sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Semente é a base de tudo

Representa 5% do custo e pode ser responsável por 80% do sucesso da lavoura.

Entre todos os pontos que precisam ser levados em conta na hora de planejar a safra, o uso de semente regular e adequada talvez seja o mais importante. A semente representa apenas 5% do custo de produção e determinante pelo bom desempenho da lavoura, chegando a 80%.

Para Marcelo da Costa Rodrigues, gerente comercial da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), de Cascavel, o primeiro passo do planejamento da safra tem sido negligenciado. “Alguns produtores têm adquirido sementes piratas e colocado em risco a produção”, enfatiza.

Segundo ele, na hora de comprar semente é preciso conhecer a origem do produto, além da necessidade de buscar itens credenciados, com nota fiscal - a qual relata o histórico do material, quem plantou e como se deu todo o processo. “Dessa forma terá certeza de estar comprando um material de qualidade”, afirma Rodrigues. O agricultor também deve optar por variedades que sejam recomendadas para a região. No site do Ministério da Agricultura existe a relação das cultivares recomendadas a cada Estado.

“A semente é um chip que contém muitas informações para quem vai produzir”, diz o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison Neto. O material adequado gera transferência de renda ao produtor (ver quadro). “Com a tecnologia embutida em um material de qualidade, o agricultor acaba tendo produtividade maior”, garante.

“O material certificado pode fazer toda a diferença na produção”, opina Luiz Carlos Miranda, da Embrapa Transferência de Tecnologia e presidente da Associação Paranaense de Sementes e Mudas (Apasem). “O produtor precisa pensar em todas as características da cultivar na hora de fazer a escolha”, aconselha Miranda.

Da pesquisa ao agricultor

Na Lei de Proteção de Cultivares (LPC), há três figuras jurídicas. O obtentor, que é a empresa de pesquisa que cria as cultivares, detém o direito de proteção. O obtentor licencia a semente básica para o multiplicador. Já o multiplicador é a empresa que vai reproduzir a semente em larga escala. Ele compra a semente básica, multiplica-a e vende as sementes aos usuários (agricultores).

O multiplicador paga royalties ao obtentor sobre as sementes compradas. Já o usuário compra a semente do multiplicador e cultiva a lavoura comercial. O usuário paga royalties apenas em algumas situações.

O registro é condição prévia para o lançamento de uma cultivar no mercado. A Lei de Sementes, promulgada após a LPC, em 5 de agosto de 2003, fortalece a fiscalização da produção e do comércio. Já a LPC reconhece a propriedade sobre os lançamentos e protege o direito de seus criadores.



Mercado anual de R$ 8 bilhões

O Brasil produz dois milhões de toneladas de sementes por ano, conforme dados da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). O segmento movimentou, na safra 2008/2009, cerca de R$ 8 bilhões.

Segundo Daniela Aviani, da Abrasem, existem 1.400 cultivares protegidas no país, tanto transgênicas quanto convencionais, que representam 5% do total das 23 mil registradas para plantio e comercialização.

FONTE: Correio Riograndense

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