinjela é um alimento rico em antioxidantes e acredita-se que eles continuam na farinha
    É rica em antioxidantes A casca da berinjela deve sua coloração arroxeada aos flavonoides chamados de antocianinas. Elas protegem nosso organismo de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, infecções virais e obesidade, devido a sua ação antioxidante, que protege o DNA das células e evita inflamações. Ao que tudo indica e alguns estudos comprovam, quando a farinha de berinjela é feita com a casca, ela preserva esses nutrientes, colaborando dessa forma para a nossa saúde.


    MAIS SOBRE OBESIDADE https://deber.com.br/obesidade/

    Quantidade recomendada da farinha de berinjela

    Alguns especialistas divergem nesse ponto, variando a quantidade recomendada entre uma a quatro colheres de sopa por dia. O ideal é conversar com seu nutricionista ou médico nutrólogo, que poderão adequar a quantidade desse alimento a sua ingestão de carboidratos e fibras diárias, computando os outros alimentos. 
    O consumo de entre 1,5 e 2 litros de água por dia para quem ingere essa farinha é altamente recomendado, já que as fibras presentes em grande quantidade nesse alimento precisam do líquido para conseguirem cumprir suas funções de forma adequada, não causando constipações e retardo no trânsito intestinal. É importante também aliar a ingestão da farinha a algum alimento fonte de vitamina C, para evitar a formação de radicais livres. 

    Como consumir a farinha de berinjela

    Ela pode ser consumida no dia a dia, misturada com iogurtes, salada de frutas, cuscuz, arroz, e outras preparações. A farinha de berinjela tem uma quantidade alta de fibras, portanto pode ser muito bem utilizada em pães, bolos, biscoitos e outras massas. Porém, justamente por esse motivo, ela não tem uma boa fermentação, e precisam ser unidas à farinha de trigo refinada nas receitas. 

    Compare a farinha de berinjela com outros alimentos

    • Quando falamos em fibras, a farinha de berinjela é rica nelas, ultrapassando, por exemplo, a famosa farinha de banana verde, que contém cerca de 2,66 gramas de fibras em duas colheres de sopa (30 g), contra 6,8 gramas de fibras em uma colher de sopa da farinha de berinjela, ou seja, 2,5 vezes mais em metade da quantidade! Sem esquecer, porém, que o forte da farinha de banana verde está no seu amido resistente, portanto vale aliar os dois alimentos.

    Combinando a farinha de berinjela

    Farinha de berinjela + Frutas cítricas Um dos problemas do consumo constante da farinha de berinjela é a formação de radicais livres, que podem prejudicar nosso organismo de diversas formas. E apesar de ela ser rica em antioxidantes, vale a pena aliá-la a outros alimentos fontes de nutrientes com essas propriedades, como a vitamina C. Por isso, vale apostar no consumo da farinha com frutas cítricas.

    Contraindicações

    Não existem contraindicações específicas ao consumo da farinha de berinjela, a não ser o cuidado de consumi-la com alimentos antioxidantes, para evitar formação de radicais livres.

    Riscos

    As fibras em excesso podem causar constipação intestinal, perda de nutrientes por competição no local de absorção, entre outros problemas. O ideal é consultar o profissional nutricionista para adequar a ingestão ao seu estado clínico e estilo de vida. Além disso, a berinjela é rica em carboidratos, que quando consumidos em altas quantidades causam o aumento de peso.

    Onde encontrar

    A farinha de berinjela pode ser encontrada em supermercados, lojas de produtos naturais ou mesmo comprada em lojas virtuais. Porém, sempre compre de marcas e locais de confiança.

    Receitas com farinha de berinjela

    Suco de gengibre e farinha de berinjela - Imagem Ilustrativa
    Para ficar mais fácil de incluir esse alimento no seu dia a dia, separamos algumas receitas práticas e deliciosas. Confira!

    Suco de frutas com gengibre e farinha de berinjela

    Torta integral de espinafre e muçarela de búfala

    Sopa super fibras
    Fontes consultadas
    Nutricionista Paula Crook, da PB Consultoria Nutricional, em São Paulo
    Nutricionista Tatiana Branco Barroso, da NutriAction, em São Paulo

    QUER SABER MAIS SOBRE OBESIDADE?

    http://www.minhavida.com.br/saude/temas/obesidade]

    https://deber.com.br/obesidade/ expandindo ainda mais o tema Obesidade.

    AUTORA Isabel Cristina

    terça-feira, 2 de agosto de 2016

    Brócolis podem combater a causa do câncer



       

      em 10.05.2010 as 21:2
    Uma pesquisa da Universidade de Michigan, publicada dia 1º de maio, pode estar dando um passo para combater a origem do câncer. Hoje em dia há mais de um tratamento possível para a doença, e existe uma série de hábitos de vida que podem ajudar (embora não haja garantia) a evitá-lo. Mas essas medidas combatem o câncer em si, e não a sua causa primária: as células tronco.

    A descoberta está em um composto químico existente nos brócolis, chamado de Sulforafano. A partir de experiências com células-tronco em laboratório, os cientistas descobriram que o composto mata células cancerosas e inibe imediatamente o crescimento de um tumor.

    Pesquisas sobre o papel do extrato dos brócolis no combate ao câncer de mama já existem há oito anos, mas se conhecia apenas a ação direta sobre a doença. Estes novos estudos sugerem que o sulforafano seria vital na prevenção do câncer, pois pode agir diretamente sobre as células-tronco. São elas, segundo os cientistas, a raiz do problema, e as quimioterapias atuais não as combatem. Daí a demora e dificuldade desse tratamento.

    A pesquisa foi conduzida em ratos com câncer de mama. O sulforafano injetado teve o efeito que esperavam: houve diminuição na população de células-tronco cancerosas, e as que restaram não foram capazes de gerar novos tumores.

    Para que os resultados da pesquisa não ficassem restritos aos ratos, o estudo também avaliou células humanas com câncer de mama, cultivadas em laboratório, e os resultados foram semelhantes.
    O método de aplicação de Sulforafano, apesar disso, ainda não foi testado em nenhum paciente. E comer brócolis, simplesmente, não supre o corpo com quantidade suficiente do composto para prevenir células cancerosas, seria preciso tomar um extrato. De qualquer modo, é um avanço para que a medicina possa conter o câncer, que ainda é responsável por 13% das mortes no mundo. [Science Daily]

    Conheça os benefícios proporcionados pelo gengibre



    O gengibre é utilizado como um remédio caseiro pelos orientais há pelo menos cinco mil anos. | Foto: Leandro Bierhals/Flickr
    Incluir o gengibre na dieta é uma alternativa que pode trazer diversos benefícios à saúde. As propriedades desta raiz chegam a ser consideradas farmacêuticas e atuam em muitas áreas, ajudando desde o controle de uma inflamação até a perda de peso.
    O gengibre é utilizado como um remédio caseiro pelos orientais há pelo menos cinco mil anos. Ainda hoje, a eficiência desta raiz pode ser comparada com remédios industrializados, resultantes de diversas misturas químicas.
    Em declaração à revista Viva Saúde, a nutricionista Flávia Bulgarelli, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) explica que o chá de gengibre pode ser usado no combate à gripe e resfriados, aliviando a garganta e as vias respiratórias. Além disso, ele também é eficiente no combate à ressaca.
    Outros benefícios do gengibre estão diretamente relacionados à boa forma. Ele acelera o metabolismo e a queima de calorias, reduz a gordura localizada, controla a ansiedade e ainda aumenta a sensação de saciedade. Por todos estes motivos ele é um aliado indispensável a quem quer se manter saudável e em dia com a balança.
    O gengibre pode ser consumido de diferentes maneiras. O chá é uma das formas eficientes para tratar infecções. Para emagrecer a dica é misturar uma colher de gengibre ralado ao suco de limão. Mas, ele também pode ser consumido em pedaços, da maneira que melhor lhe aprouver.
    Redação CicloVivo

    quinta-feira, 9 de junho de 2016

    Pesquisa desenvolve araucária com menor porte e produção precoce de pinhão


    Foto: Katia Picheli
    Katia Picheli -
    Com uso de brotos extraídos da copa de árvores de araucária adultas, mudas enxertadas permitem que produtores obtenham árvores mais baixas e que a produção de pinhão seja antecipada. Normalmente, a araucária começa a produzir pinhões alcança de 12 a 15 anos de idade e pelo menos oito metros de altura. Com a metodologia desenvolvida pela Embrapa Florestas (PR), as árvores começam a produzir a partir do período entre seis e oito anos e o porte das árvores fica entre dois e seis metros de altura, o que facilita a coleta das sementes. Com a adoção dessas mudas, os produtores poderão investir na formação de pomares de pinhão como uma fonte de renda na propriedade rural.


    O pinhão é a semente da araucária, também conhecida como pinheiro-do-paraná,  bastante apreciado na alimentação humana. É encontrado dentro da pinha nos galhos das árvores fêmeas.



    Atualmente, a colheita do pinhão é artesanal e extrativista. É comum, nesta época do ano, a presença de vendedores em beira de estradas com pinhões que foram coletados no chão, embaixo de araucárias. Também é comum a prática da escalada das árvores, atividade de risco se não for feita de forma adequada. Além do risco para quem coleta, existe também a chance de coletar pinhas que ainda não estejam maduras, ou seja, sem o pinhão formado, prejudicando sobretudo o nascimento de novas árvores.



    Embora seja um mercado muito informal, dados de volumes comercializados nas unidades do Ceasa-PR indicam que em 2014 foram vendidas 800 toneladas de pinhão, de várias procedências, totalizando um valor de quase R$ 4 milhões. Se considerarmos o volume informal, estes valores podem ser até quintuplicados. "O mercado tem bastante potencial", explica o pesquisador Ivar Wendling, da Embrapa Florestas. "Se possibilitarmos a produção precoce e a facilidade na coleta, pode se tornar uma fonte de renda importante para os produtores rurais", completa.



    Como é possível?



    O protocolo desenvolvido pela Embrapa Florestas para produção de mudas utiliza a técnica de enxertia a partir de brotos da copa da árvore. "Estes brotos que serão enxertados têm a ‘idade ontogenética' da árvore de onde foram coletados, então vão se comportar como árvores adultas", explica Wendling. Com isso, as novas plantas começam a produzir o pinhão em muito menos tempo, além de reduzir o porte das árvores.



    A técnica também auxilia a produzir pinhão com as características mais desejadas pelo mercado consumidor, pois é possível identificar e selecionar árvores-matrizes de acordo com o que se deseja. Pesquisa realizada em 2010 com consumidores de pinhão em Curitiba mostra que o hábito de consumo da semente é bastante frequente entre as famílias curitibanas. "A quantidade média de compra é de dois a quatro quilos por semana", revela a pesquisadora Rossana Catiê Godoy, responsável pela pesquisa. "Na hora da compra, o consumidor baseia-se muito na aparência, como cor, tamanho, brilho, diâmetro, frescor e ausência de sujeira", pondera. Essas características então podem ser identificadas em árvores-matrizes e ajudar no processo de seleção das árvores que terão seus brotos colhidos para a enxertia. Segundo Wendling, itens como composição nutricional diferenciada, época de produção, entre outros, também poderão servir como base para a seleção.



    Outra questão é que algumas árvores produzem os chamados pinhões precoces, que ficam prontos para colheita em fevereiro e março. Da mesma forma, outras árvores produzem pinhões tardios, que podem ser coletados geralmente até setembro. "Com esta técnica, também podemos no futuro desenvolver pomares com plantas que produzam pinhão praticamente o ano inteiro", avalia Wendling.



    Outra vantagem desse processo é a possibilidade de saber com antecedência qual o sexo da planta que está sendo gerada, o que na produção de mudas via semente só é possível quando as plantas iniciam o florescimento, com cerca de dez anos. "Para programas de resgate e conservação da araucária, isso é fantástico, pois, por se tratar de uma espécie dioica, que tem sexos diferentes, é preciso plantas dos dois sexos para proporcionar sua reprodução", finaliza o pesquisador.


    Katia Pichelli (MTb 3594/PR)
    Embrapa Florestas

    Telefone: (41) 3675-5638
    Mais informações sobre o tema
    Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
    www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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