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quarta-feira, 1 de março de 2017

Estudo da USP identifica agrotóxicos mais frequentes em alimentos consumidos no Brasil

Entre as substâncias autorizadas no País está o brometo de metila, utilizado como inseticida e para o controle de pragas

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Foto: Agência Brasil
De acordo com estimativas, o brometo de metila é o agrotóxico mais encontrado nos alimentos consumidos rotineiramente pela população brasileira – Foto: Agência Brasil
A dieta dos brasileiros é rica em agrotóxicos, inclusive os mais tóxicos. Ao cruzar os dados sobre o que come habitualmente a população brasileira com a lista de agrotóxicos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a serem aplicados na cultura desses alimentos, pesquisa realizada na USP identificou 68 compostos que excediam o valor de ingestão diária aceitável de acordo com limites estabelecidos pela própria Anvisa.
Entre os 283 agrotóxicos verificados, o brometo de metila (BM) – pertencente à classe dos inseticidas, formicidas e fungicidas e listado como extremamente tóxico – foi a substância com maior estimativa de frequência nos alimentos. Os resultados fazem parte da dissertação de mestrado de Jacqueline Mary Gerage, defendida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em 2016. A ideia foi avaliar o risco de exposição crônica de agrotóxicos na dieta da população, sabendo-se do uso regular dessas substâncias em cultivos como arroz, feijão, soja e frutas.
A mesma substância também foi identificada por meio de outra pesquisa da Esalq, cujo enfoque foi estimar a ingestão de agrotóxicos a partir da dieta dos alunos das escolas urbanas da rede municipal de ensino da cidade de Guariba, interior de São Paulo. Os dois trabalhos tiveram a orientação da professora Marina Vieira da Silva, do Departamento Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq.
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Foto: Gilberto Marques/SEE-SP
Alimentos potencialmente contaminados por agrotóxicos autorizados também estão na dieta de alunos da rede pública de ensino – Foto: Gilberto Marques/SEE-SP
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O BM é um gás que age como inseticida para desinfestação de solo, controle de formigas e fumigação de produtos de origem vegetal. Mata insetos, fungos e bactérias, ervas daninhas ou qualquer outro ser vivo presente no solo. Embora tenha esta utilidade na agricultura, Jacqueline relata que o produto é altamente prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente. “Seu uso está em descontinuação global por causar danos à camada de ozônio e provocar riscos à saúde de trabalhadores rurais e moradores de regiões próximas às áreas de produção agrícola.” Em 1990, na assinatura do Protocolo de Montreal, houve um comprometimento de 180 países para diminuir o uso de produtos semelhantes ao BM na agricultura. O Brasil aderiu ao tratado internacional com a promessa de diminuir gradualmente o manejo ao longo dos anos.

Passo a passo

Baseada em dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008/2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Jacqueline obteve os alimentos que compunham a dieta habitual de 33.613 brasileiros, com idade superior a dez anos. Foram considerados 743 itens alimentares. Em seguida procurou saber da Anvisa, a quantidade de agrotóxicos que era autorizada para alimentos que compunham o banco de pesquisa, chegando a 283 compostos. Destes, Jacqueline verificou que 68 excediam o valor máximo permitido pela agência.

Protesto no Dia Internacional de Luta contra os Agrotóxicos (2014) - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Protesto no Dia Internacional de Luta contra os Agrotóxicos (2014) – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Para avaliar a exposição da população aos agrotóxicos, foi aplicado o cálculo de Ingestão Diária Máxima Teórica (IDMT), que relaciona o consumo médio dos alimentos e as concentrações médias de agrotóxicos. O resultado obtido do cálculo IDMT foi então comparado ao parâmetro de Ingestão Diária Aceitável (IDA), para caracterização do risco de exposição. Apresentando valores acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR), os índices eram considerados preocupantes. Periodicamente, a Anvisa publica informações técnicas sobre os agrotóxicos autorizados para uso no Brasil.
Apesar de este tipo de exposição não ter sido avaliado por meio da pesquisa, a especialista ressalta que na área rural há também os riscos de intoxicação aguda envolvidos com a aplicação destes produtos, ao inalar ou manipulá-los diretamente.
Já a pesquisa Ingestão de resíduos de agrotóxicos potencialmente contidos na dieta habitual de escolares foi conduzida pela nutricionista Ana Paula Gasques Meira, aluna da Pós-Graduação da Esalq, com base em informações disponíveis e na análise de dados locais que levantou. Os resultados obtidos em Guariba, cidade do interior de São Paulo, seguiram a tendência das informações observadas nacionalmente: o brometo de metila se confirmou como uma das maiores médias de ingestão. Nesta pesquisa, participaram 341 crianças e adolescentes, com idade entre 7 e 16 anos.
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Dos 9 agrotóxicos cujo consumo se estima superar os limites da Anvisa…
5
2
IIIIII
pertencem à classe toxicológica I 
(extremamente tóxico)
pertencem à classe toxicológica II 
(muito tóxico) 
pertencem à classe toxicológica III 
(medianamente tóxico)
brometo de metila 
está nesta categoria
 .
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.Mais informações com Ana Paula Gasques Meira – e-mail anapuava@gmail.com; e Marina Vieira da Silva – e-mail marinavieiradasilva@usp.br
Com colaboração de Caio Albuquerque/ Divisão de Comunicação da Esalq

Como fazer inseticidas naturais!!Bom para: Pulgão, vaquinha, grilos e lagartas.

 Inseticidas naturais

Agora que você já aprendeu a fazer uma horta dentro de casa, está na hora de conhecer formas de cuidar melhor dela. O Vida e Saúde e a agrônoma Elisa Vidal te ensinam a fazer inseticidas naturais, com produtos que você com certeza tem em casa. Ou seja, muito simples e barato! Tudo pra evitar aqueles bichinhos indesejáveis e, claro, os temidos agrotóxicos tão prejudiciais para a nossa saúde.

Vamos às nossas receitinhas! Você pode usá-las tanto para espantar insetos e fungos, quanto de forma preventiva.


ÁGUA E SABÃO DE COCO

Bom para: Pulgão, cochonilha e lagarta
Misture 1 barra de sabão de coco ralado (100 gramas) com 2 litros de água aquecida. Dilua bem o sabão na água quente. Depois, borrife a solução na sua plantinha. Quando for consumir a verdura, é só lavar e fazer aquela salada!

SOLUÇÃO DE PIMENTA

Bom para: Pulgão, vaquinha, grilos e lagartas
Como a pimenta é um repelente natural, só de plantar ela junto com as suas verduras, ela já estará ajudando a espantar os insetos. Fazer uma solução de pimenta também é uma boa opção. Se a sua horta for grande, use 1 xícara de pimenta para render 20 litros de solução. Porém, para uma horta pequena, bata ½ xícara de pimenta com um pouco de água. Depois de coado o líquido, dilua em 5 litros de água e borrife nas plantinhas. Após borrifada a solução, espere cerca de 12 dias para consumir o alimento.

SOLUÇÃO DE ALHO

Bom para: Pulgão, cochonilha e ácaro
O alho, além de repelente, é fungicida e bactericida. Você pode fazer uma solução batendo 10 gramas de alho com 1 litro de água. Ja para ajudar no combate ao míldio, uma espécie de bolor, coloque 5 colheres de óleo mineral em 250 gramas de alho triturado. Deixe agir por 24 horas. Após esse tempo, bata com um pouco de água no liquidificador. Você pode adicionar até 5 litros de água. Adicione também sabão de coco. Depois de borrifada a solução, aguarde cerca de 36 dias para consumir a verdura.

fonte:  http://novotempo.com/vidaesaude/como-fazer-inseticidas-naturais/#comment-17288

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Produtores dão dicas simples para cuidar de hortas sem usar veneno

Pulgões e lagartas podem acabar com a plantação, mas dá pra enfrentar o problema respeitando o meio ambiente

Nosso CampoTV TEM

Trabalhar com a prevenção nas hortas e plantações garante hortaliças mais saudáveis (Foto: Reprodução/TV TEM)Trabalhar com a prevenção nas hortas e plantações garante hortaliças mais saudáveis (Foto: Reprodução/TV TEM)
Jefferson Parra é citricultor e produtor de hortaliças orgânicas há uma década em um sítio de dez hectares em Araçoiaba da Serra (SP). Ele prepara todas as soluções que usa e disse para o Nosso Campo que o principal para as plantas é uma boa nutrição, que ajuda a eliminar a maior parte das pragas.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 05/02/2017)
Para garantir essa nutrição, Jefferson pulveriza as folhas com um biofertilizante caseiro a cada 15 dias. Esse líquido pode ser usado em hortas, quintal com gramado, pequenas e grandes plantações. Não é difícil de preparar. Ele usa 20 litros de água, 300ml de leite, 560g de açúcar cristal, 66g de fermento biológico e 250g de fubá.
Coloque a água em uma bacia grande. Em um recipiente menor, separe um pouco de água, dissolva o fermento biológico e despeje na bacia. Em seguida, com o mesmo recipiente menor, pegue o líquido da bacia e dissolva o fubá. Mexa e despeje na bacia. Repita o processo de mistura com o açúcar. O leite, acrescente direto na bacia. Misture bem e mexa de 3 a 4 vezes por dia durante uma semana. Depois, já pode ser aplicado nas plantas.
Essa quantidade é suficiente para uma área de 15 a 20 metros. O biofertilizante tem 45 dias de vida útil. Após esse período, o ideal é colocar mais açúcar e fubá para reativar a mistura.
Trabalhar com a prevenção nas hortas e plantações garante hortaliças mais saudáveis. Para isso é preciso observar sempre o aspecto das plantas. É o que faz Maria Rodrigues, produtora orgânica de frutas e hortaliças no município de Iperó (SP).
Maria planta cravo-de-defunto, flor que tem um cheiro forte e cores quentes. Além de atrair insetos, a planta possui propriedades curativas, como o piretro. O cravo-de-defunto faz parte de uma das receitas utilizadas pela produtora para ajudar a repelir os insetos. Ela usa 100g da flor (incluindo folhagens e ramos) e 1 litro de água.
Maria ferve as flores em um litro de água.  Primeiro, começa com a panela tampada. Assim que começa a ferver, coloca a tampa e deixa no fogo por 30 minutos. Depois, deixa esfriar naturalmente; por aproximadamente uma hora. Em seguida, coa e coloca em uma garrafa pet com uma mangueira de aspersão, mas, quem quiser, pode usar um borrifador comum. O ideal é aplicar uma vez por semana, no fim da tarde, em plantas com pulgões, ácaros e lagartas até eliminar o problema.
Para combater a vaquinha, um tipo de besouro comum e que ataca as plantações, Maria indica a seguinte receita. Ela usa 100g de pimenta dedo-de-moça ou 80g de pimenta malagueta, 800ml de água e 1 colher de sopa de sabão de coco ralado ou 1/2 colher de sopa de detergente de coco
Coloque no liquidificador a pimenta, a água e o sabão. Bata bem até misturar tudo. Depois peneire e aplique com um borrifador a cada quatro dias nas plantas afetadas. Após ser guardada, a mistura pode mudar de textura. Daí, é só bater de novo no liquidificador e voltar a usar.
O objetivo não é matar o besouro vaquinha e, sim, espantar o inseto. Com prevenção e observação, dá para ter uma horta bonita, com alimentos saborosos e de qualidade.
O Nosso Campo é exibido aos domingos, às 7h25, na TV TEM! Para participar, envie um e-mail para nossocampo@tvtem.co
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sábado, 4 de fevereiro de 2017

08 incríveis dicas de como utilizar vinagre para salvar sua horta e jardim



Destacado pela sua versatilidade, tanto na cozinha, no preparo de receitas e comida em geral, quanto na limpeza do lar (principalmente para remover gordura), o vinagre é encontrado em diferentes tipos e usado para variadas finalidades. Mas você sabia que também pode ser utilizado em hortas e jardins?
O termo de origem francesa (vinaigre) pode ser traduzido de forma literal como “vinho azedo”. Sua produção é obtida por meio da fermentação acética do vinho e se torna uma substância bastante ácida. Agora que você já sabe um pouquinho sobre a solução, confira essas incríveis dicas sobre como utilizar o vinagre no seu cantinho verde.
08- Repelindo formigas
Quando as formigas começarem a visitar sua horta ou jardim e isso se tornar um incômodo, você pode borrifar vinagre por onde elas passam. O vinagre é um repelente natural e pode ser reaplicado a cada poucos dias, fazendo com que as formigas prefiram outros caminhos e então outras plantas.Observação: Não aplique diretamente nas plantas.

Veja também: Tudo o que Você Precisa Saber para Controlar as Formigas Definitivamente!!

07- Limpando vasos de cerâmica

imagem via: westcreekdesign

Os vasos de cerâmica são excelentes tanto para ornamentação quanto para trazer benefícios às plantas. Funciona muito bem quando o assunto é drenagem, pois mantêm as raízes da planta úmidas, sem deixar que fiquem encharcadas. Outro fator interessante é o isolamento térmico, já que geralmente as raízes ficam coladas nas paredes internas do vaso. No entanto, com o tempo, a cerâmica acaba absorvendo alguns minerais, cálcio, fungos e até musgo o que a deixa com uma aparência esquisita.
Mas não se assuste, você pode limpar seus vasos de cerâmica utilizando vinagre!
  • Utilizando uma escova com cerdas metálicas, retire toda a parte mais grosseira que fica na parte externa do vaso.
  • Depois de tirar a sujeira superficial, mergulhe o vaso de barro em uma mistura de 20 a 25 por cento de vinagre (1 xícara vinagre branco a cada 3 ou 4 copos de água) durante 20 a 30 minutos.
  • Para os resíduos mais difíceis, como os da borda, aplique vinagre puro no local.
06- Eliminando ervas daninhas
Quando aparecem ervas-daninhas em locais como passagens, paredes e até mesmo no jardim, basta pulverizar a solução (vinagre branco + sal + suco de limão + sabão) diretamente na planta. Lembre-se de pulverizar sistematicamente nos horários de sol pleno e apenas na planta que deseja remover. Esta técnica pode não erradicar todas as partes da planta, então é necessário fazer manutenções periódicas. Vale ressaltar que muitas plantas que conhecemos como “daninhas” podem ser alimentícia (PANCS) e até mesmo medicinais, então é válido pesquisar sobre elas antes de aplicar o herbicida.
Imagens via Gardenmyths
Preparo:
  • Em um recipiente com 200 ml de água morna dissolva meia xícara de sal e uma colher de sopa de sabão ralado.
  • Depois que a água esfriar adicione 2 xícaras de vinagre branco e 4 colheres de sopa de suco de limão.
  • Coloque em um pulverizador e aplique nas plantas que deseja eliminar.
Observações:
  • Use luvas pois a substância pode queimar a pele quando exposta ao sol.
  • Cuidado para não afetar as plantas ao redor.
  • Por causa da ação do sal, outras plantas terão dificuldade para prosperar no local aplicado.
05- Repelindo Cães, gatos e ratos
Quando se trata de hortas, é preciso muito cuidado com a circulação de animais, pois estes, além de destruírem suas plantas, podem transmitir diversas patologias através de suas fezes. O vinagre tem odor bem forte e cães, gatos e ratos preferem passar longe ou ainda escolher outras áreas quando sentem o cheiro. 
Para manter estes animais distantes pulverize vinagre puro pelos cantos da horta ou jardim repetidamente durante um período. Depois de alguns dias perceba que eles irão preferir outros locais e então você pode parar com as aplicações. Essa técnica é especialmente boa para caixas de areia, já que os gatos geralmente escolhem estes locais para fazer suas necessidades.
04- Aumentando a durabilidade das flores de corte
Um ambiente é sempre mais charmoso quando está decorado com flores de corte. O problema é que estas flores, por terem sido cortadas, tem pouca durabilidade. Mas seria possível adicionar uma solução que aumentasse a durabilidade destes arranjos? Sim, existe e para isso você vai precisar de vinagre branco.
Ingredientes:
  • 1/2 limão
  • 2 colheres de chá de açúcar cristal
  • 2 colheres de chá de vinagre branco
  • 1 litro de água  
Preparo:
  • Tire o buquê da embalagem e separe as flores
  • Escolha as plantas que quer colocar no arranjo
  • Corte as hastes dentro da água para que elas não peguem ar (pode ser em uma bacia ou na água corrente da torneira)
  • Coloque a solução dentro de um recipiente bacana (não precisa encher muito)
Observações:
  1.  Corte na diagonal para que a planta absorva a água mais facilmente
    – Feito isso, coloque imediatamente no recipiente com a mistura, para evitar que a flor fique em contato com o ar.
  2.  Tire as folhas do caule, pois elas aceleram o apodrecimento
03- Intensificando a cor das flores
Algumas plantas como azaleias (Rhododendron simsii) e gardênias (Gardenia jasminoides) preferem solos mais ácidos para darem floradas exuberantes. Já no caso das hortênsias (Hydrangea macrophylla), ocorre um fenômeno muito interessante. Quando o solo está mais ácido elas produzem flores azuis e quando está alcalino, produzem flores cor-de-rosa.
Então para deixar suas plantas que preferem solos ácidos vistosas, você pode utilizar vinagre.
Para isso basta adicionar uma xícara de vinagre branco em 4 litros de água e regar suas plantas uma vez por semana com a solução.
Observações: Utilize a solução na época da florada da planta e tenha cautela ao regar, pois o solo extremamente ácido pode acabar prejudicando. Uma boa dica é ir fazendo testes até encontrar a quantidade ideal para cada planta.
02- Limpando as ferramentas
Qualquer pessoa que usa ferramentas seja para implantação ou para manutenção do jardim ou horta, sabe que elas são super importantes. O problema é que muitas vezes, com o passar do tempo, estes utensílios acabam enferrujando. 
Para limpar a ferrugem, deixar as ferramentas de molho em vinagre puro e esperar alguns minutos para que ele entre em ação. Depois limpe com água, seque e aplique um pouco de óleo de cozinha.
01- Germinando sementes
Germinar sementes nem sempre é uma tarefa fácil, pois a genética de cada espécie garante incontáveis formas de propagação. O fato é que uma boa parte das sementes são distribuídas através de aves e roedores. Eles as comem e depois defecam em um novo local para que uma nova vida se desenvolva.
No meio deste processo, a semente passa pelo estômago do animal e lá encontra um ambiente úmido, ácido e muitas vezes com uma temperatura ideal. Em muitos casos proporcionar essas condições já é o suficiente para fazer a quebra de dormência da semente.
Uma boa dica para fazer com que as sementes germinem melhor é lixar levemente a parte externa e colocá-las em um preparado de 500 ml de água morna e 125 ml de vinagre. Deixe a solução agir durante 24 horas e depois plante as sementes diretamente na terra.
Observe que estas são dicas caseiras para quem aprecia cultivar plantas. Lembre-se de ir testando aos poucos e aprendendo com o tempo. Preparamos um vídeo com 06 dicas e truques sobre jardim e horta, vale a pena dar uma olhadinha pois tem dicas muito bacanas:
Fontes: ANAVGshow / Imagens sem legendas via Pixabay
Veja também: 
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

En qué consiste la Agricultura Urbana - TvAgro por Juan Gonzalo Angel



Twitter @juangangel
La agricultura urbana o tambien conocida como peri urbana es la práctica de un tipo de agricultura con cultivos de (i.e.(significa esto es) horticultura, forestación), ganados, y pesca dentro o en los alrededores del área urbana.

La tierra usada puede ser privada, pública o residencial, balcones, paredes o techos de edificios, calles públicas o márgenes y antiguos sotos deforestados de los ríos.

La agricultura urbana se realiza para actividades de producción de alimentos. Contribuye a la soberanía alimentaria y a alimentos seguros de dos maneras: incrementando la cantidad de alimentos disponibles para los habitantes de ciudades, y en segundo lugar provee verduras y frutas frescas para los consumidores urbanos.

Debido a que promueve el ahorro de energía la producción local de alimentos, la agricultura urbana y periurbana son actividades de sostenibilidad. También plantea otro tipo de problemas y conflictos sociales, derivados por ejemplo de la utilización de terrenos privados abandonados para la ubicación de "huertos familiares" clandestinos. También estas actuaciones incontroladas pueden plantear problemas derivados de la falta de calidad de las aguas utilizadas para el riego, a menudo aguas residuales. Requiere además de un tipo de gestión que va más allá de los agronómico o incluso lo social, pues pasa a ser un aspecto de la ordenación urbanística
La producción localizada de alimentos en áreas urbanas y peri-urbanas crea economías locales fuertes al crear puestos de trabajo. Algunos investigadores indican que estos centros de producción deberían reducir la tasa de desocupación en pueblos y grandes ciudades. Algunas escuelas como Waldorf ya incorporaron el tema a su plan de estudios. Los proyectos de agricultura urbana están comenzando a abrir un nuevo mercado laboral en áreas que han sido afectadas negativamente por subcontratación de trabajos.
A pesar que el aroma y el gusto de los productos locales son subjetivos, muchos participantes de la agricultura urbana reportan que prefieren el sabor de esos productos locales, o alimento orgánico, que los de la producción industrial. También, la agricultura urbana apoya una producción más sustentable de alimentos que intenta hacer decaer el uso de pesticidas peligrosos. Los agricultores urbanos y locales también eliminan la necesidad de conservantes, ya que sus productos no tienen que viajar largas distancias.
Vea Mas información en es.wikipedia.org

Juan Gonzalo Angel
www.tvagro.tv

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Plantas companheiras na agroecologia

Consorciação de culturas favoráveis gera forças para a planta crescer !!

As plantas também têm preferências e se dão melhor com umas do que com outras. As associações vegetais favoráveis produzem forças para crescerem melhor. A consorciação é muito utilizada na agricultura orgânica ou ecológica com excelentes resultados. Nas florestas e nos campos, plantas de tamanhos e espécies diversificadas vivem bem juntas, complementando-se.

Cada uma explora o solo de maneira diferente na extração das substâncias orgânicas. “Muitas vezes, ao se retirar uma só das espécies desse ambiente, todos os fatores são alterados no local”, explica o agrônomo da Emater, Gilmar Vione. Numa horta, por exemplo, é possível descobrir quais as que se dão bem ou não.

Por conta disso, o agricultor costuma dizer que existem plantas amigas ou inimigas, como no caso do pepino e o girassol, pois ambos competem pelo mesmo nutriente, o boro. O dente de leão exala etileno, inibindo o crescimento de plantas vizinhas e provocando, com isso, o amadurecimento precoce em flores e frutos.

Muitas plantas exalam odores que podem atrair ou afastar insetos. Até mesmo as raízes que expelem substâncias diferentes têm o poder de selecionar a microvida no subsolo, podendo ter efeitos positivos ou negativos sobre as plantas vizinhas. Por isso, algumas plantas se desenvolvem muito bem entre outras espécies e outras definham até a morte.

Observando-se alguns princípios básicos, como plantas que necessitam de muita luz, como o milho, verifica-se que estas podem ser boas companheiras para as que precisam de sombreamento parcial como a abóbora, o pepino e a melancia. Plantas com raízes profundas tornam o solo mais penetrável para outras de raízes mais curtas. Assim, ensina a Emater, pode-se plantar no mesmo canteiro hortaliças de folhas que exigem mais nitrogênio e hortaliças de raízes que exigem mais potássio. “Plantas com ciclos diferentes ajudam-se mutuamente, permitindo melhor aproveitamento do terreno, como a alface e o rabanete”, detalha o agrônomo.


Consorciação - A consorciação é uma das medidas eficazes na prevenção de doenças, principalmente com o uso das plantas aromáticas. Dessa forma, pode-se plantar ervas aromáticas repelentes como a arruda, distribuindo-a pelo canteiro, ao lado das plantas que queremos proteger. As associações podem ser feitas também em pequenas culturas como nas hortas e pomares domésticos.

Além de bonito visual, apresentam resultados práticos, como por exemplo, o plantio da cebola ao lado de uma roseira que aumenta o perfume das rosas e afasta sua praga mais comum, o pulgão; ou ainda o plantio do alho que acentua o aroma dos pessegueiros.

Conforme a Emater, o companheirismo e hostilidade entre os vegetais demonstram que a consorciação e a rotação adequadas de culturas podem beneficiar a agricultura, melhorar a saúde dos solos, controlar a infestação de pragas e invasoras.

Fonte:http://www.editorasaomiguel.com.br/correio/edicoes/frame.php?edicao=275
mais em: http://mundoorgnico.blogspot.com/2009/07/plantas-companheiras.html

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

NOVA FEIRA ORGÂNICA EM PORTO ALEGRE

Nova feira orgânica começa a funcionar neste sábado no bairro Petrópolis.

26/10/2016 10:13:24

Foto: Agnese Schifino/Divulgação PMPA
Espaço ficará na rua Rômulo Telles Pessoa, ao lado da praça André Forster Espaço ficará na rua Rômulo Telles Pessoa, ao lado da praça André Forster
A partir deste sábado, 29, a população de Porto Alegre passa a contar com mais uma feira orgânica. O novo ponto de vendas de produtos ecológicos será na rua Rômulo Telles Pessoa, ao lado da praça André Forster, no bairro Petrópolis. Em 24 bancas serão oferecidos hortigranjeiros, frutas, chás, temperos, ovos, geleias, pestos, massas, sucos, feijão, arroz e plantas medicinais, entre outros produtos orgânicos. A feira vai funcionar todos os sábados, das 7h às 13h. A Capital tem outras sete feiras orgânicas (veja quadro abaixo).

Participarão da feira 16 associações e cooperativas, representadas por 107 famílias de produtores de Porto Alegre e de outros 19 municípios: Nova Bassano, Ipê, Morrinhos do Sul, Garibaldi, Farroupilha, Bento Gonçalves, Osório, Carlos Barbosa, Nova Santa Rita, Viamão, Mampituba, Cerro Grande do Sul, Itati, Cotiporã, Barão, Eldorado, Torres, Três Cachoeiras e Antônio Prado.

A abertura da feira orgânica no bairro Petrópolis atende a um movimento de moradores do bairro Petrópolis, liderado por Tânia Bischoff, que coletou 600 assinaturas da comunidade, com o apoio de Bernardo Iochpe, representante dos consumidores no Conselho de Feiras Ecológicas.

O processo de implantação foi conduzido pela Equipe Técnica da Divisão de Fomento Agropecuário da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (SMIC). Os escolhidos estão adequados aos parâmetros exigidos pela legislação de orgânicos e pela Resolução 03/2012 (que regula as feiras ecológicas de Porto Alegre) de forma a garantir a Certificação da Feira aos consumidores.

Os vegetais orgânicos não utilizam agrotóxicos ou adubos químicos, nem se originam de sementes transgênicas. O resultado é a produção de um alimento mais saudável e natural. O cultivo de orgânicos é  conectado à natureza, respeitando seu ciclo de desenvolvimento. O tempo certo de plantar e colher resulta em sabores e cores mais acentuados e em texturas particulares. Se o consumidor não encontra um produto é porque não é o momento adequado de colher, mas pode substituir por outro.


Feiras Ecológicas em Porto Alegre

Terças-feiras

- Auxiliadora: das 7h às 13h
Travessa Lanceiros Negros (passagem de pedestres entre as ruas Mata Bacelar e a Coronel Bordini)

Quartas - feiras


- Petrópolis: das 13h às 18h
Rua General Tibúrcio, parte lateral da praça Ruy Teixeira

- Petrópolis: das 7h às 13h
Rua Rômulo Telles Pessoa, ao lado da praça André Forster

- Menino Deus: das 13h às 19h
Centro Estadual Treinamento Esportivo, na rua Gonçalves Dias, 628 (local provisório) 

Sábados

- Tristeza: das 7h às 12h30
Avenida Otto Niemeyer esquina com a avenida Wenceslau Escobar

- Bom Fim: das 7h às 13h
Avenida José Bonifácio, 675

- Três Figueiras: das 8h às 13h
Rua Coronel Armando Assis, ao lado da praça Desembargador La Hire Guerra

- Menino Deus: 7h às 12h30
Av. Getúlio Vargas (no pátio da Secretaria Estadual da Agricultura)

terça-feira, 23 de agosto de 2016

O noroeste gaúcho é campeão nacional no uso de agrotóxicos

Extraído do site:http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude

Alto índice de agricultores gaúchos com câncer 

põe agrotóxicos em xeque

BBC Brasil
Falta da proteção necessária é um dos principais problemas
Falta da proteção necessária é um dos principais problemas
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O agricultor Atílio Marques da Rosa, 76, andava de moto quando sentiu uma forte tontura e caiu na frente de casa em Braga, uma cidadezinha de menos de 4.000 habitantes no interior do Rio Grande do Sul. "A tontura reapareceu depois, e os exames mostraram o câncer", conta o filho Osmar Marques da Rosa, 55, que também é agricultor.
Seu Atílio foi diagnosticado há um ano com um tumor na cabeça, localizado entre o cérebro e os olhos. Por causa da doença, já não trabalha em sua pequena propriedade, na qual produzia milho e mandioca. Para ele, o câncer tem origem: o contato com agrotóxicos, produtos químicos usados para matar insetos ou plantas dos quais o Brasil é líder mundial em consumo desde 2009.
"Meu pai acusa muito esse negócio de veneno. Ele nunca usou, mas as fazendas vizinhas sempre pulverizavam a soja com avião e tudo", diz Osmar.
O noroeste gaúcho, onde seu Atílio mora, é campeão nacional no uso de agrotóxicos, segundo um mapa do Laboratório de Geografia Agrária da USP, elaborado a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Para especialistas que lidam com o problema localmente, não há dúvidas sobre a relação entre o veneno e a doença. "Diversos estudos apontam a relação do uso de agrotóxicos com o câncer", diz o oncologista Fábio Franke, coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital de Caridade de Ijuí, que atende 120 municípios da região.
BBC Brasil
Oncologista Fábio Franke vê relação direta entre agrotóxicos e câncer
Oncologista Fábio Franke vê relação direta entre agrotóxicos e câncer
Um dos principais problemas é que boa parte dos trabalhadores não segue as instruções técnicas para o manejo das substâncias.
"Nós sempre perguntamos se usam proteção, se usam equipamento. Mas atendemos principalmente pessoas carentes. Da renda deles não sobra para comprar máscaras, luvas, óculos. Eles ficam expostos", diz Emília Barcelos Nascimento, voluntária da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Ijuí.
Anderson Scheifler, assistente social da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer da cidade (Aapecan), corrobora: "Temos como relato de vida dessas pessoas um histórico de utilização excessiva de defensivos agrícolas e, na maioria das vezes, sem uso de proteção".
'ALARMANTE EPIDEMIA'
Um estudo realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) comparou o número de mortes por câncer da microrregião de Ijuí com as registradas no Estado e no país entre 1979 e 2003 e constatou que a taxa de mortalidade local supera tanto a gaúcha, que já é alta, como a nacional.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o Rio Grande do Sul é o Estado com a maior taxa de mortalidade pela doença. Em 2013, foram 186,11 homens e 140,54 mulheres mortos para cada grupo de 100 mil habitantes de cada sexo.
O índice é bem superior ao registrado pelos segundos colocados, Paraná (137,60 homens) e Rio de Janeiro (118,89 mulheres). O Estado também é líder na estimativa de novos casos de câncer neste ano, também elaborada pelo Inca –588,45 homens e 451,89 mulheres para cada 100 mil pessoas de cada sexo. Em 2014, 17,5 mil pessoas morreram de câncer em terras gaúchas –no país todo, foram 195 mil óbitos.
BBC Brasil
Especialistas ligam uso de agrotóxicos à alta incidência de câncer no RS
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Anualmente, cerca de 3.600 novos pacientes são atendidos na unidade coordenada por Franke. Se incluídos os antigos, são 23 mil atendimentos. Destes, 22 mil são bancados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) –os cofres públicos desembolsam cerca de R$ 12 milhões por ano para os tratamentos.
Segundo o oncologista, a maioria dos doentes vem da área rural –mas o problema pode ser ainda maior, já que os malefícios dos agrotóxicos não ocorrem apenas por exposição direta pelo trabalho no campo, mas também via alimentação, contaminação da água e ar.
"Se esses números fossem de pacientes de dengue ou mesmo uma simples gripe, não tenho dúvida de que a situação seria tratada como a mais alarmante epidemia, com decreto de calamidade pública e tudo. Mas é câncer. Há um silêncio estranho em torno dessa realidade", afirma o promotor Nilton Kasctin do Santos, do Ministério Público da cidade de Catuípe.
"Milhares de pessoas estão morrendo de câncer por causa dos agrotóxicos", acrescenta ele, que atua no combate aos produtos.
Procurado pela BBC Brasil, o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal), que representa os fabricantes de agrotóxicos, encaminhou o questionamento para a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), que responde basicamente pelas mesmas empresas.
Em nota, a Andef afirma que "toda substância química, sintetizada em laboratório ou mesmo aquelas encontradas na natureza, pode ser considerada um agente tóxico" e que os riscos à saúde dependem "das condições de exposição, que incluem: a dose (quantidade de ingestão ou contato), o tempo, a frequência etc.". O texto afirma ainda que "o setor de defensivos agrícolas apresenta o grau de regulamentação mais rígido do mundo".
SALTO NO CONSUMO
A comercialização de agrotóxicos aumentou 155% em dez anos no Brasil, apontam os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), estudo elaborado pelo IBGE no ano passado –entre 2002 e 2012, o uso saltou de 2,7 quilos por hectare para 6,9 quilos por hectare.
O número é preocupante, especialmente porque 64,1% dos venenos aplicados em 2012 foram considerados como perigosos e 27,7% muito perigosos, aponta o IBGE. O Inca é um dos órgãos que se posicionam oficialmente "contra as atuais práticas de uso de agrotóxicos no Brasil" e "ressalta seus riscos à saúde, em especial nas causas do câncer".
BBC Brasil
Mais de 1.100 pessoas morreram por intoxicação com agrotóxico no país em 8 anos
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Como solução, recomenda o fim da pulverização aérea dos venenos, o fim da isenção fiscal para a comercialização dos produtos e o incentivo à agricultura orgânica, que não usa agrotóxico para o cultivo de alimentos.
Márcia Sarpa Campos Mello, pesquisadora do instituto e uma das autoras do "Dossiê Abrasco - Os impactos dos Agrotóxicos na Saúde", ressalta que o agrotóxico mais usado no Brasil, o glifosato –vendido com o nome de Roundup e fabricado pela Monsanto - é proibido em toda a Europa. Segundo ela, o glifosato está relacionado aos cânceres de mama e próstata, além de linfoma e outras mutações genéticas.
"A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 80% dos casos de câncer são atribuídos à exposição de agentes químicos. Se os agrotóxicos também são esses agentes, o que já está comprovado, temos que diminuir ou banir completamente esses produtos", defende.
BBC Brasil
Fabricante afirma que glifosato é seguro para a saúde
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Procurada, a Monsanto afirma que "todos os usos de produtos registrados à base de glifosato são seguros para a saúde e o meio ambiente, o que é comprovado por um dos maiores bancos de dados científicos já compilados sobre um produto agrícola".
A empresa diz ainda tratar-se de "um dos herbicidas mais usados no mundo, por mais de 40 anos e em mais de 160 países", e que "nenhuma associação do glifosato com essas doenças é apoiada por testes de toxicologia, experimentação ou observações".
TRÊS VEZES MAIS
Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o brasileiro consome até 12 litros de agrotóxico por ano. A bióloga Francesca Werner Ferreira, da Aipan (Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural) e professora da Unijuí (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul), alerta que a situação é ainda pior no noroeste gaúcho, onde o volume consumido pode ser três vezes maior.
Ela conta que produtores da região têm abusado das substâncias para secar culturas fora de época da colheita e, assim, aumentar a produção. É o caso do trigo, que recebe doses extras de glifosato, 2,4-D, um dos componentes do "agente laranja", usado como arma química durante a Guerra do Vietnã, e paraquat.
BBC Brasil
A agricultura é uma das atividades mais importantes para a economia do noroeste gaúcho
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Segundo o promotor Nilton Kasctin do Santos, este último causa necrose nos rins e morte das células do pulmão, que terminam em asfixia sem que haja a possibilidade de aplicação de oxigênio, pois isso potencializaria os efeitos da substância.
"Nada disso é invenção de palpiteiro, de ambientalista de esquerda ou de algum cientista maluco que nunca tomou sol. Também não é invenção de algum inimigo do agronegócio. Sabe quem diz tudo isso sobre o paraquat? O próprio fabricante. Está na bula, no rótulo", alerta o promotor.
No último ano, 52 pessoas morreram por intoxicação por paraquat em terras gaúchas, segundo o Centro de Informação Toxicológica do Estado. No Brasil, 1.186 mortes foram causadas por intoxicação por agrotóxico de 2007 a 2014, segundo a coordenadora do Laboratório de Geografia Agrária da USP, Larissa Bombardi.
A estimativa é que para cada registro de intoxicação existam outros 50 casos não notificados, afirma ela. A pesquisa da professora aponta ainda que 300 bebês de zero a um ano de idade sofreram intoxicação no mesmo período. A Syngenta, fabricante do paraquat, não se manifestou sobre os casos de intoxicação e afirmou endossar o posicionamento da Andef

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