Mostrando postagens com marcador #guandu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #guandu. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Adubação verde pode melhorar a qualidade dos solos e ainda recuperar áreas degradadas!!


A adubação verde corresponde ao uso de plantas de cobertura em sucessão, 
rotação ou em consórcio com as culturas, com o intuito de proteger a superfície, 
mantendo e melhorando as propriedades físico-hídricas, químicas e biológicas do 
solo, em todo seu perfil. Foto: Arquivo Embrapa Cerrados

A crise de abastecimento de água, pela qual ainda passam algumas regiões brasileiras, sempre foi o alvo de debates ao longo dos últimos anos, mas outro “personagem” da agricultura ganhou força em 2015, em um ano escolhido, internacionalmente, para discutir seus problemas: o solo. Diante da preocupação, especialistas têm se dedicado a propor alternativas, principalmente para recuperar áreas degradadas de pastagens. Uma delas é a adubação verde.
Pesquisadora da Embrapa Cerrados (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Arminda Moreira de Carvalho explica que o método corresponde ao uso de plantas de cobertura em sucessão, rotação ou em consórcio com outras culturas, com o intuito de proteger a superfície, mantendo e melhorando as propriedades físico-hídricas, químicas e biológicas do solo, em todo seu perfil.
“Partes das plantas usadas podem ser aplicadas para outros fins, como: produção de sementes e de fibras e na alimentação animal.”
Para aplicá-la no campo, Arminda explica que é necessário o cultivo de plantas específicas para a recuperação e/ou manutenção da matéria orgânica e, consequentemente, das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, ou seja, “buscando a melhoria da qualidade do solo e sustentabilidade dos agroecossistemas”.
A adubação verde, informa a especialista, pode ser aplicada em qualquer tipo de cultivo (lavoura). “Desde que o uso de associação de cultivos (rotação, sucessão e consórcio), que constitui a adubação verde, aumente a diversidade de espécies, a quantidade e a qualidade dos resíduos vegetais e da matéria orgânica, além da agregação do solo, minimizando os impactos ambientais negativos de agroecossistemas”, alerta.
O incremento de nitrogênio no solo, seja por meio da fixação biológica seja mediante incorporação de biomassa, principalmente no caso das leguminosas, é uma das contribuições de maior relevância da adubação verde, “proporcionando economia de fertilizantes nitrogenados”, informa a pesquisa Arminda Moreira de Carvalho, da Embrapa Cerrados. Foto: Arquivo Embrapa Cerrados


VANTAGENS
Segundo a pesquisadora da Embrapa Cerrados, os adubos verdes colaboram para a elevação da diversidade de espécies e de resíduos vegetais em sistemas agrícolas. Além disso, o incremento de nitrogênio no solo, seja por meio da fixação biológica seja mediante incorporação de biomassa, principalmente no caso das leguminosas, “é uma das contribuições de maior relevância dos adubos verdes, proporcionando economia de fertilizantes nitrogenados”.
Outra vantagem é o incremento da matéria orgânica do solo e melhoria de sua qualidade, com consequente potencial para estocar C e N no solo; recuperação e/ou a manutenção da matéria orgânica e consequentemente, das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
“A adubação verde ainda promove o controle de insetos-pragas, doenças, fitonematoides e plantas invasoras, reduzindo as aplicações dos vários pesticidas. Também serve para controlar a erosão – hídrica ou eólica, minimizando as perdas de solo e, consequentemente, de água, nutrientes e matéria orgânica.”
Arminda também destaca que o produtor poderá reduzir ou até mesmo eliminar a aplicação de pesticidas e fertilizantes. “Ou seja, a adubação verde tem impactos ambientais e socioeconômicos altamente positivos, diminuindo os riscos de poluição do solo e dos mananciais hídricos.”
Em contrapartida, informa a pesquisadora da Embrapa Cerrados, os efeitos negativos do método podem ocorrer caso não sejam respeitadas a compatibilidade de cultivos entre as culturas e espécies vegetais para adubação verde como, por exemplo, “utilizar plantas em consórcio, rotação e/ou sucessão que sejam suscetíveis aos mesmos patógenos, como pragas, doenças ou nematoides”.

INVESTIMENTO
Como a maioria das mudanças relacionadas à sustentabilidade no campo, o produtor rural terá de investir. “Seria o custo adicional, porque, apesar dos inúmeros benefícios econômico-ambientais, principalmente, com a redução da aplicação de fertilizantes nitrogenados, esta prática consiste em um sistema complexo no qual há necessidade de o agricultor dispor de aporte financeiro para realizar os investimentos iniciais com sementes, implantação e manejo das espécies vegetais cultivadas com objetivo da adubação verde”, salienta Arminda.
Para começar a utilizá-la, também é necessário passar por uma capacitação profissional: “Esta prática consiste em um sistema mais complexo no qual há necessidade de o agricultor dispor de aporte financeiro e estrutura extra para implantação e manejo das espécies vegetais cultivadas com objetivo da adubação verde”.

LIVRO COM ORIENTAÇÕES
Em julho do ano passado, a Embrapa lançou o livro “Adubação Verde e Plantas de Cobertura no Brasil: Fundamentos e Prática – Volume 1”, de autoria do pesquisador da Embrapa Solos (RJ), Luis Carlos Hernani, em parceria com outros sete pesquisadores. Na obra, são abordadas variadas espécies vegetais com propriedades que trazem melhorias para o meio ambiente. Também já foi lançado o volume dois, que dá continuidade ao mesmo assunto.
De acordo com a Embrapa, entre os temas da publicação estão a história do uso da adubação verde no Brasil, a situação atual e perspectivas futuras da técnica, os cuidados com as espécies, os exemplos de rotação de culturas, melhoramento genético e aspectos ecofisiológicos. O livro também inclui informações técnicas e práticas sobre semeadura e manejo da biomassa de adubos verdes.
Outro aspecto importante é a evolução do conceito da adubação verde e suas modalidades, o ciclo das espécies, os sistemas de cultivo e a recuperação de área degradadas. Além de aspectos nutricionais e fatores químicos, físicos e biológicos, que condicionam a fertilidade do solo e o crescimento vegetal, são tratados de forma bastante abrangente em vários capítulos. Capítulos específicos tratam da fitossanidade, incluindo pragas, doenças, fitonematoides e plantas daninhas.
Para adquirir os dois livros que tratam da adubação verde, acesse: http://vendasliv.sct.embrapa.br.
Por equipe SNA/RJ

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Consórcio com guandu é alternativa para recuperar pastagens

Em área degradada, pesquisadores conseguiram aumento de 46% no ganho de peso médio por novilha usando a tecnologia

Marina Salles
Imagine uma área de braquiária com alta degradação, em solo arenoso, infestada de grama batatais e outras ervas daninhas. Que eficiência ela teria como pastagem? Pois foi numa área assim que dois anos depois de plantar feijão guandu BRS Mandarim, a pesquisadora Patrícia Anchão, da Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos, SP, conseguiu  alcançar lotação média de 3,4 novilhas/ha e ter ganho de peso médio diário de 429 g/ animal.
De acordo com ela, enquanto isso, a área de controle registrou lotação de 1, 8 novilhas/ha e proporcionou ganho de peso médio diário de 293 g/dia no final do biênio.
O incremento no ganho de peso com os animais tratados no pasto consorciado foi de 46%. E os benefícios foram além. 
Consórcio x pastagem degradada - “Com a implantação da leguminosa, foi possível ainda dispensar o uso de fertilizantes nitrogenados, que são aqueles de maior custo para o produtor”, afirma a pesquisadora.
Ela explica que isso acontece porque o guandu é capaz de fixar nitrogênio no solo e funciona muito bem como adubo verde, especialmente após o segundo ano de sua introdução na pastagem.
“No primeiro ano o que a gente tem é o efeito da leguminosa por si só”, conta Patrícia, “que embora seja positivo, vai se potencializar no segundo ano, com a massa verde que fica depositada no pasto”, diz. A matéria orgânica enriquece o solo, enquanto o guandu rebrota.
No entanto, a dispensa no uso de fertilizantes se restringe aos nitrogenados. “Para ter sucesso no uso da tecnologia, é preciso fazer uma calagem e correção dos níveis de fósforo e potássio no solo”, afirma Patrícia. “A recomendação fica a cargo de um engenheiro agrônomo, sempre mediante análise de solo”.
Responsável pelo desenvolvimento da cultivar da Embrapa, o pesquisador Rodolfo Godoy lembra de outros benefícios: “Por ter um sistema radicular grande e profundo, ela também melhora as características físicas do solo, e permite que nutrientes que não estariam disponíveis para outras espécies passem a estar”, diz, o que se estende durante o período de sua permanência, que é de até três anos. 
Segundo Patrícia, também vale destacar que a leguminosa permite a eliminação do gasto com sal mineral proteinado. “Além de melhorar o desempenho de ganho de peso dos animais, ela supre a demanda por esse tipo de suplemento e permite ao produtor fazer uso do sal mineral comum”, afirma a pesquisadora.
No balanço geral, com a cultivar sendo plantada em consórcio com uma pastagem de braquiária Marandu e decumbens o resultado foi de ganho de peso, por novilha, de 475 kg/ha/ano no primeiro ano e de 661 kg/ha no ano seguinte. Isso variou de 306 kg/ha/ ano para 244/kg/ ha/ ano, no caso da pastagem degradada. “A diferença é maior no segundo ano por conta daquele efeito da massa sobre o solo”. 
Para Patrícia, mesmo tendo sido desenvolvida como técnica para recuperação de pastagens, a tecnologia pode ser aplicada para proporcionar redução de custos e aumento de produtividade em sistemas semi-intensivos.
Abaixo, conheça a época adequada para fazer a semeadura do guandu e o passo a passo da técnica de manejo:
Fonte: Portal DBO

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Feliz Ano Novo cheio de realizações...




As sementes da vida precisam ser semeadas com paz e amor, e assim, poder gerar o alimento que precisamos para viver.

Viver com alegria, coragem e determinação de seguir adiante.

Viver o presente com sabedoria e plenitude,

 para que o ontem seja um sonho de felicidade e 

cada amanhã uma visão de esperança.

Feliz Ano Novo próspero em semeaduras...

Alexandre Panerai

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Guandu BRS Mandarim para recuperação de pastagens degradadas





A Embrapa Pecuária Sudeste, em parceria com a Unipasto, apresenta um vídeo com informações técnicas sobre o Guandu BRS Mandarim para recuperação de pastagens degradadas. Em sistemas de integração com braquiária, a leguminosa BRS Mandarim tem contribuído para restabelecer a fertilidade do solo e melhorar o desempenho animal.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

FEIJÃO GUANDÚ (Cajanus cajan): Vegetal com alto potencial alimentício pouco explorado no Brasil.


Autor: Ms Carlos H. Biagolini – Biólogo – Universidade Guarulhos UnG
O Feijão Guandu ou Andu, como também é conhecido, é uma planta leguminosa da família Fabaceae, ordem Fabales de origem africana, pouco explorada no Brasil, no sentido nutricional. Mais conhecida na região nordeste, está presente em quintais das casas daquela região e muitas vezes nas ruas ou ainda em praças públicas cultivadas como planta ornamental uma vez que apresenta vistosas flores amarelas com mesclas vermelhas no período de produção de sementes.

Esta planta se desenvolve bem tanto em solos bons como também em solos degradados e além da produção do alimento propriamente dito, tem outras grandes vantagens como, por exemplo, sombrear o solo, mantendo a umidade por maior tempo, incorporar nitrogênio aumentando a fertilidade da terra, servir de alimento para a engorda de aves, servir como forrageira para alimentação de gado e ainda permitir que a água de chuva penetre com maior facilidade devido as suas raízes serem longas e profundas.


Ao contrário do que ocorre no nordeste, na região sudeste o Feijão Guandu é pouco utilizado. Boa parte da população urbana desconhece a planta e os benefícios que podem obter com sua utilização. Em geral ela é cultivada apenas por moradores de origem nordestina ou do interior das grandes capitais que carregam consigo o hábito de consumi-la regularmente. Nas metrópoles, poucos conhecem o Feijão Guandu e muitos não imaginam as vantagens que este maravilhoso vegetal pode oferecer em relação a outros tipos de leguminosas.

A facilidade do plantio, produção de sementes e o crescimento rápido, permitem que esta planta seja utilizada em projetos que visam reduzir a desnutrição com resultados favoráveis em curto espaço de tempo. São muitas as possibilidades de projetos sociais visando à redução da desnutrição que podem ter como elemento principal o Feijão Guandu. Podemos citar, por exemplo, que nos conjuntos habitacionais construídos às margens de rodovias, sempre existe uma cerca tipo alambrado ou um muro alto de proteção. Pois bem, estes lugares são excelentes para o plantio do Feijão Guandu que pode, além de servir de proteção de cercas ou muros permitir ainda a produção deste reforço nutricional. Com orientação, os moradores podem se organizar a fim de criar um plano visando o plantio, colheita e distribuição da produção.
Também nos casos de plantio em hortas comunitárias, as sementes poderiam ser distribuídas através de organizações religiosas, ONGs ou órgãos governamentais. Outra possibilidade é o plantio em espaços público como escolas, postos de saúde ou creches.

Ainda abordando as possibilidades de plantio podemos considerar também que em diversas cidades existem espaços abaixo de redes elétricas de distribuição que por questões de segurança, não podem receber vegetais de porte, sendo cultivadas apenas hortas comunitárias com plantio de hortaliças em geral rasteiras. Este tipo de cultivo necessita de cuidados diários, o que desencoraja o uso destes espaços em maior intensidade então uma boa opção seria o plantio do Feijão Guandu, que é rústico e não requer cuidados diários e constantes como nas hortas convencionais, certificando então as vantagens de plantio do Feijão Guandu.

Com relação à utilização dos grãos que podem ser preparados da mesma forma que o feijão comum, há uma infinidade de outros pratos que podem ser elaborados com o Guandu, a partir da colheita em diferentes momentos de maturação das vagens esta variedade de pratos aumenta ainda mais. Em alguns países do continente Africano, o Feijão Guandu é colhido ainda verde e processado e vendido como ervilhas em lata. Por aqui, pelo que parece não há interesse neste segmento. Uma busca rápida na internet pode resultar na localização de uma infinidade de receitas e pratos preparados com esta leguminosa como a que recomenda o Feijão Guandu, cozido em salmoura leve com pouco sal, permitindo que os grãos sejam usados na complementação de saladas ou decoração de pratos frios e quentes.

O feijão maduro e seco, depois de cozido permite também ser utilizado no preparo de massas de salgadinhos ou ainda batido no liquidificador, resulta num caldo nutritivo e saboroso.
Provavelmente o único inconveniente desta leguminosa é que a vagem não pode ser aproveitada como alimento, como no caso do feijão comum quando colhido ainda verde. Por ser fibrosa e resistente mesmo depois de cozidas a casca do Guandu deve ser descartada.

De um modo ou de outro, o Feijão Guandu é um vegetal que apesar de exótico tem muito a oferecer como alimento no Brasil, já que está muito bem adaptado ao nosso clima e solo e já que está introduzido entre nossos vegetais, por que não aproveitá-lo em sua totalidade.
São Paulo, janeiro de 2012.

sábado, 14 de outubro de 2017

Uso do Guandu na alimentação de aves





A criação de aves para a produção de carne do tipo caipira, no sistema semi-intensivo,

é um dos segmentos da avicultura que tem se mostrado promissor.
A carne produzida apresenta sabor diferenciado, que agrada ao paladar de consumidores à procura de alimentos com maiores atributos de qualidade.



No entanto, o desafio nesse tipo de criação é tornar a produção mais eficiente, ao diminuir os custos com a alimentação, sem perder as características dos produtos.
O aumento na demanda por fontes de proteína e o seu alto custo tem estimulado pesquisas que buscam novas alternativas para substituir as tradicionais fontes proteicas, principalmente a do farelo de soja.



O feijão guandu [Cajanus cajan (L.) Millsp.] é uma dessas alternativas, pois apresenta


boas quantidades de proteína bruta, que variam entre 22 e 27%. 2011). Além disso, é uma leguminosa resistente à seca, fator importante para sua cultura em regiões semiáridas.

Postagem em destaque

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO?

JÁ PENSOU EM TER UM MINHOCÁRIO PARA RECICLAR O SEU LIXO ORGÂNICO DOMÉSTICO?   ...