terça-feira, 27 de junho de 2017

A horta tem importância na terapia ocupacional, educacional, econômica e medicinal.


“Uma dieta à base de produtos orgânicos está relacionada à prevenção de alguns tipos de câncer e doenças coronarianas, dermatites, sequelas neurológicas, Parkinson, esterilidade em adultos e alergias e hiperatividade em crianças”, destaca Círio Parizotto, da Epagri.



As hortaliças agroecológicas são mais nutritivas. São ricas em vitaminas A, C, B, E, K, proteínas, fibras, cálcio e ferro (ver tabela). “Uma dieta à base de produtos orgânicos está relacionada à prevenção de alguns tipos de câncer e doenças coronarianas, dermatites, sequelas neurológicas, Parkinson, esterilidade em adultos e alergias e hiperatividade em crianças”, destaca Círio Parizotto, da Epagri. De acordo com ele, a dieta orgânica é livre de produtos radiolíticos (provenientes de irradiações) de ação carcinogênica. Além dissso, a horta tem importância na terapia ocupacional, educacional, econômica e medicinal.
Em relação à mão de obra a horta de autoconsumo ecológica não difere de uma convencional. “Há diferença quando se trata de grandes plantios, principalmente quanto ao manejo de ervas espontâneas”, diz.


Conhecimentos - A agricultura agroecológica exige mais conhecimentos do que a convencional, por ser mais complexa. Na convencional são usados “pacotes tecnológicos”, os quais poderão ser aplicados em diferentes regiões do país com resultados similares. Não exige muitos conhecimentos por ser simplista. Já na agroecologia isso não é possível, pois não existe uma receita. Cada propriedade possui suas peculiaridades em relação ao clima, solo, exposição, altitude etc. 
Nesse sentido, o conhecimento acumulado sobre a realidade local é fundamental para o sucesso desse sistema, ou seja, o avanço da agroecologia depende da união do saber local com o científico. Por isso, os jovens de Linha Fátima, em Dom Feliciano (RS), participam da Escola de Jovens Rurais, onde aprendem técnicas de agricultura ecológica.


Canteiros obedecem espaçamentos



O preparo dos canteiros é fundamental para o sucesso da horta doméstica. Espécies cultivadas em espaçamentos maiores, como repolho, pepino, abobrinha, cebola, tomate não necessitam formar os canteiros. Nesses casos, prepara-se a cova ou o sulco de plantio.

Há dois tipos de canteiros: temporários e fixos (tijolos, pedras, madeira, embalagem pet e bambu). Eles obedecem as seguintes dimensões: largura: 1 a 1,1 m; altura: 15 a 20 cm; com comprimento variável. A distância entre canteiros deve ser de 40 cm a 50 cm.

A área a ser plantada precisa estar limpa. O produtor deve aproveitar esses resíduos para adubo. Recomenda-se espalhar, por m2, misturando bem a terra, de 15 a 20 litros (ou 15/20 kg) de esterco de curral ou de 8 a 10 litros (8/10 kg) de esterco de galinha.

Após a produção das próprias sementes ou adquiridas de fornecedores orgânicos, elas podem ser semeadas diretamente nos canteiros ou em sementeiras e depois transplantadas. “Quanto aos tratos culturais, dependendo da hortaliça cultivada, deve-se fazer amarrios, desbaste, desbrota ou estaqueamentos”, orienta a agrônoma Neiva Rech.

Para irrigar, a água deve ser de boa qualidade. O sistema de gotejamento é indicado. A água da chuva é uma fonte ideal, por seu conteúdo em nitrogênio e oxigênio. Não utilizar água de rios contaminados. A irrigação de hortaliças folhosas (alface, chicória, rúcula, almeirão...) deve ser diária; nas demais, de três em três dias.




Cobertura - Para cobertura pode-se utilizar casca de arroz, palhas diversas, acículas de pínus e lona plástica. A camada deve ter de 5 a 10 cm. Isso reduz plantas espontâneas e mão de obra, temperatura no verão e doenças, mantém umidade, fertiliza o solo e as hortaliças ficam mais limpas.

Recomendações ao consumidor



  1. Dê preferência a frutas e verduras da época. Fora da estação adequada é quase certo que tenham recebido cargas maiores de agrotóxicos. Como existe pouca fruta produzida organicamente, procurar sempre descascar as frutas, em especial laranjas, pêssegos e maçãs.
  2. Lave bem frutas e verduras em água corrente durante pelo menos 1 minuto ou coloque-as numa solução de água (1 litro) com vinagre (4 colheres), durante 20 minutos.
  3. Retire folhas externas das verduras que, em geral, concentram mais agrotóxicos.
  4. Diversifique nas hortaliças e frutas. Além de propiciar boa mistura de nutrientes, isso reduz a chance de exposição a um mesmo agrotóxico.
  5. Prefira produtos nacionais e de sua região. Alimentos que percorrem longas distâncias normalmente são pulverizados pós-colheita e podem possuir alto nível de contaminação por agrotóxicos. (fonte: Epagri).

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