terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Um pouco sobre bioindicadores, líquens.



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Muito se tem falado sobre a importância dos bioindicadores e o seu uso é cada vez mais comum em trabalhos de análise de impacto ambiental, mas, o que são eles, para que servem e no que podem nos auxiliar?
Os bioindicadores, também chamados de indicadores biológicos são organismos que refletem o estado biótico e abiótico de um hábitat, os impactos sofridos pela comunidade ou indicar a biodiversidade de uma região. Assim, a presença ou ausência de alguns organismos pode indicar características do meio, é o caso do líquen. Os líquens (associação de algas e fungos) respondem às mudanças ambientais relacionadas com a qualidade do ar e o clima, sendo que sua ausência indica poluição ambiental e concentração elevada de nutrientes como o nitrogênio e o fósforo.
Além disso, estes seres vivos podem sofrer bioacumulação e bioconcentração, indicando o acúmulo de poluentes no espécime em relação à quantidade presente no solo e na água. Por estes motivos eles possuem relevância e são utilizados para informar possíveis problemas de contaminação do ecossistema.
Assim, o nível trófico ocupado pelo bioindicador é de extrema importância, pois, quanto menor a sua posição trófica na cadeia alimentar e quanto mais ele servir de alimento maior é a sua relevância, já que se comprovada a contaminação desse organismo pressupõe-se que toda a cadeia está contaminada.
Estes são algumas das explicações do uso dessas espécies, as quais podem revelar efeitos cumulativos de poluentes diferentes e há quanto tempo ele está no ecossistema.
Vários estudos publicados recentemente utilizam bioindicadores para análises ambientais, uma das áreas que tem investido pesquisas é a de qualidade da água, utilizando bioindicadores aquáticos, geralmente bivalves.
Um exemplo foi a matéria publicada pelo boletim Fapesp no dia onze de janeiro, a qual trata de uma pesquisa realizada por um grupo de cientistas do Instituto de Geociências e na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), demonstrando a relevância do uso de bioindicadores marinhos como um dos parâmetros para auxiliar na avaliação das praias.
Trabalhos semelhantes estão em andamento para a avaliação de lagos, lagoas, estuários, impactos ambientais causados por cemitérios (poluição por infiltração de necrochorume – liquido resultante do processo de decomposição dos corpos), obras e empreendimentos, hospitais e para auxiliar na localização de fontes poluidoras.
Talita Delfino - Instituto Aprenda.bio

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