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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Minhocário é alternativa para a produção de adubo orgânico - EMBRAPA





A minhocultura utiliza as minhocas para conversão e transformação de resíduos orgânicos em húmus. E um curso na Embrapa Clima Temperado capacitou agricultores nesta atividade.

Reportagem: Elise Souza
Imagens: Bruno Corrêa; Sérgio Tuninho
Edição: Elise Souza

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

#Hortas Urbanas conquistando Porto Alegre!

Exibindo 20150911_172146.jpgEm condomínio de alto padrão em Porto Alegre, comecei assessoria na implementação de horta. Iniciamos coletando amostra do solo para análise em laboratório e a troca de ideias. São 4 vizinhos que construíram os canteiros e um já começou a plantar  ( foto abaixo).
Já entreguei o relatório com manual de recomendações para cultivo, agora é mão na massa.
Será implementado uma composteira junto a horta, para produção de humus! 
Horta, bom para o corpo e bom para a mente!
 Sucesso!

Com o avanço das cidades, o verde surge nas janelas de prédios, em quintais, em cantinhos de escolas e até em áreas públicas. O homem urbano não perdeu o contato com a natureza. Ele ocupa pequenos espaços para plantar hortaliças, ervas medicinais e até frutas orgânicas. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária de SC (Epagri), são necessários de 6 a 10 m² de horta/pessoa. Para uma família de cinco pessoas é suficiente uma horta de 50 m².

Instalação e Manejo da Horta

A escolha do local está vinculada a disponibilidade de sol, água, condições de terreno e proteção de ventos fortes e frios. Poderá ser implementada em área retangular, cercada com alambrado e com um portão de acesso. Deve-se observar que o acesso das crianças a horta não deve oferecer risco algum de acidentes.

Critérios para escolha do local para implantação da Horta

Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido, mas precisam de muita luz para crescer sadias e rapidamente.

Local próximo à água: água de boa qualidade e abundante é muito importante para a horta.

Terreno bem drenado: as raízes das hortaliças respiram em terrenos compactados ou encharcados a quantidade de ar disponível no solo é insuficiente para a respiração das raízes, atrasando o crescimento e ocasionando em muitos casos o aparecimento de doenças nas raízes.

Composição do solo: analisando o solo, encontramos 4 elementos (argila, areia, a e matéria orgânica).


Local protegido: mesmo as plantas que vegetam na época fria, não apreciam ventos fortes e frios: o vento além de estragar folhas e frutos, aumenta muito o consumo de água.


Exibindo 20150911_172925.jpg
vizinho que
 já plantou

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Técnicas para cuidar e deixar suas orquídeas mais bonitas!

 

Bom dia! Na busca pelo crescimento da biodiversidade nas nossas propriedades rurais e residencias, devemos embeleza-las com flores. Gosto muito das orquideas, das rosas e também de todas as flores com potencial apícola!

Nos últimos anos tenho dividido touceiras de orquídeas que tenho em casa e cultivado estas mudas em vários locais, tornando a primavera muito mais florida. Estou adubando elas com um biofertilizante produzido de forma caseira com  lixo orgânico.

Hoje vamos aprender um pouco mais sobre as orquídeas.ok
alexandre





segunda-feira, 28 de setembro de 2015

HORTAS NO BAIRRO TERESÓPOLIS em Porto Alegre


Iniciamos um trabalho de consultoria em hortas em um condomínio, pois alguns moradores resolveram aproveitar uma parte de seus terrenos que era ociosa. 

Fomos no local, coletamos o solo para análise e aprovamos a iniciativa. Após os resultados do laboratório, entregaremos as recomendações junto com um manual para cultivo de hortaliças e temperos.

Gostou da ideia? Quer fazer uma Horta? tem dúvidas? FALE CONOSCO.


 Sucesso para todos!




Um dos vizinhos já começou o plantio e tem tido muitas colheitas!!




segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Lucro e sucesso em 1 hectare

Adriana Bernardes

O produtor José Pinheiro produz pelo menos oito tipos de alimentos orgânicos no Núcleo Rural Rajadinha, em Planaltina. Para escoar a produção, ele criou uma feira na cidade e monta cestas, entregues diretamente ao consumidor

No Distrito Federal, 82% dos estabelecimentos rurais são classificados como minifúndios e pequenas propriedades. Mesmo assim, a limitação de espaço e o aumento da demanda por produtos orgânicos têm atraído novos produtores. O levantamento mais recente da Empresa Brasileira de Extensão Rural (Emater/DF) revela um crescimento médio anual do mercado de 20%. Hoje, a área de cultivo orgânico chega a 775 hectares, totalizando 270 propriedades dedicadas a lavouras sem agrotóxicos. Dessas, 170 possuem a certificação de orgânico, e as demais estão em processo para obter o registro de "produto livre de veneno".

O conjunto desses produtores são responsáveis pela colheita de 6,9 toneladas de alimentos por ano. O engenheiro agrônomo e extensionista rural Leandro Moraes de Souza explica que, comparado a Minas Gerais e a São Paulo, a produção local é pequena. Mas, para as características do território do Distrito Federal, o desempenho está acima do esperado. "Aqui, investe-se em tecnologia para ampliar a produção. Existe muito cultivo protegido, conhecido como estufa, a hidroponia, irrigação sob gotejo, e uso de insumos agropecuários e defensivos agrícolas orgânicos", cita. No DF, pimentão, grãos - como soja e milho - e alface têm produtividade maior do que a média nacional (assista ao vídeo com a entrevista completa).

Chapéu na cabeça, fala mansa e uma paixão sem tamanho pelo que faz. Mineiro de Patrocínio, distante 510 km de Brasília, José Pinheiro, 44 anos, se orgulha de muitas coisas na vida. Uma delas é ter comprado um pedaço de chão e se tornado patrão de si mesmo há 13 anos. É numa chácara de 1 hectare, no Núcleo Rural Rajadinha, em Planaltina, onde ele cultiva verduras e legumes orgânicos. Tudo certificado pela Ecocerte Brasil, uma das mais rigorosas do país. "Eu sou o pequeno do pequeno agricultor", sorri, timidamente.

No terreno, José Pinheiro produz três tipos de alface, repolho, couve, cheiro-verde, tomate, rúcula, cenoura, batata-doce, entre outros. Tudo orgânico. O adubo do solo, ele mesmo faz. Lança mão da sabedoria ensinada pelo avô ao pai e repassada a ele e combina com novas tecnologias de cultivo sem agrotóxico. "Os clientes ficam admirados. Muitos ainda acham que orgânico é feio e pequeno. Não é assim. O segredo é adubar e corrigir o solo. E olhar para a planta e entender o que ela diz. A plantação é como criança: se mimar demais, estraga", explica.

Sem contar com ajuda do governo para fazer financiamento e com baixa produção devido ao tamanho da propriedade, há quatro anos, José Pinheiro se viu num dilema. Precisava aumentar os ganhos para garantir o sustento da família. "Eu entregava tudo na cooperativa. Mas era um tiro no escuro, pois, às vezes, eu levava 100 pés de alface, outro produtor levava mais 100 e, aí, não tinha demanda para tudo isso. Eu não posso deixar de ganhar porque meu sustento depende disso aqui", comenta.

Criatividade

Com a ajuda de uma técnica da Empresa Brasileira de Extensão Rural (Emater), José Pinheiro fundou uma feira de orgânicos no centro de Planaltina, para vender seus produtos. Além disso, ele agregou mulheres do campo que produzem artesanato e doces para expor os produtos em conjunto. Há nove meses, descobriu outro jeito de fazer negócio: monta cestas com os produtos e entrega diretamente para o consumidor. "O cliente paga menos, e eu ganho mais porque cortei o atravessador", comemora.

Desde então, a renda aumentou 50%. Agora, ele atua em três frentes: abastece a cooperativa, vende na feira de orgânicos e entrega em domicílio os produtos fresquinhos. "Só depois dessas mudanças eu vi dinheiro sobrar para melhorar a minha casa e para investir na chácara", conta. O próximo passo é investir na proteção das hortaliças, construindo túneis. As estruturas de ferro e lona evitam estragos na plantação. O custo é de cerca de R$ 1,8 mil cada.


FONTE: 

Correio Braziliense


sábado, 22 de agosto de 2015

Produção orgânica se viabiliza como garantia de soberania alimentar


Ainda modesta no país, atividade agrícola sem agrotóxicos cresce 35% ao ano e se viabiliza também modelo de negócio – solidário, sustentável e lucrativo.
18/08/2015
Por Eduardo Tavares

Vilmar Menegat não tem filhos. Mas se vê como "pai" de uma família numerosa de sementes nativas. São mais de 60 diferentes "filhotes" conservados com carinho em potes de vidro reciclados. Milho, feijão, trigo sarraceno, soja preta, chia são alguns dos nomes dessas crioulas – vistas pelo agricultor como sementes da preservação da biodiversidade do planeta. Vilmar, 42 anos, vive com os pais, descendentes de italianos, em um sítio de 50 hectares no interior de Ipê, município localizado na serra gaúcha, autointitulado "Capital Nacional da Agroecologia". A principal cooperativa da cidade, Eco Nativa, tem 67 produtores orgânicos associados que vendem diretamente em feiras de Porto Alegre e Caxias do Sul – o excedente vai para os supermercados. Ipê e a cidade vizinha Antônio Prado foram pioneiras da produção de alimentos orgânicos no Brasil. Toda semana levam quatro caminhões carregados às feiras de Porto Alegre. Normalmente retornam vazios.
 
Vilmar tem uma família de sementes nativas 
Esses produtores desafiam uma realidade assombrosa: o agronegócio brasileiro é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. A venda de agrotóxicos saltou de US$ 2 bilhões em 2002 para quase US$ 10 bilhões em 2012. O Brasil tem um quinto do mercado mundial, com a marca de 1 milhão de toneladas, equivalente a um consumo médio de 5,2 quilos de veneno agrícola por habitante. Seis empresas dominam o mercado no Brasil: Monsanto, Syngenta, Basf, Bayer CropScience, Dow AgroSciences e DuPont. As seis são também as maiores proprietárias de patentes de sementes transgênicas autorizadas no Brasil. A modificação, em grande parte, torna as plantas de soja, milho e algodão resistentes aos agrotóxicos, exigindo aplicações de doses maiores de veneno para controlar insetos e doenças.
O agricultor é obrigado a comprar o pacote semente/agrotóxico da mesma empresa e não pode ter suas próprias sementes. A legislação brasileira ainda permite a pulverização aérea e a venda de agrotóxicos já proibidos nos Estados Unidos e União Europeia, e oferece incentivos fiscais aos fabricantes. Um exemplo do que o controle do mercado por essas empresas é capaz: a Monsanto, repentinamente, quintuplicou o preço da semente resistente ao agrotóxico glifosato, produzido pela empresa. Agricultores gaúchos que sempre foram favoráveis à difusão da soja transgênica resistente ao glifosato se revoltaram e foram à Justiça contra o pagamento desses royalties.
"O fundamento do agronegócio é que essas seis grandes empresas, através de pequenas modificações genéticas inseridas nas plantas, estão obtendo direito de propriedade sobre aspectos fundamentais para a vida de todos. As plantas transformadas, agora com dono, estão substituindo as plantas naturais, cujas sementes deixam de estar disponíveis", resume o engenheiro agrônomo Leonardo Melgarejo, dirigente da Associação Brasileira de Agroecologia. "Já as sementes transgênicas estão ao alcance de todos que podem pagar por elas. Não é possível aos agricultores familiares, estabelecidos em regiões dominadas pelo agronegócio, optar pelo plantio do milho crioulo, porque os grãos de pólen do milho transgênico alcançam de forma inexorável as lavouras daqueles que insistem em trabalhar com a base genética comum, comprometendo diversidade, autonomia e segurança alimentar dos povos."
O modelo polui o solo, o ar, mananciais de água e lençol freático. Os agricultores padecem de intoxicação aguda, coceiras, dificuldades respiratórias, depressão, convulsões, entre outros males que podem levar à morte. E os consumidores – a maioria da população brasileira – podem ter intoxicação crônica, que demora vários anos para aparecer, resultando em infertilidade, impotência, cólicas, vômitos, diarreias, espasmos, dificuldades respiratórias, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o sistema imunológico e câncer. A Fundação Oswaldo Cruz calcula que cada dólar gasto com agrotóxicos em 2012 corresponda a U$ 1,26 gasto no Sistema Único de Saúde (SUS).
Solução
 
Município de Ipê (RS) é considerado um dos pioneiros na produção de orgânicos 
A alternativa para esse panorama é o fortalecimento da agricultura familiar e do cultivo sustentável. Apesar do aumentos dos investimentos do governo federal nos últimos anos na agricultura familiar, o lobby do agronegócio dificulta avanços mais significativos. A bancada ruralista no Congresso é numerosa (cerca de 170 deputados e 13 senadores), enquanto o universo de 12 milhões de pequenos agricultores conseguiu eleger apenas 12 deputados. O agronegócio produz, principalmente, biocombustível, commodities para exportação e ração para animal, enquanto a agricultura familiar responde por 70% da produção de alimentos. A orgânica ainda é pequena, movimentou R$ 1,5 bilhão em 2013, mas está em expansão de, em média, 35% ao ano desde 2011, favorecida pela regulamentação do setor com a Lei dos Orgânicos.
A produção se concentra nos agricultores familiares organizados em associações ou cooperativas. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também incentiva do cultivo de orgânicos nos assentamentos. A Cooperativa Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), na Grande Porto Alegre, reúne 30 famílias assentadas numa área de 600 hectares, desde 1995. Segundo o diretor Airton Rubenich, o empreendimento produz por mês 40 mil litros de leite, e por ano 268 toneladas de carne de suíno e 2 mil toneladas de arroz. "Tudo orgânico. A maior parte da produção é adquirida pelas prefeituras de São Paulo e Porto Alegre para a merenda escolar e pelo programa Fome Zero."
O agricultor Gilmar Bellé, formado em Economia, dirigente da Cooperativa Aecia e vereador no município de Antonio Prado, vai toda quarta-feira de caminhão a Porto Alegre, levando sua produção e a de outros cooperativados para vender na Feira Cultural da Biodiversidade. Ele é pioneiro na produção de orgânicos. Participou da criação da cooperativa em 1989, junto com outros jovens atuantes na Pastoral da Juventude Rural. A iniciativa é sucesso comercial. Produz 500 toneladas de hortifrutigranjeiros e mais 500 toneladas de alimentos processados nas suas agroindústrias. Além das feiras, vendem para redes de supermercados, como Zaffari e Pão de Açúcar. Negociam tudo o que produzem pelo preço que estabelecem.
As 23 famílias da cooperativa têm bom padrão de vida. A de José Tondello comprova. Seus filhos Jonas, de 23 anos, estudante de Processos Gerenciais, e Neiva, 20 anos, dizem, enquanto colhem moranguinhos, que nem pensam em sair do campo. A mesma opinião tem Maiara Marcon, de 24 anos, que largou o curso de Educação Física para ajudar seu pai na produção de mudas e desenvolver um projeto de ecoturismo no sítio em Ipê.
Biodinâmicos
 
Airton: produção inclui leite, carne suína e arroz | Crédito fotos: Eduardo Tavares/RBA 
Na Fazenda Capão Alto das Criúvas, no município Sentinela do Sul, a 100 quilômetros de Porto Alegre, o engenheiro agrônomo João Volkmann produz, desde 1989, arroz orgânico e biodinâmico. Em 182 hectares, João extrai 5 toneladas por hectare. O arroz Volkmann foi o primeiro a receber certificado de biodinâmico no Brasil; abastece o mercado interno e é exportado para os Estados Unidos, Alemanha, Bolívia e Uruguai. Desenvolvidos por Rudolf Steiner, criador da Antroposofia, os preparados biodinâmicos usados pelo produtor são elaborados a partir de cristais e plantas medicinais, constituindo uma fitoterapia para que as plantas cumpram melhor sua função e tenham mais potencial nutritivo. "No sistema de produção biodinâmico, a propriedade é vista como um organismo agrícola vivo e espiritual. Os objetivos são a cura da terra, o bem-estar dos agricultores, a produção de alimentos sadios para o consumidor e o desenvolvimento da espiritualidade."
Sua fazenda promove cursos e estágios gratuitos. Um dos alunos, João Kranz, é diretor da agroindústria da Cooperativa Ecocitrus, em Montenegro, a 55 quilômetros de Porto Alegre. É a maior produtora brasileira de suco, polpa e óleo essencial de laranja e tangerina e exporta quase tudo para a Alemanha. Das 75 famílias associadas, 12 produzem com preparados biodinâmicos que, segundo Kranz, aumentam a produtividade e propiciam excelente relação custo/benefício.
As redes de supermercados vendem cerca de 70% da produção de orgânicos no Brasil, mas os preços são maiores que os de produtos da agricultura convencional. A alternativa são as feiras livres, onde o produtor vende direto para o consumidor e cria outros vínculos. As feiras estão presentes em todas as capitais brasileiras. Porto Alegre tem sete por semana. A mais antiga é a Feira Ecológica da Redenção – funciona há 25 anos todos os sábados. Anselmo Kanaan, veterinário e coordenador da Feira da Biodiversidade do Menino Deus, constata que tem aumentado o número de consumidores com problemas de saúde que buscam novos hábitos alimentares. A feira tem 24 módulos, e todos têm certificação de produtores orgânicos.
Entre eles está Gilmar Bellé, de Antônio Prado, com um avental, carregando caixas de tomates. Na banca ao lado, Alexandre Baptista, o Ali, é o mais novo produtor, e está iniciando um projeto bem-sucedido e consolidado na Europa e Japão: o CSA (da sigla em ingles A Comunidade Financia o Agricultor). São 30 famílias que pagam mensalmente R$ 93 e recebem toda semana uma cesta com oito produtos diferentes. Dessa maneira é garantido o escoamento da sua produção. A advogada Fabiane Galli é uma das apoiadoras. "As crianças não adoecem e têm muita vitalidade", diz Fabiane, mãe de três crianças e há nove anos consumindo produtos orgânicos.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Sistema de agroflorestas é mais vantajoso na produção de orgânicos, segundo técnicos

A biodiversidade é grande e protege contra 

pragas no uso do sistema

A produção de alimentos orgânicos no sistema de agroflorestas vem ganhando destaque entre produtores rurais e pode ser mais vantajosa em longo prazo. Segundo o extensionista rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Rafael Lima de Medeiros, a agrofloresta é um ambiente mais equilibrado do ponto de vista biológico e também um sistema mais vantajoso para o agricultor que sempre vai ter lucro com alguma colheita da área.
Para produzir alimentos orgânicos não é permitido ao agricultor o uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos e transgênicos na lavoura, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. E mais que isso, o processo de produção deve respeitar as relações sociais e culturais e seguir os princípios agroecológicos, com o uso sustentável dos recursos naturais.
A produtora rural Silvia Pinheiro dos Santos adotou esse sistema em sua propriedade de 21 hectares no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, na região de Brazlândia, no Distrito Federal. As verduras, frutas e madeiras de lei estão plantadas juntas, em consórcio, e, segundo Silvia, a biodiversidade é tão grande que evita muitas pragas e dá mais saúde para os vegetais. No terreno crescem, entre outras plantas, a hortelã, que afasta os insetos, e o feijão-guandú, capaz de fixar o nitrogênio no solo.
“Horta é a atividade que menos dá dinheiro, a que dá mais é a fruta e o mais rentável é a madeira. Então a ideia é aposentar com aquilo ali”, diz Silvia, apontando para as árvores. “Conforme a madeira vai crescendo vamos escolhendo o que vai ficando. As hortaliças são de imediato e é o que nós comemos”, completou.

Evolução do orgânico

Silvia conta que a propriedade está há mais de 40 anos na família e que até dez anos atrás a área era toda de pasto para o gado. “Hoje temos gado, ovelha e agrofloresta. O gado não é problema, o problema é tirar tudo para colocar o pasto. Nós fizemos a agrofloresta de um jeito que daqui a um tempo vamos criar o gado lá, porque plantamos inclusive a fruta que o gado gosta de comer”, disse.
Para Silvia, o sistema agroflorestal é uma evolução do orgânico. “No orgânico há ainda quem plante como na cultura tradicional, uma só espécie, e o produto fica mais caro porque não se pode aplicar nada, então precisa de muita gente para fazer a limpeza. No agroflorestal, você só induz a natureza, então vai poder ter um preço mais competitivo”, disse, acrescentando que utiliza a própria poda das árvores e o húmus produzido no sítio como adubos para as plantas.

Agroecologia prioritária

O engenheiro agrônomo da Emater-DF, Rafael Lima de Medeiros, conta que o mercado de orgânicos está crescendo e a Emater já trabalha o programa de agroecologia como prioritário. “No Distrito Federal, a produção está crescendo, mas as propriedades orgânicas ainda são uma parcela muito pequena. Temos mais de cinco mil propriedades rurais e pouco mais de 150 são orgânicas. Mas o número de feiras orgânicas está crescendo e mais agricultores querem aderir a essa venda”, observou.
Medeiros conta ainda que a Emater trabalha também para atingir o agricultor convencional, para que ele passe a utilizar práticas mais sustentáveis, diminuindo o uso de agrotóxicos. “Eles começam a se adequar e, no futuro, isso pode servir de incentivo para que passem definitivamente para a produção orgânica”, completou.
De 24 a 31 de maio é celebrada a Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos em todo país. A Emater-DF disponibiliza uma lista com os pontos de venda de alimentos orgânicos no Distrito Federal.
Fonte e imagem: Agência Brasil
Veja também:

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Joaninhas no combate natural aos pulgões

Eu consegui na frente da minha casa que tem um pomar com algumas joaninhas,pois elas comem 100 pulgões por dia

eu coloquei dentro da estufa e elas se reproduziram e estão colocando
mais ovos nas folhas e logo nascerá mais joaninhas pra combater os
pulgões na minha horta que se multiplicam muito rápido, espero que as
joaninhas de conta deles, pra quem não conhecia mostrei os estágios do
crescimento até virar uma joaninha, espero que tenham gostado e muito
obrigado

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Homeopatia na Produção Vegetal com a profª Magnólia Silva


Palestra sobre "Homeopatia na Produção Vegetal" com a profª Magnólia Silva.

Ocorrerá dia 9 de junho (terça-feira) na sala 07 do Prédio Central, às 16h30.

A atividade é parte da disciplina Agroecologia Aplicada do curso de Agronomia,

 ministrada pelo profº Fábio Dal Soglio, aberta ao público.

Att.
Grupo UVAIA

terça-feira, 4 de março de 2014

Ecossistema e microclima na cidade: A visão da Permacultura


Permacultura


No dia 09 de maio, quinta-feira, os participantes do CdT Agricultura Urbana receberam Peter Webb para uma aula de Permacultura na cidade. Os presentes foram convidados a perceber e compreender que a natureza possui muitos microclimas, assim como as pessoas. Que as pessoas e a natureza fazem parte do mesmo sistema e todos são impactados pelas energias ao redor. É preciso observar!
Por Priscila Ratnieks em co-criação com Bruna, Carol, Clio e Gabi
Sensibilidade e Verdade!
A sensibilidade e a verdade são importantes para compreender a natureza.
Devemos sentir as plantas!
São frias ou quentes?
Secas ou molhadas?
Conheça o ambiente, seja curioso!
Na natureza não existe linha reta. Sempre é o caos. As curvas mantêm as pessoas acordadas e conscientes, assim como as cores. Olhem para as sombras. Olhem para a luz. Reparem ao redor!
Plantando no campo e na cidade
Plantar no campo é diferente de plantar na cidade. Na cidade há poucas cores, variações climáticas, solo compactado, ruim para plantas comestíveis. Topografia, pontos cardeais, ventos, drenagem do ar, massas de água, estruturas físicas, vegetação afetam o microclima, é preciso ficar atento a todos esses fatores.
As mudas, quando plantadas, podem ser cobertas com pedras, folhas ou madeira para proteger.
Fatores que influenciam o microclima
Permacultura: Fatores que influenciam o microclima
E quando falta água?
Melhor plantar em canteiros rebaixados.
A goiabeira é uma árvore que dá muita água, ela exala gotas e as plantas em volta se beneficiam. Bambu também é uma boa opção.
Na cidade, como a poluição entope as folhas, usar gotejador não é bom. Micro aspersores e borrifadores são mais aconselhados. Micro aspersores são pequenos pontos instalados no jardim para espalhar a água como gotas de chuva em 6 ou 7 metros em volta. No Brasil é bem recente, existe há uns 15 anos e custa bem barato (pode chegar a R$ 2,00).
Plantas aquáticas, se plantadas na beira do lago, bombeiam água, regando as plantas em sua volta.
Ciclo Hidrológico
Permacultura: Ciclo Hidrológico
E a Temperatura?
Como o ar frio desce a noite, os lugares baixos são melhores para plantas que gostam de frio, como amora preta, framboesa e alho.
Para as plantas que gostam de calor, podemos colocar cores escuras em volta, pois acumulam calor.
O meio da encosta é sempre mais quente. No caso dos hortelões do CdT Agricultura Urbana, a horta que está no meio da Praça Homero Silva, encostada ao muro, estava seca na última rega – elas pegam mais sol que as outras e precisam de regas mais frequentes.
Lugares mais altos tem mais vento. Em lugares com vento, é interessante plantar quebra-vento, como salsinha ou berinjela.
A vegetação do topo dos morros é importante para levar matéria orgânica paraa parted ebaixo dos morros.
A vegetação do topo dos morros é importante para levar matéria orgânica paraa parted ebaixo dos morros.
Se faça a Luz!
A planta depende 60% do Sol e 40% do solo.
Para iluminá-las temos várias alternativas:
* Vaso de água com a parte interna pintada de preto, ajuda a refletir o céu
* Espelho de metal ou vidro pra dar luz, uns 3 ou 4 espalhados
* Pedras claras ao redor das plantinhas
* Fazer pequenos lagos: O ideal é cobrir o buraco do lago com cimento (mas precisa ser lavado com água e vinagre para tirar a alcalinidade) ou com argila para água não vazar.
Água é bom tanto para as plantas, animais, e as pessoas que estão trabalhando no local, pois traz reflexão, paz e abundância.
Adubo:
Argila e carvão são elementos com capacidade de alterar a realidade do solo.
Cinzas de fogueira são boas para adubar. Mas é preciso saber queimar, saber queimar sem destruir o solo e sem deixar resíduos, exige cuidado. Poucos sabem queimar hoje!
Luz e cores geram alegria e abundância!
Na cidade temos muitos espaços com potencial para gerar vida. Utilize paredes e telhados, terrenos baldios, as beiras das casas calçadas e praças. Com uma trama e palha é possível fazer um telhado verde!
Mais dicas:
* Mandioca e batata doce crescem muito facilmente e ‘produzem’ terra.
* Araçá, mexerica e goiaba são boas para plantar em pneus ou caixotes.
* Podar é bom! Deixe a planta respirar e deixar outras plantas crescerem. Algumas plantas crescem demais e impedem as outras de crescerem.
* Tenha flores em tudo! Elas atraem insetos, gerando uma cadeia alimentar e trazendo equilíbrio.
*
Composteira: não podemos colocar jamais comida cozida, pois atrai ratos. O ideal é que a composteira tenha 1m x 1m, e seja construída com madeira.
* Plantas repelentes só funcionam se mexer nelas para que elas liberem o cheiro. Paradas elas não tem essa função.
* ‘Lasanha’: um bom jeito de plantar sem terra é colocar camadas alternadas de palha e adubo orgânico, sobre o chão ou numa caixa de madeira forrada com papelão, como na montagem de uma lasanha. Podemos colocar minhocas também, elas vão achar uma delícia.
Canteiro feit com palha
Canteiro feito com palha
Saiba mais sobre o Peter Webb em seu site: www.vidadeclaraluz.com.br

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Congresso Brasileiro de Agroecologia - Abertura do congresso (+playlist)

Iniciou nesta segunda feira (25/11) o VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia, na PUC-RS. A abertura do evento contou com a presença de autoridades e encerrou com palestra do teólogo Leonardo Boff.

Jornalista Gabriela Miranda
Cinegrafista e edição Lucas Finkler e Jonathan Oliveira
Porto Alegre - RS

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