ABELHAS E APICULTURA

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cientistas descobrem o que está matando as abelhas, e é mais grave do que se pensava....


Como já é sabido, a misteriosa mortandade de abelhas que polinizam US $ 30 bilhões em cultura só nos EUA dizimou a população de Apis mellifera na América do Norte, e apenas um inverno ruim poderá deixar os campos improdutíveis. Agora, um novo estudo identificou algumas das prováveis causas ​​da morte das abelhas, e os resultados bastante assustadores mostram que evitar o Armagedom das abelhas será muito mais difícil do que se pensava anteriormente.

10 milhões de colmeias, no valor de US $ 2 bilhões, morreram nos últimos seis anos nos EUA
As vendas de fungicidas cresceram mais de 30% e as vendas de inseticidas também cresceram significativamente no Brasil durante o primeiro trimestre de 2013. Divulgou a suíça Syngenta, uma das maiores empresas de agroquímicos e sementes do mundo. Crédito: Ben Margot/AP

Os cientistas tinham dificuldade em encontrar o gatilho para a chamada Colony Collapse Disorder (CCD), (Desordem do Colapso das Colônias, em inglês), que dizimou cerca de 10 milhões de colmeias, no valor de US $ 2 bilhões, nos últimos seis anos. Os suspeitos incluem agrotóxicos, parasitas transmissores de doenças e má nutrição. Mas, em um estudo inédito publicado este mês na revista PLoS ONE, os cientistas da Universidade de Maryland e do Departamento de Agricultura dos EUA identificaram um caldeirão de pesticidas e fungicidas contaminando o pólen recolhido pelas abelhas para alimentarem suas colmeias. Os resultados abrem novos caminhos para sabermos porque um grande número de abelhas está morrendo e a causa específica da DCC, que mata a colmeia inteira simultaneamente.

Quando os pesquisadores coletaram pólen de colmeias que fazem a polinização de cranberry, melancia e outras culturas, e alimentaram abelhas saudáveis, essas abelhas mostraram um declínio significativo na capacidade de resistir à infecção por um parasita chamado Nosema ceranae. O parasita tem sido relacionado a Desordem do Colapso das Colônias (DCC), embora os cientistas sejam cautelosos ao salientar que as conclusões não vinculam diretamente os pesticidas a DCC. O pólen foi contaminado, em média, por nove pesticidas e fungicidas diferentes, contudo os cientistas já descobriram 21 agrotóxicos em uma única amostra. Sendo oito deles associados ao maior risco de infecção pelo parasita.

O mais preocupante, as abelhas que comem pólen contaminado com fungicidas tiveram três vezes mais chances de serem infectadas pelo parasita. Amplamente utilizados, pensávamos que os fungicidas fossem inofensivos para as abelhas, já que são concebidos para matar fungos, não insetos, em culturas como a de maçã.

"Há evidências crescentes de que os fungicidas podem estar afetando as abelhas diretamente e eu acho que fica evidente a necessidade de reavaliarmos a forma como rotulamos esses produtos químicos agrícolas", disse Dennis vanEngelsdorp, autor principal do estudo.

Os rótulos dos agrotóxicos alertam os agricultores para não pulverizarem quando existem abelhas polinizadoras na vizinhança, mas essas precauções não são aplicadas aos fungicidas.

As populações de abelhas estão tão baixas que os EUA agora tem 60% das colônias sobreviventes do país apenas para polinizar uma cultura de amêndoas na Califórnia. E isso não é um problema apenas da costa oeste americana - a Califórnia fornece 80% das amêndoas do mundo, um mercado de US $ 4 bilhões.

Nos últimos anos, uma classe de substâncias químicas chamadas neonicotinóides tem sido associada à morte de abelhas e em abril os órgãos reguladores proibiram o uso do inseticida por dois anos na Europa, onde as populações de abelhas também despencaram. Mas Dennis vanEngelsdorp, um cientista assistente de pesquisa na Universidade de Maryland, diz que o novo estudo mostra que a interação de vários agrotóxicos está afetando a saúde das abelhas.

"A questão dos agrotóxicos em si é muito mais complexa do acreditávamos ser", diz ele. "É muito mais complicado do que apenas um produto, significando naturalmente que a solução não está em apenas proibir uma classe de produtos."

O estudo descobriu outra complicação nos esforços para salvar as abelhas: as abelhas norte-americanas, que são descendentes de abelhas europeias, não trazem para casa o pólen das culturas nativas norte-americanas, mas coletam de ervas daninhas e flores silvestres próximas. O pólen dessas plantas, no entanto, também estava contaminado com pesticidas, mesmo não sendo alvo de pulverização.

"Não está claro se os pesticidas estão se dispersando sobre essas plantas, mas precisamos ter um novo olhar sobre as práticas de pulverização agrícola", diz vanEngelsdorp.
http://www.institutoecofaxina.org.br/2013/08/cientistas-descobrem-o-que-esta-matando-as-abelhas-e-e-mais-grave-do-que-se-pensava.html

Fonte: Quartz News

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A Bayer continua matando abelhas em todo o planeta


Enquanto a companhia alemã Bayer continuar fabricando e vendendo agrotóxicos neonicotinóides, populações de abelhas no mundo todo serão mortas.
É responsabilidade da Bayer o fenômeno conhecido como transtorno do colapso de colônias (CCD) – problema da mortalidade de colônias de abelhas – e está inserido entre os casos que serão apresentados de 3 a 6 de dezembro, no Tribunal Permanente dos Povos (TPP), em Bangalore (Índia) durante a sessão que processará as seis maiores multinacionais agroquímicas por violações dos direitos humanos.
“A morte das abelhas é um problema global e é fundamental discutir este tema e encontrar soluções internacionalmente. É um bom sinal que o TPP, como uma iniciativa global, aborde este tema, que é um problema ambiental e uma ameaça econômica”, disse Philipp Mimkes, porta-voz da Coalizão contra os perigos da Bayer, um grupo com sede na Alemanha.
Mimkes revelou que os imidaclopride (Gaucho) e clotianidina (Poncho) são os pesticidas mais vendidos da Bayer, apesar destes produtos, conhecidos como neonicotinóides, estarem ligados à morte de colônias de abelhas.
Em 2010, as vendas do Gaucho alcançaram a cifra de US$ 820 milhões e do Poncho US$ 260 milhões. Gaucho ocupa o primeiro lugar entre os agrotóxicos vendidos pela Bayer, enquanto o Pancho está em sétimo lugar. “Esta é a razão da Bayer, apesar dos graves prejuízos ambientais, lutar com unhas e dentes contra qualquer proibição na aplicação dos neonicotinóides”, afirma Mimkes.
Na Europa, em vários países o uso dos neonicotinóides foram proibidos. Na Alemanha, Itália, França e Eslovênia o Gaucho foi proibido no tratamento das sementes de milho, que é sua principal aplicação. No entanto, sua utilização é livre em vários países, incluindo os EUA, onde desde 2006, um terço da população de abelha já morreu.
As abelhas polinizam mais de 70, entre 100, culturas que fornecem 90% de alimentos do mundo. Entre frutas e vegetais, estão, por exemplo, as maçãs, laranjas, morangos, cebolas e cenouras. O declínio na população de abelhas tem efeitos devastadores para a segurança alimentar e é meio de subsistência dos agricultores. Além disso, pode afetar o valor nutricional e a variedade de nossos alimentos.
Diminuição das populações de abelhas
O termo CCD é utilizado para descrever a drástica diminuição das populações de abelha no mundo, que começou na década de 1990 – mesmo período em que os neonicotinóides entraram no mercado. Em 1994, a população de abelhas começou a morrer na França e mais tarde na Itália, Espanha, Suíça, Alemanha, Áustria, Polônia, Inglaterra, Eslovênia, Grécia, Bélgica, Canadá, EUA, Brasil, Japão e Índia.
Os neonicotinóides são uma classe de pesticidas que estão quimicamente relacionados com a nicotina. Eles são absorvidos pelo sistema vascular da planta e são liberados através das gotas de pólen, néctar e água que as abelhas se alimentam.
Embora o CCD seja causado, provavelmente, por vários fatores, incluindo estresse em função da apicultura industrial e a perda de seu habitat natural, muitos cientistas acreditam que a exposição aos pesticidas é um dos fatores mais críticos. Os neonicotinóides são de interesse particular por ter efeito cumulativo e subletais sobre as abelhas e outros insetos polinizadores. Estes efeitos incluem transtornos do sistema neurológico e imunológico refletidos aos sintomas observados nas mortes de abelhas.
O CCD tem um sério impacto sobre a economia dos apicultores de todo o mundo. Nos EUA, o volume dos negócios ligados a abelhas é de US$ 15 bilhões e as perdas em função do CCD são estimadas em 29 a 36% por ano.
Em 1991, a Bayer começou a produzir o imidadoprid, que é o mais utilizado em culturas de hortaliças, girassol e, especialmente, em milho. Em 1999, no entanto, a França proibiu o imidadoprid, após constatar que um terço das abelhas morreu após sua utilização. Cinco anos depois, também foi proibido no tratamento do milho.
A Bayer agora produz a clotiadina, uma sucessora do imidadoprid. Entrou no mercado americano em 2003 e no alemão em 2006. A clotiadina também é um neonicotinóides e altamente tóxico às abelhas.

Um estudo recente das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) descreveu que os pesticidas da Bayer imidacloprid e clotiadina colocam em risco diversos animais como gatos, peixes, ratos, coelhos, pássaros e minhocas. “Os estudos de laboratório demonstraram que estes produtos químicos podem causar a perda de direção, afetar a memória e o metabolismo cerebral e levar à mortandade”, revela o informe da Pnuma.
Devido ao seu alto grau de persistência, os neonicotinóides podem permanecer no solo durante vários anos. Os cultivos onde foram utilizados agrotóxicos anteriormente podem levar as toxinas para o solo através de suas raízes.
Em 2008 em Baden-Wuerttemberg, sul da Alemanha, morreram dois terços da população de abelhas após a clotianidina ser aplicada no tratamento de sementes de milho. Isto levou a uma perda de 17 mil euros. Foi comprovado que 99% das abelhas mortas continham clotianidina. As mariposas e outros insetos também morreram.
Pressão para deter os neonicotinóides
Segundo Mimkes, o grupo “está fazendo campanha contra os neonicotinóides desde 1997, quando os riscos ainda eram praticamente desconhecidos pelo grande público. É preciso pressionar para que a Bayer pare a fabricação e comercialização desses pesticidas, que são responsáveis pelos danos causados ao meio ambiente e por prejuízos econômicos.
A novidade mais importante é que hoje em dia há milhares de informações, artigos e estudos do mundo todo sobre a correlação da exposição aos agrotóxicos, tais como os imidacloprid e clotiadina, e o declínio geral das abelhas. Apicultores e os grupos ecologistas em muitos países estão ativos e pressionando os governos e as autoridades para protegerem as abelhas”, disse.
Os ativistas recolheram 1,2 milhões de assinaturas para exigir que a clotianidina fosse retirada do mercado e elas foram apresentadas ao diretor geral da Bayer durante uma reunião de acionistas. O abaixo-assinado foi em função de uma nota interna dos EUA – agência de proteção ambiental (EPA) – que confirmou o risco que o agrotóxico representa para as abelhas e descreve que a Bayer apresentou estudos insuficientes.
Em 2003 a EPA solicitou que a Bayer apresentasse um estudo do ciclo de vida e os efeitos da clotianidina sobre as abelhas. A Bayer pediu mais tempo para terminar a pesquisa, continuou vendendo o produto e somente em 2007 apresentou o estudo.
Um memorando vazado diz que a EPA concedeu permissão a Bayer para realizar estudo sobre o óleo de canola, em vez do milho, uma distinção crucial já que a canola é um cultivo menor em comparação ao milho. Os testes foram realizados em terrenos pequenos e próximos uns aos outros.
A próxima reunião do TPP incluirá em sua acusação os governos e instituições que, em alguns casos, foram coniventes com as empresas transnacionais de agrotóxicos, violando o direito à vida, à saúde, entre outros direitos básicos.
Segundo Mimkes, “os PPT anteriores ajudaram a pressionar as empresas e esperamos que o próximo impulsione à campanha para deter a morte massiva de abelhas”.
O TPP tem raízes históricas nos tribunais sobre a guerra do Vietnã e nas ditaduras da América Latina. Em época mais recente à globalização corporativa, tem abordado e denunciado as multinacionais que operam acima das leis nacionais e cometem violações dos direitos humanos impunemente.
A próxima reunião do TPP terá como meta denunciar as transnacionais de agrotóxicos como Monsanto, Syngenta, Bayer, Dow Chemical, DuPont, Basf e mais seis empresas ligadas ao controle de alimentos e do sistema agrícola.
Tradução: Sandra Luiz Alves
Informação adicional: Permanent Peoples´ Tribunal www.agricorporateaccountability.net/en/page/general/20
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Pesticidas exterminam as abelhas

Jaqueline Falcão, O Globo, 21/012011.





Desaparecimento desses insetos ameaça a produção agrícola do planeta.



O misterioso desaparecimento de abelhas observado em vários países, inclusive no Brasil, pode estar associado ao uso de novos pesticidas. Os venenos matam esses insetos, segundo estudo do Laboratório de Pesquisa sobre Abelhas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgado no jornal britânico “Independent“.



A extinção das abelhas traz grande prejuízo à apicultura e contribui para a fome no planeta, pois 80% da produção de alimentos depende da polinização por abelhas e outros insetos.



Mesmo em dose muito baixa, os inseticidas, especialmente os neonicotinoides (como o imidacloprida) que imitam as propriedades da nicotina, matam as abelhas. Porém o laboratório Bayer, principal fabricante, insiste que eles são seguros para as abelhas, se aplicados corretamente.



O que se tem certeza é que os neocotinoides contaminam completamente as plantas, incluindo o néctar e o pólen, usados pelos insetos polinizadores. Assim o veneno acaba atacando o sistema nervoso dos insetos e as colméias entram em colapso.



Osmar Malaspina, professor do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Unesp, alerta que a pulverização aérea – principalmente em plantações de laranja – é uma ameaça às abelhas.



Criador de um projeto de proteção aos polinizadores e autor de três livros sobre o tema, ele diz que a prática espalha inseticidas numa área muito grande, atingindo abelhas de apiário e as 1.500 espécies da natureza. Malaspina pesquisou de 2008 a 2010 a perda de 10 mil colmeias de abelhas africanizadas, mortas por inseticidas na região de Rio Claro, em São Paulo, num raio de 200 quilômetros. Em 800 a mil colmeias havia sinais de neonicotinoides.



Média anual de mortes nas colmeias atinge 30% Ele quer formar um grupo com representantes dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, do Ibama e de fabricantes para estabelecer políticas de aplicação e controle dos pesticidas:



– Não somos contra inseticidas, mas devemos estabelecer uma política adequada para minimizar seus efeitos. Na região Sul do país, as abelhas sumiram, mas por outro motivo, diz Malaspina. – Muitas vezes, a colméia diminui e não se veem abelhas mortas. Isso indica que elas migraram para outro ponto em busca de alimento. Quando um apicultor encontra abelhas mortas, é quase certo que morreram por inseticida.



Em países da Europa, como Itália, França e Alemanha, apesar da mortalidade de abelhas ter sido menor que nos Estados Unidos nos últimos três anos, alguns venenos foram proibidos. Nos EUA, a destruição das colmeias atingiu 23% de todas as criações entre 2006 e 2007. Na União Europeia o estudo “A saúde das abelhas melíferas” reforça a preocupação de cientistas e apicultores com a sobrevivência desses insetos.



A média anual de baixas nas colmeias chegou a 30%, quando a mortalidade natural é de 10%. O uso de pesticidas seria o motivo.



Há outras hipóteses para o sumiço das abelhas. Uma delas, da Universidade de Columbia, afirma que o fenômeno seria causado pelo vírus IAPV. Também se especulou que a causa seria radiação de celulares e aquecimento.



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No início de 2010, agricultores da Paraíba se mobilizaram para impedir a distribuição desse mesmo agrotóxico para controle da mosca negra do citrus.



Mais sobre o assunto:



“Exclusive: Bees facing a poisoned spring”, Michael McCarthy, The Independent, 20 January 2011, http://www.independent.co.uk/environment/nature/exclusive-bees-facing-a-poisoned-spring-2189267.html



Ban Neonicotinoid Pesticides to Save the Honeybee

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Na Europa, 80% das plantas ornamentais têm pesticida prejudicial a abelhas

Estudo realizado em dez países europeus pelo Greenpeace aponta que 50% das substâncias encontradas são mortais para o inseto e alerta sobre graves danos para a agricultura.
A reportagem é de Rafael Plaisantk, publicada pelo portal EcoDebate, 24-04-2014.
Cerca de 80% das flores e plantas ornamentais vendidas em floriculturas e supermercados na Europa possuem pesticidas que são perigosos para as abelhas, revela um relatório do Greeenpeace publicado nesta quinta-feira (24/04).
“Sem saber, jardineiros amadores servem coquetéis de pesticidas perigosos para abelhas e insetos. Jardins deveriam ser um oásis afastado da indústria agrícola para esses animais e não um bar de veneno”, afirma Christiane Huxdorff, especialista em agricultura do Greenpeace.
Para o estudo, a organização analisou amostras de 35 espécies de plantas compradas em dez países europeus, entre elas alfazema, miosótis, violetas – variedades conhecidas por atrair abelhas. Em 98% das plantas foram encontrados algum resquício de pesticidas, mas nem todos são perigosos.
Mas em quase metade das amostras foram encontrados neonicotinoides, defensivos agrícolas conhecidos por matarem abelhas. Em 2013, a União Europeia (UE) restringiu por dois anos o uso de algumas dessas substâncias na agricultura, mas a restrição não vale para a produção de plantas ornamentais.
Abelhas são responsáveis pela polinização na agricultura
“Nós precisamos de uma rápida proibição de pesticidas prejudiciais a abelhas. Esses insetos são essenciais para assegurar a qualidade e o rendimento da nossa agricultura”, reforça Huxdorff.
A morte em massa de abelhas no mundo está relacionada principalmente ao aumento do uso de substâncias químicas na agricultura, além de doenças, parasitas e mudanças climáticas. A diminuição na população desses animais é preocupante devido a sua função de polinização.
Segundo o Greenpeace, um terço de todos os alimentos de origem vegetal consumidos no mundo depende da polinização das abelhas. E até 75% das culturas estão sofrendo uma queda na produtividade, principalmente a produção de maçã, morangos, tomate e amêndoas.
O problema da diminuição da população de abelhas é observado no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Em 2012, alguns estados da região Nordeste registraram uma queda de 90% na produção de mel e de 60% de abandono das colmeias.
Na Europa desde 1985 foi registrada uma queda na população de abelhas produtoras de mel comercial de 25%. Nos Estados Unidos, a redução foi bem maior: de 40% desde 2006.
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/530715-na-europa-80-das-plantas-ornamentais-tem-pesticida-prejudicial-a-abelhas

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sumiço das abelhas derruba exportações de mel do Brasil



O Brasil caiu da 5ª para a 10ª colocação mundial em exportação de mel nos últimos dois anos. O motivo foi o abandono das colmeias na região produtora mais importante do país, o Nordeste. Em 2012, alguns estados registraram queda de 90% na produção e o abandono de colmeias chegou a 60%. "A queda no Nordeste reflete diretamente nas exportações nacionais de mel. A região é uma das maiores produtoras e exportadoras do país" explica Maria de Fátima Vidal, coordenadora de estudos e pesquisas do Etene (Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste).
Cerca de 46 mil pequenos apicultores em nove estados nordestinos vivem da atividade e, juntos, respondem por 40% da produção de mel no país -- em épocas com índice normal de chuva. Por trás do sumiço das abelhas está a seca que atinge a região há pelo menos 24 meses. Além das alterações climáticas, bactérias e uso de agrotóxicos são citados como causas da mortalidade das abelhas no Brasil. Mas a falta de documentação sobre o desaparecimento de enxames dificulta o trabalho de controle e monitoramento da situação.

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) prevê que o problema não deve melhorar até 2015. Neste ano, as perspectivas de pouca chuva estão se confirmando e, para o próximo, mesmo que haja precipitação normal, a recuperação das colmeias deve ser lenta. "Isso ocorre porque o período de chuvas no Nordeste é curto sendo que, quando ocorrem as floradas, os novos enxames primeiro puxam cera e fortalecem as famílias e, somente depois, no final do período chuvoso, é que começam a produzir mel", afirma Vidal, em artigo assinado pela Etene, órgão do Banco do Nordeste.

Santa Catarina bate recorde depois de perda histórica

Os produtores de Santa Catarina também sofreram com o desaparecimento dos insetos. Em 2011, pior ano, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o estado produziu cerca de 4 mil toneladas, enquanto a média anual é de 6 mil. "Muitas famílias deixaram a apicultura", lembra Walter Miguel, engenheiro gerente do Centro de Desenvolvimento Apícola da Epagri.

Cerca de 30 mil famílias atuam na atividade no estado do Sul e são responsáveis por cerca de 300 mil colmeias. Em 2011, o desaparecimento de abelhas chegou a quase 100% em algumas regiões. A floração de culturas como maçã e pêra foi prejudicada por causa da ausência das abelhas. "Estima-se que mais de 10% da produção agropecuária tenha sido comprometida pela falta das polinizadoras", destaca Miguel. Nessa parte do Brasil, o frio foi um dos principais motivos que ocasionou o sumiço dos insetos.

Após ações de manejo e orientação dos apicultores, as abelhas retornaram e a produção bateu recorde na última safra: 7 mil toneladas. Além do frio intenso, doenças, manejo inadequado e uso de agrotóxicos contribuíram para a queda da produtividade e sumiço dos insetos. Situação que preocupa pesquisadores, entidades governamentais e apicultores de todo o Brasil.

Síndrome do Colapso das Abelhas

Em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Índia e em nações da União Europeia, o problema é caracterizado como Síndrome do Colapso das Abelhas (CCD, sigla em inglês para Colony Collapse Disorder). Trata-se de um abandono repentino e massivo de colmeias. A situação é grave e, em estados norte-americanos chegou a comprometer a produção agrícola, já que a floração é feita quase que exclusivamente através desse inseto. De acordo com a Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), entre 2007 e 2008 aquele país perdeu cerca de 1 milhão de abelhas.

"Hoje, sabe-se que elas desempenham um papel fundamental na agropecuária. Cerca de 80% de tudo o que é consumido no mundo é polinizado pelas abelhas. A ausência delas reflete-se com impacto direto sobre a agricultura", afirma Walter Miguel, engenheiro agrônomo gerente do Centro de Desenvolvimento Apícola da Epagri.

Agrotóxicos estão entre as causas do sumiço de enxames

Márcio Freitas, coordenador geral de avaliação de substâncias tóxicas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), explica que até o momento há dois casos que se assemelham com CCD no país, em São Paulo e Minas Gerais.

Segundo o especialista, a falta de dados concretos de todas as regiões brasileiras compromete a análise das causas do desaparecimento das abelhas. "Como em muitas regiões do país, a apicultura não ocorre de forma organizada, por isso, muitos casos de desaparecimento não são documentados. Há cerca de cem casos informados ", comenta Freitas.

Apesar de descartar o CCD, o Ibama indica que os defensivos agrícolas estão entre os três principais causadores do desaparecimento de abelhas no Brasil. Eles matam os insetos imediatamente após a aplicação ou afetam seu sistema sensor, fazendo com que ele não consiga retornar à colmeia, enfraquecendo o enxame.

Desde 2010, a entidade analisa três tipos de neonicotinóides, defensivos agrícolas apontados por estudos internacionais como causadores deste fenômeno. Caso se confirme os efeitos nocivos, medidas mais rigorosas para proteger os insetos devem ser adotadas. A expectativa é que, até 2014, os primeiros resultados conclusivos estejam prontos. Em 2012, uma portaria do Ibama restringiu o uso destas substâncias durante o período de floração.

Em abril de 2013, 15 dos 27 países da União Europeia (UE) suspenderam o uso desses defensivos agrícolas. José Cunha, presidente da CBA, garante que existe um esforço conjunto entre os órgãos apícolas e o setor agrícola para mitigar os efeitos dos agrotóxicos sobre os polinizadores.

"O Brasil não pode se desenvolver sem o agronegócio e o meio ambiente não vive sem os polinizadores", analisa, Ele enfatiza que, se forem adotadas medidas de fomento e proteção à atividade, a produção anual pode pular de 50 mil para 200 mil toneladas no país.

FONTE

Deutsche Welle
Autoria: Janara Nicoletti
Edição: Nádia Pontes

Links referenciados

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
www.ibama.gov.br

Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
www.epagri.sc.gov.br

Confederação Brasileira de Apicultura
www.brasilapicola.com.br

Banco do Nordeste do Brasil
www.bnb.gov.br

União Europeia
europa.eu/index_pt.htm

Deutsche Welle
www.dw-world.de/dw/0,,607,00.html

Etene
www.bnb.gov.br/content/aplicacao/ETENE/E
tene/gerados/etene_estrutura.asp

Ibama
www.ibama.gov.br

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sobreviver Sem As Abelhas é Impossível

Por: Pensando ao contrário
No filme Interestelar, que estreou recentemente, o planeta Terra está prestes a se tornar um lugar inabitável para humanos. De fato, um fenômeno similar a desertificação de todo o planeta se evidencia pelas tempestades de poeira que assolam o local e pelo fato da maioria das hortaliças e plantas alimentícias (exceto o milho) não existirem mais.
No filme não se explica o porquê da derrocada do planeta a um local inóspito e sem vida, mas nós bem podemos imaginar o que levou um planeta cheio de vida a um local seco e inabitável: o ser humano.
É fato que o filme é uma ficção científica, mas o quão longe estamos disso? O quão longe nossos hábitos e desejos por um sabor (carnes e derivados), pela vaidade (cosméticos e químicos), sexo e luxo (uso de energias não renováveis como fonte imediata de lucros) e pura preguiça (viver na ignorância por comodismo), não irão transformar o famoso planeta azul em planeta bege?
Recentemente, um artigo publicado em uma das revistas científicas mais conceituadas da atualidade, a Nature, demonstrou que uma família de pesticidas conhecida como neonicotinóides, está ligado ao declínio na população de polinizadores em geral e outras espécies. De fato, correm na internet dados conturbadores com relação a possível extinção em massa de abelhas, devido ao uso excessivo de venenos no agronegócio, porém, no estudo realizado por Hallmann et al. (2014)mostra-se que a situação é ainda mais alarmante: não são só as abelhas que correm perigo, mas também diversas espécies de pássaros e isso se deve ao fato de que muitos deles se alimentam dos insetos mortos pelos pesticidas.
Além disso, os pesticidas não são totalmente absorvidos pela planta, sendo levados pela chuva e contaminando lençóis freáticos e outras espécies de insetos não-alvo, como as abelhas. Aparentemente, as doses não seriam letais, como antigamente se esperava, porém como estas pequenas doses infiltram-se em espécies de insetos-alvo ou não-alvo, muitas espécies de pássaros que se alimentam destes insetos tendem a desaparecer pela queda de alimento disponível.
E o que eu tenho a ver com isso?
As abelhas estão desaparecendo e também muitas espécies de aves campestres, mas qual a relação disto com o bem-estar da espécie humana? Bem, o maior problema do declínio de espécies polinizadoras é que sem polinizadores não há sementes e se não há sementes, não há mais alimentos para a espécie humana. Além desta conseqüência mais imediata, também existe o problema de isso afetar outras espécies e com isso a cadeia alimentar como um todo, pois se não há mais insetos para as aves e não há mais aves para seus predadores, cria-se uma bola de neve que leva à extinção generalizada de outros seres vivos, ou seja, não estamos tão longe de um futuro em que a Terra seja de fato um grande deserto.
Como posso me informar mais?
Existem muitos materiais didáticos e documentários muito interessantes sobre o problema da iminente extinção de polinizadores em nosso planeta. O documentário “ais que mel” não só mostra o perigo da extinção das abelhas, mas como as abelhas são exploradas e tratadas como coisas pelos capitalistas. Abelhas são um grande negócio e o mel que se come por aí não é nada inocente. Veja o trailer abaixo:

E o que eu posso fazer?
Você pode fazer muito e saiba que nós temos o poder porque quando nos mudamos, inspiramos muito mais gente a se mudar também, então mude-se!
Existem algumas dicas abaixo que todo mundo pode fazer, como:
1)      Comer orgânicos e estimular a agroecologia familiar - Se você não consegue bancar tudo orgânico, veja o post de como economizar em orgânicos: 5 dicas para economizar em orgânicos.
2)      Proteja as florestas - Existem muitas e muitas espécies de abelhas e algumas delas são nativas. Algumas plantas só podem ser polinizadas por uma única espécie de abelha, por exemplo. Assim, é preciso proteger as florestas. Algumas dicas para atuar estão no post abaixo: Entenda como o desmatamento está cobrando sua dívida.
3)      Não deixe nas mãos dos políticos. - A maioria das pessoas ainda vive na lógica de confiar aos governantes medidas extremamente importantes para a sociedade. Na realidade, nós fomos educados para delegar o poder político a um grupo específico, porém isto nunca funcionou para o bem maior e não é agora que irá funcionar. Assim, não confie sua atuação política ao Estado. Aja por você ou em grupos de ativismo.

4) Crie jardins privados e públicos com flores - As abelhas se alimentam de pólen e quanto mais lugares com flores existirem, mais você as ajudará a sobreviver. 
Mais inspiração
Às vezes nós só vemos notícia ruim, o que desanima. Assim, é importante conhecer como seria o mundo se a humanidade resolvesse escolher o caminho da sabedoria, ao invés do caminho do imediatismo. O filme “A bela verde” é um ótimo filme para entender a sociedade do futuro e como ela se transformou de uma sociedade tóxica em uma sociedade justa. O segredo: a escolha das pessoas.

Paz!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Polinização das abelhas representam 10% do valor da produção agrícola mundial


A humanidade tem explorado colônias de abelhas produtoras de mel desde a pré-história, mas somente nos últimos anos se deu conta de que a importância desses insetos para a sua alimentação vai muito além da fabricação do poderoso adoçante natural.
“O mel é, na verdade, um subproduto pequeno quando comparado ao valor do serviço de polinização prestado pelas abelhas, que corresponde a quase 10% do valor da produção agrícola mundial”, destacou a professora da Universidade de São Paulo (USP) Vera Lúcia Imperatriz Fonseca, durante palestra no segundo encontro do Ciclo de Conferências 2014 do programa BIOTA-FAPESP Educação, realizado no último dia 20, em São Paulo.
Cientistas estimam que no ano de 2007, por exemplo, o valor global do mel exportado tenha sido de US$ 1,5 bilhão. Já o valor dos serviços ecossistêmicos de polinização em todo o mundo era calculado em US$ 212 bilhões. Os dados foram levantados em diversos estudos e estão reunidos no livro Polinizadores no Brasil: contribuição e perspectivas para a biodiversidade, uso sustentável, conservação e serviços ambientais, um dos vencedores do Prêmio Jabuti de 2013.
As verduras e frutas lideram as categorias de alimentos que necessitam de insetos para polinização (cada uma das produções tem valor estimado de 50 bilhões de euros). Seguem as culturas oleaginosas, estimulantes (café e chá), amêndoas e especiarias. Em média, segundo os estudos, o valor das culturas que não dependem da polinização por insetos é de 151 bilhões de euros por ano, enquanto o das que dependem da polinização é de 761 bilhões.
“Cerca de 75% da alimentação humana depende direta ou indiretamente de plantas polinizadas ou beneficiadas pela polinização animal. Dessas, 35% dependem exclusivamente de polinizadores. Nos demais casos, insetos como as abelhas ajudam a aumentar a produtividade e a qualidade dos frutos”, afirmou Vera Lúcia, que atualmente é professora visitante na Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), no Rio Grande do Norte.
Pesquisas recentes, contou Fonseca, mostraram que mesmo culturas como a canola (polinizadas pelo vento) e a soja (considerada autofértil) produzem entre 20% e 40% a mais por hectare quando recebem apoio de colônias de abelhas da espécie Apis mellifera ou quando a plantação é feita ao lado de áreas com remanescentes de vegetação nativa.
“Quando se usam abelhas, jataí por exemplo, na polinização do morangueiro em ambientes protegidos, diminui em 70% o número de frutos malformados em alguns cultivares. Outra cultura que se beneficia da polinização em ambientes protegidos é a do tomateiro, que precisa de abelhas que vibram nas flores, como as do gênero Melipona. Em geral, as abelhas aumentam a produção de sementes, atuam na qualidade do habitat, tornam os sistemas agrícolas mais sustentáveis e trazem benefícios amplos ao meio, favorecendo outros serviços ecossistêmicos que permitem a preservação da biodiversidade e dos recursos hídricos”, disse Fonseca.
Veja aqui a matéria completa.

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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

FLORES PARA ALIMENTO DAS ABELHAS SEM FERRÃO

Fonte:http://meliponariocapixaba.blogspot.com.br/2010/02/pasto-para-abelhas-sem-ferrao.html

Este será um ano em que  daremos especial atenção ao plantio de árvores no nosso meliponário.
Mesmo estando em uma área que ainda conta com um bom verde, é sempre interessante oferecer  uma ajuda  extra para as meninas.
Vamos agora falar um pouco do já temos para plantar, já plantamos ou que está chegar  neste incio de ano. Aproveito para  agradecer aos amigos de diferentes lugares que enviaram sementes, mudas e estacas. Estejam à vontade para sugerir mais espécies. Agradecemos a colaboração.  


Cosmos: Planta herbácea, anual, que pode atingir alturas de 0,45 a 1,2 m. A sua folhagem é muito fina, de corte pinulado, plumosa, caduca e de cor verde. As flores de Cosmos são singelas, circulares, com cerca de 10-15 cm de diametro, balanceadas em longas e finas hastes, com variadas cores desde o branco, amarelo, rosa, vermelho , laranja, carmesin. As flores de Cosmos são brilhantes e atrativas para abelhas e borboletas. São plantas muito fáceis de cultivar. Já temos deste alaranjado  e agora recebemos bastante sementes de cores diversas. 

Amor Agarradinho: Planta arbustiva tuberosa, trepadeira tipo liana de ramos finos e flexíveis, providos de gavinhas, com folhas verde-claro em forma de coração e flores pequenas completas, cor-de-rosa ou brancas, numerosas e muito duradouras, reunidas em grande inflorescências, muito apreciadas pelas abelhas.
Muitos produtores de mel a cultivam para alimento destes insetos.
Floresce praticamente o ano todo.
Astrapéia: Ficamos felizes por conseguir plantar as  astrapéias porque é  uma árvore muito atraente para as abelhas. É uma árvore importante para os meliponários instalados na Mata Atlântica por florescer em ambundância no inverno que é o período crítico de alimentos para as abelhas, neste bioma . O plantio desta espécie, representou um importante passo para que possamos não ter que nos preocupar com alimentação artificial.
A Dombeya Walliachii, conhecida popularmente como astrapéia, astrapéia-rosa, dombéia, aurora e lombeija é uma árvore da família das Sterculiáceas, originária da África do Sul, que pode atingir até 10 m de altura.

Ora-pro-nobis: Conhecida popularmente como “ora-pro-nobis”, a planta Pereskia aculiata pertence à família dos cactos. É uma cactácea nativa da região que vem desde a Flórida até o Brasil. Trata-se de uma trepadeira que apresenta folhas suculentas e comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança. Por apresentar ramos repletos de espinhos e crescimento vigoroso, a planta pode ser usada com sucesso como uma cerca-viva intransponível.
Do ponto de vista ornamental, a “ora-pro-nobis” apresenta uma florada generosa que ocorre entre os meses de janeiro a abril, produzindo um espetáculo surpreendente.  Uma outra característica interessante é que suas flores são muito perfumadas e melíferas, tornando o seu cultivo indicado também aos apicultores.

Após a floração, o “ora-pro-nobis” produz frutos em forma de pequenas bagas amarelas e redondas, entre os meses de junho e julho. E aí vem um ponto importante a ser observado: nem todas as variedades desta planta são comestíveis; apenas a que tem flores brancas, com miolo alaranjado e folhas pequenas.

As folhas do ora-pro-nobis, desidratadas, contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro. É uma planta que merece atenção especial por seu alto valor nutritivo e facilidade de cultivo, inclusive doméstico.


Moringa (Moringa oleifera Lam.): é uma planta perene, com aproximadamente 5 m de altura, de tronco delgado e folhas compostas. As flores são numerosas e floresce o ano todo. Os frutos são longos, parecidos com uma vagem e contém muitas sementes.
A raiz é em forma de tubérculo e armazena energia para a planta, que favorece em seu rebrote. A madeira é mole, porosa e amarelada.
Visitada pro diferentes espécies de abelhas  é originária da Índia é considerada por botânicos e biólogos, um milagre da natureza. Uma esperança para o combate da fome no mundo. Rica em vitaminas e sais minerais, cálcio, proteína e ferro.

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moringa

 
O Mutre é um arbusto de tamanho médio que medra a pleno sol ou até mesmo a meia sombra. Suas pequenas flores, brancas e perfumadas, dispostas em racemos terminais, recobrem a planta à maior parte do ano, especialmente durante os meses mais quentes. Em certas regiões de clima quente o Mutre floresce o ano inteiro, mas em outras, dependendo das condições do inverno, a planta diminui e até mesmo pode parar a floração e perder parte de suas folhas.
Esta planta é muito boa para as abelhas nativas pois floresce durante o ano inteiro, além disto possui um perfume muito agradavel

O Cardo Mariano é uma planta medicinal amplamente utilizada na Medicina Tradicional Europeia. Em França as raízes, folhas e frutos são usados no tratamento de prisão de ventre crónica, de várias doenças hepáticas tais como a icterícia, cálculos biliares, hepatite e fígado gordo, como descongestionante do sistema circulatório, no tratamento de hemorróidas e úlceras varicosas e, como anti-alérgico no tratamento da asma e urticária. Em Itália, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de doenças do fígado, devido à sua acção desintoxicante do fígado e também pelas suas propriedades diuréticas e cardiotónicas. Na Alemanha e na Hungria, em Medicina Tradicional, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de cálculos biliares devido à sua acção colagoga, estimulante da circulação entero-hepática e protectora do fígado. Na Grécia o Cardo Mariano é usado no tratamento de varizes, pedras da vesícula e na úlcera duodenal. A Medicina Homeopática também utiliza as tinturas dos frutos do Cardo Mriano no tratamento de doenças do fígado, cálculos biliares, peritonite, pleurite, congestão do útero e varizes.

Taiuiá: A taiuiá é da mesma família que o chuchu (Sechium edule) - tem uma folhagem parecida, com folhas palmadas, e gavinhas, extensões que parecem molas e fixam a planta sobre outras. 

Melilotus Officinalis: da família Fabaceae é  um exelente pasto apícula, com uma produtividade estimativa de 1.000 de mel/hectare com abelha africanizada,  é visitado também pelas abelhas nativas. Como se trata de um planta considerada difícil de se conseguir, foi com muita alegria que ganhamos as sementes. conhecido também como trevo amarelo, é um importante em casos de insuficiencia venosa crônica graças à presença do dicumarol. Original da Europa e Ásia.   

Vitex ou Agnus castus: Nativa do Mediterrâneo, é conhecida pelos gregos há 2.000 anos ou mais. O nome Vitex foi obra dos antigos romanos, que a consideravam a planta similar ao salgueiro, por causa da forma semelhante de suas folhas. Os ramos flexíveis favoreciam o seu uso para o artesanato em vime, à semelhança do salgueiro. Agnus castus, do grego agnos castus — casto, puro - tem a ver com a associação que era feita entre a planta e a castidade, desde tempos remotos. Suas sementes lembram os grãos da pimenta.
Quase todos os estudos com o Vitex se baseiam na preparação desenvolvida pelo médico Gerhard Madaus, em 1930, de um extrato de frutas secas patenteado com o nome de Agnolítico. Ele observou que a formulação tinha o efeito de aumentar o nível de progesterona produzido pelo organismo feminino. Pesquisadores atuais acreditam que sua substância regula o funcionamento da hipófise, ao detectar níveis aumentados de estrógeno e levar os ovários a diminuir a sua produção(1). A planta é usada para tratamento de irregularidades menstruais. Em mulheres que querem engravidar, desempanha o papel de regularizar os ciclos e prevenir abortos. Estudos clínicos mostram que os benefícios dessa planta podem demorar seis meses ou mais para aparecer. No alívio da TPM (2), sua ação é perceptível já a partir da segunda mestruação. Entretanto para efeitos mais deifinitivos, pode-se ter que esperar até um ano.  

 
  

Veja também:
http://meliponariocapixaba.blogspot.com/2009/12/producao-de-mel-e-as-plantas-medicinais.html
Sitios pesquisados:
www.dinakalman.com
www.jardimdeflores.com
jardimcentro.pt
www.fazfacil.com.br
ame-rio.blogspot.com
ruralbionergia.com.br
www.granjaparaiso.com.br

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

França é primeiro país a banir todos os cinco pesticidas ligados à morte de abelhas

As abelhas já foram declaradas os seres vivos mais importantes do planeta e pesquisas apontam que elas podem estar viciadas em agrotóxicos. A França é o primeiro país a tomar uma atitude real para a preservação da espécie, ao banir todos os cinco pesticidas ligados à morte destes animais, cuja extinção pode acabar com a humanidade.
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Tudo começou quando a União Europeia votou pela proibição dos três principais responsáveis pela extinção destes insetos, os agrotóxicos conhecidos como clotianidina, imidacloprida e tiametoxam. Ao se adequar à medida, o governo francês decidiu banir mais dois pesticidas que têm contribuído para a diminuição na população de abelhas, o tiaclopride e a acetamiprida.
Festa na colmeia: França proíbe uso de agrotóxicos associados à morte das abelhas
Os venenos em questão são da família dos neonicotinoides e possuem uma estrutura similar à da nicotina. Eles funcionam atacando o sistema nervoso central dos insetos – entre eles, as abelhas. Estudos citados pelo jornal britânico The Telegraph indicam que os neonicotinoides podem confundir habilidades de memória e direção das abelhas, além de reduzir a sua contagem de espermatozóides.


Artigo de : https://www.hypeness.com.br/2019/02/franca-e-primeiro-pais-a-banir-todos-os-cinco-pesticidas-ligados-a-morte-de-abelhas/?utm_source=social

domingo, 29 de novembro de 2015

PASTO PARA ABELHAS SEM FERRÃO

Extraído do blog http://meliponariocapixaba.blogspot.com.br

Este será um ano em que  daremos especial atenção ao plantio de árvores no nosso meliponário.
Mesmo estando em uma área que ainda conta com um bom verde, é sempre interessante oferecer  uma ajuda  extra para as meninas.

Vamos agora falar um pouco do já temos para plantar, já plantamos ou que está chegar  neste incio de ano. Aproveito para  agradecer aos amigos de diferentes lugares que enviaram sementes, mudas e estacas. Estejam à vontade para sugerir mais espécies. Agradecemos a colaboração.  


Cosmos: Planta herbácea, anual, que pode atingir alturas de 0,45 a 1,2 m. A sua folhagem é muito fina, de corte pinulado, plumosa, caduca e de cor verde. As flores de Cosmos são singelas, circulares, com cerca de 10-15 cm de diametro, balanceadas em longas e finas hastes, com variadas cores desde o branco, amarelo, rosa, vermelho , laranja, carmesin. As flores de Cosmos são brilhantes e atrativas para abelhas e borboletas. São plantas muito fáceis de cultivar. Já temos deste alaranjado  e agora recebemos bastante sementes de cores diversas.  

Amor Agarradinho: Planta arbustiva tuberosa, trepadeira tipo liana de ramos finos e flexíveis, providos de gavinhas, com folhas verde-claro em forma de coração e flores pequenas completas, cor-de-rosa ou brancas, numerosas e muito duradouras, reunidas em grande inflorescências, muito apreciadas pelas abelhas.
Muitos produtores de mel a cultivam para alimento destes insetos.
Floresce praticamente o ano todo.

Astrapéia: Ficamos felizes por conseguir plantar as  astrapéias porque é  uma árvore muito atraente para as abelhas. É uma árvore importante para os meliponários instalados na Mata Atlântica por florescer em ambundância no inverno que é o período crítico de alimentos para as abelhas, neste bioma . O plantio desta espécie, representou um importante passo para que possamos não ter que nos preocupar com alimentação artificial.

A Dombeya Walliachii, conhecida popularmente como astrapéia, astrapéia-rosa, dombéia, aurora e lombeija é uma árvore da família das Sterculiáceas, originária da África do Sul, que pode atingir até 10 m de altura.




Ora-pro-nobis: Conhecida popularmente como “ora-pro-nobis”, a planta Pereskia aculiata pertence à família dos cactos. É uma cactácea nativa da região que vem desde a Flórida até o Brasil. Trata-se de uma trepadeira que apresenta folhas suculentas e comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança. Por apresentar ramos repletos de espinhos e crescimento vigoroso, a planta pode ser usada com sucesso como uma cerca-viva intransponível.
Do ponto de vista ornamental, a “ora-pro-nobis” apresenta uma florada generosa que ocorre entre os meses de janeiro a abril, produzindo um espetáculo surpreendente.  Uma outra característica interessante é que suas flores são muito perfumadas e melíferas, tornando o seu cultivo indicado também aos apicultores.

Após a floração, o “ora-pro-nobis” produz frutos em forma de pequenas bagas amarelas e redondas, entre os meses de junho e julho. E aí vem um ponto importante a ser observado: nem todas as variedades desta planta são comestíveis; apenas a que tem flores brancas, com miolo alaranjado e folhas pequenas.

As folhas do ora-pro-nobis, desidratadas, contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro. É uma planta que merece atenção especial por seu alto valor nutritivo e facilidade de cultivo, inclusive doméstico.




Moringa (Moringa oleifera Lam.): é uma planta perene, com aproximadamente 5 m de altura, de tronco delgado e folhas compostas. As flores são numerosas e floresce o ano todo. Os frutos são longos, parecidos com uma vagem e contém muitas sementes.
A raiz é em forma de tubérculo e armazena energia para a planta, que favorece em seu rebrote. A madeira é mole, porosa e amarelada.
Visitada pro diferentes espécies de abelhas  é originária da Índia é considerada por botânicos e biólogos, um milagre da natureza. Uma esperança para o combate da fome no mundo. Rica em vitaminas e sais minerais, cálcio, proteína e ferro.

O Mutre é um arbusto de tamanho médio que medra a pleno sol ou até mesmo a meia sombra. Suas pequenas flores, brancas e perfumadas, dispostas em racemos terminais, recobrem a planta à maior parte do ano, especialmente durante os meses mais quentes. Em certas regiões de clima quente o Mutre floresce o ano inteiro, mas em outras, dependendo das condições do inverno, a planta diminui e até mesmo pode parar a floração e perder parte de suas folhas.
Esta planta é muito boa para as abelhas nativas pois floresce durante o ano inteiro, além disto possui um perfume muito agradavel 

O Cardo Mariano é uma planta medicinal amplamente utilizada na MedicinaTradicional Europeia. Em França as raízes, folhas e frutos são usados no tratamento de prisão de ventre crónica, de várias doenças hepáticas tais como a icterícia, cálculos biliares, hepatite e fígado gordo, como descongestionante do sistema circulatório, no tratamento de hemorróidas e úlceras varicosas e, como anti-alérgico no tratamento da asma e urticária. Em Itália, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de doenças do fígado, devido à sua acção desintoxicante do fígado etambém pelas suas propriedades diuréticas e cardiotónicas. Na Alemanha e na Hungria, em Medicina Tradicional, os frutos do Cardo Mariano são usados notratamento de cálculos biliares devido à sua acção colagoga, estimulante da circulação entero-hepática e protectora do fígado. Na Grécia o Cardo Mariano é usado no tratamento de varizes, pedras da vesícula e na úlcera duodenal. A Medicina Homeopática também utiliza as tinturas dos frutos do Cardo Mriano notratamento de doenças do fígado, cálculos biliares, peritonite, pleurite, congestão do útero e varizes.

Taiuiá: A taiuiá é da mesma família que o chuchu (Sechium edule) - tem uma folhagem parecida, com folhas palmadas, e gavinhas, extensões que parecem molas e fixam a planta sobre outras.
Melilotus Officinalis: da família Fabaceae é  um exelente pasto apícula, com uma produtividade estimativa de 1.000 de mel/hectare com abelha africanizada,  é visitado também pelas abelhas nativas. Como se trata de um planta considerada difícil de se conseguir, foi com muita alegria que ganhamos as sementes. conhecido também como trevo amarelo, é um importante em casos de insuficiencia venosa crônica graças à presença do dicumarol. Original da Europa e Ásia.



Vitex ou Agnus castus: Nativa do Mediterrâneo, é conhecida pelos gregos há 2.000 anos ou mais. O nome Vitex foi obra dos antigos romanos, que a consideravam a planta similar ao salgueiro, por causa da forma semelhante de suas folhas. Os ramos flexíveis favoreciam o seu uso para o artesanato em vime, à semelhança do salgueiro. Agnus castus, do grego agnos castus — casto, puro - tem a ver com a associação que era feita entre a planta e a castidade, desde tempos remotos. Suas sementes lembram os grãos da pimenta.
Quase todos os estudos com o Vitex se baseiam na preparação desenvolvida pelo médico Gerhard Madaus, em 1930, de um extrato de frutas secas patenteado com o nome de Agnolítico. Ele observou que a formulação tinha o efeito de aumentar o nível de progesterona produzido pelo organismo feminino. Pesquisadores atuais acreditam que sua substância regula o funcionamento da hipófise, ao detectar níveis aumentados de estrógeno e levar os ovários a diminuir a sua produção(1). A planta é usada para tratamento de irregularidades menstruais. Em mulheres que querem engravidar, desempanha o papel de regularizar os ciclos e prevenir abortos. Estudos clínicos mostram que os benefícios dessa planta podem demorar seis meses ou mais para aparecer. No alívio da TPM (2), sua ação é perceptível já a partir da segunda mestruação. Entretanto para efeitos mais deifinitivos, pode-se ter que esperar até um ano.  




  

Veja também:
http://meliponariocapixaba.blogspot.com/2009/12/producao-de-mel-e-as-plantas-medicinais.html

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